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O Primeiro Sinal

Só volto para o quarto meia hora depois de Cristiano ter pedido mais dez minutos.
Olho no espelho: um sorriso babaca, apesar do cansaço do meu corpo.
Eu sabia! Sou uma adolescente outra vez.

Deito na cama, mas não durmo. O sono não aparece.
Penso nele. Seus cabelos cacheados e loiros. Seus olhos azuis sempre brilhantes. Seu sorriso contagiante.

Quando o conheci, Cristiano me pareceu um nerd metido a besta, querendo chamar atenção. Eu estava na Cec, o centro de educação do Complexo, em visita as crianças que chegaram aqui comigo, num dia de folga, dois anos depois de conseguir uma vaga na Força Militar.

Cristiano ministrava uma palestra sobre a importância do estudo de Ciências.

Sempre sento no meio das crianças quando visito a escola. Nesse dia não fiz diferente. Cristiano me fez muitas perguntas, coisas sobre plantas. Respondi todas elas de forma que os pequeninos rissem muito.

Imaginava que ele queria aparecer ou me tirar do sério. Mas eu nunca saio do sério quando estou com aquelas crianças.

Quando a palestra terminou, Cristiano veio me cumprimentar e o ignorei. Depois ele apareceu num almoço na cozinha da ala militar, conversando com Gordo, que já era como um pai para mim. E depois disso começou a fazer todas as refeições lá.

Todos os dias Cristiano tentava falar comigo e levava uma resposta ríspida em troca. Ele não desistiu e hoje somos amigos.

Namorados.

Sei que preciso esconder de tudo e todos isso, ele sabe também. Espero que não me decepcione.
Preciso continuar nas ruas. Tenho que achar minha família, meu pai.

Meu sono finalmente chega e olho o relógio: cinco da manhã! Não posso dormir agora, meu turno começa as dez. Se eu dormir provavelmente perco a hora e nunca faço isso.

Levanto e vou para o chuveiro, mesmo com sono. Para o banho de seis minutos.

Enquanto escovo os cabelos, depois do banho, penso em Cristiano.
Acho que ele gosta de ver meus cabelos cacheados. Costumo deixá-los lisos a maior parte do tempo porque sei que me deixam mais séria. Cabelos cacheados só nas folgas prolongadas.

Estou pensando em cabelos! AFF! Será que vou começar a reparar nos outros garotos e falar demais?

Visto meu uniforme, quando estou pronta, saio do quarto em direção a cozinha. Meu relógio de pulso marca oito de trinta.

Gordo está lá, fazendo sua terceira rodada de café preto desde que o dia começou. Adoro tudo o que ele cozinha, mas o café eu amo.

Poucas pessoas estão na cozinha agora, quase não escuto vozes. Só o assobio do Gordo e o barulho de panelas e água fervendo. Beijo Gordo na bochecha e pego uma caneca.

- Bom dia, Gordo!

- Bom dia, Princesa!

Ele enche minha caneca e me encara.

- O que foi?

- Que sorriso bem babaca esse seu, Lana! - ele ri.- viu passarinho verde?

Na verdade, vi um passarinho loiro... Muito lindo e que beija divinamente bem!

- Você fazendo piadinha tão cedo, meu amigo?! - eu bufo.

- Parece que teve uma ótima noite!

- Na verdade eu não dormi! E para de me encher, vou deter você por perturbar um militar de madrugada!

- Mas já passa das oito!

Rimos juntos.

- Por isso mesmo! Piadinhas comigo só depois do meio dia! Na verdade, piadinhas comigo nunca! Obrigada pelo café!

Ele ri ainda mais. Sua risada é contagiante e engraçada. Beijo sua bochecha novamente e saio da cozinha em direção a ala militar.

Estou com uma dianteira de uma hora, mas não costumo atrasar. Eu nunca atraso. Sou a única mulher do meu setor e dou um bom exemplo.
Entro na sala de comando, para retirar a listagem da ronda de hoje.

O Major Souza está no Comando, sozinho. Alto, corpulento e intransigente, ele me detesta! Sempre me provoca, sabe me deixar irada! Ele é meu superior imediato depois da morte do último capitão do batalhão. Ninguém assumiu as patrulhas, então sou obrigada a aturá-lo.

Mas já sonhei enchendo a cara dele de tiros.

Gostaria muito de trabalhar com o Comandante Silva que é mais agradável, mas não vou dar ao Souza o prazer de me ver desistir, recuar.

Pego a listagem de rondas do dia com meu nome. Junto com os papéis há uma solicitação de escolta para o Departamento de Genética.

Merda! Merda!

Solicitam escolta para o extremo sul da cidade, de onde retirarão amostras biológicas.

Que monte de merda é essa?

A assinatura da solicitação eu conheço bem! É do Gerente Cristiano Matarazzo!

Filho da mãe! Ele não pode ir lá! É o lugar mais perigoso da cidade. Qualquer um sem treinamento será morto se colocar os pés naquele lugar.

A visita tem que ser feita daqui a duas semanas.

- Soldado Fernandes!

Meu Comandante, lá vem.
Reprimo a vontade de revirar os olhos.

Senhor! - Continência.

- Essa solicitação de escolta ao extremo sul é sua. Monte a equipe e faça as coisas direito dessa vez! - ele sempre diz isso, mas não tenho falhas em meu histórico.

Sou muito boa no que faço. Seria melhor que ele como Comandante, sem dúvida!

Se Souza me deu essa escolta, significa que quer me expor, sabe ou deduz sobre mim e Cristiano, não confia em mim. Ele nunca confia em mim. Acha que eu vou fracassar. Mas vou mostrar a ele. Nunca falhei numa escolta, não vou começar agora.

- Sim, senhor!

Ele me dispensa com um gesto, como seu eu fosse um verme.

Porque Cristiano não me avisou que solicitou escolta? Qual o problema desse homem?

Santo Deus!

Souza sabe que vou proteger Cristiano a qualquer custo. Seu eu não fosse a essa escolta ficaria aqui, roendo as unhas e praguejando até que ele retornasse, seguro.

Merda!

Pego as rotas do dia e sigo para encontrar Elise, meu carro de patrulha.

Hoje faço a ronda sozinha.
Souza diz que é por causa da calmaria. Mas a calmaria chegou a pouco tempo. Fazemos rondas sozinhos há anos. Souza adorava colocar nossas vidas em risco.

Só que hoje prefiro ir sozinha.
Não ia suportar Tetso falando e cantando o tempo todo.

Tetso é meu parceiro de ronda. É forte, tem traços asiáticos no rosto e voz de trovão, mas quando estamos sozinhos ele age como uma criança. Fala alto, dá gargalhadas o tempo todo e canta.

Hoje não estou com humor para isso.
Aguardo o horário de inicio da ronda sentada em Elise, meu carro de patrulha.

Se tudo for calmo hoje, estarei de volta as duas e meia da tarde, então poderei almoçar tranquila. Cristiano sai às três da tarde e vamos falar sobre essa merda toda de sair do Complexo.

Inicio minha ronda pontualmente, como sempre, para observar as ruas vazias, a grama invadindo e escondendo as calçadas. As casas, prédios, comércios e parques abandonados. Uma cidade presa na morte e destruição que caiu sobre ela há dez anos.

Eu era uma menina. Mal havia chegado a adolescência.

E minha cidade ainda não se recuperou daqueles horrores.

É raro ver alguém do lado de fora. É sempre mais fácil encontrar os corpos sem vida, mas de vez em quando acontece. As regras permitem que levemos mulheres e crianças encontradas vivas para o Complexo. Os homens são alimentados e ignorados depois disso. São rotulados como doentes, não servem como força de trabalho.

Nunca foi justo. Jamais será.

Termino a ronda, frustrada, como sempre! Não vi ninguém.

Ao passar por uma rua, tenho a impressão de ver um vulto. Faço a volta e entro na rua estreita e fétida.
Vejo uma figura negra, cabelos desgrenhados, esquelética mexendo no mato alto da calçada. Está coberta por um pano muito sujo que um dia já foi vermelho.

Aquela rua fede muito. Fede a dor, morte, decadência.

Quando estou a pouca distância, a figura me olha nos olhos, mas vira o rosto.

- Ei!

É uma mulher e tenho a impressão de conhecê-la. Não tenho certeza. Ela me olha de novo e começa a correr.

Aqueles olhos. Jamais esqueceria do desprezo naqueles olhos.

- Suzana! Espera! - berro, mas ela não para de correr.

É a mulher do meu pai, minha madrasta!

Onde estão meus irmãos? Meu pai?
Corro atrás dela.

Depois de duas quadras ela entra em um buraco sei lá aonde.

Eu a perdi!

Praguejo do fundo da alma.

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