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𖤍𖡼↷ 𝐓𝐇𝐈𝐑𝐓𝐘 𝐓𝐇𝐑𝐄𝐄

MOMENTO DE IRMÃS

Eu estava exausta. Não existia palavra melhor para expressar o como eu estava naquele momento, depois de todas as aulas pesadas do dia. Desde que Aizawa disse que iríamos começar a treinar para tirar a licença provisória, parecia que minha alma tinha saído do corpo e se recusado a voltar. Tudo estava tão intenso e se tornava duas vezes mais difícil para eu conseguir não ficar para trás por ter perdido o olho esquerdo. Claro que meus reflexos estavam muito melhores depois de tanto treinamento, isso era um fato, mas eu me sentia tão morta que tudo o que conseguia fazer depois da aula era tomar banho, jantar e dormir. Às vezes fazer lição de casa quando Bakugo ameaçava me bater ou Kirishima vinha chorar por socorro.

Porém, naquele dia, depois que tirei meu uniforme de super heroína e saí do vestiário, recebi uma mensagem de Florence. Fiquei animada, pois fazia alguns dias que não nos víamos direito na escola, e já era ruim o suficiente não ver Violet. Quão injusto era agora que eu tinha descoberto uma família que me amava de verdade eu tinha que ficar longe deles? E ainda tinha toda a questão relacionada a minha guarda por conta dos problemas de Violet com a raiva, mas eu não queria pensar nisso naquele momento.

-Ei! - falei quando vi Florence chegando perto do prédio da 1-A. Ela deu um meio sorriso para mim e trocamos um soquinho. Florence já tinha tirado seu uniforme e estava com uma camiseta muito linda de the last of us. Eu gostava do como ela e eu tínhamos gostos parecidos na questão videogame, mesmo que fôssemos muito diferentes no resto. Sendo sincera, eu gostava muito do fato de que éramos irmãs. De filha única pra ganhar duas pessoas extremamente importantes pra mim, isso que eu chamo de bônus.

-Sem enrolação, te trouxe algo. - ela falou, estendendo uma sacola rosa na ninha direção que me fez arquear a sobrancelha enquanto a abria e tirava o objeto que tinha ali dentro. Pisquei surpresa ao ver que era uma arma arma chinesa. -É um dardo e corda. Você ficou reclamando dizendo que queria algo pra auxiliar você nas lutas já que sua individualidade não ajuda muito em combate corpo a corpo e você depende mais da sua força física, tipo o Aizawa. Pesquisei por um tempo e acho que o dardo e corda combina com você e pode atender suas exigências.

O dardo e corda era literalmente o que o nome dizia, uma corda longa com um dardo pesado de metal ligado na ponta, com 20cm de comprimento e ponta afiada. Era uma arma de arremesso, onde exigia muita técnica pra conseeguir controlar o dardo. E era verdadeiramente incrível. Meu sorriso era sincero quando olhei para Florence, testando o peso da arma nas minhas mãos.

-Florence, isso é incrível! - falei animada e ela deu uma risada, me olhando de forma convencida, como se ela soubesse que era incrível. -Você é brilhante!

-Ah, eu sei. Mas isso não vai ficar barato, tá? Não faço caridade. - ela disse, puxando algo do bolso e atirando na minha direção. Reagi rápido em esticar a mão e agarrar a caixa que ela lançou na minha direção, arqueando uma sobrancelha quando vi que era tinta pra cabelo. Roxa. Florence riu. -Quê? Quero ajuda. Foi tudo muito bem arquitetado pra você fazer o serviço por mim.

-Retiro o que disse. - eu ri enquanto caminhava para meu dormitório, arrastando Florence comigo. -Você não presta.

Florence apenas riu enquanto me seguia e dei graças a Deus por todos estarem dispersos demais para notarem Florence ali. Tudo o que menos precisava era de Mineta vindo encher o saco da minha irmã, se ele fizesse isso, dessa vez eu o faria se arrepender de abrir a maldita boca.

-Nossa, você é tão nerdola. - Florence riu assim que entrou no meu quarto e a fiz sentar no tapete e colocar uma camiseta velha minha enquanto começava a mexer em seu cabelo. Eu bufei.

-Ah, cala a boca. Você não é nada diferente. - eu falei e ela riu, observando meu quarto.

-Porque você tem um bicho de pelúcia logo do Hawks? Decepcionante, hein. - ela zombou e eu torci o nariz enquanto separava suas mexas de cabelo.

-Porque sou fã dele. Hawks é o típico galã de cinema, ele é bonito e charmoso e ainda é super herói. - falei e ela deu uma risada incrédula. -Qual é! Ele é um gato!

-Deixa o Kirishima escutar você dizer isso, capaz dele ficar todo tristinho. - ela disse, me fazendo dar uma risada. Eu bem que conseguia ver isso acontecendo. -Você lembra da Ayame, amiga da Violet? Sabe que ela e o Hawks namoram, né?

-Espera aí, então ela que é a super heroína que ele fica cantando? Eu sabia que conhecia ela de algum lugar! - falei e Florence assentiu. Fazia bem mais sentido.

-Não sei como Ayame aguenta, sério.

-Ele é o Hawks, Florence. Isso já é o suficiente. - falei e minha irmã fez um som de tédio. -Ayame e Violet se conhecem tem muito tempo?

-Elas se conheceram antes da Violet começar a namorar o Aizawa. - Florence revelou. -Ficaram bem próximas e bem rápido.

-Isso explica tanta coisa. Elas são almas gêmeas. - soltei sem querer e, então, arregalei o olho. Mesmo que Florenxe fosse minha irmã, sempre me sentiria meio culpada toda vez que deixasse escapar algo assim.

-Bom, almas gêmeas não são necessariamente românticas. Pode ser uma amizade pura e verdadeira como a das duas. - Florence disse dando de ombros, fazendo parecer algo tão simples. Era como receber um soco bem no meio do meu estômago, pois passei anos achando que almas gêmeas deveriam ser românticas. Mas agora eu percebia que não, que o akai ito não era uma prisão, mas sim uma benção.

Florence se virou um pouco para me olhar, o suficiente para seus olhos encontrarem o meu. Ela me deu um sorrisinho.

-Sempre esqueço que você vê o akai ito que nem o papai. Isso é a nossa famosa "coisa de família", mas só você foi a abençoada. - Florence brincou, me fazendo rir um pouco.

-Eu achava que era uma maldição. - suspirei, terminando de passar a tinta no cabelo de Florence. -Por muito tempo, odiei isso com todas as minhas forças. Era como se o akai ito só servisse pra traze desgraça para a vida dos outros. Hoje eu vejo de outra forma, percebo que é algo bom. Que pode ser uma amizade muito foda que nem a de Violet e Ayame. Mas demorei muito tempo pra enxergar desse jeito, fiz muita merda, principalmente com o Eijirou. Nem sei porque ele ainda tá comigo, não fui uma das melhores pessoas com ele.

-Bom, ele te ama. - Florence disse dando de ombros e se virando para ficar de frente para mim. Eu apenas fiquei a olhando e olhando e ela riu. -Qual é, Aoi, você é inteligente. Aquele menino só falta escrever na testa que te ama, porque acha que Aizawa criou regras pra vocês? Vocês são muito óbvios, sinceramente.

Eu abri a boca para dizer algo, mas nada saiu. Apenas fiquei fitando Florence, totalmente perdida. Será que ela tinha razão? Será que aquilo podia mesmo ser verdade? Kirishima me amar... Soava bom demais pra ser verdade.

Não tive tempo para processar isso, pois batidas soaram na minha porta e eu me levantei rapidamente. Provavelmente para fugir de Florence e seu sorrisinho.

Não contive um sorriso quando abri a porta e dei de cara com Kirishima. E daí que a gente já tinha passado o dia todo juntos? Era totalmente diferente. Não hesitei em o puxar para dentro do quarto e fechar a porta.

-Aoi, a porta. - ele disse meio alarmado. Eu torci o nariz.

-Relaxa, a Florence tá aqui. Não estamos sozinhos. - falei e ele suspirou aliviado, pensando que pelo menos assim Aizawa não o mataria. Revirei o olho, principalmente quando vi Florence começar a rir.

-Kirishima, sério que você tá com medo do Shota Aizawa? - ela brincou e ele fez uma careta.

-Claro! Isso se chama respeito. Sou um homem muito respeitoso. - ele garantiu, fazendo Florence balançar a cabeça.

-Até demais, sinceramente. - eu suspirei. -Às vezes era só uma tapinha na bunda, mas aparentemente isso é muito desrespeitoso e nada másculo.

Nunca tinha visto Florence dar tanta risada e Kirishima ficar tão vermelho. Acho que ele já estava começando a se questionar o porque de namorar comigo, mas ignorei a cara dele enquanto o obrigava a sentar na minha cama e puxava a faixa branca em seu cabelo um pouco mais pra cima do cabelo espetado e cheio de gel.

-Você é péssima. Deixa Violet e Aizawa saberem disso. - Florence zombou. Kirishima pareceu prestes a chorar.

-Eles não vão saber, fica na sua. - falei a fuzilando e Florence deu um sorrisinho que me desafiava a ficar contra ela. Retiro o que disse, não quero mais irmã nenhuma.

Nenhum de nós disse mais nada porque fiquei ocupada demais passando argila verde no rosto de Kirishima, que apenas fechou os olhos e ficou quieto, e depois forçando Florence a fazer o mesmo antes de repetir o processo no meu próprio rosto.

Depois levei Florence pra tirar a tinta e a máscara, não sem antes tirar fotos dela pra usar como arma depois. E, claro, de Kirishima também. Sim, eu era uma péssima irmã e uma péssima namorada e estava tudo bem!

Quando terminei de secar o cabelo de Florence, ela ficou se analisando no espelho pelo que pareceu uma eternidade. Era só o que me falrava ela me odiar por ter estragado o cabelo dela! Tinha ficado bem diferente, mas achei aquele tom de roxo perfeito em Florence. Tinha combinado com ela, com seus olhos e sua personalidade.

-Eu amei. - ela disse com um sorriso fazendo eu ficar aliviada. -Desiste dessa vida de heroína, vai cuidar do cabelo dos outros. - eu dei risada e empurrei Florence de leve.

Nós ficamos mais um tempo conversando e rindo de todas às vezes que Kirishima ficava com vergonha por algum comentário de Florence, mas ela acabou indo embora antes do jantar. Foi legal ter passado esse tempo com Florence e desejei poder fazer isso de novo logo.

Kirishima e eu não ficamos muito tempo sozinhos juntos porque deu o horário do jantar e era melhor descer logo sem que acabassem vendo ele aair do meu quarto. Não que eu ligasse para o que diziam e se descobrissem que estávamos juntos, mas não queria ninguém falando merda e eu sabia o como a capacidade dos nossos incríveis amigos de serem idiotas era muito grande.

-Vi a Florence saindo daqui há meia hora atrás. Estavam juntas? - Poppy perguntou e eu sorri de forma animada, me sentando ao lado dela para jantar.

-Sim, ela me deu uma arma. - falei e Poppy me olhou incrédula, me fazendo rir. -Dardo e corda.

-Ah, isso é legal! Você sabe usar? - ela perguntou, me olhando de forma curiosa. Eu dei de ombros.

-Preciso treinar, claro. Mas passei muito tempo fazendo ginástica artística, talvez isso ajude em algo. - falei e Poppy assentiu. Então, ela sorriu pra mim.

-Fico feliz te vendo feliz por finalmente ter uma família boa de verdade. Você merece isso, Aoi.

Eu amava o como Poppy sempre estava do meu lado em todos os momentos, do como ela me apoiava e do jeito como ficava genuinamente feliz pelas minhas conquistar. Ela era uma amiga verdadeira e a melhor que já tive nessa vida. Eu tinha muita sorte por ter encontrado Poppy e por ela ter me dado a chance de me aproximar dela.

Nós terminamos de jantar e fomos para sala depois de ajudar Todoroki e Iida a lavar os pratos. Kirishima lá conversando com Bakugo e Sero enquanto Kaminari estava jogado no sofá com um carregador na boca. Não sei porque ele ainda se submete a aquela humilhação de servir de bateria humana, mas tá bom.

-Vamos jogar verdade ou desafio? - Mina apareceu, acompanhada de Jiro e Hakagure. Não demorou muito para que mais algumas pessoas se juntassem, e eu torci o nariz só com aquele pesadelo.

-Não, não mesmo. - falei praticamente ao mesmo tempo que Bakugo. Eu me lembrava muito bem da merda que foi da última vez.

-Vai, Aoi! Prometo que ninguém vai te dar desafios tão horríveis quanto beijar o Monoma. - Mina garantiu, dando um sorrisinho que me fez bufar. Pra que lembrar do Monoma, me diz?! Nem precisava olhar para a cara de Kirishima para saber que isso ainda o incomodava, mesmo ele fingindo que não e me dizendo que estava tudo bem. Fazia eu me sentir uma pessoa horrível por ter feito ele se magoar com minha estupidez tremenda.

Não tive tempo de dizer que aquele jogo era só muito babaca e que deveriamos jogar baralho e apostar dinheiro, porque era bem mais interessante. E assim seria um jeito fácil de arrancar dinheiro do Shoto! Ele nunca percebia quando eu estava roubando dele na maior cara de pau, e talvez eu não devesse fazer isso com meus amigos, mas eu não presto, então fazer o que!

Todos sentaram no chão, formando um círculo. Até mesmo Poppy e Midoriya se juntaram, apesar de eu duvidar muito que fossem querer participar. E em um olhar rápido para Bakugo, percebi que ele não iria ir embora sabendo que Poppy estava ali do lado de Midoriya e rindo de algo que ele tinha dito. Bakugo era tão óbvio e idiota, eu conseguia sentir o ciúmes dele há quilômetros de distância e nem precisava da empatia para dizer.

Me aproximei do loiro explosivo, ficando ao seu lado e copiando sua posição de braços cruzados. Bakugo apenas bufou, mas não disse nada, o que me fez rir baixinho.

-Você não vai dormir cedo hoje, velho? - provoquei e ele grunhiu, me lançando um olhar irritado.

-Você vai deixar seu namorado se enfiar nesse jogo? Isso claramente vai dar merda. - Bakugo disse e eu suspirei de forma dramática.

-Bom, que moral eu tenho depois do último jogo de verdade ou desafio? - falei torcendo o nariz. Bakugo me olhou seriamente.

-Nenhuma, Aoi. - se ele estava me chamando pelo nome e não por idiota inútil, então realmente ele estava bem sério. O que não fazia eu me sentir nada melhor. -Kirishima sabe esconder bem o ciúmes dele, pelo menos. Já você, nem tanto. - ele zombou pela carranca que se formou no meu rosto ao ver Mina sentada ao lado de Eijirou e rindo com ele. Não me leve a mal; eu era amiga dela e nos dávamos muito bem. Mas eu sabia que ela e Kirishima tinham estudado juntos, porque ele me contou essa história. O que Mina significou pra evolução dele e tudo mais. Mas mesmo assim, eu não conseguia evitar me sentir insegura, porque era sobre isso que meu ciúmes era.

Mina era bonita e era engraçada e era carismática. Definitivamente não era uma cuzona que tinha feito Kirishima chorar. Ela tinha muita coisa que eu não tinha. Fazia eu me questionar o que ele tinha visto em mim. Às vezes até me fazia pensar que era tudo o maldito akai ito. O que? Eu posso até não agir como, mas tudo em relação a Kirishima me deixa insegura pra caralho. Simplesmente porque tenho medo de perder ele.

-Por que ela, aliás? O cabelo de merda tá correndo atrás de você desde o dia que se conheceram. - Bakugo disse me fitando e eu apenas desviei a atenção do jogo de verdade e desafio que se desenrolava para o fitar. Dei de ombros, como se não soubesse a resposta para isso.

-Por que o Midoriya? - retruquei e ele torceu o nariz. Claro que ele não era burro e sabia que eu estava me referindo ao ciumes dele em relação a Poppy. Bakugo podia ter me xingado, gritado, me explodido. Mas apenas murmurou.

-Justo.

-Sei lá, Bakugo. - suspirei, afundando a mão no cabelo. -Kirishima é bom demais pra mim. Eu não sou uma boa pessoa, nunca fui, talvez nunca vá ser. Minha personalidade é uma merda e eu sei disso. Fiz Kirishima lutar muito, muito por minha causa, e isso não foi legal, você sabe. Talvez eu nem mereça estar com ele agora. Ele podia ficar com alguém mais legal e menos problemática que eu. Tipo a Mina.

Bakugo me olhou com desdém, como se nunca tivesse escutado tanta merda antes.

-Ele escolheu você, não foi? Então não tente invalidar as escolhas dele, porra. Ele gosta de você e quer você, não qualquer outra pessoa. - Bakugo disse e eu torci o nariz. Eu sabia disso, mas... -Eu sei qual é o sentimento. De não se sentir o suficiente pra alguém pelas merdas do caralho que você já fez. Também não sou boa pessoa. Não do jeito que... - ele começou, mas se calou. Só que eu tinha entendido o que ele queria dizer.

Ele não era uma boa pessoa, não do jeito que Poppy merecia. Não foi um desabafo, mas ao mesmo tempo foi, e fiquei em partes feliz por ter feito isso e por Bakugo ter feito o mesmo. Fiquei feliz por ele confiar o suficiente em mim pra dizer algo assim.

-Somos dois idiotas orgulhosos, Katsuki. - falei e ele bufou, mas não negou. -Mas acredite em mim, quando você engolir esse orgulho todo e se permitir sentir as coisas, vai descobrir que é muito mais libertador. Digo por experiência própria. - e então, dei um sorrisinho maldoso para ele. -Mas só quem é forte pra caralho consegue fazer isso.

-An? Morre, sua babaca do caralho! Eu sou mil vezes mais forte que você, porra! - ele disse todo exaltado, me fazendo gargalhar. Era tão fácil irritar Bakugo que chegava a ser cômico.

Eu parei de rir e prestar atenção em Bakugo no instante em que escutei dizerem o nome de Kirishima. De repente o jogo deles de verdade ou desafio ficou bem mais interessante.

Fiquei perplexa com o desafio que Mineta propôs. Qual era o problema deles com beijo, afinal? Porque simplesmente não podiam parar de fogo no rabo e fazer desafios de verdade, que não envolvessem pessoas grudando a boca nas de outras pessoas? Sim, eu fiquei puta quando percebi que Mineta tinha falado para Kirishima beijar Mina.

-Vou dormir, tchau. - falei para Bakugo, preparada para me virar e ir embora daquele lugar de uma vez por todas. Eu não queria mais ver aquilo, aquele jogo idiota e patético. Meu quarto era bem mais interessante.

Mas Bakugo segurou meu braço e me lançou um olhar de aviso. Sem que precisasse dizer nada, entendi que ele queria que eu ficasse para ver o que diabos ia acontecer. Por que eu sequer tinha que presenciar aquilo, afinal?

-Cara, eu não vou fazer isso. - Kirishima disse, olhando para Mineta com uma expressão estranha. -Primeiro porque não é legal beijar pessoas que você não tem sentimento desse jeito. Segundo porque eu tenho namorada.

Todo mundo ficou em um profundo silêncio por um tempo, apenas encarando Kirishima. Inclusive eu.

-Conta outra, Kirishima. - Mineta zombou, dando um sorriso desagradável que me fez ter vontade de o fazer engolir todos os dentes. -Você vai dizer que namora, mas ninguém conhece ela, porque estuda em outra escola ou merda assim só pra fugir de um desafio? Que tipo de homem é você?

-Não tô fugindo. - Kirishima disse torcendo o nariz. Eu me irritei.

-Cala sua boca, seu babaca de merda. - falei, apontando para a cara de Mineta. -Tá tão incomodado assim por que, só porque o Eijirou namora e você não?

-Ah! Qual é, você vai dizer que acredita nisso, Aoi? - ele disse me encarando. Tive vontade de o socar.

-Claro que acredito, imbecil, eu sou a namorada dele. Você é burro? - gritei com irritação, pensando seriamente em voar no pescoço de Mineta. Não seria má ideia.

-Quê?! - ele gritou, indignado. -Como assim?!

-Cara, você por acaso é cego? - Kaminari disse, estendendo o celular na sua mão e quase me fazendo morrer quando eu vi que era o de Kirishima. A foto da tela de bloqueio dele não deixava dúvidas de que éramos namorados. Só não era mais brega que a minha foto de nós dois fazendo skin care e posando de forma muito crosfiteira mostrando o muque cheio de músculos. -Você por acaso já viu o Instagram da Aoi? É tão óbvio que eles namoram que chega a ser vergonhoso. Nenhum dos dois sabe ser discreto.

-Cala essa boca, Denki. - falei erguendo o dedo do meio para ele, mas ele apenas riu. -E não tem como ele ter visto, já que tá bloqueado no meu Instagram.

-Hm. Que péssimo gosto o seu, Kirishima. - Mineta disse, fazendo uma careta. -Tem muitas garotas bonitas e você escolhe logo uma que tem uma cicatriz na cara e não tem um olho?

Kirishima se levantou na hora e eu nunca o tinha visto sentir tanta raiva. Mesmo que sua expressão fosse a mesma, eu conseguia sentir seus sentimentos e a vontade dele era de bater em Mineta até ele morrer.

Dessa vez eu me mexi, indo para o lado de Kirishima e segurando sua mão em um aviso. Não que Mineta não merecesse tomar uma surra por ser um babaca do caralho, mas eu não queria que Kirishima se tornasse alguém que não era por minha causa ou pra me defender. Pelo menos, não de Mineta, porque não valia a pena.

-Cara, se você falar isso de novo da Aoi ou qualquer coisa que seja, juro que vou quebrar sua cara e fazer você engolir seus dentes. Isso não é nada másculo da sua parte, é só bem babaca. Por isso ninguém gosta de você. - Kirishima disse, verdadeiramente chateado. Mineta fez uma careta, mas calou a porra da boca.

Acho que sentiram que o clima estava começando q ficar alterado. Poppy foi a primeira a reagir, retornando ao jogo antes que alguém pudesse fazer qualquer tipo de comentário. Eu a agradeci silenciosamente por isso, pois sabia que a vontade de todos era de fazer milhares de perguntas que eu não queria responder.

Kirishima e eu apenas nos afastamos. Não tinha motivos pra continuar ali, pelo menos não depois das merdas que Mineta tinha falado.

Quando chegamos na porta do meu quarto, ele segurou minha mão com força e a beijou, dando um sorriso pra mim.

-Mineta é um idiota, você é linda. Caso você não tenha notado.

E aquilo era tudo o que eu precisava escutar.

Boa tarde povo bonito!
Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Passando pra avisar que estou escrevendo o capítulo final :')
pretendo postar tudo essa
semana!

Se comentarem muito
esse cap, terá mais um hoje rs

bjs na bunda
~Ana

Data: 19/03/24

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