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VI

Ao ver a mulher se retirar, Ferraro fechou a porta. Demorou muito para o motorista que estava dirigindo voltar, e ele não falava nada. Era mais uma das vítimas de Mak; o homem estava traumatizado, e ele apenas balançou com a cabeça, preocupado com a humana. Talvez fosse o sentimento de vingança que tinha sobre Maksimovich, e ter algo que o homem desejava era a melhor sensação do mundo. Foi calmamente até a biblioteca.

Guerra, que ficara fora para caçar, era um homem alto, forte, de cabelo loiro-escuro, olhos claros, maxilar marcado e usava uma camisa branca, calça jeans justa e casaco de couro preto. Sabia bem onde achar Ferraro; em que lugar além da biblioteca o amigo estaria?

— Me falaram que temos uma novata, uma humana, e que ela ficará na nossa equipe — exclamou, esperando uma confirmação.

Ferraro ergueu o olhar, tirou o livro Novo Olhar da prateleira e observou a capa. Já lera aquele livro tantas vezes que o usava para aprender com a protagonista Everest que o ódio era uma arma destrutiva.

— Ela não está aqui. — Folheou o livro. — Logo voltará. — Estava tão convicto disso, pois tinha até um plano. Não demoraria para o seu inimigo ir atrás da loira; julgava que em um ou dois dias isso aconteceria.

— Ou ela morre antes. Até onde sei, ela está sendo caçada por Maksimovich, o Cruel,  e ele não costuma deixar vítimas. E, quando deixa uma vítima... — Não completou; Ferraro era a prova viva de que quando Maksimovich decidia intervir nada saía com vida e, quando acontecia, as marcas eram tão profundas que mesmo cicatrizadas ainda doíam. Afinal, elas estavam ali para lembrar, e talvez essa fosse a função das marcas: deixar o rastro de um passado, fosse bom ou ruim.

— Por esse motivo, tenho um plano. — Colocou o livro de volta na prateleira. — Tenho certeza de que ele vai atrás dela, e estaremos lá quando o fizer...

Antes que pudesse terminar de falar, Guerra interveio de forma indelicada.

— E o quê? Seremos mortos? — Sentou-se no sofá marrom bem no meio do cômodo. — Acredita que ele não vai sentir nosso cheiro? Que não vai prever que estamos a observar a garota? Se ela foi embora, Ferraro, é morte certa. — Deu de ombros. — De qualquer forma, ela morreria.

Ferraro se aproximou e abaixou-se, colocando as mãos no sofá em que o amigo estava acomodado. Ficou cara a cara com ele, demonstrando através de seu olhar a seriedade de suas palavras.

— Por isso vou sozinho, e você só vai aparecer quando eu der o sinal para atacá-lo sem que veja. E, quando ele perceber,  estará tão perto da morte que nem sequer poderá reagir. — Afastou-se, sem mais delongas.

— Estou surpreso de que tenha sido um homem de 26 anos a fazer esse plano, e não minha prima de 5  — debochou com um sorriso caçoador. — Mas se quer fazer isso, que opção eu tenho? Infelizmente você me transformou, e agora tudo o que me resta é obedecê-lo, mesmo que seja um plano estúpido — exclamou, irônico, levantando-se.

Guerra há pouco tempo era humano — e um ótimo humano —, filho mais novo de Heleonor, e sempre tentou se manter longe do instituto; era uma alma aventureira, um espírito livre, até a morte do irmão mais velho. Ferraro era o melhor amigo de Thryler; os dois eram companheiros de missão. Na época, todos sofriam pela perda do irmão, principalmente o amigo, que nem mesmo se alimentava. Guerra não poderia deixar o homem se acabar. Ele, tentando ajudar, fez um pequeno corte na mão ao lado de Ferraro, o que foi suficiente para chamar a atenção de um novo transformado. Ele não mediu os riscos iminentes daquele ato. O vampiro que não se alimentava não conseguiria parar, pensou que fosse morrer. Ele nem mesmo tinha consciência depois de alguns minutos, mas uma dor o trouxe de volta à vida e, quando voltou, era aquilo. Como Ferraro era o seu transformador, tinha total controle das atitudes de Guerra, e ele particularmente não se importava, já que era para o bem e gostava da amizade de Ferraro, mesmo que gostassem da mesma mulher.

— Ótimo, vamos agora. 

Apontou com a cabeça para a porta, deu alguns passos até Ducan, e sem que o homem percebesse apareceu na sua frente. Odiava aquela mania; já que o vampiro era definitivamente o mais rápido entre os três e o mais velho em tempo de transformação, Ducan tinha mais controle do que eles. Ele avaliou Ferraro.

— Aonde pensa que vai? 

Ducan tinha o tom de voz forte, e os olhos pareciam dizer que ele estava de mau-humor. Bem-arrumado, exatamente como chamou por Ferraro ontem e foi ignorado, colocou as duas mãos atrás das costas e esperava uma resposta tranquilamente. Mackensie era responsabilidade de Ducan, que iria mostrar o local para a loira, dizer o que devia ser feito, mas Ferraro interviu, ficou inquieto com a chegada dela e não era somente porque era um rastro de Maksimovich; era o sangue da jovem. Supôs isso, pois no meio-tempo em que ela estava apagada o loiro bebeu muito sangue e depois ficou à espera dela bem na porta do quarto. Ducan julgava que a paixão de Ferraro por Erny — namorada de Guerra — tivesse acabado, já que o vampiro foi atraído pelo sangue da nova.

— Vou até a casa de Mackensie, ficarei de guarda durante a noite. — Suas palavras tinham um tom de autoridade disfarçada de um “Saia da minha frente”.

Ducan deu um passo para o lado, assim dando espaço para Ferraro, neutro, sem muitas expressões além do ódio. Falou:

— Não impedirei que vá, mas acredito que deve levar uma equipe caso Maksimovich apareça.

Estava carregado de solenidade em suas palavras.

— Já tenho minha equipe — rebateu, insolente.

— Quem? Você e Guerra? Dois vampiros que seriam mortos facilmente na mão de um ser como aquele? Esqueci, você tem a garota, não é? Deixe-me lembrá-lo, a garota não sabe nada sobre vampiros e duvido muito que possa ajudar no caso de um ataque. — Afastou-se mais um pouco, agora olhando para Guerra, que interferia.

— Mas esse é o nosso dever... O instituto foi criado com o intuito inicial de proteger os humanos, e a garota é uma humana.

Guerra, como filho de Heleonor, também carregava uma certa autoridade. Às vezes, ser a sombra de sua mãe e de seu irmão fazia com que as pessoas o escutassem.

— Só porque a mulher não quer lutar contra um vampiro significa que deveríamos ir contra o intuito do instituto? Contra nossa regra primordial? Devemos ir protegê-la, principalmente sabendo o que está atrás dela.

Ducan manteve-se em silêncio; não tinha controle sobre nenhum dos dois, apesar de ser o novo chefe do clã Conti. Não poderia negar a chance de defender uma humana. O vampiro também via no olhar de Ferraro o medo pela morte da mulher, o mesmo temor que Ducan sentiu quando estava prestes a perder sua amada. Apesar de o milênio ter se passado, ainda se lembrava como se fosse hoje.

Há exatamente mil anos ele tinha sido transformado; estava tão perto do seu noivado, obviamente, e quando revelou isso à sua amada, somado ao desejo eminente que brotava em seu coração pelo sangue dela, pensou que seria rejeitado, contudo recebeu mais promessas de amor. Se controlava para não a atacar, para não a machucar, até chegar o grande momento. Tudo estava tão lindo, as flores amarelas espalhadas pela igreja, as pessoas com roupas de gala lá presentes. As crianças corriam de um lado para o outro, o cheiro de vinho entrando pelas janelas... até ela entrar. O homem pensou que tivesse voltado à vida ao ver a dama entrando na igreja.

A cerimônia foi perfeita, e ele não poderia dizer ser mais feliz, até que seu criador resolveu intervir. Vampiros nunca foram unidos, era cada um para o seu clã, apenas pensando no crescimento pessoal. Pelo que entendeu na época, ele estava carregado de problemas, precisava de um clã para se proteger e seu único transformado até então era ele. Recusou-se a fazer parte daquilo; obviamente sua noiva não queria tal coisa, não participaria de uma guerra. Mas foi ludibriado por algo que não conhecia. Quando o vampiro que o criou ordenou que ele matasse, ele o fez, matou todos que estavam no casamento, até mesmo sua noiva, e ele se lembrava dela gritando, implorando para que ele parasse. Lembrava-se do cheiro do sangue dela tão fresco para si. Quando percebeu, estava com ela nos braços, que chorava e gritava. Tentou transformá-la, e era tarde demais.

Até duzentos anos atrás, ele servia a esse ser, até que veio a transformação de Maksimovich. Ele não tinha certeza se Mak era um erro da natureza ou a salvação; o jovem vampiro que negou ao seu chefe, o jovem que evoluiu sozinho desenvolveu suas habilidades e matou um vampiro de mil e duzentos anos, livrando um clã inteiro. Deveria deixar Ferraro ir e permitir que ele tivesse a chance de lutar pela mulher, já que ele não teve, mesmo sabendo que aquilo significaria a morte dele. Não falou mais nada; não precisava.

Guerra e Ferraro saíram, rumo à casa de Mackensie naquela noite sombria, à espera de um predador terrível. Ao chegarem na casa da mulher, o cheiro dela estava tão forte para Ferraro que ele mal se manteve a dez passos de distância do jardim verde. Guerra estava bem afastado, tão afastado que o cheiro dele nem mesmo chegava no local. O homem subiu na árvore, decidiu que não chamaria Mackensie, e observou através do vidro transparente que a mulher estava na cozinha. Os pais dela estavam lá, fazendo algo para comer. O cheiro de Maksimovich não estava lá, o que fez o homem se tranquilizar enquanto fazia uma ronda pela casa da mulher.

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