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Falta de Sorte

O relógio marca 19 horas quando saímos do quarto para ir jantar com Gordo. Não gosto de atrasar, mas Cristiano não me deixava colocar a roupa depois do banho.
Quando estamos esperando o elevador, vejo uma loira deslumbrante de jaleco se aproximar de nós. Ela olha nossos dedos entrelaçados.

Ela não me olha nos olhos, mas olha nos olhos do meu namorado.
Algo em mim se agita.
Quando ela está perto, olho a inscrição em seu jaleco. Ela é da equipe de Cristiano.
Peço a Deus que não seja Carla. Mulher fabulosa. Seu loiro parece natural, lindos olhos verdes, um corpo esguio. Seios pequenos, mas tem um bumbum bonito.

Não consigo disfarçar.
Eu a olho dos pés à cabeça.
Olho para Cristiano. Ele continua com o sorriso e acena para a mulher. Ela acena de volta, imitando o gesto dele e olha nossas mãos de novo.
A loira está incomodada com nossas mãos dadas.

Não, ela não é a Carla. Deus, que ela não seja a Carla. Ela é muito bonita. Não posso acreditar que ela trabalha o dia todo com meu namorado.

O elevador chega e nós três entramos. Estou desconfortável, não consigo deixar de olhá-la.

Na cozinha de Gordo, entramos de mãos dadas e todos que estão na cozinha nos olham. Oliveira é um deles. Vou até o Gordo que está de boca aberta nos olhando.

- Parabéns, Princesa! Estou orgulhoso!

- Obrigada! Estava com saudades de vir aqui.

Beijo sua face e o abraço apertado.

- Cansou da comida da elite? - ele ri.

- Sabe que gosto mais da sua? Eu só não apareci antes porque não queria ficar longe dele.

Nós dois olhamos para Cristiano, conversando com um soldado da detenção, Calani.
Sempre sorridente e simpático. Cristiano é cativante.

- Então vocês oficializaram? Já fez o informe?

O informe. Preciso comunicar minha saída da Corporação. Mas não antes da escolta. Só vou pensar nisso quando tiver retornado da última escolta.
Última escolta.
Afasto o pensamento.

- Amanhã farei. Olhe o que ele me deu.

Mostro a aliança de corda e miçangas. Gordo me olha, surpresa brilha em seus olhos e ele sorri.

- Vocês merecem!

Beijo sua face gorda.

- Obrigada! Você ajudou muito! Desde sempre, mesmo quando eu não sabia sobre o que ele sentia.

Gordo me afasta, sorrindo.

- Vá comer antes que acabe! E leve seu namorado simpático. Eu já comi vocês demoraram muito.

- Cristiano! - eu chamo enquanto pego dois pratos fundos. - vem comer!

Ele sorri se despede do soldado Calani e vem em minha direção.
Nos servimos de sopa de mandioquinha. Sentamos com Gordo que começa a conversar sobre mulheres com Cristiano. Eles riem muito. Não falam de mim, falam sobre coisas que homem repara em mulher, do que gostam, do tipo físico ideal.

Penso na mulher que vi mais cedo, no elevador. Meu sangue ferve. Ela é o "tipo ideal" de muitos. Não do Cris. Não se ele está comigo, mesmo com a paixão que a loira sente por ele.

Fico em silêncio, olhando os dois conversarem. Apesar dos pensamentos infelizes sobre a loira, gosto de observar a interação dos dois.

Cristiano e Gordo se entendem tão bem. Entram de um assunto em outro sem piscar.
Antes de voltar para o quarto, beijo e abraço meu Gordo favorito.

Passo no meu quarto para pegar um uniforme limpo e dou uma olhada nas folhas de rotas que deixei na mesinha. Vejo o envelope com as recomendações do Conselho. Levo-os comigo.

Quando saio do meu quarto vejo Souza no corredor. Ele olha para mim e depois para minha mão. Meus dedos estão entrelaçados aos de Cristiano. Eu não ligo. Amanhã farei o informe. É bom que ele saiba.

Vamos para o quarto de Cristiano. Mal ele tranca a porta e estão batendo. Cristiano abre a porta e conversa com alguém, ouço voz de mulher. "Ela" está nervosa. Irritada é a palavra.

- Preciso falar uma coisa, sobre a pesquisa. É importante.

Ele olha para mim.

- Já volto. - e sai.

Reprimo a vontade de ir atrás dele. Espero, deitada na cama. Olho meu desenho pendurado na parede, sobre a porta.
Cristiano me ama.

Não preciso ter ciúmes. Não preciso ter ciúmes. Não preciso ter ciúmes.
Estou cheia de ciúmes.
Merda! Muito ciúme.

Quem é aquela mulher?
Carla?
Cristiano demora. Quando volta, está visivelmente irritado, acho que mais do que eu.

- Qual o problema?

Ele passa a mão pelos cabelos, olhando o chão.

- Você não vai gostar de ouvir isso. Mas quero que considere. Não quero brigar, não com você. Sei que pode me proteger!

Levanto da cama. Ele olha para mim.

- Fala logo.

- Carla não quer ir amanhã. Ela desistiu de ir no meu lugar.

Maldita!

- Por que?

- Por sua causa.

A culpa tinha que ser minha!

- Como assim?

- A moça que pegou elevador com a gente, mais cedo. Você viu a loira. Ela é a Carla.

Merda! Inferno!

- E daí? Não entendo! Qual o problema?

- Ela nos viu juntos, Lana. Perguntou sobre nós e eu disse a verdade. Ela tá com ciúme de você! Eu expliquei porque não vou, mas ela não quis entender.

Eu sempre estrago tudo.

- Obrigue ela a ir. Você é chefe dela!

Ele revira os olhos.

- Não posso. Não trabalho assim. Você sabe disso.

Nerd e gentil. Minha vez de revirar os olhos.

- Você vai, então?

Pergunta idiota e desnecessária. É claro que ele vai.

- Não posso desperdiçar todo o trabalho. Não posso mandar outra pessoa sem experiência e sem conhecer o projeto. Ela é a pessoa certa para me substituir. Nem acredito que ela está colocando o pessoal acima do trabalho desse jeito.

- Eu faria pior!

Ele me olha, assustado. Meu tom de voz é ameaçador.

- Eu atiraria nela. Jamais colocaria você em risco, mas mataria ela se pudesse. Nem meu, nem dela.

- Não precisa matar ninguém! E para de falar assim. Tá me assustando.

- Ainda não acredito que vou ter que proteger você amanhã. Essa ideia me assusta. Você, correndo perigo. E se eu falhar...

Cristiano me abraça. Beija minha testa.

- Eu sei que vai me proteger. Confio em você.

- Me prometa que vai parar com essas ideias de buscar plantas tão longe depois que eu sair da patrulha!

- Prometo! - ele sussurra.

Praguejo. Muitos problemas para um único dia.

- O que foi?

- Oliveira vai na escolta, esqueceu?

- Filho da puta!

- Boca suja!

- Você pode e eu não?

- Isso mesmo. Faça o que digo, mas não faça o que eu faço. Minha vó dizia muito isso!

Rimos juntos.

- Vamos deitar. Quero ficar grudado em você até a hora de sairmos. Amanhã é nosso grande dia!

Seu eu não tivesse andado com ele por aí, de mãos dadas, de aliança no dedo... Podia ter esperado mais um dia, mas...

Não me arrependo. Eu o amo, não vou mais esconder isso de ninguém.
Suspiro.

- Não sei o que podia ter feito diferente para esse dia parecer menos assustador!

- Relaxa Princesa! Vem para cama comigo!

Tento afastar a preocupação, enquanto estamos deitados, conversando.

- Quem fez aquele desenho meu? É tão bonito, bem real.

Ele sorri largo.

- Eu! Quem mais pode ver aqueles olhos brilharem daquela forma?

Verdade!

- É lindo! Você é bom em tantas coisas. Quem fez essas alianças?

Toco a aliança dele. Acaricio sua mão. Beijo seus dedos.

- Eu de novo.

Olho para ele. Relaxado, calmo e sorridente. Peço a Deus que não permita nunca que esse homem me deixe. Que eu morra primeiro.
Afasto o pensamento doloroso.

- Você é muito foda. Quero ser como você quando crescer.

Cristiano ri. Cheira meus cabelos. Penso em agradá-lo.

- Amanhã vou lavar os cabelos. Vou parar de deixar liso por um tempo.

Cristiano levanta meu rosto e beija minha boca.

- Quer me mimar, Princesa?

- Por que não? Você faz minhas vontades o tempo todo.

- Eu acho ótimo! Não estou reclamando.

Estou tensa. Não quero descontar nele.

- Desculpe.

Me aperto contra ele. Cristiano aperta seus braços ao meu redor.

- Tudo bem... Só fica calma, tá? Vamos mudar de assunto... Eu gosto de saber que pensa em ter filhos comigo.

Sorrio e olho em seu rosto lindo.

- Pensou em um anel de ouro e não considerou o pacote completo?

Ele ri. O riso rouco mais gostoso de se ouvir.

- Não pensei. Sério. Mas adoro criança. Quero umas cinco.

- Que? - berro, erguendo os braços.

Ele ri mais um pouco.

- Cinco. Porque não? Ser filho único é meio chato.

- Cinco? Eu não vou parir esse monte de criança! - esbravejo.

Ele acaricia meu rosto.

- É brincadeira, Princesa. Dois é um ótimo número.

- Engraçadinho!

Ele beija minha boca, com doçura e carinho.
Por um momento, me permito esquecer as preocupações.

- Dois é um número maravilhoso! - concordo.

Demoro muito para dormir.
Fico observando o sono de Cristiano. Ele dorme tranquilo, sereno, lindo! Suspira muito durante o sono.
Parece feliz!

Olho o envelope do Conselho na mesinha. É uma opção, afinal. Com consequências drásticas, mas... ainda posso procurar por meus pais.
Se Souza permitir que eu assuma o posto.
Ele pode dizer não, mesmo com a recomendação do Conselho.

Acho que durmo por duas horas somente.
Às seis da manhã o relógio nos acorda.
Vamos para o banho juntos e ele lava meus cabelos. Como prometido, eu os deixo cacheados, indomáveis e bonitos.
Cristiano vai buscar café enquanto eu arrumo a cama.
Sei que não deveria temer. Sou ótima no que faço e tenho os melhores comigo, com exceção de Oliveira, claro.

Não é implicância.
Não sei porque ele ainda está na patrulha. Não tem muita experiência com escolta, apesar de ter entrado na Corporação antes de mim. Não faz ronda sem o parceiro. Isso quem me contou foi Almeida, que também não gosta da ideia de trabalhar com ele. Pelo jeito deve ser protegido de Souza ou de alguém que manda mais.

Tomamos nosso café e cada um vai encontrar sua equipe. Cristiano me dá um beijo apaixonado antes de ir.
Sinto um grande desconforto ao me afastar. Sempre sinto, mas hoje a coisa tira minha concentração. Cristiano é meu ponto fraco. E vai estar em risco hoje. Todos nós vamos, mas o fato de ele estar junto me deixa vulnerável.

Sou um militar de merda! Preciso me acalmar!

Ao chegar à ala militar encontro minha equipe pronta. Olho no relógio. Quarenta minutos de antecedência. Eles me conhecem! Todos os cinco são eficientes.

- Bom dia, soldados. - cumprimento.

Todos batem continência.

- Senhora! - eles dizem em coro.

- Oliveira, quero o blindado aqui para última vistoria.

- Sim senhora. - ele responde e sai.

- À vontade - digo aos outros. - o Departamento de Genética vai se reunir a nós daqui a alguns minutos.

- Qual a previsão de retorno, senhora? - Almeida pergunta.

- Retorno as 11 horas, soldado. Eles terão uma hora para executar o trabalho.

- Senhor, a solicitação pede duas horas de execução. Não chegaremos aqui às onze! - Costa diz.

- Eu reduzi o tempo. O local é todo cercado por mata. É perigoso para eles e para nós. O gerente do departamento está ciente. Se aproximem, quero dizer algo importante.

Eles se aproximam e aguardam. Podem pensar o que quiser de mim, mas me respeitam. Sou igual a eles.

- A escolta de hoje será a última do meu histórico! Vou me afastar da corporação. - vejo expressões surpresas. - vocês devem saber o motivo. Espero que, como sempre, executem suas funções com zelo e eficiência. Essa é a escolta mais importante de minha carreira. Por favor, não me decepcionem. Tenho os senhores na mais alta estima profissional, por isso os convoquei. Eu os respeito e os admiro. Obrigada por colaborarem.

- Não devia sair. Pode se candidatar a Capitã e nos aliviar do fardo que nosso comandante se tornou. - Almeida sugere.

Estou surpresa que ele tenha pensado nisso. Não falei da recomendação que recebi para ninguém, além do Cris e sei que meu príncipe não espalharia isso por aí.

- Souza é bom no que faz, por mais difícil que seja. E mesmo como Capitã da patrulha, ainda teria que me reportar a ele e fazer com que vocês obedecessem às ordens do comandante. Prefiro falar com Silva.

- E desperdiçar seu talento para as ruas e liderança com monitoramento? Está cometendo um erro! - Costa diz.

Estou ainda mais surpresa. Costa nunca diz nada, nunca deu indícios dessa admiração.

- Agradeço o elogio, mas essa decisão não é só minha. E há muitas coisas em jogo. Não posso ir contra as regras do Complexo.

- Vai se arrepender moça. - Filho diz.

- Talvez! Só não posso continuar na mesma função. Não quero arriscar o que demorei mais de dez anos para encontrar. Mesmo que não entendam espero que respeitem minha decisão. Isso é tudo!

Oliveira chega com o blindado e eu supervisiono a última vistoria.
Tudo certo. Júnior trabalhou nos detalhes.

Cristiano chega com sua equipe. Ele cumprimenta os soldados e vem até mim, aperta minha mão, entrelaça seus dedos nos meus. Meu coração dá pulos de ansiedade.

- Tudo pronto?

- Sim. Coloque sua equipe no blindado. Os soldados ajudarão com os cintos.
Cristiano sorri e morde o lábio inferior.

- Voz de militar sexy. Gosto disso!

Sorrio de volta, beliscando seu braço de leve.

- Eles não querem que eu saia. - aponto minha equipe. - Oliveira não sabe de nada. Não falei na frente dele.

- Eles admiram você!

- Querem que eu me candidate a Capitã, para aliviar o lado deles em relação ao Souza.

Cristiano me olha nos olhos.

- Não faz essa cara. Eu não quero esse tipo de responsabilidade. E não quero enfrentar Souza. Ele não joga limpo.

- Pode pelo menos pensar no assunto? Você tem a recomendação do Conselho.

Suspiro. O que ele pede que eu não faça?!

- Ok. Vamos, coloque sua equipe no blindado. Junior intercale os assentos. Vamos nos mexer. Quero rodar no horário. Almeida na frente, junto com o gerente Cristiano. Agora!

E todos se mexem. Oliveira colabora e ajuda com os cintos. Todos estamos prontos dez minutos antes do horário.

- Costa de olho no relógio.

- Sim, senhor!

- Não a deixe desperdiçar todo esse talento. Por favor! - Almeida diz a Cristiano.

- Não vou deixar. Ela tem uma recomendação do Conselho. - ele responde.

Ah, Cristiano bocudo!

- Calados, os dois. - eu digo.

- Sim, senhora. - eles dizem em coro.

Eu olho para Cristiano. Ele pega minha mão.
Às oito em ponto nós saímos do Complexo. Dirijo com firmeza e rápido. Quero voltar logo. Todos estão silenciosos. Estou com medo, mas acho que disfarço bem.

Chegamos ao local da planta em menos de uma hora, quinze minutos antes do previsto. Duzentos e sessenta quilômetros percorridos em quarenta e cinco minutos. Estou satisfeita comigo mesma!

Todos descem. Minha equipe se posiciona e a equipe de Cristiano começa a trabalhar.
O dia está lindo. O sol quente, o cheiro de natureza aqui é predominante, diferente do cheiro de aço, madeira e corpos em movimento da ala militar.
Eu apreciaria mais o dia, o sol, o ar, se não estivesse tão preocupada com o que pode acontecer aqui.

Área de mata densa. Fácil de alguém ou alguma coisa se esconder e nos atacar em um momento de fraqueza. Fácil de não notarmos nada de estranho, até que esteja no nosso nariz.

Meia hora depois estou fervendo de impaciência.

- Almeida, assuma a dianteira.

- Sim senhora!

Vou até Cristiano.

- Você tem meia hora!

Ele me olha, sorridente.

- Não precisa. Achei o que eu queria. Só vou recolher mais duas ou três e já vamos.

Cristiano me mostra uma planta escura com raiz e tudo.

- Ótimo!

Ouço folhas sendo chacoalhadas. Olho para cima e não vejo nada.

- Em alerta. Todos.

Olhamos todos os lados, todas as árvores, ouvimos cada som da mata.
Ouço um berro. E gritos.
Viro para ver o que tanto quis evitar.

Um corpo magro sobre Cristiano, que está agachado, se debatendo e sangrando.

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