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O plano

Voltamos a rotina e nossa amada Luna voltou a narrar aqui, ok?
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Acordei mais cedo que o normal, já tinha informado a Dave, na noite anterior, que iria fazer uma parceria com a Clarity Industries. Eu tinha a vantagem, traria muitos lucros a eles. 

— Então, nós combinamos o fornecimento desse produto nestas datas aqui, certo? — confirma o sócio majoritário da empresa, Thomas. Enfim havíamos chegado na parte que eu mais estava ansiosa, as minhas condições

— E eu quero que Ellie Petterson, que é muito eficiente em seu trabalho, e por isso quero que ela receba uma promoção e quero um aumento de setenta por cento no salário dela. 

— Eu não sei se isso será possível, senhorita. 

— Sim, será. Com essa parceria, vocês terão a marca da minha empresa em seu catálogo e eu garanto que o que estou pedindo é pouco comparado ao que irei trazer a vocês com as minhas recomendações. E além do mais, eu vi a ficha dela. Ela é ótima e se destaca muito como auxiliar. 

Ele trocou olhares com seu advogado, que assentiu. 

— Ok, a Srta. Petterson receberá a promoção e o aumento. 

— E mais uma coisa, ela não pode saber em hipótese nenhuma dessa condição. — digo, ficando mais séria do que eu estava. Ele concordou e selamos o contrato. — faça isso essa semana. 

— Hoje mesmo farei toda a papelada. Eu mesmo farei o anúncio para o jornal de amanhã. Tenha um bom dia, srta. Segrini. 

— Ok, bom dia. 

Saiu da sala e eu fui para a minha sala, pedindo para minha secretária me acompanhar.

— Eu quero acesso à conta bancária de Ellie Petterson até amanhã e da data de pagamento dela também. 

Ela assentiu e saiu, indo fazer seu trabalho. E eu? Fiquei esperando a bomba explodir na minha cara quando Ellie descobrisse, mas eu apenas tinha contratado a empresa que ela trabalha porque havia lido que eram a melhor de Nova Iorque na indústria de papelaria, que era algo muito necessário na Duma, e por isso resolvi contratá-los. 

Apenas. 

Estou entrando no elevador do prédio quando escuto uma voz que talvez tenha me feito estremecer um pouco.

— Luna. Segrini. O que você fez? — Ellie entra no elevador, me deixando nervosa. Ela não está com uma cara nada boa e já estamos trancadas no cubículo.

— Eu não faço ideia do que você está falando, então calma. 

— Vai se fazer de desentendida?! Sério? — Colocou a mão na cintura, dando um passo à frente. Eu recuei. Não estava com medo, longe disso, mas qualquer aproximação com Ellie me deixava estranha e com calor. — como, do nada, nós viramos sua principal fornecedora? E, mais estranho ainda, como eu fui promovida a analista administrativo num passe de mágica? 

O elevador se abriu antes que eu precisasse responder, saí, sendo seguida por Ellie, que continuou a falar.

— Porra, Luna! Eu sempre achei que se subisse de cargo seria por mérito próprio, e não porque sou amiga de uma bilionária! 

— Ellie… 

— Não é justo, e é humilhante. Até um aumento eu recebi! Isso é loucura, todos os meses de trabalho jogados fora! — ela andava de um lado para o outro, parecia que nem falava mais comigo e que seus pensamentos estavam saindo sem que ela quisesse expor. Me aproximei, segurando seus ombros e a fazendo me encarar. 

— Não foi do nada, eu vi sua ficha, você se destaca muito no que faz, eu só dei uma ideia e seu chefe concordou. 

— Foi só por isso? — perguntou, me encarando nos olhos, como se soubesse porque fiz aquilo. 

E não pude olhá-la e mentir. Abaixei a cabeça, saindo de perto dela. Ela entendeu o recado. 

— Sammy… — ela disse. — quando? 

— A alguns dias, quando você recebeu a ligação da sua madrasta. Você estava fora quando ela me ligou e me contou tudo. Ellie, ela não me pediu nada, mas eu sabia que você não iria aceitar ajuda. 

— Ela não tinha o direito! — fez menção de ir embora, a porta ainda estava aberta. Segurei seu braço, a fazendo virar. 

— Por favor, aceita. 

— Luna, eu não posso. Vou passar o resto da minha vida te pagando. Não! 

— Olha, quer saber? Não aceita então! 

— ÓTIMO.

— PUTA QUE PARIU, PATTERSON! ENTENDE QUE VOCÊ É IMPORTANTE PRA MIM, CACETE! ENGOLE A PORRA DESSE ORGULHO. 

— Eu quero que você se foda! Você e seu dinheiro de merda! Me solta! — começou a me estapear, coisa que não doeu nada, enquanto as lágrimas desciam soltas em seu rosto. 

Não sabia mais o que fazer. 

Foi impulsivo.

Eu poderia levar um soco.

Mas a beijei. 

Ela relutou, mas quando passou alguns segundos fui correspondida, então passei as mãos pela sua cintura, a trazendo mais para mim. Meu rosto molhou um pouco devido as suas lágrimas, mas foi um beijo inesquecível. 

Eu não queria parar. 

Ela sugava meu lábio inferior enquanto passava a mão pelo meu cabelo. Minhas mãos passeavam pelas suas costas, aprofundando mais e mais aquele momento. Só queria senti-la, queria que fosse minha. 

E seria. Eu não soltaria mais Ellie Patterson. 

Quando paramos o beijo, permanecemos no mesmo lugar, ela tinha as mãos no meu pescoço e eu ao seu redor. Nossas testas estavam coladas e eu não tive coragem de abrir os olhos e sair daquele momento. 

— Por favor, aceita. — abrir os olhos e vi que ela ainda tinha os olhos fechados, mas as lágrimas haviam voltado a escorrer livre. 

— Eu estou com tanto medo, Luna. Eu não quero que meu pai morra, não quero… — se aconchegou em meu peito e a apertei forte. 

— Vai ficar tudo bem, deixa eu te ajudar e ele vai sair dessa. Eu gosto muito de você, e quero que fique bem. 

Ela assentiu, dando um meio sorriso.

— Eu também gosto muito de você, Segrini. Desculpa mandar você se foder. 

— Tudo bem. Nós estamos bem? 

— Só se for sincera sobre uma pergunta. — eu assenti. — eu realmente mereço aquele cargo? 

— Sim, Ellie. Você merece muito aquele cargo. 

— Obrigada, mesmo. 

Nos abraçamos, e eu só queria voltar a beijá-la, mas não sabia se podia. Quando virei essa covarde? Puta merda! 

— Então eu já vou, desculpa mesmo, por tudo. 

— Você não quer ficar mais um pouco? — pergunto, na esperança de tê-la perto por mais tempo. 

— Eu preciso ficar um pouco sozinha, sabe, pensar nas coisas que aconteceram. Minha cabeça tá a mil, mas me manda mensagem depois. Sei lá, se ainda quiser. — sorriu sem graça indo em direção a porta. 

— Espera. — digo depois de juntar coragem e ir a passos largos em sua direção. Seguro seu rosto e selo nossos lábios, me afastando rapidamente. — eu sempre vou querer. 

Ela sorri enquanto se afasta, entro quando a porta do elevador fecha. E sim, eu estou sorrindo que nem uma idiota apaixonada.

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ENTÃOOOOOOO...

Eu sei que demorei horrores dessa vez, mas eu juro que foi porque eu queria muito que o primeiro beijo delas fosse algo muito Uooou e eu nem tô 100% satisfeita com isso, mas gostei bastante.

E espero que gostem.

Tive esse bloqueio horrível mas estou de volta ❤️

É isso, n me matem, bjo 😘

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