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Capítųlo 2 - Pequenos Dragões

  Alexia Constantine, por favor acorde! - diz Cristina enquanto bate á porta - o ultimo semestre chegou e você deve se arrumar para o colégio!

Entreabri meus olhos, e os raios solares refletia na cortina de seda branca,olhei para o lado, meu rosto estava sobre o livro,engoli em seco e respondi

- já vou! -em um pulo,me levantei da cadeira e caminhei até o banheiro - só irei escovar os dentes e me trocar, é rápido!

Depois, andei até o quarda-roupa, algumas peças de roupas já estavam velhas e gastas, e senti um pequeno desconforto, procurei uma das roupas que minha prima Jena me deu, ela já é casada, e tem um quarda-roupa inteiro com peças que não usa, então ela me doa. Encontrei uma calça jeans escura e uma blusa branca, simples e rápido,prendi meu cabelo, e desci para a cozinha

- Lexi, quer uma maçã verde? - meu pai perguntou - é nutritiva.

- não obrigada, prefiro as panquecas gordurosas da senhorita Cristina- respondi dando um leve humor e sentando na cadeira - Que além do mais, faz anos que não faz.

Ela riu, minha mãe só faz panquecas assim em ocasiões especiais, ou, algum interesse

- e então filha - começou ela - já pensou no que vai fazer com o dinheiro?

- não, e não tenho pressa. - respondi dando um leve suspiro - preciso ter certeza de tudo...

Então ela me interrompeu

- desse jeito, você vai perder esse dinheiro e não irá fazer nada, e você sabe o momento em que passamos, seu pai trabalha quatorze horas por dia para dar comida a pessoas que seguer tem consideração, pessoas ingratas, como você...

- a senhora irá começar a passar na minha cara, tudo por causa de sua ganância por dinheiro? - gritei - pensei que considerasse sua filha, mas pelo que vejo, você considera o dinheiro- me levantei da cadeira e indaguei - e nem sei se não casou com meu pai, por dinheiro!

Nesse momento ela me deu um tapa, senti meu rosto arder, e lágrimas encheram meus olhos

- Você não se importa com sua família, você apenas se importa consigo mesma, na verdade, me arrependo de...

Paul se levantou e gritou

- acabou essa briga, Lexi, você está atrasada, vá no banheiro e coloque alguma coisa para disfarçar esse machucado!

Engoli em seco e saí coloquei uma pomada, no momento, senti um pequeno frio, peguei minhas coisas, e subi em minha moto, às vezes quando estou na aula de história, minha professora diz que antigamente, mais ou menos no século vinte e um, os adolescentes deveriam completar dezoito anos para viver sozinho, ter seu próprio automóvel e tal, mas no entanto, depois da constituição dos Leavesins, parentescos da família Raymond, do reino de Splendid, ele aboliu a maioria das leis,e ainda assim, agradeço a ele, por nunca ter forçado a nós, garotas a se casar com seu filho por meio de uma seleção.

- Lexi! - exclamou Glodrel se aproximando - Enfim as férias acabaram, não aguentava mais ficar sem te ver.

Ele segurou em meu braço, e me arrastou até o espaço privado, apenas para componentes do grêmio estudantil, ele trancou a porta, e eu comecei a observar tudo ao meu redor, haviam prateleiras cheias de livros, e uma luminária estava sobre a mesa,logo sinto suas mãos entrelaçadas em minha cintura, ele começa a beijar minha nuca

- sempre quis saber como era o "Espaço privado" - Digo pensativa - sempre imaginei um escritório.

Ele dá uns risinhos

- Mariana estava discutindo isso na reunião passada - ele suspira em ironia - disse que deveríamos comprar novos móveis e aquelas besteiras que ela diz.

- hum.

Me viro para olhar em seu rosto, ele me dá um sorriso malicioso, me deixando sem fôlego, mordo os lábios provocando-o

- Você sabe que eu não aguento provocação - ele diz sério, logo desliza sua mão pelo meu rosto - então é melhor parar,linda.

Soltei um sorriso , e ele franziu o cenho

- foi o que?

- Você...-engasgo - você fica lindo quando está bravo!

Ele respira fundo, mas logo se descontrai

- entendi, posso te dar um beijo?

Ele morde os lábios

- Você está me provocando? - Envolto minha mão em seu pescoço - Eu gosto disso.

Ele me puxa para mais perto, nossos lábios se tocam levemente,sinto seu corpo quente junto a mim,então, a sirene toca, e ele recua

- vamos, a aula vai começar.

Antes de sair, lhe dou um abraço, e ele suspira

- eu gosto de você - beijo seu pescoço - muito, demais.

Passamos alguns minutos abraçados, sentindo o calor de nossos corpos, passo mão em suas mechas loiras, e ele se afasta

- vamos - ele diz sorrindo - estamos atrasados.

Ao chegarmos na sala, a porta está fechada, glodrel suspira e gira a maçaneta lentamente

- pode entrar senhor Desdenhor e senhorita Constatine - sebilou o professor sem ir tirar a atenção do quadro - atrasados de novo?

Ficamos calados, como Glodrel mora na região norte de Brancaster, e eu na região Sul, o único lugar onde nos encontramos é o colégio, pelas pequenas coisas que o Glodrel me diz, sei que seus pais o-deixaram num orfanato, mas ele está morando sozinho, e trabalha como garimpeiro, já avisei a ele que tenho muito medo que algo aconteça numa dessas "expedições", mas ele não me ouve, diz que toma muito cuidado.

- sentem-se antes que eu me arrependa!

Continuou o professor, como haviam apenas dois lugares extremamente afastados um do outro, nos separamos mais uma vez, e antes que eu pegasse meu caderno que estava dentro da mochila, alguém cutucou meu ombro

- A nerd romântica apaixonada chegou e está vermelha de paixão - começa Dakota, seus olhos esverdeados me encaram - Até chegar atrasada chegou.

Dou um pequeno sorriso,e ela sussurra

- e então? Conseguiu matar a saudade?

- Kota - como costumo chama-la - não perca seu tempo, eu não vou dizer nada, "só pra parar de me provocar".

Ela entreabriu a boca,e susurrou

- Você provocou ele?

Nós temos um método de comunicarmos dando ênfase nas palavras certas,com certeza ela entendeu, afirmei com a cabeça, e logo olhei para ele, que deu um pequeno sorriso, senti minhas bochechas envermelharem
Glodrel é uma anjo de pessoa, sempre foi legal, simpático e autêntico comigo, mas o único defeito dele, é suas crises de ciúmes, faz poucos meses que começamos a namorar sério, e ele já desconfia quando estou com algum outro garoto, e mesmo que ele não goste, eu gosto de vê-lo irritado, me sinto protegida

- Aqui está o livro. - Digo retirando o livro da minha bolsa- minha vó disse que é muito especial.

Glodrel observa por alguns minutos, e desliza o polegar pela capa

- é muito bonito - ele dá um pequeno sorriso - mas, esses riscos, acho que já vi em algum lugar.

Franzi o cenho, onde ele poderia ter visto esses riscos, que aliás, eram pequenos dragões

- não são riscos, são Dragões, pequenos dragões.

Ele fita por alguns minutos, parece estar lembrando de algo, de repente ele coloca sua perna sobre o banco, puxa um pouco da calça, até o tornozelo, então, consigo ver a pequena mancha, igual a que estava no canto direito do livro

- está vendo? - ele pergunta - é igual.

Afirmo com a cabeça, é algo fascinante, ele me fita por algum tempo, e solta o tecido, que cobre a mancha novamente,ele se aproxima e diz

- eu tenho que saber o que é isso.

De repente, meu colar se solta,e cai entre minhas pernas, parece que o cordão se quebrou

- posso colocar seu colar de volta?

Ele pergunta, então me viro de costas para que ele colocasse

- esse colar foi um dos presentes que minha vó me deu também, disse que eu devia usá-lo para sempre...

Antes que eu terminasse de falar,ele deslizou o polegar em minha nuca, como havia feito com o livro

- Você - ele indaga - Você também tem essa mancha, quer dizer, marca.

Sacudo a cabeça, ele tira o BlackPhone do bolso, que logo mostra o holograma, e vejo que é verdade, há uma marca igual em minha nuca, só que era o Dragão do lado esquerdo da capa

- o que é isso? - me pergunto - eu nunca fiz tatuagem.

Ele colocou o colar novamente, e a mancha desapareceu

- agora desapareceu.- ele sibila as palavras,e faz o gesto novamente, e a mesma coisa acontece - Não sei o que está acontecendo,será que estou blefando?

-acho que não sei - sorri - talvez devêssemos pesquisar um pouco mais sobre essa mancha, tatuagem, marca, o que seja.

- sim - sua expressão era como se ele estivesse perturbado - hoje, na sua casa, será que pode?

O clima lá em casa não está bom, Cristina está brava comigo, e essa coisa de herança está subindo em minha cabeça, mas acho que um encontro pode me aliviar um pouco

- está bem, às nove.

Ele confirma presença dando um leve suspiro

- até às nove.

Quem está gostando, vota e comenta, beijos do Angel 😚😘😙😗

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