𖤍𖡼↷ 𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘 𝐅𝐎𝐔𝐑
CASA NOVA
Eu estava tremendo enquanto contava tudo para Tsukauchi e Aizawa sensei sobre o que tinha acontecido hoje, sobre minha mãe, meu passado com Shigaraki e todos os abusos que sofri durante toda minha infância. Apesar do meu desejo de fazer justiça, eu não conseguiria ter falado se Aizawa sensei não tivesse ido até lá. Ele me passava a confiança e o apoio que eu precisava naquele momento para ser sincera e contar toda a história, e ele não me olhou com pena ou de forma diferente depois disso. Apenas sentou do meu lado, agradeceu por ter confiado isso a ele e disse que faria tudo dar certo e se resolver.
Algumas horas depois, descobri que minha mãe tinha desaparecido. Ela levou todas as suas coisas e abandonou nossa casa, não deixando rastro. Mas Aizawa sensei me garantiu que achariam ela e a fariam pagar caro por tudo o que tinha feito comigo, por ter mexido tanto na minha mente. E, mais algumas horas depois, ele apareceu me dizendo que eu iria morar com ele. Claro que fiquei totalmente sem saber o que fazer já que estava esperando por tudo, até ir para um lar adotivo, mas não esperava por aquilo. Meus olhos encheram de lágrimas quando Aizawa sensei disse com tranquilidade e naturalidade que tinha acabado de conversar com o diretor e que ele iria entrar na justiça para ter minha guarda.
Meu dia tinha sido uma merda mas, pela primeira vez, me senti um pouco mais feliz. Com um pouco mais de esperança. Claro, Aizawa sensei me assustava na maior parte do tempo, mas eu tinha um respeito e admiração muito grande por ele, e ver que ele não ia desistir de mim como a maioria das pessoas tendia a fazer fez eu sentir que talvez eu tivesse sim algum valor. Então nem protestei quando ele me pediu para pegar as minhas coisas na casa de Kirishima e disse que me levaria para sua casa, onde eu passaria os próximos dias até o dia do acampamento chegar.
-Posso te chamar de pai agora? - zombei com um sorrisinho e ele apenas me lançou um olhar cortante que me fez rir um pouco. Apesar das tentativas de esconder, vi sua boca tremer enquanto tentava conter um sorriso, mas seus sentimentos eram óbvios. Depois de me ver tão triste e acabada, ele estava feliz por pelo menos eu estar rindo um pouco agora. Mas como eu me sentira perdida se tinha acabado de ser acolhida por alguém? Sim, isso fazia pelo menos uma parte dos caquinhos voltarem para o lugar. -Brincadeira, sensei. Prometo continuar sendo uma aluna exemplar.
-Como se um dia você tivesse sido uma aluna exemplar. - ele disse tranquilamente e eu fiz uma cara de indignação. -E quando não estivermos na escola, você não precisa me chamar de sensei.
-Ah! Então posso mesmo chamar de pai! Que evolução, do lixo ao luxo. - brinquei dando risada e ele suspirou, quase como se começando a se arrepender de suas escolhas. Eu me diverti um pouco, mas isso foi passageiro. Não demorou até eu começar a me sentir inquieta outra vez, então apenas olhei para a janela, focando nas luzes da rua enquanto Aizawa dirigia para sua casa. O lugar onde eu moraria por quanto tempo ele me permitisse ou até se encher de mim. Mas independente de qualquer coisa, eu me sentia muito grata por essa ajuda. Eu estava com tanto medo de denunciar minha mãe e ir parar em um lar adotivo que demorei anos para fazer isso, mas agora eu me sentia muito mais em paz comigo mesma por finalmente ter feito isso.
A casa dele não era tão longe. Peguei todas as minhas coisas que se resumiam a duas mochilas, uma com minhas coisas e outra com o material da escola, e saltei para fora do carro, esperando Aizawa mostrar o caminho. Ele me olhou por um instante, como se tivesse pensando em me avisar algo, mas então, apenas desistiu. Franzi as sobrancelhas em confusão, mas não perguntei nada antes de o acompanhar. Quer dizer, ele já estava na boa vontade de me abrigar em sua casa e até mesmo tentar ter minha guarda, eu não tinha exatamente o direito de fazer perguntas. E, sendo honesta, nem me importava muito.
Quando entramos, percebi que não era uma casa nem tão grande e nem tão pequena, mas sim na medida certa. A sala era extremamente organizada e limpa, e como sou uma pessoa curiosa, olhei de um lado para o outro enquanto seguia Aizawa até a cozinha, de onde podia escutar vozes.
Fiquei um pouco surpresa ao ver duas mulheres conversando ali. Não fazia a menor ideia que Aizawa tinha família, na minha cabeça ele morava sozinho. Me dei conta que em relação a sua vida pessoal, eu sabia bem pouco.
Uma das mulheres tinha cabelo platinado preso a um rabo de cavalo com algumas mechas soltas na frente e olhos violeta lindos, e estava encostada no balcão com os braços cruzados e um sorriso divertido no rosto enquanto observava atentamente a mulher a sua frente que dizia algo de forma exasperada. A outra tinha cabelos loiros compridos e estava gesticulando muito, e eu podia sentir a irritação que vinha dela.
-Ele é um idiota! De verdade. Acho que eu deveria arrumar outro namorado. - a loira estava dizendo com raiva, o que só fez a platinada rir.
-Você fala isso todos os dias, Aya. - ela retrucou com diversão. Foi nesse momento que seus olhos violeta caíram sobre mim e um pouco de surpresa passou por ela, mas foi passageiro.
-Ayame, não sabia que estava aqui. - a voz de Aizawa era neutra, mas dava para perceber que ele não estava no clima para lidar com qualquer que fosse a crise que aquela mulher loira estava tendo naquele momento. Ela fez uma careta assim que seus olhos caíram sobre Aizawa.
-Ah, eu já tô indo, relaxa! - ela disse erguendo as mãos em sinal de rendição. Franzi um pouco o cenho. Tinha certeza que já tinha visto aquela mulher em algum lugar. Será que ela era super heroína? -Obrigada pelos péssimos conselhos, Vi. - a mulher de cabelo platinado riu.
-Disponha. E vê se não arranca todas as penas vermelhas do seu namorado. - ela zombou e a loira apenas revirou os olhos antes de sair.
Olhei para Aizawa e arqueei a sobrancelha de forma curiosa, mas seus olhos não estavam em mim, e sim na mulher de cabelo platinado que estava sorrindo para ele.
Ah sim, definitivamente ela era a namorada dele, dava pra sentir. Tive vontade de me esgueirar para fora, porque tudo o que menos precisava ver, era meu professor beijando alguém. Mas graças ao bom Deus ele não me traumatizou com isso.
-Aoi, essa é a Violet. - Aizawa me disse e eu me aproximei com um pouco de vergonha dela. Quer dizer, mulheres bonitas sempre tinham a tendência de me deixar um pouco desconcertada.
Estendi a mão para ela, mas fui surpreendida com um abraço apertado e sincero. Demorei um pouco para reagir, mas retribuiu, por algum motivo me sentindo muito bem de estar abraçando ela. Apenas parecia certo, e ela me apertou com tanto carinho, apesar de ter acabado de me conhecer.
-Você tem um nome bonito. - ela disse com um sorriso, e eu conseguia sentir a nostalgia misturada com tristeza em sua voz. -Faz eu me lembrar de alguém importante. Vem comigo, vou te mostrar o restante da casa.
Ela não parecia nem um pouco incomodada por Aizawa ter decidido me deixar morar ali. Na verdade, parecia genuinamente feliz por ele o ter feito. Violet me mostrou todos os cômodos e o quarto onde eu passaria a noite. Me contou também que tinha uma irmã mais nova chamada Florence que logo voltaria para casa, que apenas tinha saído para dar uma volta com o pai delas.
Realmente, eu fiquei bem surpresa. Aizawa sensei tinha uma família pra valer e bem maior do que eu imaginava. A única coisa que eu sabia era que ele era melhor amigo de Present Mic, e isso sempre foi meio estranho já que ele nunca demonstrava nada. E agora sou pega totalmente de surpresa, primeiro por ele querer me adotar e segundo por ter uma família como essa.
-Shota jamais vai admitir isso. - Violet disse enquanto me ajudava a arrumar a cama onde eu dormiria. Ela deu um sorriso gentil para mim. -Mas ele fala bastante sobre sua turma. Ouvi coisas boas sobre você.
Senti minhas bochechas corarem e não dá nem pra mentir que escutar isso me deixou feliz. Aizawa sensei era uma das pessoas que eu mais admirava, saber que ele tinha orgulho de mim me deixava muito feliz. Percebi ali que talvez, pela primeira vez na vida, eu fosse acabar descobrindo o que ser tratada bem de verdade significava.
-Vou deixar você arrumar suas coisas. O banheiro é no final do corredor, caso você queira tomar banho antes da janta. Tem toalhas limpas na primeira gaveta. - Violet disse, batendo uma mão na outra e se afastando para me observar. O sorriso dela era bonito e muito sincero. Ela era tão legal que me fazia querer a encher de perguntas e descobrir como diabos Aizawa tinha arranjado uma namorada.
-Obrigada. - falei com sinceridade e ela apenas deu de ombros, como se não fosse nada demais. A observei se afastar e ir até a porta, mas sua mão ficou suspensa sobre a maçaneta e Violet se virou apenas o suficiente para me olhar.
-Aoi? - ela chamou e eu a olhei. -Sei bem pouco sobre o que você passou, mas está segura aqui. Vamos nos certificar disso.
E a confiança em suas palavras era tudo o que eu mais precisava naquele momento.
-Eu sei que é estranho, dá pra parar de ficar repetindo isso? - falei de forma irritada enquanto olhava feio para Bakugo no outro lado da tela. Ele revirou os olhos, mas calou a porra da boca, e vi Kirishima e Poppy tentarem segurar uma risada. -Mas é isso, era melhor do que morar na rua, né? Ah, e a namorada do sensei é muito linda! Também é bem legal. Imagina meu choque descobrindo que ele não era um solitário que só morava com os gatos.
-Não sei de onde você tira tanta merda e coloca cabeça. - Bakugo disse e eu ergui o dedo do meio para ele.
-Vai se foder! Eu literalmente fui enforcada e quebraram minha mão hoje, você no mínimo deveria agir como um ser humano decente! - grunhi irritada e ele apenas cagou, já que, segundo ele mesmo, minha mão já estava em ótimas condições graças a Recovery Girl. Mas e meu psicológico, hein? E meus traumas, ficam como? Babaca de merda!
-Você podia ter ficado aqui em casa na pior das hipóteses, Aoi! Meus pais gostam de você. - Kirishima disse e eu apenas suspirei. Eu sabia disso. Mas também sabia que uma hora ou outra os pais dele se cansariam, eu acho, já que era bem diferente cuidar do filho de outras pessoas. Com Aizawa eu não tinha esse medo, não quando ele já deixou claro que ia me adotar, e ele também já me conhecia há um tempo, diferente dos pais de Kirishima.
-Nós íamos dar um jeito. - Poppy garantiu. -Já te disse isso! E você não deveria ter saído correndo atrás de um vilão sem me falar nada, Aoi! Podia ter acontecido algo pior. Ele poderia ter matado você ou te levado como refém!
-Nah, ele ficou puto da vida porque não sou mais a Aoi que faz tudo o que ele quer, mas não me mataria. Ele vai querer me fazer sofrer primeiro, deu pra perceber isso nitidamente. - falei como quem não quer nada, mas claro que estava magoada. Não tinha como não deixar toda aquela história me abalar, a única coisa que me impedia de passar o restante dos meis dias chorando eram aqueles três com quem eu estava fazendo uma chamada de vídeo agora. -Mas tenho outros problemas pra lidar. Como o desaparecimento da minha mãe e Midoriya que me mandou mensagem pedindo pra conversar. Eu aposto meu dedo mindinho que ele vai vir me fazer perguntas sobre Shigaraki, deve estar achando que sou vilã que nem o Bakugo ficou achando!
-O que você esperava, porra?! O cara deixou claro que vocês tem passado, caralho! Tem que ser muito otário pra deixar isso passar, Deku é chato pra porra, mas não é tão burro assim. - Bakugo disse e eu vi Poppy torcer o nariz para ele pela forma como Bakugo tinha se referido a Midoriya. Ele deve ter percebido também, mas preferiu ignorar.
-Bom, tanto faz. Falo com ele depois. Preciso desligar, Aizawa já me chamou pra jantar e eu não quero irritar ele. - falei e eles três se despediram, Bakugo com seu jeito babaca e grosso de sempre de ser.
Quando desci me dei conta que Aizawa tinha saído para resolver algum problema de super herói, mas encontrei Violet na cozinha conversando com uma garota mais ou menos da sua altura e que parecia ser pelo menos um ano mais velha do que eu. O cabelo dela era rosa e estava vestindo uma camiseta escrita "game over", e ela era extremamente parecida com Violet, o que não deixava dúvidas que era a irmã mais nova que ela tinha mencionado.
-Vocês precisam de ajuda? - perguntei, o que atraiu a atenção delas para mim. Violet apenas me deu um sorriso, mas sua irmã me olhou por um tempo, como se me analisasse e eu torci o nariz de leve.
-Aoi! Essa é a Florence, minha irmãzinha. - Violet falou, jogando um braço ao redor dos ombros da menina e a abraçando, o que fez a de cabelos rosas fazer uma careta.
-Prazer. - ela murmurou, estendendo a mão pra mim. Eu não hesitei antes de apertar, notando logo de cara a diferença gritante na personalidade delas.
-Você também estuda na U.A? - perguntei franzindo o cenho, porque tinha a impressão que já tinha visto aquele cabelo rosa em algum lugar. Ela apenas assentiu em resposta.
-Segundo ano do curso de suporte. - ela disse e eu assenti.
-Tô no primeiro ano. - falei e Florence deu um meio sorriso para mim.
-Classe 1-A, né? A amaldiçoada. - torci o nariz. Entre tantas reputações que minha turma poderia vir a ter, essa era uma que só serviu para deixar todos traumatizados de vez.
-Amaldiçoada mesmo. - Violet disse com uma careta, provavelmente deveria estar lembrando que o namorado dela tinha agora uma cicatriz no rosto graças a momentos lindos que viveu com minha turma. Eu também fiz uma careta.
Mas no final das contas, não conversamos mais sobre isso. Florence contou a Violet sobre seu dia enquanto eu ajudava elas a colocarem as coisas na mesa e Violet disse que Aizawa tinha mesmo saído para resolver um caso. Acabei revelando para elas sobre como minha mãe era terrível, o que fez Violet parecer bem perto de cometer algum tipo de assassinato, o que eu achei bem divertido, na verdade. Quer dizer, ela tinha acabado de me conhecer e já demonstrou se preocupar mais do que minha própria mãe se preocupava. Eu definitivamente gostava de Violet.
-Vou ir buscar o papai para jantar. - Violet disse e Florence apenas assentiu enquanto eu passava os copos para ela distribuir pela mesa da sala de jantar. -Faz tempo que não jantamos assim na mesa, vai ser divertido.
Acho que eu nunca sem soube o que era ter um jantar em família. O mais perto que cheguei de ter isso, foi um dia que Tenko e eu comemos um pão com queijo juntos sentados no banco de um parque enquanto observavamos as estrelas da noite. Estava frio no dia e ele tinha me emprestado seu casaco porque não queria que eu acabasse ficando doente. Lembro que parecíamos só duas crianças sem teto ou família, mas isso não importava, porque tínhamos nos divertido juntos criando histórias absurdas para cada estrela que conseguíamos encontrar no céu.
Lembrar disso me fez ficar triste e pra baixo. Queria poder voltar no tempo, ja época onde ele era meu melhor amigo e cuidava de mim. Diferente de agora, onde ele era um vilão que sequer hesitaria em me machucar. Eu deveria ter medo dele e o odiar, mas não conseguia. Eu só queria que ele fosse salvo de sua própria raiva e perdição.
-Pai, essa é a Aoi! - escutei a voz de Violet soar animada e me virei para ver o homem que ela tinha ajudado a sentar na cadeira. -Ela vai morar com a gente agora.
Ele não parecia ser tão velho, deveria ter sessenta e poucos anos. Talvez até menos. Seu cabelo eram quase tão escuros quanto o meu, mas seus olhos tinham o mesmo tom violeta dos de Violet e Florence. E ele os fixou em mim, os arregalando como se tivesse visto um fantasma.
-Aoi... - ele disse, baixinho. Senti ele ficar exasperado, olhando para Violet em busca de ajuda. -Ela está aqui, ela voltou pra gente.
Eu franzi o cenho em confusão, ainda mais quando Violet o olhou de forma triste e Florence pareceu ficar chateada. Mas o homem me olhou com muita determinação, se levantando com certa dificuldade e segurando minhas mãos na sua.
-Você cresceu tanto, filha. - ele disse sorrindo feliz para mim. Eu apenas pisquei os olhos, franzindo as sobrancelhas.
-Pai, essa não é a nossa Aoi. - Violet disse calmamente, colocando uma mão sobre o ombro dele. -Lembra? Já conversamos sobre isso.
-É claro que é! Não consegue ver como ela é parecida com sua mãe? - ele disse franzindo o cenho para Violet, como se ela estivesse louca. Mas Violet permaneceu calma, apesar da trusteza que emanava dela.
-Pai, Aoi se foi. Essa aqui é aluna do Shota, ela não tem mais família então vamos ser a família dela daqui pra frente.
Ele começou a ficar agitado, seus sentimentos ficando caóticos e me atingindo tão forte que até fiquei um pouco desnorteada.
Pelo jeito que Violet e Florence estavam agindo, era nítido que o pai delas estava doente. Eu me sentia mal só de ver; ainda assim, apoiei uma mão sobre o peito dele e deixei aquela parte da minha individualidade que nem mesmo eu sabia que tinha até pouco tempo atrás extravasar.
Sobre meus dedos, o desespero dele foi sumindo e sumindo até desaparecer por completo e ele ficar calmo outra vez. Ainda assim, seus olhos pareciam tão perdidos; tão vazios. E aquilo me deixou abalada.
-Eu acho que perdi a fome. Vou ir para meu quarto. - ele disse, baixinho, desviando o olhar do meu. Violet se aproximou para o ajudar, mas ele apenas a dispensou e saiu.
Por um instante, apenas ficamos em silêncio. Violet suspirou.
-Desculpa por isso. Ele tem alzheimer, e às vezes tem crises como essa. - ela disse meio sem graça. -Vive esquecendo que nossa irmã se foi.
-Ah. Eu sinto muito por isso. - falei ficando meio sem saber o que fazer. Florence suspirou.
-Perdemos ela quando ela tinha quatro anos, logo depois que mamãe morreu. - Florence disse, se sentando e começando a colocar comida no prato. -Ele nunca superou.
-Desculpa por isso. - Violet disse.
-Não, tudo bem. - falei, me sentando de frente para as duas.
-Como você o acalmou, aliás? - Violet perguntou de forma curiosa. Eu fiz uma careta.
-Honestamente? Não faço ideia. - falei com sinceridade. Florence e Violet se entre olharam antes de começarem a rir. E foi nesse momento que me dei conta do quanto eu gostaria de morar ali.
Data: 27/10/23
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro