Capítulo 9
Lucy Gallagher
Observo o terreno completamente vazio que tem mais afastado do centro e aperto a pasta de couro que Dylan me deu, ele está mostrando o terreno para um dos clientes e eu estou ouvindo de longe.
-É um terreno bem grande, mas estava esperando maior.- fala calmo.
-Bom, próximo da cidade, só isso.- Dylan fala sério e percebo que o homem fica com cara de bunda.
-Talvez se houvesse um prédio abandonado que eu pudesse comprar, já seria melhor.- ele explica.
-Isso é...- Dylan olha para mim quando limpo a garganta.
Maneio a cabeça e ele franze a sobrancelhas confuso quando tento pedir com que ele seja mais social, o cara só precisa de uma bajulação e esse terreno vai ser o meljor investimento da vida dele.
-Quer falar algo, Lucinda?- pergunta.
-Na verdade, se não for me intrometer muito...- me aproximo.- O que você vai fazer com o terreno?
-Estacionamento.- explica mais calmo.
-É perfeito aqui.- aponto para o chão.- Olha aquele salão.- aponto.- Está cheio de pessoas. Aquela loja de ioga? Vai dar dinheiro.
-Tem razão.- ele repensa.
-O Sr.Griffin escolheu um dos melhores para você.- falo e Dylan parece surpreso quando o homem olha para ele agradecido.- Sinceramente, ele recusou uma oferta para mostrar esse a você.
-Já tem ofertas?- pergunta surpreso.
-Sim...- Dylan fala quando bato meu ombro no braço dele.- Muitas, na verdade.
-Eu...- ele olha envolta.- Eu vou ficar com ele, pago adiantado e a vista o cinco vezes o valor mais alto.
-Nossa.- Dylan fica surpreso e eu abro a pasta de couro.- Bom vamos achar um lugar para apoia isso.
Dylan o leva para longe e volto a olhar ao redor, tem algo que eu sempre faço que não consigo me conter, essa coisa é imaginar as fotos do ligar em que estou. Esse parece não ter muito sucesso, mas consigo encontrar alguns pontos em que poderia bater uma foto incrível.
Sinto falta da minha câmera, lembro que parei de bater fotos quando terminei com Rose, ela que ne incentivava a bater várias fotos. Agora eu estava aqui e isso tudo parecia muito distante para mim.
-Ei.- Dylan chega ao meu lado.- Ele foi pega o cheque. Como você fez aquilo?
-Sangue Gallagher nas veias.- falo e logo meu sorriso fecha.
-O que?- me observa.
-Nada.- limpo a garganta.
-Essa ajuda já foi parte do plano?- pergunta.
-Talvez.- mexo os onbros.- Sabe o que seria melhor ainda?
-Não.- começa a ficar sério.
-Ir no aniversário da Joana.- sorrio, ou tento.- Vai ser em um bar e você pode conhecer mais as pessoas do seu setor.
-Eles me odeiam.- fala baixo.
-Uma ótima oportunidade para virar as opiniões.- mexo a cabeça.
-Você vai?- pergunta e fico surpresa.
-Eu...eu não ia.- falo baixo.- Tinha algumas coisas para fazer. Na verdade, vou passar a noite organizando e atualizando a lista de locações vagas.
-Eu posso ajudar você.- se oferece e semicerro os olhos.- Passamos no aniversário dessa tal Joana e então levo você para casa para resolvermos isso.
-Acho que me levar em casa não é a melhor opção...
-Vamos, não é como se a gente fosse fazer aquilo de novo.- fala óbvio.- Sabemos que foi um erro.
-Ok.- assinto.- Vou usar a hora do almoço pars comprar um presente para ela, vou pegar seu cartão.
-Ok.- ele respira fundo.
-Sr.Griffin, achei.- ele vem desesperado como se fossemos vender para outra pessoa a qualquer hora.
-Ótimo.- Dylan sorri.- Vamos fecha logo isso.
Observo eles fechando negócios e afasto uma mecha de cabelo do rosto, mordo o lábio e volto a olhar para aquela paisagem. Limpo a garganta e coloco as mãos dentro dos bolsos do casaco, olho para cima e vejo que talvez chova hoje.
Só espero estar dentro de um carro ou já na empresa quando essa chuva começar, não quero ter que secar o cabelo para impedir que ele fique todo ondulado. Pelo menos fizemos um negócio muito bom e Dylan deve ao menos ficar feliz para falar bem de mim para Tessa, espero.
☽︎
Dylan Griffin
Termino de oficializar a venda e me levanto para ir até a estante de madeira encaixada na parede. Pego a pasta desde mês e a abro em cima da cômoda ao lado para anexar esse arquivo no dia de hoje.
Lembro como fiquei impressionado com o jeito de Lucy falar, ela realmente parecia uma profissional. Não gostava de estar errado, achava que aquela garota não tinha o jeito para vendas, mas estava completamente enganado sobre ela.
E eu ainda ganhei um cachê enorme.
Guardo a pasta e meu celular vibra dentro do bolso, pego rapidamente e vejo que é Kara, ela está perguntando se pode passar lá em casa hoje para transarmos. Por mais que seja tentador, não sinto muita coisa quando ela manda a foto seguinte com apenas a calcinha na frente do espelho.
-Voltei.- Lucy abre a porta.
-Merda.- bufo e ela para fechamento a porta.- Você não sabe bater?
-Não, perdi a mão.- ela fala grossa e travo o maxilar.- De nada, aliás. Ouvi dizer o cachê que você recebeu.
-Não vou agradecer.- cruzo os braços.
-Tá.- revira os olhos e coloca a sacola em cima da poltrona.- Estava andando por aí para ver o que Joana estava querendo e ouvi dizer que...
-Você ouve dizer muito, não?- levanto as sobrancelhas.
-Eu sou invisível. Ótima para ouvir coisas.- ela explica e isso me faz olha para ela com mais atenção.- De qualquer forma, Joana estava querendo um perfume da Prada.
-Você comprou um perfume da Prada para uma das minhas funcionárias?- pergunto sentindo uma dor no coração.
-Nossa, você é rico mas pão-duro ao mesmo tempo.- ela faz careta.
-Não faz sentido eu comprar esse perfume...
-Você comprou e embrulhou.- ela coloca a sacola na minha mesa.- A festa é no endereço que eu enviei para você e também tem o horário.
-Passo na sua casa?- pergunto desviando o olhar.
-Não, eu vou de táxi.- explica.- Aí volto com você. Não vai beber, vai?
-Não.- balanço a cabeça.
-Ok, então.- ela começa a caminhar até s porta.- Lembre, é um bar, não um evento chique.
-Se que dizer algo, diga logo.- peço.
-Veste uma roupa mais...casual.- mexe as mãos.
-Terno é casual...
-Que tal uma camisa?- franze as sobrancelhas.- Voce deve ter camisetas, não?
-Eu tenho camisas sociais.- falo.
-Ah, é um desastre.- ela para e passa a mão pelo rosto.- Novo plano, eu vou até seu apartamento e o ajudo com a roupa.
-Isso já é muito pessoal.- falo.
-Ok, então vai com terno e seja visto como um mimadinho.- ela vira para abrir a porta.
-Ok.- falo e Lucy vira sorrindo.- Passa no meu apartamento.
-Certo.- abre a porta.- Até mais tarde.
-Até.- observo ela ir.
Volto a olhar para o celular e vejo que Kara me mandou mais mensagens perguntando se eu vou responder ou não. Então digo a ela que hoje não posso e logo guardo o celular para não ficar muito distraído com nada daquilo.
Vou para uma festa de aniversário, então.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro