Nota
Mais um livro que eu curti escrever.
Não desceu para o computador tão fácil e redondinho quanto "Sozinha!" e "A Guerra de O–Zaion", mas não foi desagradável de se trabalhar, ao contrário de "A Herança de Fenris" que foi uma verdadeira tortura.
Tenho alguns agradecimentos, menções, destaques e homenagens.
Alguns civis simpatizantes, militares e grupos de militares que realizaram um trabalho estupendo ao divulgar a cultura militar, à época em que este livro foi escrito.
No Brasil, cito Boris, o camarada, que permitiu que eu utilizasse algumas de suas imagens para homenagear as forças nacionais, nos stories que eventualmente crio para o Instagram. Ele honra e preserva o nome e a farda, sempre reverenciando os representantes de nossas forças! Meu respeito!
Menciono a equipe do perfil Combat rescue. Especializado em treinamento operacional para as forças armadas e acredito que de segurança também.
A equipe realiza treinamento médico em combate. Trabalho top de linha, que vale a pena ser acompanhado.
-------
Almanaque Militar é um perfil dedicado às notícias sobre o tema e são feras em história militar no Brasil e no mundo, apresentando informações preciosas.
Se você for escritor e precisar de pesquisa histórica sobre guerras e conflitos, vai encontrar muitas informações interessantes nas postagens deles.
--------
Quero destacar o trabalho dos guerreiros humanitários. Começando por:
Ephraim Mattos, médico, escritor, autor de Cidade da Morte (disponível na Amazon), veterano e sniper SEAL continua seu trabalho de ajudar pessoas em zonas de risco e em zonas de guerra. Fundador da Stronghold Rescue.
https://strongholdrescue.org/50cents
Eu acompanho as atividades deste grupo e posso afirmar que são muito sérios. Eu vi imagens e li relatos de emocionar e de revoltar sobre a situação que eles encontram, nos lugares onde prestam sua assistência. Assim como os Free Burma Rangers. Sério, vocês PRECISAM assistir o vídeo abaixo, que está legendado em português. Precisam ver com seus próprios olhos:
https://youtu.be/upcThpZo17E
Este documentário foi lançado nos cinemas.
Vale mencionar a atuação dos Shadows of Hope.
https://www.shadowsofhope.org/
Também quero citar os guerreiros humanitários. São militares, geralmente veteranos, que se tornam voluntários em diferentes ONGs espalhadas pelo mundo, retirando crianças de situações de risco, ensinando mulheres a arte da defesa pessoal contra os ataques de agressores, criando abrigos provisórios, do Iraque à Índia, da Venezuela ao Uruguai, da África à Turquia.
A cultura militar não se restringe à guerra. Envolve compromisso e serviço para com as pessoas vulneráveis, que necessitam de um braço forte e disposto a ajudá–las e até morrer por elas. Não é qualquer um que tem vocação para ser militar. Isso porque envolve sacrifícios pelo bem maior, pelas pessoas e pelo país.
Enquanto escrevia este livro, assisti várias notícias internacionais em que os valorosos guerreiros humanitários perderam a vida salvando imigrantes fugindo das guerras.
DESCANSEM EM PAZ!
–––
Devidamente treinados e preparados, os militares honram a pátria e fazem tudo para servi–la. Agora, quem está na cúpula militar e na cúpula política, precisam ser competentes o bastante, e não tão interesseiros, para lhes dar a direção certa.
A população consciente fiscaliza ambos e tem o poder de aproximar o militar da comunidade. Na minha infância, a relação do Exército com a nossa cidade era de parceria, de contribuições em diversas áreas, e de postura exemplar.
Sim, os militares da minha cidade eram os primeiros a dar o exemplo da boa educação e do trabalho em equipe. Eles faziam como os soldados romanos, construindo pontes durante as enchentes, para que a população pudesse continuar transitando com segurança, fazendo o transporte de mantimentos, quando a cidade ficava ilhada, ajudando aos moradores em risco. Eles também realizaram a vacinação de todas as crianças em todas as escolas da região, para deter as diferentes ameaças epidemiológicas que estavam circulando. Naquele período, eu tinha em torno de 6 a 7 anos. Lembro–me perfeitamente como os militares erradicaram uma série de vírus que continuaram a aparecer apenas em outros países, porque nosso território era devidamente monitorado.
Enfim... Hoje tudo é diferente. Não sei em detalhes o que o Exército brasileiro faz, atualmente. A minha descrição do Exército foi da minha infância. Uma época em que a educação valia alguma coisa e tinha mais qualidade. Sem educação, nem militares, nem civis funcionam direito. Mas estou me referindo especialmente à educação de berço, não só a instrução acadêmica. A educação não viciada nas vantagens da corrupção coletiva e endêmica.
Hoje, vejo um modelo familiar massacrado pelo controle social extremo e pela falta de interesse na cultura, na história, na arte e nas diferentes manifestações musicais. Existe um sucateamento e afunilamento cultural. Como o gado correndo por um corredor para o abate. A família se comporta assim, apenas correndo atrás do tempo, sem tempo para o diálogo e a cultura. Quando consegue escapar, confunde cultura com festividades. Circo e pão, numa pérpetua Roma. Não é exclusividade do Brasil, mas uma manifestação muito frequente em diferentes países.
A família eleitora tem o poder, mas está tão manipulada que não o reconhece mais. É a família que coloca nossos governantes no poder, mas sem lideranças positivas, sem uma família sólida em torno da infância e da juventude, o brasileiro não sabe muito bem o que fazer com esse poder.
Eu me pergunto até que ponto a família de hoje se importa com a formação dos educadores que cuidam dos seus filhos; ou a formação de seus médicos, engenheiros, advogados, dentistas e... Militares.
Sabe, é o professor que ensina todas essas profissões. Mas a família parece encarar o professor, hoje, como uma mera babá para seus filhos. Desde que o filho fique em algum lugar, enquanto os pais trabalhem, o resto não importa. Quanto ao professor universitário, trata–se de uma seara que não tenho tempo aqui para comentar. Basta dizer que tenho pena de nós, quando precisamos de um médico, seja particular ou público, formado pelos professores formados nos dias de hoje. Eu me lembro como era ser atendida por médicos de antigamente! Eu estou sendo atendida pelos médicos atuais e sou obrigada a filtrar metade da boboseira. Eles aprendem a incorporar a imagem do "sabe–tudo", achando que, assim, vamos engolir como verdade absoluta. Tudo é diagnosticado como virose; tudo basta tomar antibiótico e dipirona. Curioso, se existe toda uma campanha para que não façamos isso, ou as bactérias irão ficar cada vez mais fortes.
Alguns até dizem em alto em bom som que preferem não atender certos casos, porque algumas situações são "bucha de canhão". Isto é, são difíceis demais... Daí, eu me questiono se Hipócatres anda se revirando no túmulo.
Antes que o desabafo se torne maior e eu acabe contando mais exemplos do que testemunho por aí, todos os dias... Deixe–me voltar ao foco do livro:
Os militares dos meus livros refletem os militares que conheci na minha infância. Quando a família brasileira era outra. Quando a sociedade era outra. Quando havia outros valores. Note que eram valores que não refletiam o país todo, porque havia uma Ditadura em curso. Assim, eram cometidas atrocidades em diferentes lugares. Mas o Exército não era uniforme, isto é, não se comportava igual em todas as regiões e cidades.
Havia uma ideia geral da importância do trabalho honesto, da ética e da erudição. E essa ideia penetrava de diferentes maneiras, como penetra de diferentes maneiras hoje. A sociedade brasileira sempre foi muito desigual; como um prisma que reflete diferentes cores, dependendo do ângulo em que a luz do sol bate. Por isso é difícil generalizar, e é impossível nivelar os eventos históricos. Não dá para dizer que a Ditadura foi completamente ruim nem dizer que foi uma maravilha, quando se trata do nosso país. Isso porque a Ditadura causou muitos males a muitas pessoas. No entanto, generalizar é o que mais fazemos, e é errado, porque só vemos um lado da questão. No entanto, considerando o nível de fanatismo atual e o nível de conhecimento filosófico brasileiro, eu diria que qualquer discussão nesse sentido é infrutífera.
Para resumir, meus livros refletem a minha experiência e também alguns poucos militares que conheci durante a minha pesquisa. Todos referenciados ao longo dos três volumes.
GPI - Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal.
**************
Agradecimentos eternos aos SEAL, pelo que eles representam para o seu próprio país: sacrifício, patriotismo supremo, dedicação e persistência; um agradecimento especial a John B. Allen – veterano SEAL da equipe 8, sempre atencioso sobre as informações que ele tinha permissão para compartilhar a respeito da cultura SEAL. Ele próprio é um veterano ferido em combate, filho, esposo e pai exemplar, além de um grande empreendedor. Eu lhe desejo sucesso em seus projetos, John. Como todo SEAL, você não fica parado e está sempre se superando. Eu admiro muito esse espírito de nunca desistir, lutar para vencer, seja na vida ou no trabalho.
Valeu por ter me deixado participar como "aluna ouvinte" do grupo privado de treinamento dos jovens candidatos às forças armadas, mesmo que de maneira virtual, e também por ter me ensinado esse lance poderoso de "mindset".
–––
Já prestei meus devidos respeitos e homenagens. É hora de levantar acampamento, como diriam os ciganos... E por falar em ciganos... Fenris me absorveu como na lenda nórdica kkkkk Foi a próxima obra, depois de Wesak.
Falando sério: é hora de seguir em frente. Talvez eu escreva a história de Kurt, o K–novo, um dia, mas vai ser toda voltada para ficção científica.
Lua de Wesak encerra o meu ciclo de romances militares contemporâneos.
Mas nunca se sabe... Nunca diga nunca... E nunca sabe se todos os caminhos irão me levar a Roma e suas legiões...
Explicação sobre a narrativa da obra:
Lua de Wesak tornou–se um mosaico de tempos diferentes. Muito mais do que "A Guerra de O–Zaion", obra em que utilizo a mesma técnica. Por isso, se realmente quiser ler este livro, sugiro que preste atenção aos títulos dos capítulos a fim de acompanhar. Em Lua de Wesak, estou contando as peripécias de seis protagonistas. O que não foi fácil de administrar. Especialmente nas contas. Nunca fui boa em matemática. Tive que colocar a cronologia de cada um no papel, três ou quatro vezes.Além do mais, como em "A Guerra de O–Zaion", decidi tentar algo novo: mesclar uma narrativa mais moderna, como a utilizada por séries de sucesso, tais como: "How to get away of murder" e "Scandal". Nessas séries televisivas, a história começa no presente, durante um evento dramático, depois volta ao passado, costurando as ações a fim de explicar os acontecimentos atuais.
Então, difere um pouquinho do tradicional flashback dos livros, séries e filmes que intercalam de maneira regular o passado e presente ao longo de toda a trama.
Isto posto, espero que vocês curtam as peripécias destas mulheres fortes e independentes e destes homens destemidos.
–––
Tema musical do livro:
https://youtu.be/MvzZd5eoTdc
Joe Cocker com "Don't you love me anymore". Acompanhe os stories no meu IG.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro