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Há sete meses e uma semana...

E os culpados?

O derramamento de petróleo provocou um desastre de proporções gigantescas ao longo da costa norte-nordeste do Brasil. E tudo isso, num espaço de poucos meses. Matou muitos animais da fauna marinha e impactou a economia local, uma vez que a subsistência de diversas famílias que vivem da pesca, tornou-se inviável.

E os culpados? Quem estava à solta despejando petróleo em nossos mares? Algumas hipóteses foram levantadas... Que o vazamento originou-se de algum navio afundado além do território marítimo brasileiro, e no caso, as correntes teriam trazido o petróleo para as nossas praias. Que houve um transbordo, ocasionado pela troca de carga entre navios clandestinos. Que um navio ilegal, clandestino, ou não autorizado, teria sido torpedeado e sua carga espalhada pelo mar, trazida pelas correntes. Agora, havia quem acreditasse que fosse boicote à Presidência, quer por parte de aliados internacionais da oposição, quer de algum país vizinho desejoso de bagunçar o coreto do Brasil. No entanto, muitos consideravam que era uma hipótese não tão viável quanto as anteriores, já que ninguém em sã consciência iria desperdiçar petróleo propositadamente, quando poderia lucrar com ele.

Restava a questão: Teria sido possível impedir a catástrofe, se a resposta do PNC¹, do GAA, ou mesmo do GOOS tivesse sido mais rápida?

Sendo um país extremamente burocrático, engessado hierarquicamente, e prejudicado por uma contaminação mais política do que a mancha de óleo no mar, o que o Estado poderia fazer, tolhido pelos interesses políticos, desde os aspectos micro aos macrorregionais?

Salésio jogou o jornal sobre a mesa, no instante em que seu interfone tocou. Se tivesse sido ensaiado não teria sido mais perfeito.

-Senhor, o contra-almirante deseja vê-lo.

Salésio riu... Olha só! Timing perfeito! Ele apostaria um mês de soldo se não soubesse qual era o assunto... Pegou o quepe, o jornal, e se dirigiu ao atracadouro - onde os guardas-marinhas ficavam sempre a postos para fazer a travessia da baía e cuidar das embarcações ancoradas.

Salésio fumegava diante da certeza de que não poderia fazer o que ele queria fazer... Ordens seriam expedidas e havia a grande possibilidade de que Salésio tivesse que fazer... O que ele definitivamente não queria fazer. De maneira resumida, Salésio queria caçar os culpados e levá-los à justiça; queria ajudar a população local no que fosse preciso; queria criar estratégias de patrulhamento para impedir que voltasse a acontecer, mas... Nunca se sabe quais são os planos da cúpula e até onde se tem permissão para ir. Às vezes, era frustrante apenas seguir ordens... E ele precisava administrar esse estado emocional para não descontar nos outros, as suas limitações. Às vezes, ele via isso acontecer com outros militares que, como ele, super reagiam a coisas insignificantes, por puro estresse (frustração acumulada).

Ele começou a respirar o ar marinho, que sempre o acalmava... Agora, pelo visto, não estava adiantando muita coisa... Isso, porque ele chegou ao gabinete do contra-almirante, soltando fumaça pelas orelhas.

A secretária, Luzia, já não se assustava mais com aquelas entradas intempestivas, nem com as caras fechadas (no melhor estilo serial killer). Ao menos aqueles selvagens atobás pareciam um pouquinho mais civilizados quando estavam em seus uniformes brancos formais.

Pareciam...

-O que posso fazer pelo senhor, capitão-tenente?

Salésio tirou o quepe e saudou Luzia com a cabeça, num breve aceno.

-Fui chamado.

Ela estreitou os olhos. Como assim?

Antes que tivesse tempo de apurar o que aconteceu, ouviu o som do interfone:

-Luzia, estou esperando Salésio na minha sala. Assim que ele chegar, mande-o entrar.

-Sim, senhor!

Estava explicado, Romano tinha feito uma chamada direta. Para ter feito isso, era porque ele tinha urgência e se esqueceu (de novo) de que possuía uma secretária.

-O senhor ouviu o homem - ela apontou para a porta, ostentando um sorriso reservado.

Salésio comprimiu os lábios. Romano parecia tão... domesticado naquele ambiente. Será que a vida burocrática já estava criando a fatídica barriga de cerveja? Sabe como é, vida de oficial... Só que nem tanto assim... Ele teve que reconhecer o contrário, ao lançar um breve olhar para o físico sarado do ex-comandante. Seu velho amigo tinha brasas queimando por baixo da lenha.

Ou, se fosse para ser completamente honesto, o comandante tinha muita lenha ainda para queimar.

Romano estava de costas para a porta, quando ele entrou - de pé, junto a janela, segurando um jornal aberto. Provavelmente, era a mesma notícia sobre o derramamento de petróleo, publicado no Estadão. O que Salésio não sabia era que Romano estava lendo a matéria pela quinta vez.

Observando-o discretamente, Salésio deu uma batida de leve no batente da porta aberta para se fazer anunciar e entrou.

-Salésio – disse Romano, sem olhar diretamente para ele - prepare uma maleta, que vamos viajar.

-Para onde?

-Brasília - Romano ergueu os olhos e amassou o jornal com os punhos fechados. - O presidente nos convocou para uma reunião secreta. Ninguém deve saber, inclusive, a equipe.

Salésio suspirou e encolheu os ombros. Lá vamo nóis 'tra vez.

---

No saguão do Galeão, o celular de Salésio vibrou. Ele ignorou a mensagem de Aleksandra. Era a terceira, naquele dia. Ele apenas mandou uma breve frase, dizendo: "Fui chamado. Entro em contato tão logo seja possível."

Ela certamente iria entender.

Desligou o aparelho, quando anunciaram o embarque para o Distrito Federal. Ele e Romano pegaram a fila de acesso à sala de espera. O pessoal da alfândega sorriu, quando deixaram seus objetos sobre a esteira.

-Heróis - disse um deles e os dois ficaram sem jeito, mas aceitaram o reconhecimento.

- Respeito!

Romano olhou mais atentamente para o homem que proferiu a palavra. Respeito não era apenas uma palavra, mas um código que continha um mar de significados de extrema importância no mundo militar. Especialmente para os mais antigos na hierarquia. Era uma atitude apropriada de etiqueta militar, mas também uma manifestação de apreço. Não meramente como um frio entendimento sobre a natureza da carreira militar, mas uma atitude de humilde gratidão pelos seus serviços prestados. Romano imaginou que o homem deve ser, ou deve ter sido um irmão de armas.

-Respeito - respondeu Romano, seguindo para o portão de embarque.

A fila andou rápido e eles não tiveram que esperar muito para embarcar na aeronave. Salésio achou engraçado como as crianças paravam o que estavam fazendo quando viam os caras de uniforme branco passarem. As bocas se abriam desmesuradamente.... Romano sorriu para um dos garotinhos (e Salésio encasquetou que tinha de perguntar algo que vinha atiçando a sua curiosidade há tempos... Na verdade, desde que eles voltaram daquele terrível lugar, sobre o qual nenhum atobá deseja falar - a ilha de Tilly-Aty²). Desde então, Romano e Celeste reataram, casaram novamente e Salésio ansiava por ser o padrinho de uma linda garotinha... Mas se contentaria com um garotinho também. Ele era o típico tio dos filhos alheios. Adorava crianças e como não queria se casar, imaginava que pudesse ser o padrinho dos filhos de seu melhor amigo.

"Não dos filhotes de Barney, o cachorro.", pensou, com azedume.

-Você e Celeste ainda estão com aquele plano maluco de não terem filhos?

Romano apenas afivelou o cinto e disse:

-Já temos dois.

Salésio fez uma careta, lembrando-se de que Romano não estava falando apenas de Barney, mas também da nova aquisição, Baby.

-Cachorro não vale – ele retrucou prontamente. – Eles, vocês deixam ter filhotes, né?

-Por que não? - Romano questionou, tirando o quepe e arrumando os cabelos negros com os dedos. - Eu li uma decisão judicial sobre um divórcio, em que a guarda do cão foi disputada. O juiz entendeu que o cão é um membro da família, determinando a guarda compartilhada. Sendo assim...

Salésio abriu e fechou a boca.

-Vocês dois são muito esquisitos - ele se ajeitou na poltrona. - Não vou nem discutir.

-É bom mesmo - concordou Romano.

Ele e Celeste eram duas metades da mesma laranja. Um casal atípico, mas que se entendia bem... Milagrosamente, já que no começo, eles discutiam sobre tudo e por tudo. E agora... Formavam um casal modelo que continuava discutindo sobre tudo e por tudo... Mas aceitando o fato e adorando cada momento.

Ele mostrou a tela do celular onde havia duas mensagens pendentes. Salésio franziu a testa ao ler os assuntos. "Seu bocó, esqueceu de pegar o Barney na creche", "Cuide-se e não faça arte ou vai acordar sem o seu..."

Salésio sacudiu a cabeça. O sorriso de Romano aumentou. - Ela me adora!

-E você adora vê-la enfezada.

-Não tenha dúvida!

A aeromoça pediu a todos que desligassem os aparelhos, endireitassem os bancos e fechassem as mesas para a decolagem próxima. Os dois obedeceram. Cada qual perdido em seus pensamentos. Romano pensava no que fazer com Celeste quando voltasse para casa e Salésio pensava que jamais iria se acostumar à vida de casado. Uma vida tão... doméstica. A palavra casamento provocava um arrepio de medo que ele (marujo experiente ecorajoso) nunca teve diante do inimigo. Agora, só de se imaginar colocando voluntariamente a coleira...

Não estava a fim de abrir mão de sua liberdade. Tinha lá suas manias, e as conhecia bem...

De repente, a imagem de Aleksandra veio-lhe à mente (encheu-lhe a mente, na verdade). Um poderoso flash da russa nua, em sua cama, provocou uma reação involuntária no amiguinho lá de baixo. Ele se remexeu e pegou a revista no bolso do banco da frente para fazer de conta que estava lendo... quando, na verdade, queria disfarçar a evidência do seu embaraço.

O fluxo de pensamento prosseguiu, mas ele chegou à conclusão de que um sexo bom não era suficiente para aceitar uma coleira... Se bem que, tinha de reconhecer, Aleksandra jamais exigiu que ele abrisse mão de sua liberdade, nem que renunciasse aos seus interesses e gostos. Pelo contrário, aparentemente, ela adorava o relacionamento deles exatamente como era - livre, leve e solto. E de repente, Salésio se sentiu aborrecido, sem saber exatamente o porquê.

Não era natural que uma mulher não quisesse compromisso. Era? E se ela não queria... é porque não gostava o suficiente dele, ou tinha outro cara na parada... Por falar nisso, onde estava ela agora? Em Atenas... Cidade repleta de gregos. Um daqueles gregos sarados, musculosos, todo bronzeado e besuntado de óleo - defumando ao sol do Mediterrâneo... Como naqueles livrinhos pornográficos que as mulheres adoram ler.

De repente, Salésio se sentiu mais que aborrecido. Ele se sentiu furioso.

-Que cara é essa, homem? - indagou Romano, espantado.

Salésio não respondeu. Apenas o encarou, meio de lado. Romano suspirou.

-Eu só vi você com essa cara quando entrou no ringue e nocauteou aquele soldado holandês. Você queria matar o sujeito.

Salésio queria matar gregos, não holandeses, no presente momento.

-Ahn... - Romano começou a desconfiar do que se tratava... - E como vai Aleka?

Aleka era a abreviatura que Salésio deu para o nome de sua namorada. Ele a chamava pelo apelido e não pelo nome completo.

-Não sei – resmungou Salésio. - Mandou uma mensagem que nem pude ler. Da última vez que eu soube, ela estava em Atenas.

-Grécia?

-Da última vez que estudei geografia, Atenas ficava lá - disse Salésio, ainda puto.

-Sei... - Romano segurou o riso. - Aquele lugar paradisíaco... Com praias ensolaradas... Cheias de homens e mulheres seminus, bronzeando-se ao sol...

-Cala a boca - rosnou Salésio.

Claro que Romano não calou.

-Como é o nome daquele cara grego que comanda a ONG para a qual Aleka está trabalhando agora?

-Cala a boca - as mãos de Salésio se fecharam sobre o colo.

Romano avaliou o risco e prosseguiu:

-Dimitri Petrovos?

Silêncio.

-O cara mais rico da Grécia, com uma queda por ruivas...

Silêncio... Até que Salésio se voltou para ele, muito sério.

-Se quer manter essa sua boca apresentável e cheia de dentes para beijar a sua adorável esposa, - disse ele - melhor calar a boca.

Romano soltou uma risadinha, mas achou prudente se calar. Uma coisa era verdade, nunca tinha visto Salésio assim, tão perturbado. Justo ele, com ciúmes de uma mulher. Seu parceiro de nado estabelecia relacionamentos abertos baseados em sexo. Cada qual podia sair com quem quisesse. Por que estaria com ciúmes da russa? Porque... A compreensão quase o fez rir alto. Salésio, parceiro de tantas aventuras... Finalmente foi flechado pelo cupido.

Estava apaixonado.

Só não tinha percebido ainda.

Quando a ficha caísse, Romano não queria nem ver. O pobre diabo...

---

O avião desceu no aeroporto internacional Presidente Juscelino Kubitschek. Um dos assessores do Presidente, que atuava articuladamente com a Presidência da República (PR), o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Coordenação de Relações Públicas (COREP), estava à espera de ambos. Ele os conduziu ao veículo oficial.

Foram levados a um dos anexos da PR no Planalto, mantido num elevado grau de segurança. Ninguém teria acesso àquelas dependências, naquela tarde, exceto o Chefe das Forças Armadas, o Presidente da República, o almirante da Marinha e os dois atobás. (Ah, claro, e a moça do cafezinho... Porque poderia faltar tudo, menos café). Dado o sigilo do encontro, ambos foram dispensados de passar pela recepção para identificação e recebimento dos crachás provisórios.

O Almirante já estava lá, à entrada, ansioso para demonstrar aos presentes que seus homens eram tão pontuais quanto ele. Detestava atrasos, mesmo que fossem provocados pelas aeronaves... Não havia desculpas para os imprevistos. Por sorte, os dois estavam chegando com uma folga de quinze minutos, de modo que tiveram tempo hábil para um rápido briefing do caso.

-O presidente está indignadíssimo, senhores - disse ele, em tom baixo. - Ele quer respostas. Por isso, convocou todos que ele acredita poderem lhe dar uma resposta.

-Mas nós não temos respostas - argumentou Romano baixinho e depois de dar uma rápida olhada na expressão do almirante, acrescentou: - Ou temos?

-Oficialmente não...

-Só oficiosamente - argumentou Salésio.

O almirante pousou os olhos nele.

-Rodrigues, quero que controle sua língua quando estiver naquela sala, entendeu?

-Sim senhor, língua controlada - disse o comandante dos atobás, num tom falsamente respeitoso, o qual arrancou um olhar carrancudo do almirante, e uma reprimenda verbal de Romano:

-Eu o farei dar vinte voltas na ilha, a nado - disse ele, com falsa seriedade. Avaliou a expressão nada impressionada de Salésio e acrescentou: - Depois de jogarmos você no contêiner de merda do lixão, no qual vocês mergulharam o pobre Kurt.

A expressão de Salésio ficou ligeiramente mais humilde.

-Eu darei o meu melhor, senhor - respondeu, em tom dúbio.

O almirante bufou e escondeu o sorriso. Outro assessor abriu a porta naquele instante e chamou-os para o interior da sala super secreta. Salésio se flagrou pensando em quantos assessores a PR possuía...

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-Como pudemos deixar isso acontecer? - reclamou o presidente pela quinta vez (Salésio estava contando). - Não temos um monitoramento?

Salésio abriu, mas fechou a boca diante do olhar contundente de Romano.

Alheio ao que se passava entre eles, o almirante meneou a cabeça para o presidente, preferindo ficar calado. Afinal, demoraria muito para tentar explicar como aquele monitoramento funcionava, no Brasil. Ele se voltou para seu contra-almirante, num pedido mudo.

-Não temos equipes de pronta reação para isso, senhor - disse Romano, numa resposta mais neutra possível.

-Eu quero justiça - o presidente bateu com o punho na mesa. O copo de água com gás balançou um pouco. O líquido se remexeu perigosamente e algumas gotas escapuliram. Salésio de repente sentiu uma necessidade enorme de contar as gotas. Era isso, ou morrer de tédio... Ele tentou se concentrar nas próximas palavras do Chefe de Estado: - Quero que os culpados sejam descobertos e que nunca mais ousem se meter conosco.

-O que o senhor deseja que façamos? - perguntou o Tenente-brigadeiro, num tom neutro.

O Presidente relanceou o olhar por todos eles, antes de dizer:

-Estou dando autonomia para que os atobás ajam.

O almirante e o Tenente-brigadeiro trocaram um olhar sério. Sabiam exatamente o que isso significava. Romano não ousou fazer o mesmo com Salésio, porque sabia o que encontraria nos olhos do amigo. O mesmo que encontrava em si mesmo: uma expectativa de ação.

E eles adoravam ação. Viviam para essa adrenalina.

-Carta branca? - indagou Romano, querendo ter certeza das liberdades que teriam.

-Carta branca - concordou o Presidente, sem titubear. - Mas estejamos entendidos que eu não sei de nada. Ninguém saberá de nada. E vocês nunca receberão reconhecimento público por tal ação. Vocês serão agraciados com as comendas e celebrações de praxe, mas em privado. Não poderão expor suas comendas, nem falar a respeito delas.

-Com todo o respeito, Senhor Presidente, não buscamos reconhecimento público - disse Romano. - Só queremos que nosso país esteja seguro e nossos inimigos bem longe. Não apenas acanhados com a nossa reação, mas completamente apavorados. Porque quem faz o que foi feito ao nosso litoral, é nosso inimigo, sem dúvida. Não interessa se foi sem intenção direta, se foi algo fora do nosso território... mas sujaram o nosso quintal! E quem fez isso deve se arrepender profundamente. Queremos que os outros inimigos em potencial, vejam como fodemos com quem fode com a gente.

O Presidente riu, inesperadamente.

Salésio arregalou os olhos e disse: - Depois sou eu que devo controlar a língua.

O almirante balançou a cabeça e o Tenente-brigadeiro também. Mas era evidente que Romano tinha razão em estar puto.

-Permissão para neutralizar? - quis saber ele.

-Total - respondeu o presidente, sem pestanejar. - Mas quero pelo menos um deles vivo para que possa nos dar informações sobre quem está por trás do derramamento.

-Ah, senhor, não vamos atrás de ladrões de galinha... Vamos direto na jugular - pronunciou-se Salésio com um sorriso maligno.

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E depois de uma cuidadosa preparação, que a imprensa pintou como falta de iniciativa e demora em reagir, as três equipes CECOP partiram, seguindo o plano construído junto à inteligência naval. Os ativos identificados eram de alto valor e, portanto, receberam codinomes apropriados: covarde que despeja petróleo no mar; comerciante clandestino; e alto dignitário.

Esses eram os três ativos que as três equipes foram caçar... na região mais volátil da América Latina. Ninguém tinha permissão de saber onde, de modo que se algo acontecesse aos atobás, ninguém nunca iria saber como eles morreram.

A missão programada teria de tudo um pouco: infiltração, disfarce, emboscada, perseguição e fuga espetacular... Até entregar os ativos aos experientes interrogadores da Marinha do Brasil. A rede de pirataria em alto mar estava apenas começando a ser descoberta...

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Notas de rodapé:

1 - PNC (Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo), protocolo a ser seguido em caso de vazamentos de grandes proporções. GAA (Grupo de Acompanhamento e Avaliação) criado mediante ao primeiro avistamento de manchas de óleo, na Paraíba. GOOS-Brasil é a componente GOOS em solo nacional, da Aliança Regional para a Oceanografia no Atlântico Sudoeste Superior e Tropical - OCEATLAN

As seguintes instituições envolvidas no GOOS do Brasil:

(De acordo com o Link Instituional)
SECIRM Secretaria da Comissão Interministerial de Recursos do Mar
DHN Diretoria de Hidrografia e Navegação
CHM Centro de Hidrografia da Marinha
BNDO Banco Nacional de Dados Oceanográficos
INPE Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais
CPTEC Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos
FURG Universidade Federal do Rio Grande
IOUSP Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo
INMET Instituto Nacional de Meteorologia
MMA Ministério do Meio Ambiente
IEAPM Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira
UFBA Universidade Federal da Bahia

2 - Acontecimentos de "O Mar dos Sargaços", Trilogia Lua de Fogo, volume 1 (N. da A.)

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