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Complicações

Os dias estão passando rápido.

1. Já levamos as sementes e o maquinário agrícola que precisamos.

2. O armamento e munição também já foram.

3. O maquinário médico foi levado na última semana, em uma escolta requisitada por Cristiano.

Claro, eu não pude ir. Então Júnior acompanhou tudo.

Oliveira tem ajudado a camuflar as imagens das câmeras e disponibilizou homens de confiança para vigiar os portões, o que possibilitou acelerar nossos planos.

4. Hoje, levarão os suprimentos de higiene e material de uso doméstico.

5. E o último passo, móveis e roupas.

Depois poderemos sair daqui.

Uma semana.

É só o que falta para que eu possa ter meu esposo de volta, não aguento mais ficar sem ele.

- Lana... O que você tá desenhando? - Lucas pergunta.

Sorrio e abraço meu irmãozinho.

- Não estou desenhando. Estou trabalhando. E você, o que fez?

Ele sorri e me mostra sua folha. Uma árvore muito alta, com galhos grandes e folhas bem verdes. Ele deve ter visto essa árvore no banho de sol, já que não viu mais a rua desde que está aqui.

- Está muito lindo, Lucas. Você desenha muito bem. Eu vou fazer um desenho também.

Ouço Vítor gritar meu nome e a porta do dormitório bater. Ouço uma outra voz, madura e rouca, suave. Uma voz que eu reconheceria, mesmo depois de mil anos.

Pulo da cama e fico de pé, encarando meu esposo, sem acreditar no que meus olhos estão vendo.

Me jogo em seus braços e beijo sua boca com vontade. Atrás dele, vejo Anis, Tetso e Sato, entrando no meu dormitório.

Sato. No meu dormitório.

Sento na cama, sobre a folha em que estava escrevendo. Cristiano senta ao meu lado, colocando Lucas em meu colo. Vítor sobe na cama e abraça Cris pelas costas.

- Eles sentem muita falta dele, de verdade. - Sato observa.

- Sim, eles são como meus filhos. - Cris diz, beijando o rosto de Lucas, que sorri e mostra o desenho da árvore a ele. 

- O que te fez mudar de ideia, Conselheira? - Questiono.

- Eu não pensei neles. Achei que queria me afrontar, Comandante.

Eu queria. Mas não digo em voz alta. Sorrio.

- Que bom que enxergou isso.

Cristiano passa um braço sobre meu ombro, beijando meu rosto.

- Posso ter cinco minutos com minha esposa? - ele pergunta, olhando para Sato.

Ela concorda com um gesto e deixa o dormitório. Anis e Tetso a acompanham, fechando a porta. Cris me agarra, apertando Lucas entre nós, enquanto me beija profundamente.

Os meninos riem.

- Senti sua falta, mulher. Achei que ia enlouquecer! - ele sussurra, sem desgrudar a boca da minha.

- Eu vou ficar louca se disser que vai embora. Não aguento mais, Cris.

Ele olha em meus olhos e acaricia meu rosto. Solta meus cabelos e os cheira.

- Desculpe. Vou voltar. Só vim pedir que acelere as coisas. Quero ir na próxima semana. - ele cochicha.

Beijo sua boca mais um pouco.

- Por que vai voltar? Fica!

Ele faz Vítor sentar no meu colo e abraça a nós três ainda mais forte.

- Eu pedi que Sato me substitua. Disse que não suporto ficar longe de vocês e que ia largar tudo. Então, com a condição de esperar mais alguns dias, ela deixou eu vir te ver.

Ele nos solta e beija nossos rostos.

- Por que não veio de uma vez? Estamos acabando.

- Ela ameaçou colocar Carla no meu lugar. Meus colegas ficaram desesperados. Eles não terão como sair de lá sem mim.

Sato joga baixo.

Carla é uma criminosa, está em cárcere privado, Sato não permitiu que ela fosse para a cela que eu fiz questão de desocupar.

- Que maldita! - sussurro.

Ele sorri e me beija de novo.

- Seja cuidadoso. Não quero que dê nada errado.

Ele olha o dormitório, entulhado de móveis.

- Sinto muito. Ela quis tirar você do apartamento de qualquer jeito.

Sorrio e acaricio seu rosto.

- Tudo bem. Teríamos que deixá-lo, de qualquer forma.

A porta é aberta e Sato entra novamente.

- Vou levar os dois para dormir comigo. Eu os devolvo amanhã, Lana. Prometo. - ele diz.

Sorrio e concordo. Vítor e Lucas começam a procurar roupas e brinquedos para levar. Eu fico observando meu amado, sem poder conversar.

Mas ele entende meu olhar. Entende que terei saudades ainda maiores, depois de vê-lo tão lindo. Entende que as noites serão ainda mais difíceis, por saber que nossa fuga está próxima.

Antes de sair, Cris me beija. Olha em meus olhos, cheira meus cabelos e diz que me ama.

Assim que me deixam sozinha, deixo passar o choro que estou segurando há meses.

As coisas estão dando certo. Certo demais, eu diria. Algo me diz que fizemos tudo muito fácil. É claro que sofremos. Eu sofri, todos esses dias longe do meu esposo. Meus homens sofreram, trancados aqui, sem poder fazer ronda, com os nervos à flor da pele.

Sofremos mais ainda por não poder circular no Complexo, confinados a ala militar.

Mas nossa saída daqui ainda parece fácil. Não que eu tenha autorização para ir. Ainda não confrontei Sato. Sei que essa será a parte mais difícil.

Só falta o último passo, que pode ser feito quando sairmos daqui.
Se Sato permitir que levemos os blindados. Os blindados que passam agora por manutenção, sob minha supervisão.

- Comandante! - Ouço Bianca chamar.

Ela bate continência assim que viro para vê-la.

- Pode falar.

- O Capitão Almeida quer confirmar os últimos passos, quer saber se está disponível.

Almeida. Tentando reaproximação, algo que não sei se quero ou posso.

- Tetso tem o roteiro, peça a ele que passe tudo a Almeida.

Ela concorda, bate continência e hesita em sair.

- O que mais você quer dizer? - pergunto, andando pela oficina.

- Matos disse que não serei condecorada como soldado. Sato não permitirá se ficarmos e se sairmos daqui, não haverá militares lá fora.

Reviro os olhos e respiro fundo. Tanto com o que se preocupar, eles tem que fofocar sobre isso.

- Ele tem razão. A carreira de vocês, a minha, acaba quando sairmos. Mas... talvez... Sato permita que seja condecorada, se escolher ficar do lado dela.

Ela hesita novamente.

- Como vão se organizar lá fora?

Dou de ombros.

- Seremos como uma comunidade. Se eles quiserem, manterei a liderança, se não quiserem, escolherão outros.

- E continuará protegendo essa gente mesmo que não te escolham como líder?

- Sim, não vou faltar com minha palavra.

- Se eu decidir ir com vocês... Posso ajudar a defender a nova comunidade?

Olho em seus olhos.

Eu fui dura com ela, disse que ela não era digna de estar entre nós, que não merecia ser condecorada. Eu fui rude demais, mas tinha razão. E Bianca melhorou consideravelmente depois daquela bronca.

Ela merece saber uma resposta.

- Eu não acho que seja ridícula por ser mulher e ser casada e ter crianças... - ela diz. - Eu só não quero que me vejam como uma fraca se eu desejar ter tudo isso.

- Eles não me vêem como uma fraca. Estão ao meu lado nessa luta. Você vê isso, não vê?

Lágrimas. Posso ver em seus olhos. Elas não caem, mas são visíveis.

- Você não é aleijada, não foi recrutada por que seu pai é Capitão de Comando.

Respiro fundo. Sento e faço com que Bianca sente a minha frente.

- Você não está aqui por causa do seu pai. Ele não realizou prova nenhuma no seu lugar. Você errou na Cec e tem que arcar com as consequências dos seus erros e sobre seu pé... Ele não te deixa fraca, te torna ainda mais forte. Olha tudo o que você fez desde que entrou aqui, mesmo com o pé quebrado.

Ela deixa as lágrimas passarem, relutante, com a feição dura.

- Não deixe as pessoas dizerem o que você é. Nunca. O que eu te disse aquele dia, disse por que queria te fazer enxergar coisas que você não conseguia ver.

Ela respira fundo, contendo as lágrimas.

- Sim, Bianca. Você mudou muito, para melhor. Não te vejo discutindo com Matos, está mais tolerante com os outros e tem ajudado minha causa muito mais que meus homens. Se decidir sair, terá um lugar ao meu lado, para defender os que vão sair comigo.

Ela sorri torto e fica de pé, batendo continência.

- Se as coisas fossem diferentes, você seria condecorada como Soldado. - confesso.

Seu sorriso aumenta.

- Aposto que Matos concorda.

Ela murcha, fingindo indignação. Sorrio.

- Ele disse que gosta de mim. - ela sussurra.

Mal consigo ouvir.

- A gente se acostuma com o seu mal humor.

- Ele gosta de mim como o nerd gosta de você. Ele disse isso.

Eu desconfiei disso. Desde o início.

- Cultive, se sente o mesmo. Corresponda. Mas não mude. Nunca. Por ninguém.

- Você não mudou pelo seu marido?

- Não mudei. Passei a ver as coisas de forma diferente, por que eu tinha uma visão muito limitada da vida e ele e seu pai abriram meus olhos. Mas sou a mesma por quem ele se apaixonou.

E não me envergonho disso.

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