Emergência
As horas daquela quinta-feira passaram voando, só porque eu não queria ir no happy hour com alguns sócios. Então, logo parei em frente ao bar próximo a empresa e adentrei, vendo alguns rostos conhecidos e me aproximando.
— Segrini — Marco fala, levantando seu copo de whisky. Me sento na mesa e mando mensagem para Ellie avisando onde estava. Ela ainda estava trabalhando, então me respondeu com um singelo "ok". — alguns deles eu gostava, mas outros eram apenas negócios.
— Boa noite, rapazes. — digo, me servindo do whisky posto na mesa. Jogamos conversa fora, e às vezes algum assunto mais formal. Eu não via a hora de sair de lá.
— …É, sua empresa não tem me trazido tanto lucro. — Malcon fala. Esse é só um negócio, eu detestava ele.
— Tenho certeza que nós somos a sua principal parceria. — digo, sem pestanejar.
— Há outras, Luna. Vocês não são a única empresa tecnológica no mundo.
— Tenho certeza que somos uma das melhores. Eu sei que fazemos um ótimo trabalho, e estamos sempre buscando melhorar. Em todas as áreas. E como já falei, tenho certeza que nossa parceria é bem lucrativa para você.
— Poderia ser mais. A anos temos apenas uma pequena porcentagem, acho que está na hora de rever isso. — os outros só observavam.
— Você quer um aumento e não está sabendo pedir, não é? Nesse caso, vamos marcar uma reunião com os squads envolvidos, mas não creio que uma negociação assim deve ser feita numa mesa de bar. Estou disponível a partir de terça feira para essa reunião.
— Ok. — é o que ele diz, e voltam aos assuntos banais. Eu peço licença e vou embora após pouco mais de uma hora naquela tortura. Bebi apenas algumas doses e decidi ir dirigindo mesmo. Quando chego, Ellie está no banho, eu me sento na poltrona e fico mexendo no celular enquanto ela não sai. — oi, amor… — digo, quando ela vem até mim só de toalha.
— Oi, baby. Como foi lá?
— Chato, senti sua falta. — faço uma cara triste e ela me dá um selinho. Sinto vontade de arrancar aquela toalha dela e beijar seu corpo todo, mas me sinto muito cansada. — como foi hoje?
— Senti sua falta hoje, o dia todo. Entrou uma moça nova, que me pediram para treinar. Megan.
— Foi? E como foi?
— Ela é bem fácil de lidar. Presta bastante atenção no que eu faço e aprende rápido. Eu gostei dela. E é linda, não que isso importe. — dá de ombros, indo se vestir.
— Hm… — digo. Quando volta do closet, se deita e eu vou tomar banho, logo saindo e agarrando ela. Sentindo seu cheirinho. — posso te fazer uma pergunta?
— Eita… claro!
— Você já pensou em… a três? — pergunto.
— Não, mas acho interessante. — diz, virando para mim. — e você?
Imediatamente lembro de um sonho que eu tive com ela e Louise comigo na cama. Seria certo contar?
Não, acho meio desnecessário. Não é algo que eu queira, definitivamente não.
— Não, mas também acho interessante… — ergo a sobrancelha, com um sorriso malicioso. — claro, só com outra mulher.
— Sabe, na real eu acho que eu não teria coragem de transar, mas talvez apenas umas coisinhas. Não sei. Tenho que estar com álcool na cabeça. — ela ri.
— Interessante, muito interessante. — é o que digo.
Após mais um tempinho de conversa, nós acabamos dormindo. No dia seguinte nós iríamos ficar de babá para Sammy resolver umas coisas. Ele estava começando a andar, o que me fazia ficar com dor nas costas por ficar atrás dele para me certificar que ele não iria cair.
Ela saiu cedo, então às sete horas ele estava na cama entre mim e Ellie, pois ambas estávamos com preguiça de levantar.
— Ok, ele não vai deixar a gente dormir mais que isso. Vou escovar os dentes, olha ele, amor. — ela fala, me fazendo despertar e olhar aqueles olhinhos travessos que estavam loucos para sair andando pela casa.
— Qual foi, Bê? Você acorda muito cedo, garoto. — digo.
Peguei-o no colo e fui pegar o iogurte que Sammy tinha trazido e o coloquei para assistir desenho enquanto comia.
Ellie aparece pouco tempo depois e diz que vai fazer um café pra podermos comer.
— A gente precisa fazer compras, não tem nada aqui. Nem café para fazer. Só tem isso. — ela diz, me dando uma barra de cereal.
— Melhor irmos hoje, né?
— Eu estou com tanta preguiça… — ela fala, colocando Bernardo em seu colo.
— Se pensar bem, nós vamos poder ficar no caixa preferencial… — sorrio, maléfica.
— Eu já tomei banho, vai lá enquanto eu dou banho nesse porquinho aqui.
Pouco tempo depois nós já estamos no carro e Bernardo chorando horrores porque detesta ficar na cadeirinha.
— Calma, neném, já estamos chegando! — falo, estacionando no supermercado. Salto do carro para tirá-lo e como num passe de mágica, ele para de chorar. — você é um safado, sabia? — digo, e ele fala alguma coisa meio indecifrável.
Pegamos um carrinho que ele pudesse ficar em cima e nesse ele adorava ficar. Pegamos tudo que era necessário e depois fomos para os produtos não tão necessários sim.
— Ok, eu não acho que a gente precise tanto de um pacote de balões, amor. — Ellie diz.
— É para podermos encher e o Bernardo brincar. Vai ser divertido! — Digo, lhe dando um selinho.
Quando vamos passar as compras, percebemos que talvez tenhamos exagerado um pouco devido ao valor.
— Você é muito exagerada, meu Deus. Burguesa safada. — ela fala, equilibrando uma sacola e Bernardo.
Colocamos tudo no porta malas e deixamos a tarefa de colocá-lo na cadeirinha por último. Para nossa sorte, ele acabou dormindo durante o trajeto.
O restante da manhã tinha sido bem tranquilo. Fizemos uma receita maravilhosa de camarão. Estávamos assistindo um desenho junto com Bernardo quando o celular de Ellie toca.
— Sammy? — foram cinco segundos até Ellie ficar pálida. — quem é? — e foram mais dois para meu coração acelerar completamente. Ela colocou no alto falante e pode escutar o que a pessoa falava.
— Esse é o número de emergência salvo no celular dela, você é Ellie Petterson?
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Oi, cês estão bem?
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