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Limpando a Casa


Estava esperando você, Capitã. - Sato diz, me oferecendo uma cadeira.

Cristiano senta ao meu lado e segura minha mão. Sato anda de um lado para o outro no espaço a nossa frente. Vejo o Cetro Solar em seu apoio, na lateral da mesa dela. Um item interessante, reluzente e dourado, mas não parece caro, nem de ouro ou outro metal precioso.

- Eu mesma não imaginava que viria aqui para conversar sobre Souza.

Por que até essa manhã, não imaginava mesmo.

- Já fez isso uma vez. - ela lembra.

- Naquela ocasião, eu não tinha outra opção.

Sato me encara, incrédula.

- E qual seria a outra alternativa, neste momento? - ela questiona.

- Deixar que Souza faça o que achar que deve. Tecnicamente, ele é um problema do Conselho, não meu. Você deveria resolver isso.

Cristiano aperta minha mão. Está me repreendendo, silenciosamente.

- Tem razão. - ela diz. - É um problema meu. Therence não tem mais voz aqui. Nem Lucas. Sou eu quem precisa resolver.

- De qualquer forma, estou aqui porque ouvi dizer que você quer que eu seja a próxima no comando de operações externas e os soldados gostam da ideia. - explico.

- Você é bem direta. - ela constata.

- Nem faz ideia. - Cristiano sussurra.

Sato senta a nossa frente, me dando total atenção.

- O posto é seu. Pode começar a estudar depois que assumir. Não temos tempo para fazer diferente. - ela diz.

- Por que eu? - questiono. - Por que você não tira Souza do posto primeiro?

- Por que você é a melhor líder que a Força Militar tem. E... Souza não vai sair. Jamais vai deixar o cargo. A não ser que alguém o arranque de lá.

Claro. É disso que ela precisa. Que alguém tire Souza do caminho.

- De fato, reclamações chegam até aqui. Dos médicos que atendem soldados inconscientes, principalmente. Dos militares de cargos com igual poder ao dele, nunca dos que ele lidera. Você foi a única, por anos. É a que tem mais coragem para fazer isso.

Isso é bajulação, não é a verdade.
Mesmo assim, não vou desmentir.

- Quero garantias de que posso confiar em você, já que, pelo caminho que essa conversa tomou, vou ter que tirar Souza do comando por meu próprio esforço. Quero garantias de que serei comandante quando ele não for mais um incômodo.

Sato sorri de um jeito estranho.

- Vou chamar o General Thomas e o Marechal Cádis. - ela diz.

Às cinco para dez da noite, a cozinha da ala militar está lotada. Gordo ainda serve alguns homens que acabaram de chegar das rondas. Todos que estão aqui receberam o chamado do Almeida.

Estão silenciosos e observadores, todos eles. Fico de pé, sobre pia.
O silêncio é total.

Antes que eu diga qualquer coisa, vejo os patrulheiros baterem continência. Os outros acompanham. Se respeito ou reflexo, não sei.

- Se alguém aqui não concorda com o fato de que darei as ordens a partir de agora, saia.

Nenhum deles se move. Há mais de trezentos homens aqui.

Gordo espera meu sinal para acionar a trava eletrônica. Ninguém se manifestou, então ficaremos aqui até que eu decida encerrar a conversa.

- Sou capitã das Patrulhas, a maioria sabe disso. Meus homens, à direita... - indico com a mão onde Almeida e a equipe estão. - São de inteira confiança. Ordens dadas por eles são ordens minhas. Se tiverem objeção quanto a isso, dispenso seus serviços.

Nada. Acho que nem mesmo eles respiram. O colete do uniforme parece menor em mim. Estou suando.

- Souza tem sido cruel em todas as suas ações. Vocês sabem que ele tinha a aprovação do Conselho e agora não tem mais.

Respiro fundo. Sempre fui péssima com discursos. Isso não mudou.

- Faria e Ferreira me procuraram e estão esperando por mim. Mas não farei isso sem o apoio de vocês! Não quero assumir uma corporação que esteja contra mim ou a favor do esquadrão de Comando do Souza.

Silêncio total. Respiro fundo. Ouço um grito entre eles.

- Quem serão os homens do seu Esquadrão de comando?

Não consigo identificar quem fez a pergunta.

- Almeida será a segunda voz. Filho. - eles sobem na pia, conforme digo seus nomes. - Tetso, Júnior e Costa. Esse será o novo esquadrão de comando. Não mexerei nos outros postos, enquanto Souza não for demovido.

- No que você é melhor que Souza? - outro grito.

Dou de ombros.

- Estão aqui mesmo sem saber essa diferença? Que tipo de soldados são?

Um burburinho cresce entre eles. Almeida alcança duas panelas e bate uma na outra. O silêncio se faz outra vez.

- Lana aceitou a convocação do Conselho em ser Capitã, amenizando nosso fardo. Tem lutado para proteger os patrulheiros das punições de Souza. Não é por isso que estão aqui? Não foi isso que ouviram? - Almeida pergunta, olhando todos eles.

Ouço murmúrios afirmativos.

Um homem sobe em uma cadeira. Freitas, é patrulheiro.

- Ela me ajudou com meus filhos. Assumiu a responsabilidade de deixá-los entrar no Complexo. E recebeu a punição no meu lugar! - Freitas confessa.

Os filhos deles eram adultos.
Mas sofreram nas ruas para permanecerem juntos e encontrarem o pai. Que tipo de pessoa eu seria se deixasse essa família separada, depois do que vivi?

- Ela foi parar no combate corpo a corpo com os recrutas, porque eu esqueci de preencher um relatório! - Outro patrulheiro confessa, Moura, provavelmente.

- Ela tirou minha mulher e minha filha das ruas. - Almeida diz, colocando a mão em meu ombro. - Estão seguras e próximas de mim, por causa dela.

O barulho entre eles aumenta. Almeida bate as panelas. Respiro fundo.

- Não sou perfeita, não esqueçam disso. Mas tenho suportado dias difíceis para que meus homens não enfrentem as crises de humor do atual comandante. Se me apoiarem, lutarei pelo direito de terem família, serão respeitados como devem ser, serão ouvidos, terão apoio quando acharem seus parentes do lado de fora! O que mais querem?

- Derrubar Souza! - eles começam a gritar, de forma aleatória.

Espero a euforia passar e o silêncio surgir.

- Às duas da manhã, terei uma reunião com Faria e Ferreira. Veremos o que eles têm para mim. Quero dois representantes de vocês para acompanhar a reunião e espalhar as notícias.

O soldado Freitas e o soldado Peixoto, da detenção, levantam as mãos e batem continência.

Eu tenho os homens a meu favor, conquistei o respeito deles.

Não tinha me dado conta do que isso significa. Do que posso fazer.

Vejo esperança em muitos dos rostos. Eu não sou boa com discursos. Sou melhor com minhas ações. Eles sabem disso, se realmente me observam desde o início.

Todos batem continência. Incluindo os homens as minhas costas. Com um gesto, peço que Gordo destranque a porta.

- Que suas ações sejam as mesmas de todos os dias, como se nada estivesse acontecendo, até segunda ordem. Estão dispensados, soldados!

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