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𖤍𖡼↷ 𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘 𝐒𝐄𝐕𝐄𝐍

ONDE AOI TEM
UM SURTO

Eu estava odiando esse acampamento. Sempre tive o habito de acordar cedo para treinar, mas acordar cinco da manhã e ir dormir quase uma hora da manhã estava quase me matando. Isso sem contar o abuso sem fim que estávamos sofrendo treinando que nem um bando de condenados. Aizawa tinha sido meticuloso ao colocar Poppy e eu para revezarmos enquanto treinavamos com ele e Mandaley, que tinha uma individualidade mental também. Além disso, Aizawa fazia questão de me provocar todas às vezes que eu estava lutando contra ele, anulando minha individualidade e me forçando a ir para um combate corpo a corpo que só fazia eu ser derrotada por suas faixas. Ele tinha razão, eu precisava decidir logo que equipamento de suporte eu ia querer usar. A ideia de ter algo como o que Aizawa tinha era bem tentadora. Talvez Florence tivesse alguma boa ideia sobre o que eu poderia usar e que combinasse comigo e meu estilo de luta.

Quando finalmente chegava a noite, todos nós já estávamos mortos. E ainda era o terceiro dia. A única coisa que eu conseguia pensar era em cair na cama e dormir, mas ainda tínhamos que preparar nossa própria comida, o que quase sempre gerava uma briga. Era engraçado o como Bakugo não era capaz de colocar fogo na madeira sem explodir tudo, e ele ainda ficava puto quando Todoroki fazia isso com maestria. Apesar de passarmos o dia inteiro sofrendo nas mãos de heróis profissionais, Bakugo ainda tinha energia caótica de sobra para brigar, algo que nem mesmo eu tinha. Monoma da classe 1-B enchendo saco já estava me deixando saturada o suficiente, e eu só me perguntava o porque ele tinha que estar lá também. Uma lástima, uma desgraça do caralho! Pelo menos Kendo conseguia colocar ele em seu devido lugar, mas tinha que ser louco para arrumar uma briga com ela.

-Aoi, vem aqui. - me assustei um pouco quando Aizawa sensei me chamou. Todos da minha turma pararam o que estavam fazendo para me olharem, provavelmente me desejando boa sorte e temendo pela minha vida por ter sido chamada pelo nosso professor. Escutar Kaminari dizendo que eu tinha sido uma boa amiga só me fez erguer o dedo do meio para ele e o mandar ir a merda com suas palhaçadas idiotas, mas aquilo só fez ele e Mina darem risada. Mina, que estava sentada ao lado de Kirishima, ensinando alguma coisa para ele que eu não fiz questão de descobrir o que era enquanto passava por eles para chegar em Aizawa.

Tudo bem, eu estava com ciúmes sim e sabia que não tinha esse direito. Não era como se eu odiasse Mina por estar perto de Kirishima, claro que não, ela era minha amiga também e eu jamais iria a tratar mal por algo tão imbecil. Mas mesmo que eu não tivesse o direito de sentir ciúmes, já que tinha sido eu a pessoa a afastar Kirishima, eu sentia mesmo assim todas às vezes que via o quão próximos os dois se tornavam a cada dia que passava. Mas não tinha sido eu a pessoa a dizer que ele deveria arranjar alguém que pudesse gostar dele pra valer quando eu não poderia me permitir fazer isso? É, eu sei o que eu fiz. Não significa que não machuca, e torna esse sentimento amargo ainda maior lembrar do beijo que Kirishima e eu tínhamos dividido. Um beijo que eu o fiz prometer que esqueceria e ele parecia ter feito mesmo isso. E eu nem deveria me incomodar! Não era isso que eu tinha desejado, afinal? Que ele ficasse bem longe de mim? Eu estava sendo hipócrita.

-O sinal aqui é péssimo, mas consegui ligar para Violet e ela quer falar com você. - Aizawa disse assim que entramos e eu subitamente fiquei animada. Aquela era a única coisa que poderia fazer eu me esquecer de todo o resto, então estendi de forma feliz as mãos na direção dele, o que fez Aizawa dar um sorrisinho sarcástico para mim, mas eu não liguei. -Não demore muito pois precisa ajudar a terminar a janta. E eu não confio em Kaminari pra terminar o que vocês dois estavam fazendo sozinho. - ele avisou, me fazendo dar uma gargalhada.

-Pode deixar, pai! - falei enquanto arrancava o celular de suas mãos. Aizawa revirou os olhos para mim, mas não brigou comigo ou me disse para parar de o chamar assim, e nem acho que o faria, de qualquer forma. Claro que eu só fazia isso quando não tinha mais ninguém da minha turma perto e claro que eu fazia isso só para o irritar, mas não acho que Aizawa desgoste tanto assim quanto finge. Na verdade, acho que no fundo ele já acostumou. Talvez até goste! E de qualquer forma, ele tinha sido muito mais meu pai do que o cara que me criou. E Violet era muito mais minha mãe do que minha própria mãe, mesmo que eu não tivesse tido coragem de falar isso para ela. Quer dizer, como ela iria reagir? Talvez ela me afastasse se percebesse que meu carinho por ela era tão grande assim. Eu deixaria para pensar isso depois. E de qualquer forma, Aizawa e Violet tinham minha guarda agora; então, sim, éramos uma família. Coloquei o celular de Aizawa no ouvido. -Violet?

-Oi, meu amor! Fiquei sabendo que Shota não tá pegando leve com você. - ela riu do outro lado da linha e só sua voz já foi o suficiente para me fazer sorrir. -Tá gostando do acampamento?

-Tô odiando! - dramatizei, o que fez Violet dar risada. Ela já estava bem familiarizada com minha "versão rainha do drama", como Florence adorava chamar. -Eu tô sendo surrada manhã e tarde e ainda passo a noite tendo que aguentar adolescente idiotas falando merda. Eu vou ficar mais louca do que eu já sou, Violet. - falei com um suspiro.

-Acho isso impossível. - ela brincou, me fazendo dar risada. -Pelo menos conseguiu falar com o seu lindo crush?

Fiz uma careta, apesar de saber que ela não ia conseguir ver. O que? Claro que eu tinha contado tudo para Violet sobre Kirishima depois de a fazer jurar que não ia falar um a para Aizawa. Conselhos de adultos podiam até vir a ser úteis, e eu nunca tive alguém para desabafar sobre isso que não fosse Poppy. Foi bom ter contado para Violet o que eu sentia sobre Kirishima. Quer dizer, não contei sobre o akai ito, mas nem precisei porque ela começou a insistir que eu deveria dar uma chance pra ele sim. Claro que eu apreciava os conselhos de Violet, mas não significava que eu iria seguir eles, já que eu nunca escuto ninguém porque sou muito teimosa pra isso.

-Não. - murmurei, brincando com um fio solto no meu shorts jeans. -Quer dizer, eu meio que tô evitando ele e talvez eu tenha sentado com outro garoto no ônibus e deixado ele chateado sem querer. - escutei Violet suspirar e fiz outra careta. -E agora ele tá muito ocupado andando com a Mina pra se importar, de qualquer jeito.

-Olha aí a rainha do drama. - Violet cantarolou e eu torci meu nariz. Praticamente podia ver o sorrisinho em seu rosto. -Aoi, se você tá com ciúmes, e eu sei que tá, deveria ser sincera com ele. Você é muito nova, não deveria ficar se preocupado demais com as coisas, só vai lá e dá uns beijinhos nele, não vai matar nenhum dos dois!

Acabei dando uma gargalhada pela forma como Violet fazia soar tão fácil assim. E talvez até fosse fácil, exceto pela parte que não era. Eu não queria ser uma decepção para Kirishima, não queria que Tenko o machucasse por minha causa e, acima disso, sabia que Kirishima merecia alguém que eu não podia ser, alguém completa. E eu estava bem longe de ser essa pessoa.

-Vou pensar no seu caso. Preciso desligar, ou Aizawa vai vir me matar por estar demorando tanto. - falei e Violet deu risada, como se conseguisse imaginar a cena.

-Tudo bem. Aproveita esse acampamento pra se divertir e para de pensar demais!

-Sim, senhora! - zombei. -Tô com saudades de você, Vi.

-Nunca imaginei que você também faria tanta falta. - ela disse com sinceridade, o que me fez sorrir que nem uma idiota.

-Te vejo em alguns dias. Te amo mãe, tchau!

Só quando desliguei o telefone me dei conta do que tinha acabado de falar. E ai eu arregalei os olhos e escancarei a boca, fitando a tela preta. Meu Deus! Eu tinha mesmo falado que amava ela?! E eu tinha mesmo chamado Violet de mãe? Foi tão natural e tão sincero que eu nem tive como manter as palavras dentro da minha boca. E agora, Violet ia me achar uma estranha e me odiar! Ai meu Deus, eu queria beber veneno e morrer logo de uma vez!

Quando o celular de Aizawa começou a tocar e eu vi que era Violet ligando de volta, entrei em um desespero tão grande que a única coisa que consegui fazer foi recusar a chamada e desligar o aparelho enquanto voltava tremendo para onde os outros estavam. Aizawa me olhou desconfiado, mas não perguntou nada quando entreguei o celular de volta para ele e praticamente corri para me sentar ao lado de Kaminari.

-Fiz merda. - falei para Poppy e ela virou para mim com as sobrancelhas franzidas em confusão.

-Você sempre faz merda, seja mais específica. - Bakugo disse, se metendo na conversa, e eu ergui o dedo do meio para ele antes de afundar o rosto entre minhas mãos e dar um gritinho.

-Aoi, você tá me assustando. O que foi? - Poppy disse, tocando minhas costas.

-Eu chamei a Violet de mãe sem querer. Tipo, foi muito sem querer mesmo. - falei e Poppy apenas me fitou inexpressivamente. -Poppy! Diz alguma coisa! Ela vai me odiar, né? Meu Deus, ela vai me achar uma maluca, estranha, carente e surtada.

-Bom, você é tudo isso, idiota. - Bakugo riu, se divertindo com meu desespero. Nem me importei com o quão puto ele ia ficar antes de abrir o ketchup e espirrar bem no olho dele, o fazendo gritar de ódio.

-Parem você dois! - Poppy disse irritada quando Bakugo jogou o pote de maionese na minha cabeça, deixando uma mancha vermelha na minha pele. -Aoi, para de surtar, claro que ela não vai te odiar por causa disso! Se você chamou ela de mãe, e você nem considerava sua própria mãe como mãe, então Violet sabe que foi porque você ama ela e a vê como a figura materna que nunca teve. Por que ela ia te odiar por causa disso?

-Eu só queria saber quem é Violet? Por que fofocas incompletas? Por que vocês tão sempre envolvidos em coisas que não compartilham com o resto da turma? Aoi, por que tantos problemas familiares, cara? - Kaminari gritou do meu lado e eu torci o nariz em desgosto.

-Cuida da sua vida, cara de idiota. - Bakugo rosnou e Kaminari fez um biquinho.

-Eu odeio minha vida. - falei, lançando sem querer um olhar na direção onde Kirishima estava rindo com Mina. Bufei irritada.

-Ciumenta. - Kaminari riu, cutucando minhas costelas e me fazendo chiar enquanto dava um tapa em suas mãos. -O amor é lindo!

-Vai se foder! Quem tá falando de amor aqui, porra?! No dia que eu me apaixonar por alguém, vou estar louca.

-Você já tá louca, então significa que tá apaixonada, né? - Sero disse vindo sabe lá de onde, se metendo no assunto.

Me irritei e me levantei, deixando eles para trás e indo ajudar Todoroki. Pelo menos ele teria conversas legais, ou acabaria até ficando quieto, que era tudo o que eu precisava naquele momento. Bando de idiotas! Era isso que tinha ali naquela turma maldita e infernal!

Depois do jantar, alguém da turma B teve a brilhante ideia de aproveitarmos o tempinho que ainda tínhamos todos juntos para jogar verdade ou desafio. Um jogo brega, clichê e que sempre dava em bosta. Ainda assim, praticamente todo mundo aceitou, Mina mais animada que qualquer um. Ela tinha sorte de Aizawa ainda não ter aparecido para levar quem estava de recuperação para o reforço.

Revirando os olhos, me sentei ao lado de Poppy na roda, dizendo o quanto aquilo era fútil. Ela riu e me empurrou de leve, dizendo que eu estava reclamando que nem o Bakugo, mas olha só! Estávamos eu e ele ali, mesmo que a contra gosto total.

-Esse jogo é pra idiotas perdedores. - Bakugo disse e eu fui obrigada a concordar.

-É, mas estamos cercados de idiotas perdedores, você esperava o que? - falei arqueando a sobrancelha para ele e Bakugo revirou os olhos.

As regras foram uma idiotice. Você tinha que fazer dois desafios antes de escolher a verdade, e claro que isso foi ideia de Kaminari e muito apoiada por Mina. E obviamente que eles também tiveram uma ótima ideia de punição: ser explodido por Bakugo. Só ai o desgraçado ficou feliz, mesmo que acho que não devesse porque tenho certeza que qualquer um inteligente ia preferir fazer o desafio e falar a verdade do que ser explodido pelo Sr violência suprema.

Foi um desafio idiota atrás do outro já que quando as coisas ameaçavam ficar perigosas, Iida agia como a pessoa sensata e nos impedia de fazer merda. O que às vezes era até que chato, porque eu bem que queria ter visto Midoriya dar um soco na cara de Bakugo e ver o que aconteceria depois disso. Poppy ficou bem alarmada, mas Kaminari teve que mudar o desafio depois que tomou um grito no ouvido vindo de Iida e Yao-Momo.

Percebi que não ia dar pra me livrar quando caiu em mim e um garota da turma B e eu escolhi desafio. O sorrisinho que ela me lançou deixava claro que ia vir alguma merda, e claro que não seria alguma merda que eu pudesse me livrar fácil assim. Eles não iam fazer desafios bestas de lutas ou alguma merda do tipo, afinal, estávamos em um curso de super heróis; ninguém era tão estúpido de fazer dasafios assim, só Kaminari.

-Te desafio a beijar o Monoma. - ela falou dando de ombros como se não fosse nada demais. Todo mundo ficou calado, mudo, silêncio total.

E eu cai na gargalhada.

-Isso é piada, né? Voltamos pra quinta série pra fazer um desafio idiota desses? - debochei com um sorriso sarcástico para ela. -Qual o próximo jogo, então? Sete minutos no paraíso? Ah, para, vai.

-O que? Você nunca beijou e tá com vergonha de fazer isso? - ela riu, me fazendo cerrar os dentes. -Não precisa ter vergonha de admitir, sabe.

-Vamos logo, inútil. - Bakugo chamou com um sorrisinho, sua individualidade pipocando na sua mão.

-Ih, Aoi, vai arregar? - Mineta zombou e eu afundei a sola do sapato na cara dele, o fazendo gritar.

-Quem disse que eu quero beijar ela, hein? - Monoma protestou. Eu arqueei a sobrancelha.

-Por que, não consegue lidar com isso aqui? - provoquei, indicando eu mesma. Ele me olhou com um sorrisinho desdenhoso e se levantou para vir na minha direção.

Odiava a forma como ele estava agindo. O jeito que sorria como se eu jamais fosse conseguir cumprir aquele desafio. Odiava todos me desafiando daquele jeito e dizendo que eu não era capaz de fazer isso. E, acima de qualquer coisa, odiava ser subestimada, mesmo que por algo tão imbecil e trivial assim.

Não pensei em nada quando me levantei e me esquivei das mãos de Poppy que certamente iam me agarrar e me impedir de fazer merda. Não consegui pensar em nada, só na minha raiva e irritação por todos estarem rindo de mim.

E foi assim que agarrei a camiseta de Monoma Neito, um idiota sem igual, e grudei a boca na dele.

Escutei todo mundo gritar ao nosso redor, mas não me importei com isso enquanto a boca dele envolvia a minha. Monoma podia ser irrirante, mas estava longe de ser feio. E além disso, ele até que beijava bem. Mas tinha um grande problema e, quando me dei conta disso, percebi que tinha feito uma merda muito grande.

Monoma não era Kirishima. E beijar ele me trazia um total de zero sentimentos. Logo, sequer era remotamente emocionante.

Senti quando puxaram a gola da minha camiseta e me afastei de Monoma abruptamente, quase caindo no chão no processo. Me virei, preparada para uma briga, mas quando meus olhos encontraram os de Bakugo, percebi que era melhor não dizer nada.

-Já deu, né. - ele disse, a voz baixa que deixava claro que eu tinha cagado tudo. E mais baixo ainda ele completou: -Se queria provar um ponto para o cabelo de merda, meus parabéns, você conseguiu.

Percebi que Kirishima não estava mais ali no meio da roda e me senti uma imbecil. Era justamente por isso que não podia ficar com ele: eu só sabia magoar quem era importante para mim.

-Eu vou...- comecei, mas Bakugo bufou.

-Deixa pra lá.

Torci o nariz, mas estava determinada a ir atrás de Kirishima. Só não tive tempo de fazer isso.

-Barrigas cheias e pratos limpos, agora, hora do teste de coragem! - Pixie-bob disse, fazendo todos ficarem muito animados. Eu só conseguia pensar em Kirishima e estava caminhando até ele quando finalmente o achei, mas Aizawa apareceu para me impedir de ter aquela conversa.

-Antes disso, me desculpem, os alunos com aulas de reforço precisam vir comigo agora. - Aizawa avisou. O sorriso de Mina foi substituído por uma cara de puro desespero.

-Tá brincando, né? - ela berrou.

Mas ele não pensou duas vezes antes de envolver todos os cinco de recuperação em suas faixas, ignorando o choro, gritos e protesto. Meu coração só ficou mais pesado ainda, pois eu não teria a chance de falar com Kirishima até a manhã seguinte. Merda do caralho!

-Certo, então, a classe B vai assustar primeiro. - Pixie-bob explicou. -A classe A vai se dividir em duplas e partir num intervalo de três minutos. No meio daquela estrada tem um cartaz com um nome escrito. Peguem ele e o tragam de volta.

-Aoi. - senti a mão de Poppy nas minhas costas e tomei um susto. -Tá tudo bem. Vocês se resolvem amanhã.

-Era disso que eu tava falando. - disse, minha voz embargada. -Eu só faço merda, porque sou impulsiva e não penso.

-Você não é a pior pessoa do mundo, apesar de que evitar isso tivesse sido a melhor opção. - Poppy suspirou e eu assenti. -Kiri ficou triste pra caramba, Aoi.

-Eu sei. - falei, afundando o rosto em minhas mãos. -Por isso ele deveria gostar de outra pessoa que não eu.

-A gente não controla essas coisas. Você sabe disso. E vocês são almas gêmeas, querendo ou não, tem o destino entrelaçado, seja de forma romântica ou não. Não o magoe, Aoi. - ela disse seriamente e eu soltei um suspiro trêmulo.

-Foi sem querer. - murmurei. Ela apertou meu ombro.

-Eu sei disso. Mas Kirishima não sabe. Na sua cabeça, sei que beijou Monoma pra provar um ponto pra quem estava te enchendo o saco. Mas pro Kiri, você beijou o Monoma pra esfregar na cara dele que nunca vai dar uma chance pra ele. - Poppy disse e eu soltei um gemido infeliz.

-Mas não foi! - protestei. Ela apenas suspirou.

-Eu sei. Todo mundo percebeu. Mas o Kirishima não. Entendeu o que quis dizer? - ela disse seriamente e eu apenas assenti, me sentindo derrotada. Ela era boa demais para brigar comigo como Bakugo estava louco para fazer, mas eu sabia que Poppy estava irritada.

De qualquer forma, não dei para conversar mais, pois entrei com Yao-Momo na floresta já que ela era minha dupla. Sim, fiquei o tempo todo mau humorada e chateada por ter cagado com tudo.

-Você tá bem, Aoi? - Momo perguntou, me olhando preocupada, mas eu apenas suspirei querendo morrer. -Você tá chateada pelo jogo de verdade ou desafio. - não era pergunta, mas assenti mesmo assim.

-Reclamei que era desafio de criança e fui lá e fiz mesmo assim. Sou uma idiota, Yao-Momo. - falei e ela colocou a mão no meu ombro com carinho.

-Você não é. Vai dar tudo certo, você pode conversar com o Kirishima depois e tenho certeza que vão se resolver. - ela disse e eu a olhei incrédula. Yao-Momo ficou um pouco envergonhada, mas deu um sorrisinho. -Vocês se gostam, não é?

-Tá tão óbvio assim?! - falei meio perplexa e Momo riu.

-Um pouquinho. Mas fica tranquila, só eu e Midoriya percebemos isso. - Yao-Momo me garantiu e eu dei risada. Bom, fazia sentido, o resto da nossa sala era meio lerdo. Quer dizer, só olhar Kaminari, Sero e Mina.

Foi quando Momo e eu sentimos um cheiro estranho e, logo em seguida, uma fumaça rosa começou a nos cercar. Imediatamente cobri meu nariz e a boca com a camiseta.

-Não quero arriscar, mas acho que isso ai é venenoso. - falei um pouco alarmada e Yao-Momo arregalou os olhos. No instante seguinte, ela tinha criado duas máscaras para nós. -Isso é estranho. Não estou gostando nada disso, Yaoyorozu.

-Isso faz parte do teste? Não é meio perigoso? - Yao-Momo disse confusa, mas estava tão tensa quanto eu.

-Não acho que seja. - falei em um sussurro, engolindo em seco.

Foi aí que tivemos nossa confirmação. Com a voz de Mandalay soando desesperada em nossas mentes.

Pessoal! Dois vilões atacaram! Pode haver mais! Aqueles que conseguem se mover, vão para os dormitórios! Não enfrentem o inimigo! Fujam!

Data: 10/01/24

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