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𖤍𖡼↷ 𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘 𝐓𝐇𝐑𝐄𝐄

FINGINDO E FUGINDO

A família de Kirishima era muito atenciosa comigo. Eu era só uma desconhecida qualquer e, ainda assim, a mãe dele demonstrou mais preocupação comigo em alguns minutos do que minha própria mãe a vida inteira. Assim, me vi desabafando e cantando para ela toda a verdade sobre minha péssima situação familiar. Pensei que talvez isso pudesse fazer ela me dizer que eu deveria buscar ajuda de outras pessoas, mas não foi isso que aconteceu. Ela me ofereceu uma casa, por quanto tempo eu precisasse, e eu não tenho vergonha de admitir que chorei e deixei a mãe de Kirishima me abraçar até que tudo passasse. Acho que entendia agora de onde vinha toda a bondade de Kirishima.

Mais uma vez Kirishima não me deixou dormir no sofá, me fazendo dormir em seu quarto. Dessa vez, eu não protestei muito e nem tinha forças para fazer isso. Apenas deitei na cama confortável de Kirishima e afundei o rosto em aeu travesseiro, sentindo seu cheiro e dormindo mais rápido do que gostaria de admitir. Eu estava chateada, com medo e me sentindo péssima, mas estar ali me trazia uma sensação diferente de conforto, algo que eu não sabia ao certo explicar. Eu só sabia que podia dormir e que nada nem ninguém me machucaria enquanto estivesse ali.

Quis chorar quando me olhei no espelho na manhã seguinte. Tinham olheiras abaixo dos meus olhos, que estavam vermelhos e inchados de tanto chorar. Eu estava simplesmente péssima e feia, nem dava para esconder que estava passando por um momento de merda. E olha que passei muito, muito tempo naquele banheiro tentando dar um jeito na minha aparência horrível, mas chegou um momento que apenas desisti. De que importava? Kirishima já tinha me visto toda catarrenta mesmo, quem eu estava querendo enganar? E de qualquer forma, tudo estava uma porcaria. Não tinha motivos para eu fingir que estava bem. Então não ia ficar jogando jogos exaustivos. Pelo menos um dia eu queria poder fazer tudo o que me desse vontade, então eu pararia de me segurar. Bom, pelo menos hoje! Depois posso culpar meu psicológico abalado pelas merdas que fiz ontem e que talevz faça hoje.

-Ei! - Kirishima disse com um sorriso sincero para mim assim que entrei na cozinha. Estávamos sozinhos outra vez, pois a família dele estava trabalhando, mas não era algo ruim. Me encostei na parede, arqueando uma sobrancelha ao ver que Kirishima estava tentando fazer café da manhã. -Você tá melhor?

-Tô. Obrigada. - falei, empurrando ele para o lado e arrancando a colher de suas mãos pois ele estava quase queimando o ovo. Kirishima fez uma careta, o que me fez dar risada. -Você precisa prestas atenção no que tá fazendo, sabia? - brinquei e Kirishima apenas deu de ombros, como se fosse inevitável.

-Você tá com fome? - ele perguntou, mas eu neguei. Não estava comendo nada desde o dia que minhas memórias sobre Tenko tinham voltado, só o cheiro de comida já era o suficiente para embrulhar meu estômago. Acho que Kirishima tinha se dado conta disso já que eu não tinha jantado ontem, e ele me olhou com seriedade. -Você precisa comer, Aoi. Não quero que passe mal ou algo do tipo.

-Eu realmente não tô com vontade, Kirishima. - falei com um suspiro, desligando o fogo e colocando os ovos sobre o prato ao lado antes de estender na direção de Kirishima, que não hesitou antes de o pegar da minha mão e colocar sobre o balcão atrás de si. Ele fixou seus olhos escarlates em mim, quase como se entrando em uma competição para ver quem ia piscar primeiro ou desviar o olhar. E eu perdi, virando para olhar a parede atrás dele.

-Aoi. - ele começou, sua mão deslizando pelos meus cabelos e segurando minha nuca. Tive que me segurar para não soltar um suspiro, ainda mais quando Kirishima estava tão perto de mim. Não podia deixar ele perceber o efeito que causava na minha pessoa! Isso só colocaria tudo a perder. -Sei que você disse que íamos fingir só ontem e eu concordei. - ele disse, baixinho. -Mas não da pra fingir que não me preocupo com você, sabia?

Suspirei e fechei os olhos, deixando minha testa pressionar contra o ombro de Kirishima. Estremeci quando os dedos dele deslizaram lentamente pela minha coluna, fazendo eu prender a respiração pelo contato.

-Eu sei. - murmurei baixinho, incapaz de olhar para ele. Eu atiraria tudo para o alto e desistiria de tudo porque estava cansada de fingir não gostar de Kirishima. Mas eu não podia fazer isso. Eu ainda precisava o manter afastado de mim, mesmo que agora fosse mil vezes mais difícil quando tudo o que eu queria fazer era o beijar. Cometi um erro muito grande ao o beijar noite passada; agora, era tudo o que eu pensava e queria fazer outra vez, apesar de saber que era um erro. Ele merecia coisa muito melhor.

-Queria que você me desse uma chance. Se me desse uma chance, eu ia fazer valer a pena. - Kirishima disse, tão baixo que só escutei por estar tão próximos um do outro. A tristeza em sua voz fez meu coração doer, e eu me senti a pior pessoa do mundo. Quer dizer, olha como eu fazia ele se senti péssimo por minha causa! Não era justo! Kirishima merecia alguém que o fizesse feliz pra caramba, porque ele era uma pessoa maravilhosa. Por que tinha que ser logo minha alma gêmea quando Kirishima mereceu algo muito, muito melhor?

-Kirishima, não posso fazer isso. - falei me afastando dele o suficiente para fitar seus olhos vermelhos, olhos que eu poderia me perder facilmente dentro.

-Eu não entendo, Aoi. - ele disse com sinceridade, suas sobrancelhas se franzindo. -Você sente o mesmo que eu, não é? Então por que quer me afastar? Por que não me deixa te mostrar que posso te ajudar e te fazer muito feliz? Odeio te ver assim, sabia?

-Eu sei. Eu sei disso tudo, Kirishima. - falei, segurando seu rosto com força em minhas mãos. -Mas eu não quero te magoar, não quero que algo ruim aconteça com você!

-Aoi, enfrentar vilões é inevitável! - ele protestou. -E você não vai me magoar!

-Eu só sei fazer isso da vida! Eu não consigo ser outra pessoa, Kirishima. - falei com um suspiro. Ele ficou quieto, porque claramente Kirishima entendia o que estava acontecendo e eu sabia que ele não queria forçar a barra.

-Eu posso esperar, sabe. Por você. - ele murmurou baixinho.

Senti meus olhos encherem de lágrimas, porque eu sabia o quão determinado Kirishima estava em tentar fazer as coisas entre nós darem certo. Eu não merecia alguém assim, que se importasse tanto assim comigo.

-Kirishima, eu não quero que você faça isso. - falei, encostando a testa na dele e fechando os olhos. -Porque não quero te dar esperanças de algo que nem sei se vai acontecer!

-Tudo bem. Eu não ligo. Você gosta de mim, é isso que importa pra mim. Tudo bem se a gente não ficar juntos, Aoi. Eu respeito sua decisão. Mas você também tem que respeitar a minha. - ele disse e eu fiz uma careta.

-Que porra, Kirishima. - reclamei, empurrando ele de leve. Kirishima apenas deu um meio sorriso para mim, segurando minha mão com força na sua.

Eu o abracei, afundando o rosto em seu peito. E deixei que Kirishima me abracasse de volta, passando a mão com carinho pelo meu cabelo. Ficamos em silêncio; porque apesar de tudo, aquilo doía como o inferno. Nós sabiamos muito bem o que sentíamos um pelo outro. E também que não poderíamos ficar juntos.

Eu não queria sair, mas deixei Kirishima me convencer de que podia ser uma boa ideia, principalmente porque não seria apenas eu e ele. O pessoal da nossa turma tinha mesmo avisado que iriam no shopping, e era uma boa oportunidade para ver Poppy e aproveitar para desabafar com alguém. Kirishima tinha me escutado e ficado do meu lado, mas era diferente, pois com Poppy eu poderia falar o que realmente sentia por ele. Algo que não podia fazer com Kirishima, pois aí sim ele não me deixaria o evitar.

Quando chegamos no shopping, todo mundo se separou para comprar o que precisavam para as férias. Kirishima não queria me deixar sozinha, mas garanti que estava tudo bem, pois eu ficaria com Poppy. Ele ainda me olhou três vezes antes de aceitar e seguir Kaminari pelos corredores.

Então, Poppy e eu seguimos juntas até a praça de alimentação. Nenhuma de nós estava ali para comprar exatamente algo, mas sim só para sair com nossos amigos. Bom, eu estava ali só porque queria ver Poppy. E acho que ela percebeu isso, pois esticou a mão e segurou a minha enquanto eu cutucava com um canudo o milk-shake de chocolate. Soltei um suspiro, me segurando para não acabar chorando. E contei tudo o que pesava em meu coração para Poppy, desde ao fato de que minhas memórias tinham voltado, descobrindo que meu pai não era meu pai e todos os sentimentos conflituosos que eu tinha por Kirishima. E o que mais estava me matando: a culpa por Tenko ter se tornado um vilão porque eu não estive lá para o impedir de seguir por esse caminho.

E Poppy, como a ótima amiga e boa ouvinte que era, escutou tudo atentamente, fazendo carinho na minha mão para me dar o suporte que eu precisava. Não nego que algumas lágrimas caíram pela minha bochecha enquanto dizia para era que o vilão que deixou uma cicatriz no rosto do nosso sensei, que era o motivo para ela ter se machucado, tinha sido o melhor amigo que eu tive. Que me apoiou em muitos momentos e que foi o motivo para minha infância não se rum completo lixo. Durante cinco anos e meio, Shigaraki tinha sido meu apoio emocional. E agora era o motivo para eu estar sofrendo.

-Aoi, você não tem culpa pelo que ele se tornou e nem pelas mentiras da sua mãe. - Poppy disse seriamente, me apertando em seus braços. Eu apoiei a testa contra seu ombro, fechando os ombros com força e reprimindo um soluço. -Sua mãe cometeu um crime, se alguém é culpada nessa história, é ela. E o Shigaraki por ter se tornado um vilão, isso foi escolha dele, não sua.

-Mas se eu tivesse aparecido, se tivéssemos fugido, nada disso estaria acontecendo! - falei. Poppy me afastou apenas o suficiente para que eu pudesse fitar a seriedade dentro de seus olhos.

-Talvez sim, talvez não. Talvez vocês fossem pessoas normais agora ou talvez ele tivesse te feito ser vilã ao lado dele. Mas não importa, Aoi, porque não dá pra mudar o que está feito. - ela disse e eu assenti. Sabia disso, mas... -E não tem "mas". Você não é a errada, Aoi. Não é sua culpa.

-Eu sei.

-Aoi. Não é sua culpa. - ela reforçou, sem sentir nenhum confiança nas minahs palavras. Meus olhos encheram de lágrimas e Poppy segurou meu rosto com força em suas mãos delicadas. -Não é sua culpa, Aoi.

-Queria que as coisas fossem diferentes, Poppy. Queria tanto, tanto. Queria nunca ter esquecido ele, queria ter outra mãe, queria não ser quem eu sou. Queria não ver o akai ito. Queria poder gostar de Kirishima. - falei tudo de uma vez, sentindo minha voz embargar. Poppy apenas me olhou com atenção, fazendo carinho no meu cabelo.

-Tá tudo bem, Aoi. - ela disse de uma forma reconfortante. -Porque tudo vai se acertar, você vai ver. E mesmo que não se acerte, vou estar aqui pra te ajudar a juntar seus caquinhos.

Eu apoiei a cabeça contra seu ombros.

-Todos eles? - brinquei, abrindo um meio sorriso. Poppy riu.

-Cada um deles, se precisar. - ela prometeu, apertando minha mão. Eu sorri.

-Te amo, Poppy. Você é a melhor amiga que já tive e sou muito grata por ter você na minha vida. - falei com sinceridade. Conseguia sentir o quanto aquela frase foi importante para Poppy.

-Também amo você. Então, chega de ficar pra baixo! - ela disse e eu ri. -Que história é essa que você beijou o Kirishima?

Escondi meu rosto entre as mãos, sentindo minhas bochechas queimarem. Nós duas estávamos andando pelo shopping agora e me virei um pouco para ver se não tinha ninguém conhecido por perto.

-Aí, eu não sei. Eu tava triste e eu queria tanto parar de reprimir o que sinto, só parar de pensar no resto, entende? Então eu o beijei! Não deveria ter feito isso, mas fiz e não me arrependo. Kirishima é tão carinhoso comigo, Poppy. Faz eu me sentir uma escrota por estar o afastando. - falei fazendo uma careta. Poppy apenas me olhou.

-Você não precisa mais afastar ele, Aoi. - ela disse como quem não quer nada, dando um gole em seu milk-shake. -Fez isso por medo de se apaixonar, mas foi inevitável, você gosta dele, dá pra ver isso nos seus olhos brilhando. E todos nós somos alvos dos vilões, sabe, somos super heróis. É meio besta você não se permitir ficar com ele por medo disso, vão sempre ter vilões nas nossas vidas.

-Mas Poppy... - comecei, mas ela ergueu a mão, me impedindo de continuar, e eu fiz uma careta.

-Sério, Aoi. Você merece alguém que goste tanto assim de você. Deixa ele gostar de você! - ela disse e eu soltei um suspiro dramático.

-Que saco! - choraminguei. -Queria não ser tão confusa assim. Não quero arrastar ele para os meus problemas.

-Já se perguntou o que ele quer? Por que não deixa ele decidir isso, hein?

Abri a boca para retrucar, mas minhas palavras morreram quando vi Midoriya no andar de baixo sentado. Mas não foi isso que me fez parar, mas sim me dar conta que ele não estava sozinho.

Poderia ser uma cena normal, Midoriya sentado conversando com alguém. Só que não era, pois eu conhecia aquelas costas e aquela falta de postura bem demais. E meu coração foi parar na garganta ao perceber que era Tenko, com a mão segurando o pescoço de Midoriya, apenas um dedo pra fora impedindo de matar de vez o de cabelos verdes.

Meu milk-shake caiu das minhas mãos na hora, fazendo a maior sujeira nos meus tênis brancos. Poppy franziu as sobrancelhas para mim e perguntou algo, mas não consegui entender. Eu congelei.

Até que um choque percorreu todo meu corpo ao me dar conta que ficar parada não ia resolver nada. E eu nem disse nada para minha melhor amiga antes de começar a correr, disparando em direção a escada e descendo o mais rápido que minhas pernas conseguiam.

Não pensei nisso direito. Devia ter chamado um super herói ou avisado Poppy sobre o que estava acontecendo, mas fiquei tão nervosa que era como se tudo tivesse parado de funcionar e a única coisa que conseguia fazer era correr, meu coração batendo rápido no peito.

Parei apenas a alguns metrôs dos dois, vendo os olhos de Midoriya se arregalarem em pânico assim que caíram em mim, como se ele tivesse tentando me passar uma mensagem para sair dali.

Mas eu não ia fugir. Nem mesmo conseguiria fazer isso.

-Tenko! - falei, alto o suficiente para fazer ele erguer a cabeça e cravar os olhos em mim. A surpresa que cruzou seu olhar foi tão rápida que eu podia ter imaginado. Engoli em seco quando o vi abrir um sorriso maldoso.

-Aoi. - ele comprimentou com zombaria, ameaçando fechar a mão e matar Midoriya. Senti vontade de vomitar, minhas mãos tremendo com a adrenalina, a raiva, o desespero, a tristeza. A maior confusão de emoções que eu já tinha tido. -Pelo jeito, você lembrou. - ele zombou, afinal, apenas a Aoi antiga saberia quem era Tenko. O nome que ele me deu quando nos conhecemos; só Tenko, sem sobrenome, um garoto sem família e sem ninguém.

-É. - falei num sussurro, engolindo em seco. -Lembrei.

-Que bom. Fico feliz. - ele riu, uma risada que percorreu minha espinha. -Agora vai ser muito mais legal quando você ver eu destruir o mundo de heróis que você tanto gosta.

-Você sabe que não precisa fazer isso. - chorei, e não tenho vergonha do quão quebrada minha voz saiu. -Não é minha culpa, Tenko. Eu juro que não lembrava. Eu juro que esse é o único motivo para não ter aparecido. Por favor, por favor, acredita em mim. Você não precisa fazer isso!

Ele soltou Midoriya, que caiu de joelhos no chão, a mão sobre o pescoço enquanto buscava por ar. Lentamente, Shigaraki se aproximou de mim. Midoriya me mandou correr, mas eu estava travada. E antes que pudesse fazer algo, ele agarrou o meu pescoço, me fazendo arregalar os olhos e engasgar em busca de ar.

-É Shigaraki Tomura. Quando você vai entender isso, hein, Aoi? - ele falou calmamente e eu agarrei sua mão, tentando o fazer me soltar. -Eu podia te matar aqui e agora. Seria um ponto fraco a menos. Você sabe demais. É irritante. Ver o reconhecimento nos seus olhos me irrita. Faz eu me lembrar de como você me deixava fraco. Uma criança estúpida e carente.

Ele me soltou e me empurrou, fazendo eu cair de bunda no chão. Mas não era isso que mais machucava, mas sim suas palavras. Meus olhos estavam com lágrimas que eu me recusava a derrubar.

-Para! Para com essa porra, eu sei que você ainda sente alguma coisa por mim. Para de fingir, porra! Você não precisa ser assim! A gente tinha planos, caralho! - falei, chateada e irritada e querendo o socar. Aquilo o fez suspirar de forma dramática.

-É. A gente tinha. - então, ele estendeu a mão na minha direção. -Se você ainda quer mesmo ficar do meu lado, Aoi, então vamos embora.

Eu hesitei por um instante. Ele era um vilão, no final das contas. Tinha causado dor e deveria estar na prisão. Mesmo que eu fugisse com ele agora, jamais seria capaz de o perdoar pelos crimes que cometeu.

Ele viu isso nos meus olhos, na minha hesitação. A raiva brilhou em seus olhos vermelhos.

-Traidora. - ele disse num sussurro.

Me levantei num pulo, minha individualidade borbulhando dentro de mim. Precisava o parar, precisava fazer ele entender que estava errado, que mesmo que Tenko significasse muito pra mim, não podia ignorar seus crimes e que ele deveria pagar pelo que fez. E que eu ficaria do seu lado se o fizesse.

-Nem mesmo pense nisso! - ele disse, agarrando meu pulso e o virando na direção oposta. Fiquei tão chocada que nem gritei de dor quando meu osso quebrou. -Ou eu mato você e metade das pessoas desse shopping. Não seja estúpida, vai, Aoi.

Ele empurrou meu ombro, fazendo eu me desequilibrar e cair mais uma vez. Eu me sentia patética. Inútil. Frágil.

E meu coração estava totalmente destroçado, um bolo se formando na minha garganta.

-Queria que você mudasse de ideia. - ele disse e deu de ombros. -Mas já fizeram lavagem cerebral em você. Não tenta me impedir ou vou matar muita gente saindo daqui.

Ele lançou um olhar para Midoriya e um sorriso maldoso antes de dar as costas para nós dois.

-Ei! - eu gritei e ele parou de andar po um instante. -Eu vou te parar, porra! Juro por Deus, vou parar você! Mesmo que isso me machuque, vou acabar com você, Tenko! E isso é uma promessa!

Ele apenas continuou andando, se misturando no meio das outras pessoas. Midoriya e eu nem conseguimos reagir, o medo de ele matar pessoas inocentes pela nossa negligência sendo maior.

Então, apoiei a testa no chão e comecei a chorar. Chorei tanto que engasguei e não consegui nem respirar. Nem mesmo quando Midoriya tentou falar comigo, ou quando Poppy chegou. Foi tudo uma questão de segundos, mas o suficiente pra acabar com uma parte de mim.

-Os heróis já tão chegando! - Poppy disse, totalmente alarmada, tentando me deixar mais calma. Mas não dava.

Eu ergui os olhos cheios de lágrimas, raiva e dor para fitar ela e Midoriya parados na minha frente.

-Eu quero denunciar minha mãe. - disse num sussurro. -Quero que ela seja presa por abuso de menor. E por ter me manipulado a vida inteira.

Data: 08/10/23

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