Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

𖤍𖡼↷ 𝐅𝐈𝐕𝐄

FLIPERAMA

Eu não tinha exatamente para onde fugir levando em consideração que a próxima estação ainda estava um pouco longe e seria totalmente deselegante da minha parte só levantar, dar as costas e fingir que nunca vi nenhum dos três, mesmo sendo claramente impossível já que Kirishima não parava de acenar para mim de forma frenética e animada, não me deixando outra escolha que não retribuir em um aceno fraco e sem o mesmo entusiasmo que ele. Eu apenas engoli em seco enquanto via Kirishima dar o primeiro passo na minha direção, sendo seguido pelos outros dois que tinham pontos de interrogação na testa, mas ainda assim vieram atrás do ruivo que parecia muito decidido a falar comigo mesmo depois de todas as cortadas que eu já dei nele.

Kirishima parou bem na minha frente, dando um daqueles seus sorrisos animados cheio de dentes afiados. Eu não conseguia retribuir com a mesma intensidade, ainda mais quando estava com uma imensa vontade de quebrar a janela e me jogar do metrô em movimento. Eu tirei um dos fones no meu ouvido, afinal, não queria soar tão sem educação assim. Meio sem graça por ter sido pega em uma situação tão catastrófica assim, apenas acenei para Kaminari e Sero que estavam logo atrás do ruivo.

-Kobayashi, isso é realmente uma coincidência muito estranha. - Kaminari riu e eu apenas torci o nariz para ele. Em partes por ele estar falando comigo e em partes por ele estar usando meu sobrenome. Claro, era uma questão de respeito e tudo mais, mas eu simplesmente odiava meu sobrenome, pois me lembrava aos meus pais. E tudo o qur eu mais queria era poder fingir que eles não existiam. Eu não me importava que pessoas que eu não tinha tanta intimidade assim me chamassem de Aoi, só para me livrar do meu sobrenome.

-Aoi. Me chama de Aoi.- eu murmurei, o que fez um grande ponto de interrogação se formar na testa de Kaminari. Pelo menos ele não perguntou nada, o que foi uma grande vitória já que ele parecia não saber manter a língua dentro da boca. Eu só queria saber qual era o problema dos meninos da minha turma e o porquê todos eles tinham que ser grandíssimos idiotas. Mas tudo bem. Eu podia apenas ignorar isso. -Realmente, uma coincidência. Vocês vão descer onde? - perguntei com uma falsa curiosidade. Na verdade eu só queria saber se ia demorar muito ou se ia ser na próxima estação, assim podia me livrar dos três logo de uma vez e seguir meu caminho já que eu não tinha para onde ir.

-Se o Kirishima decidir logo e parar de enrolar, a gente desce daqui três estações. - Sero disse lançando um olhar pars o ruivo que apenas deu de ombros e sorriu sem graça. Eu apenas franzi as sobrancelhas, me negando a admitir que tinha sim ficado um pouco curiosa para saber que porcaria aqueles três estavam fazendo juntos. Nunca dá para esperar algo bom vindo de garotos, certo? Certíssimo! -E onde você tá indo?

-Ah. - foi tudo o que consegui soltar. Sinceramente, eu não tinha uma boa desculpa e tampouco esperava que alguém fosse me perguntar logo tão diretamente assim já que não tínhamos nenhuma intimidade. Mas lá estava Sero Hanta e sua falta de noção me perguntando exatamente isso, o que me fez travar por alguns instantes.

Eu poderia mentir e tentar me livrar deles, mas que diferença ia fazer, afinal? Eu não tinha mais forças mentais para inventar histórias, e talvez o olhar de Kirishima cheio de expectativa tivesse sim feito toda a mentira que estava na ponta da minha língua sumir totalmente.

-Só tô fugindo de casa por um dia. Não tô indo exatamente para algum lugar. - falei dando de ombros como se não fosse nada de uau. Por um tempo, o três apenas ficaram em silêncio e me observando, como se digerindo o que eu tinha acabado de confessar. Eu apenas arqueei a sobrancelha para eles, lançando um sorrisinho cheio de sarcasmo para eles. Tudo bem, a cara de pastel que eles estavam fazendo para mim era realmente bem engraçada. Pareciam três idiotas tentando processar, mas era como se o cérebro tivesse parado de funcionar completamente. Pensar nisso me fez rir, o que fez a expressão no rosto de Kirishima suavizar um pouco.

-Nessa caso, você podia vir com a gente! - Kirishima retrucou de forma animada. Eu parei de rir na hora e apenas o encarei, piscando os olhos. Kaminari e Sero fizeram exatamente a mesma cara para Kirishima, como se não estivessem acreditando no que estava acontecendo bem na sua frente. Bem, nem eu conseguia acreditar direito que ele tinha dito aquilo com tanta naturalidade assim, como se fossemos amigos e não só colegas de sala que raramente conversavam e que se evitavam (tudo bem que a parte do evitar vem toda de mim, mas são apenas detalhes).

-Hm, acho que você esqueceu o detalhe que a gente nem sabe pra onde vai, né. - Kaminari zombou com um sorrisinho, mas Kirishima nem pareceu o escutar já que seus olhos estavam cravados em mim, transbordando em expectativa para que eu aceitasse.

Eu hesitei. Não tenho vergonha de dizer que meu primeiro ímpeto não foi o de dizer "não". Foi como se algo me puxasse com força, me forçando a dizer um sim. Eu sabia, lá no fundo, que não adiantaria evitar Kirishima para sempre. Parecia que sempre tinha algo que me levasse até ele, quase como se o Universo estivesse me olhando e dizendo "não tô nem aí para o que você quer, vai ficar perto dele e pronto!". Observei por uma fração de segundos o fio vermelho que me ligava a Kirishima.

Eu queria dizer não. Eu queria o evitar e fugir e fingir que ele não era a minha alma gêmea. Queria poder dizer para o destino que ele não faria o que queria comigo. Queria ser totalmente do contra.

Mas a verdade é que eu também não conseguia ser assim. Pelo menos, não mais. Ao mesmo tempo que eu queria ficar bem longe do garoto de olhos vermelhos, eu também queria saber quem ele era. Porque Kirishima era tão bondoso e verdadeiro em tudo o que fazia que, de uma forma ou de outra, me fazia querer o conhecer melhor. E daí que eu talvez fosse me arrepender disso amargamente? E daí que almas gêmeas apenas servem para se magoarem? Não necessariamente significava que eu precisava ser tão próxima dele, que eu precisava deixar Kirishima entrar em meu coração. Eu podia só saciar minha curiosidade e dar o fora! Que mal tinha nisso, afinal?

Meus sentimentos estavam em conflito. Mas ver o sorriso no rosto de Kirishima foi como tomar um soco bem no meio do meu estômago, e eu só conseguia lembrar do como ele não tinha hesitado em se permitir tomar chuva só para que eu pudesse ficar longe dela. Como eu seria cruel com alguém tão bondoso comigo? Nem mesmo eu conseguia ser uma filha da puta nesse nível.

-Se vocês não sabem nem pra onde vão, como vou ter certeza que não estão me arrastando para algum tipo de merda? - eu zombei, fazendo Kaminari e Sero sarem risadas. E mesmo dizendo isso, eu já sabia exatamente o que ia fazer.

-Você não sabe jogar sem roubar não?! - Kaminari reclamou, batendo com tanta força nos botões que pensei que fosse amassar eles dentro da máquina. Eu apenas dei risada, tranquilamente o vencedo mais uma vez no Street Fighter. Ele fez um bico gigante e cruzou os braços, dando as costas para a máquina do fliperama, mesmo eu sabendo que ele estava com uma imensa vontade de me desafiar de novo. Mas acho que talvez ele tenha se tocado que só ia perder mais uma vez, e talvez Kaminari tivesse desistido de ser humilhado tanto assim.

-Aprende a ser um bom perdedor, Kaminari. - zombei, estendendo a mão na direção dele em um gesto claro para ele me dar as fichas que tinha apostado comigo. Resmungando infeliz, Denki enfiou a mão no bolso da calça e arrancou as fichas, jogando na minha mão. A cara de infelicidade do loiro fez eu me divertir mais ainda. -Vamos de novo?

-Eu não tenho mais ficha. Nem dinheiro. Tudo culpa sua! - ele chiou. Eu apenas dei de ombros, como se aquilo definitivamente não fosse minha responsabilidade. Não era minha culpa que Kaminari era ruim no jogo.

-Você que não sabe jogar direito. Não é só apertar aleatoriamente os botões, imbecil. - eu disse e ele torceu o nariz, ainda sem entender o que eu queria dizer. Suspirei; -Se você tentar analisar o seu jogador ao invés de apertar de qualquer forma, vai perceber que uma determinada sequência de golpes gera um tipo de ataque.

-Sério que ela tá tendo que te explicar a jogar? Que derrota! - Sero zombou, fazendo eu e Kaminari nos virarmos para vermos que ele e Kirishima tinham acabado de voltar com copos nas mãos. Kaminari fez cara de paisagem.

-Ele é ruim. Espero que isso seja água. - falei apontando para um dos copos na mãos de Kirishima. Ele deu um sorrisinho meio sem graça.

-É milk-shake de chocolate. Serve? - ele falou, estendendo na minha direção. Por algum motivo, senti minhas bochechas queimando ao perceber que ele tinha comprado pra mim.

-S-sim, serve. - gaguejei enquanto estendia minha mão para aceitar. Tive que desviar o olhar. -Obrigada.

Nós quatro demos uma pausa, já que passamos duas horas sem conversar sobre nada que não fosse a vontade de derrotarmos uns aos outros. Quer dizer, eu só joguei mesmo com Kaminari e Sero já que nunca acabava ficando perto demais de Kirishima, o que eu não sabia se agradecia ou achava meio irritante. E todas as conversas que tive com Sero e Kaminari, foram xingamentos e palavrões que soltamos "acidentalmente" enquanto disputavamos lutas, corridas e essas coisas nos diversos jogos que tinham ali. O dinheiro que eu certamente devia ter economizado para, sei lá, durar mais um tempo longe de casa, foi totalmente gasto naquela tarde e eu não posso dizer que me arrependo.

-Então, quando vai explicar sua individualidade? - Sero disse me encarando com um sorrisinho e eu me fiz de desentendida enquanto continuava a tomar meu milk-shake como se fosse a coisa mais divertida do mundo. Mas claro que ele não ia desistir tão fácil assim. -Ah, qual é, Aoi. A nossa é autoexplicativa. Mas a sua é... Diferente, no mínimo.

-Não sei porque tá tão impressionado. - eu disse, seca, meus olhos cravando nos dele por um instante. -Já viu como ela funciona, ou esqueceu da aula de vilões contra heróis?

Sero ergueu as mãos em sinal de rendição, mas Kaminari não sabia o momento de deixar a língua dentro da boca. Kirishima parecia curioso demais para intervir naquilo, o que eu não sabia se me deixava com vontade de o socar ou não.

-Tá, entendemos que você consegue controlar as pessoas e essas coisas, mas como, exatamente? - Kaminari perguntou, se inclinando na minha direção e arqueando a sobrancelha.

Eu provavelmente ia me arreoender muito disso, mas que diferença faria? Eu não necessariamente precisava contar tudo; uma hora ou outra eles acabariam descobrindo como exatamente funcionava, então não tinha o porque esconder isso.

Com um suspiro, estendi minha mão para que eles pudesse ver com curiosidade. Uma fumaça rosa escura cercou minha palma e circulou entre meus dedos. Eu não conseguia controlar mais de uma pessoa, então quem caiu que nem um idiota foi o que estava mais perto de mim, ou seja, Kaminari. Os olhos dele brilharam em um tom escuro de rosa até voltarem ao normal, mas já era tarde demais. Kaminari estava completamente sobre meu controle agora, percebi isso quando ele abriu um sorriso bobo enquanto olhava para meu rosto.

Estiquei a mão e toquei de leve no cabelo de Kaminari, o que só o fez deslizar mais para perto de mim, sorrindo que nem um idiota apaixonado. Pela primeira vez, não senti repulsa pela minha individualidade, mas sim vontade de dar risada.

-Gata, já te falaram que você é linda? - ele disse, segurando minha mão. Eu apenas abri um sorriso zombeteiro que só ficou maior quando vi a cara perplexa de Sero e Kirishima.

Eu abri minha mochila, tirando uma garrafinha de água lá de dentro e estendendo na direção de Kaminari.

-Você vai pegar isso e jogar todo o líquido na sua cabeça. - falei abrindo um sorriso falsamente carinhoso.

-Tudo o que você quiser, linda.

Kaminari nem mesmo hesitou antes de agarrar a garrafa em suas mãos, abrir e jogar tudo na cabeça. Ele me olhou com expectativa, o que só me fez cair na gargalhada enquanto liberava minha individualidade, fazendo Kaminari voltar ao normal.

-Mas que merda! - Kaminari chiou, se levantando em um pulo. Eu apenas abri um sorriso divertido para ele, dando de ombros.

-Vocês quiseram saber. Agora sabem.- falei como se não tivesse feito nada demais, segurando o canudo entre meus dedos para tomar um gole do milk-shake. Kaminari resmungou, infeliz.

-Sua individualidade é fazer as pessoas se apaixonarem por você? - Kirishima perguntou, franzindo as sobrancelhas como se tentasse processar a informação. Eu apenas fiz uma careta.

-Em resumo, sim. - murmurei, esticando as mãos e brincando com meus dedos só para não ter que olhar para Kirishima e ver um olhar julgador ali. -Basicamente eu consigo forçar as pessoas a se apaixonarem por mim por um curto período de tempo e usar isso para fazer elas fazerem todos os meus desejos.

Por um instante, os três fucaram em um profundo silêncio que quase me fez pegar minhas coisas e dar o fora. Eu sabia que contar a verdade era a porra de um erro!

-Cara, isso é demais! - Kirishima disse, fazendo eu me virar para fitar seus olhos. Tinha tanta verdade ali que me pegou completamente de surpresa, fazendo com que eu não soubesse como retrucar. Apenas abri e fechei a boca, mas nada saiu. -Tenta comigo!

-Você tem certeza? - perguntei, meio perplexa. Kaminari chiou.

-Por que pra mim você não perguntou nada?- ele perguntou, mas eu o ignorei enquanto meus olhos estavam fixos nos de Kirishima.

-Sim! Pode fazer! Eu quero saber como é.- ele disse de forma curiosa.

Eu apenas assenti, ainda um pouco desnorteada, e deixei minha individualidade fluir, indo de encontro até Kirishima. Ela cercou Kirishima, mas... Nada aconteceu. Absolutamente nada. Sequer teve efeito nele, o que fez Kirishima franzir as sobrancelhas.

-Eu não... Consigo controlar você. - disse num sussurro, dividida entre ficar em choque e perplexa. Fitei minhas mãos por um instante, vendo a fumaça rosa ainda ali, tentando forçar Kirishima a me obedecer. -Isso nunca aconteceu antes.

-Ah. Isso é estranho. - Kirishima disse, franzindo as sobrancelhas. -Mas não vamos pensar muito nisso! Vem, vamos jogar.

Kirishima segurou minha mão e me puxou. Se para impedir que eu entrasse no meio de uma crise ou para evitar que eu ficasse muito pensativa, eu não sei. Mas, ainda assim, não consegui deixar de me perguntar o que tinha dado de errado. E o porquê eu não conseguia controlar Kirishima Eijirou.

Boa noite povo bonito! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Eu amo esse capítulo, amo a interação deles e a Aoi se sentindo melhor é tudo pra mim

Não revisei o capítulo porque não tive tempo, sorry

Votem e comentem, isso ajuda demais e me deixa mais inspirada a continuar!

Espero que gostem <3
~Ana

Data: 24/11/22

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro