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II. Aquarela

 Lá estava eu, sentada entre gigantes flores incandescentes.

A deusa ainda estava de pé.

Ela era a mãe elevada em máxima potência.

Sua pele era tão escura quanto a da mãe, parecendo ser melhor hidratada. Como a mãe, não usava maquiagem e os cabelos estavam sempre bem cheios. Seus cachos eram perfeitamente soltos, bailavam com o menor dos movimentos.

Seu vestido era bem simples de um tom amarelo bem invejável, aceso como as chamas das flores que nos cercavam. O cabelo tinha uma bonita rosa, lembrando um dos enfeites preferidos que a mãe só usava em poucas ocasiões especiais.

— Meu amor... muita gente apareceu! — Ela me disse.

Assenti com a cabeça, despertando do vislumbre que ela me causava e olhando ao redor.

Chapeuzinho corria ao longe, sem o medo do lobo mal, cantarolando sua música e embalando a cesta de piquenique.

A linda rosa juvenil também existia, representada por uma menina como eu, vestida de vermelho, alegre em seu lar.

Cinderela dançava só em outra direção. Tinha um largo sorriso que lhe fazia parecer muito mais feliz do que o príncipe jamais parecera capaz de fazer.

Branca de Neve olhava admirada para as flores sobre nossas cabeças e parecia cantarolar para uma delas enquanto acariciava o fino caule que a sustentava.

Até mesmo a Dona Aranha, escalava um dos caules. Dessa vez, não precisava temer a chuva porque ela não viria.

De todas as ditas clássicas, a diferente era Alice. Vestida como menino, ela corria com Cheshire. Ora, estava com os pés no que eu julgava chão, ora estava nas paredes ou virada de ponta-cabeça. Feliz por correr e viver ao seu bel-prazer.

Isabel também estava lá. Conhecida por mim como ícone da liberdade do meu povo, a mãe sempre enaltecia o simples ato de uma assinatura feita por ela.

Era pequeno, talvez não correspondesse perfeitamente ao que realmente significou para milhares de pessoas, gente como a gente, que pôde respirar sem grilhões em seu pescoço.

Iracema, índia belíssima de largo sorriso, também caminhava por entre nosso bosque incandescente. Os pés descalços tocavam o chão com muita suavidade e ela parecia curiosa com tudo que lhe cercava, logo, tudo tocava.

— Acho que outros continuarão aparecendo — ri, um pouco acanhada. — Ainda faltam alguns... 'né!?

— Faltam!? — Ela me perguntou.

— Não sei...

— Bom, eles podem continuar surgindo, mas temos uma missão aqui... consegue se lembrar que missão é essa?

— Achar um sonho.

Ela assentiu suavemente com a cabeça e deu alguns passos em minha direção, estendendo-me sua mão.

— Estamos aqui para achar um sonho e você precisa pensar com bastante força no que lhe deixa mais feliz... sei que gosta de ler e ouvir histórias... sei que gosta de música...

— Também gosto de desenhar, mas eu não sou boa nisso! — falei, rindo. — Meus desenhos são bem horríveis!

— Ah, não seja má consigo! — riu. — Tudo na vida passa pela dedicação. Faça várias vezes algo que gosta e, com o tempo, fará tão perfeitamente que todos gostarão.

— Não sei... acho que não gosto tanto de desenho assim! — rendi-me, pensando na mediocridade de meus bonecos de pauzinho. — Talvez música... como é aquela que 'cê canta?

— Hm... deixe-me pensar! — Ela sorriu, fazendo suspense. — Talvez eu não me lembre tão bem... pode ajudar?

— Numa folha qualquer... eu desenho um sol amarelo... — Comecei a cantar, a canção que tanto ela repetiu para mim nas mais difíceis noites.

As pétalas assumiram uma tonalidade branca e alguns muitos desenhos de sóis ficaram estampados nelas... acompanhados pelo nascimento do desenho de um castelo enquanto ela seguiu cantarolando.

Empolgada com aquela canção, finalmente peguei sua mão e nos juntamos na mesma canção.

Não era uma cantiga de roda, mas despertava a mesma alegria que as cantigas de rodas comumente o faziam.

Subitamente, a deusa cessou a canção e me deixou cantar só. Sentou-se sobre os joelhos, olhando-me com aparente admiração, e todas as outras também o fizeram.

A mais diferente, Dona Aranha pendurou-se de ponta a cabeça, segura por sua rígida teia, para olhar para mim.

Pronto! Eu tinha uma plateia.

Aquela música se tornou outras... e foi muito divertido!

A hora de acordar é sempre a mais melancólica.

Quando voltei a fitar nosso céu de amianto, eu já sentia saudade de estar naquele lugar.

A mãe acariciou meu cabelo, sorrindo.

— Então, meu amor, qual é o seu sonho?

— Quero cantar — falei para a mãe. — Foi muito bom!

— Hm... então, conte-me tudo e não esconda-me nada! — Ela falou num tom de brincadeira. — Vamos para a cozinha e enquanto você me diz sobre seu sonho, faço nosso banquete.

Assenti com a cabeça, empolgada. Ela me ajudou a levantar e fomos à cozinha. Tagarela, falei tanto e tão rápido que precisei parar algumas vezes para recuperar o fôlego.

— Precisa se acalmar... Seu sonho não fugirá! — Ela disse, talvez tentando me impedir de afogar em palavras.

Respirando fundo repetidamente, acalmei e continuei falando com ela sobre tudo que vi durante a tarde.

Nosso banquete não era nada grande, mas a mãe o tornava um sonho. Mesmo em dias de vacas magras, quando faltava, ela ainda enfeitava toda a mesa e me impossibilitava de perceber sua tristeza por não ter mais para oferecer.

Tivemos nossa refeição e lidamos com nosso asseio.

Eu já tinha muitas ideias mirabolantes de como trabalharia para conseguir atingir meu sonho e, segundo o que a mãe me ensinou, muito tempo de prática me seria necessário.

— Agora que sabe qual é o seu sonho... precisa prometer duas coisas para sua mãe... uma você vai entender muito bem agora e outra você só entenderá daqui há alguns anos, mas não pode se esquecer dessas promessas.

— Sim, senhora, mãe! — assenti.

Ela me ajudou a deitar e me cobriu, beijando minha testa.

— Precisa prometer que jamais desistirá desse sonho...

— Claro que não vou desistir... a senhora ensinou! — falei, dando de ombros, pensando no quanto era óbvio.

— Não pode esquecer, hein!

— E a outra coisa?

— Precisa prometer que mesmo sabendo que esse sonho é muito valioso, ele não poderá custar nada que possa equivaler à vida de outra pessoa. — Ela falou num tom mais brando.

Franzi o cenho, olhando-a. Era realmente enigmático.

— P-prometo... mas não sei o que significa.

— Saberá um dia, meu amor. Agora, boa noite!

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