Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

𖤍𖡼↷ 𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘 𝐎𝐍𝐄

TUDO DE VOLTA

Eu estava destruída quando a prova acabou, mas estava feliz pra caramba. Poppy e eu tínhamos conseguido passar depois de enganar e encurralar Aizawa sensei com maestria. Apesar de ele não ter admitido, dava pra sentir a pontinha de orgulho que vinha dele depois que terminamos. Até o sorrisinho que ele tentou esconder, feliz por termos conseguido superar os problemas com nossa individualidade e trabalharmos juntas com uma sincronia que poucas pessoas eram capazes de ter. Fiquei muito orgulhosa de Poppy e também de mim mesma. Definitivamente ter colocado nós duas juntas foi o maior erro de Aizawa sensei. Sozinhas, podíamos até vacilar às vezes. Mas juntas era completamente diferente, porque Poppy sempre trazia a melhor versão de mim e eu sabia que era recíproco.

-Você já vai, Aoi? Minha mãe veio me buscar, mas se você quiser uma carona. - Poppy me disse assim que terminamos de nos trocar, mas eu apenas neguei. Quer dizer, eu bem que queria uma carona, mas tinha certas coisas que não davam mais para serem adiadas e acho que Poppy deve ter entendido meu olhar. -Certeza que quer fazer isso hoje? Kirishima reprovou na prova, sabe. Talvez seja melhor deixar pra depois essa conversa.

-É. Tá bom, você tem razão. Mas vou voltar com ele, de qualquer jeito. Eu estaria sendo cuzona em deixar o Kirishima sendo que ele sempre me espera. - falei com um suspiro e Poppy apenas riu, me empurrando de leve. Eu sabia quais eram as opiniões dela a respeito de Kirishima e eu. Claro que eu sabia que ela bem que queria que eu fosse sincera sobre meus sentimentos, mas eu não podia fazer isso. Por mais que eu quisesse admitir para Kiri tudo o que sentia por ele, o certo a se fazer era o manter afastado. Porque ele merecia alguém muito melhor do que eu era, e eu também não queria colocar um alvo sobre suas costas, o que certamente poderia acontecer já que Shigaraki tinha colocado um alvo nas minhas.

-Aoi. - Poppy me chamou assim que cheguei na porta do vestiário e eu parei, me virando para fitar seus olhos por um instante. Poppy estava mais séria do que eu jamais a tinha visto. -Eu sei o motivo para você querer afastar ele e não vou ser a pessoa a te dizer que não deve fazer o que quer. Jamais vou te mandar fazer algo. Mas você precisa entender uma coisa: você não é um problema. Você não é uma pessoa ruim. E você merece ser feliz. Porque eu sei o que você sente pelo Kirishima, apesar de você tentar fingir que não quer nada com ele. Vi todas às vezes que seus olhos ficaram cheios de lágrimas porque você teve que o afastar. Então, por favor, Aoi, não fica de prendendo a ideia que seus pais colocaram na sua mente de que você não vale a pena. Porque você é uma das pessoas mais incríveis que eu já conheci.

Meus olhos se encheram de lágrimas ao escutar Poppy dizer isso e não pensei duas vezes antes de a abraçar com força, tentando impedir o soluço que ficou entalado de sair. Poppy sabia exatamente o que eu precisava escutar, ainda que não fosse o suficiente para me fazer mudar de ideia. Só de ter o apoio dela, de ter Poppy ao meu lado, já significava o mundo pra mim.

-Você é a melhor amiga que eu já tive na vida. - falei fungando e me afastando. Poppy apenas riu, seus olhos brilhando e me mostrando que era um sentimento recíproco. -Obrigada, Poppy. Não sei o que faria sem você.

-Você provavelmente estaria bem perdida. - ela brincou, me fazendo rir.

-Sim, eu estaria totalmente maluca agora. - eu falei, apertando a mão dela de leve. -E você tá certa, eu gosto do Kirishima. Só queria que fosse mais simples, e queria poder me permitir gostar dele. Mas não dá, Poppy... Pelo menos, não agora.

Ela assentiu, como se entendesse o que eu queria dizer, e eu sabia que ela entendia. Afinal, tinha toda aquela história dela com Bakugo e os sentimentos confusos que cercavam ambos. Então, sim, Poppy entendia melhor do que ninguém a minha situação. Por isso ela jamais iria me julgar, mesmo que eu cometesse erros.

-Espero que você mude de ideia em algum momento, Aoi. - ela disse baixinho. Eu suspirei. Também queria muito que isso pudesse acontecer.

Dei mais um abraço em Poppy antes de sair. Não podia deixar Kirishima esperando para sempre e, depois de ter sido reprovado na prova, acho que tudo o que ele mais queria era ir logo embora para casa. Só esperava que Kirishima não tentasse puxar algum tipo de assunto que eu certamente não poderia continuar. Pelo menos ele não tinha falado nada sobre nosso quase beijo do outro dia, o que eu agradecia muito. Mas por que ele não tinha falado nada?! Será que tinha se arrependido?! Bem, de qualquer forma, era melhor assim.

Vi Kirishima me esperando no mesmo lugar de sempre, chutando as pedrinhas no chão. Quase como se sentisse minha aproximação, Kirishima ergueu a cabeça e seus olhos se encontraram com os meus. Ele sorriu no instante que me viu, e aquele sorriso sempre acabava completamente comigo. Fazia quase eu atirar tudo para o alto e só ir até Kirishima e o beijar até o ar faltar. Porra! De que adiantava eu negar e reprimir esses sentimentos se eles só pareciam ficar mais fortes a cada dia que passava? Mas que piada!

-Ei! Você e a Poppy arrasaram na prova fiquei feliz por vocês! - Kirishima disse de forma animada e eu apenas sorri de leve para ele. Apesar de ele ter fracassado, ele não parecia tão abalado. Dava pra sentir o orgulho dele por mim, e isso era o que mais me machucava. Porque Kirishima nem fazia questão de esconder que, sim, ele gostava muito, muito de mim. Já tinha dito isso e seus sentimentos estavam expostos para mim como um produto em uma vitrine. E isso só fazia meu coração doer mais e mais.

-Sinto muito por você não ter passado. -- falei e era sincero. Apesar de eu andar o evitando e estar tentando o afastar, não queria que Kirishima perdesse a experiência do acampamento de verão. Mas ele apenas deu de ombros e coçou a nuca, abrindo um meio sorriso pra mim.

-Não é nada que eu não fosse capaz de superar. Mas sabe o que ia me deixar muito feliz agora? - Kirishima perguntou, me fazendo o olhar por um instante e apenas arquear as sobrancelhas em busca de uma resposta. As bochechas de Kirishima ficaram vermelhas, como se ele nem fosse capaz de acreditar no que estava prestes a dizer. -Se você saísse comigo.

Fiquei quieta. Em um silêncio tão grande que fez Kirishima ficar ainda mais vermelho. Ah, meu Deus. Era tudo o que eu menos queria que acontecesse. E por mais que meu coração estuvesse gritando um grande SIM, minha voz da razão já tinha uma resposta para aquilo. E não era algo que ia agradar nenhum de nós dois.

-Tipo... Como amigos, né? - tentei desconversar, dando uma risada, mas mais pareceu um pedido de ajuda pelo tom desesperado. Kirishima coçou a nuca mais uma vez, envergonhado.

-Mais como um encontro. - ele disse baixinho.

Meu coração deu um salto dentro do peito. Demorei um pouco para conaeguir entender o quanto aquele pedido era algo importante. E acho que foi por isso que comecei a ficar triste, pois tudo o que eu mais queria fazer era sorrir para Kirishima e dizer que, sim, eu iria em um encontro com ele. Mas eu não podia fazer isso. Eu não podia dar esperanças para ele de algo que jamais poderia acontecer. E mesmo com meu coração doendo como o inferno, me obriguei a olhar para os olhos de Kirishima.

-Kirishima... Isso não é uma boa ideia. - falei, jogando o peso da mochila de um lado para o outro. Não conseguia olhar para ele. Mas comseguia sentir o desapontamento de Kirishima.

-Desculpa. Eu achei que... - ele falou, mas travou no meio. Kirishima estava totalmente chateado e sem graça agora, e eu queria tanto chorar. -Eu entendi errado, né?

-Não posso ser quem você quer que eu seja, Kirishima. - falei baixinho, virando para que ele não conseguisse ver as lágrimas surgindo em meus olhos. Droga! Que merda do cacete! -Desculpa.

-Não! Não, tudo bem, desculpa ter entendido as coisas errado. A gente pode pelo menos ser amigos? Eu prometo que não vou ter a ideia errada. Eu só realmente gosto muito da sua amizade. - e perceber que, apesar de estar triste sim, Kirishima ainda estava tentando. Porque por algum caralho de motivo, Kirishima me queria em sua vida de qualquer jeito. Não era justo! Não mesmo. Como eu diria não, como eu o afastaria, principalmente quando Kirishima estava me olhando tentando não revelar o quanto seu coração estava partido naquele momento? Não era justo. Eu me sentia péssima, e tudo o que menos queria era fazer aquilo.

-Claro que sim, Kiri. - eu disse baixinho.

E nenhum de nós dois disse mais nada até chegar na estação de metrô.

Eu não fui pra casa. Depois de ter sido obrigada a dar um fora e partir o coração de Kirishima, tudo o que eu menos queria era ir para um lugar desprovido de amor onde só ficaria cada vez pior. Em vez disso, fiquei andando de um lado para o outros nas ruas até achar uma cafeteira antiga onde eu costumava ir quando era mais nova e queria fugir de casa. Muita coisa ali tinha mudado, mas ainda minha o bolo de chocolate que eu mais gostava no mundo.

Ainda assim, eu tinho comido apenas uma mordida antes de me dar conta que não tinha apetite nenhum pra nada. O chocolate quente tinha ficado gelado e a única coisa que eu era capaz de fazer, era fitar a janela e observar o dia virar noite, as lágrimas caindo silenciosamente pelas minhas bochechas.

Por que tinha que ser assim? No primeiro dia de aula, quando vi que Kirishima era minha alma gêmea, tinha prometido a mim mesma jamais me aproximar dele. E, sendo honesta, eu tentei. Mas parecia que quanto mais eu tentava o mandar para longe, mais perto de mim Kirishima ficava. E então, eu passei a gostar de estar com ele. Kirishima era carinhoso, bondoso e me fazia rir. Ele me ajudou em momentos em que nenhuma outra pessoa pararia para ajudar e, honestamente, não sei em que momento comecei a sentir coisas por ele, mas seria mentira dizer que não gostava muito, muito dele. E não era só como amigo. Era como se o universo, o maldito destino, estivesse me dizendo que eu era uma otária por achar que podia me livrar disso. Que estava destinado a acontecer e eu ficar tentando evitar assim apenas servia para uma coisa: me fazer sofrer.

-Tudo bem, querida? Você precisa de alguma coisa? Quer um chocolate quente novo? - me virei um pouco para olhar a garçonete e franzi o cenho para ela. Seu sorriso simpático não combinava com o nervosismo que vinha dela, mas eu não tinha forças para me importar com isso.

Eu neguei. Tudo o que eu queria era ficar sozinha e morrer. Me sentia um lixo, e eu não queria mais me sentir assim. Não queria ficar triste por ter uma família ruim, desesperada por não lembrar de Shigaraki e ter meu coração partido em milhares de pedaços porque não posso falar para Kirishima que eu retribuo seus sentimentos. Que é akgo muito, muito recíproco.

-Olha, sei que isso é estranho, mas podemos conversar? - a garçonete me falou, fazendo eu franzir o cenho e arquear a sobrancelha. Ela estava limpando as mãos no avental de forma nervosa, olhando de um lado para o outro.

-Eu não fiz nada errado e juro que vou pagar o que pedi, moça. - falei e ela arregalou os olhos.

-Ah! Não, não, não é isso! - ela disse de forma exasperada e, sem mais ou menos, se sentou no banco na minha frente.

Ok. Isso começou a ficar estranho. Sem nem perceber, deixei minha individualidade ondular pelos meus dedos embaixo da mesa, olhando atentamente para aquela desconhecida.

-Então, o que você quer? - perguntei de forma meio ríspida, fazendo a mulher torcer o nariz em uma careta.

-Tudo bem, sei que é estranho. Meu nome é Mio. E eu sinto que preciso muito, muito falar com você.

-Por que? Eu realmente não te conheço. - falei, já me preparando para me levantar e sair dali.

-Minha individualidade é ver os caminhos da vida! Tanto os que poderiam ter sido seguidos quanto os que ainda podem ser. - ela disse de forma alarmada, provavelmente percebendo que eu estava prestes a dar o fora. Com uma sobrancelha arqueada, eu voltei a relaxar no banco.

-E o que eu tenho haver com isso? - falei, fazendo a mulher estranha dar um suspiro.

-Sei que é confuso, mas você aparece em dois caminhos da minha vida. Em um deles, eu te deixo ir embora sem contar nada. No outro, eu te conto o que sei sobre você e isso muda muita coisa.

Franzi as sobrancelhas.

-Não entendi. - isso só estava ficando cada vez mais estranho. Principalmente quando elas estendeu as mãos na minha direção.

-Você tá buscando por algo, não? Algo que tiraram de você. Pode até não se lembrar, mas eu posso te mostrar algo que vai ajudar você a se lembrar.

Fiquei muito confusa. Do que isso se tratava? Do que ela estava falando?

Mesmo que hesitante, levei minha mão até a dela. E no segundo que minha palma tocou a da mulher, eu entendi o que ela queria dizer.

De repente, foi como se tivesse três caminhos diferentes na minha frente. Um que era claramente o que minha vida já estava seguindo. E outros dois; e não foi preciso de muito para perceber que aqueles dois eram o que minha vida podia ter sido.

O primeiro que eu vi fez eu ter vontade de vomitar meu almoço. Porque não foi preciso de muito para entender que eu estava na maldita Liga dos Vilões, líder ao lado de Shigaraki Tomura, tão cruel quanto os piores vilões. Eu não queria ver aquilo nem mesmo em uma ilusão! Rapidamente pulei para o outro.

Aquele sim me quebrou completamente, servindo para partir o restante do meu coração. Dois super heróis profissionais, uma dupla.

Aoi e Tenko.

A&T

Foi só um lapso, uma visão curta do que poderia ter acontecido, mas não aconteceu e jamais aconteceria. Ainda assim, foi o suficiente para fazer eu me afastar rapidamente daquela mulher, meus olhos se arregalando.

-Você sabe agora quem ele é, não sabe? - ela disse num sussurro.

Com os olhos cheios de lágrimas, eu engoli em seco

Porque aquilo tinha sido o suficiente para quebrar o controle mental que minha mãe tinha colocado sobre mim anos atrás, acabando com as amarras que impediam minhas memórias sobre Tenko de se fazerem presentes.

Tenko, não Shigaraki Tomura. Porque era isso que ele tinha sido para mim, o melhor amigo que eu já tive. A pessoa para quem eu corria todas às vezes que a situação estava ruim o suficiente dentro de casa, quando eu já não aguentava mais.

De repente, a frase de Shigaraki fez sentido.

Graças a você, sou Shigaraki Tomura. Poderia ter sido outra coisa, mas você nunca apareceu.

Não era mentira; deveríamos ter fugido juntos, onde nos livrariamos de nossos lares abusivos e poderíamos ser qualquer coisa que não o que queriam que nós fôssemos. Poderíamos ter sido heróis. Poderíamos ter sido vilões. Poderíamos ter sido nada, mas não importava, porque enquanto estivéssemos um ao outro, era isso o que realmente tinha valor. Juntos, e fazendo o que nós quiséssemos, e não o que queriam.

Mas eu nunca apareci no dia em que deveríamos ir embora para longe. Porque me esqueci de Tenko e sua existência antes de poder fazer isso. Porque aquela desgraçada descobriu que Tenko existia e decidiu tirar tudo o que eu tinha dele de mim.

Então, sim.

Eu era a culpada por Shigaraki Tomura existir.

Quando olhei para aquela garçonete, com os olhos cheios de lágrimas de desespero, eu entendi o que ela tinha feito por mim. Então apenas assenti para ela. Porque assim, de repente, todas as minhas memórias voltaram completamente pra mim.

Boa noite povo bonito!
Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Passando pra avisar que postei um capítulo antes desse, o 20, mas o wattpad tóxico não quis notificar, então vão lá dar uma olhadinha please!

Sim, eu amo esse capítulo porque é o início da explicação de muita coisa que tava fazendo a mente de vocês explodirem. Daqui pra frente, só pra trás, estejam preparados!

Espero que gostem!
~Ana

Data: 13/08/23

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro