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10,000 Hours | George Russell

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Quanto tempo as pessoas passam esperando por algo ou alguém? Será que, ao encontrarem o que pode ser chamado de perfeito para si, refletem o quanto demorou para que aquele momento chegasse? Além disso, o quanto cada um está disposto a esperar para que o momento ou a pessoa certa chegue, ou o quanto mais pode levar para que isso tudo aconteça? São questões que podem ou não fazer morada nos pensamentos de cada um.

George Russell mal podia pensar no tempo, tudo em sua vida aconteceu com uma velocidade facilmente comparável a um carro de corrida. Um dia era uma criança pilotando seu kart e em outro já era um adulto atrás do volante de um carro de Fórmula 1 em uma das equipes mais tradicionais da história do esporte. Seu sonho se realizou em questão de anos.

Para algumas coisas, George era o garoto a frente do tempo, na verdade, ele fazia seu próprio tempo. Volta e meia tomava a frente da situação e se arriscava em várias coisas, principalmente quando o assunto era sua carreira. Mas as coisas não eram assim quando se tratava de garotas. Ou melhor, quando se tratava de Willow Jenkins.

A garota era uma amiga próxima de Alex Albon, seu melhor amigo, e essa era a razão pela qual se conheciam, mas não o que tinha motivado George a saber tanto sobre ela. Não, isso era porque o inglês tinha se encantado tanto por Willow desde o primeiro momento que colocou seus olhos sobre ela.

Tudo naquela mulher o encantava. Seus cabelos escuros e longos, que geralmente estavam ondulados e chegavam a altura de sua cintura. Os olhos, que assim como os de George, não poderiam ser definidos por apenas uma cor, eram uma gloriosa mistura de verde e castanho, e o homem poderia facilmente passar o resto de sua vida admirando-os.

O físico não era suficiente, o deslumbramento ultrapassava esses limites. Se viu ainda mais encantado assim que ouviu a voz de Willow pela primeira vez. Suave e melodiosa, e assim como o canto de uma sereia, o hipnotizava, fazia com que desejasse viver aquele momento para sempre.

O que mais intrigava George era o quão distante a garota estava, não fisicamente falando, pois sempre que Alex estava por perto, ela estava junto. Mas imaginava o quanto seria difícil para alcançar alguém como ela, em alguns momentos pensava que era impossível, e tudo aquilo aumentava quando falava sobre Willow para seu amigo e tudo o que recebia como resposta era "ela é difícil, cara".

Aquela era a forma de Alex definir a amiga, mas não era assim que ela se definiria, talvez fosse apenas reservada demais quando se tratava de relacionamentos, e dificilmente estava disponível. Willow sabia que Russell tinha algum tipo de interesse nela, aquilo era notável, pois ele parecia uma criança encantada pelo brinquedo que ganhou de Natal todas as vezes que ela estava por perto. Talvez ele nem ao menos fizesse questão de esconder aquilo.

A verdade é que Willow ainda não tinha se arriscado, pois o medo a impedia de vivenciar milhares de coisas, e relacionamentos amorosos eram o maior ponto. A inglesa tinha medo de se envolver mais uma vez com alguém que não tivesse uma vida fixa, uma casa em um lugar com uma rotina certa, e por sua proximidade com Albon, sabia que nem ele e nem George possuíam aquilo.

Russell tinha poucos dias para passar em sua casa com a família e amigos que não estivessem envolvidos no automobilismo. Sua vida se resumia em competições e treinos. Não que isso fosse algo errado, era seu sonho, e Jenkins torcia para que ele pudesse conquistar tudo o que mais desejava na vida, mas ainda não sabia se gostaria de arriscar tanto assim.

Ao contrário do que muitos podem imaginar ou até mesmo fazer, George não desistiria tão fácil de Willow, não mesmo. O piloto era comparado a alguns personagens de desenhos animados como Mike Wazowski, de Monstros S.A, por conta de seus grandes olhos, mas desde que conheceu Willow estava mais para o Burro, do Shrek. A relação não era por questão de inteligência nem nada do tipo, mas sim pela insistência, ou como Albon dizia: pela chatice.

Alex era quem ouvia o amigo repetir milhares de vezes "por favor, me passa o número da Willow", mas só conseguia repetir esse pedido ao outro piloto, e nunca à mulher que estava interessado. Era um grande medroso.

— Cara, não posso te passar o número dela sem pedir autorização antes — Albon dizia em todas as vezes.

— Se você for pedir autorização, ela pode negar e isso vai ser bem mais humilhante que levar um fora normal— explicou — qual é, eu sou seu amigo!

— Ela também é! — Rebateu.

— Tudo bem, não vou te fazer escolher um lado nessa disputa.

— Não se garante, Russell? — O questiona rindo.

— Está brincando? Qualquer pessoa escolheria ficar ao lado dela numa possível disputa, até eu ficaria contra mim mesmo se necessário — riu, se conformando.

Apesar do inglês dizer não querer que Albon fosse buscar por uma autorização de Willow, ele foi mesmo assim. Estava positivo que a amiga atenderia a seu pedido, e poderia até acreditar que bem no fundo, ela também gostava de George.

As pessoas viam como Jenkins ficava na presença do piloto e Albon, mais que qualquer outra pessoa, sabia que a amiga não ficava daquela forma com muitas pessoas, pelo menos não viu aquilo acontecer diversas vezes desde que se tornaram amigos.

— Ele gosta de você, Willy — tentava convencê-la, — e além do mais, é um cara muito legal, posso te prometer isso.

— Alex, você sabe que já tive algumas experiências saindo com seus amigos e que não tive bons resultados, certo? — Ela argumentava, fazendo com que se lembrasse de situações anteriores.

— Então você vai desistir da chance de viver algo que pode ser incrível se baseando apenas em experiências passadas? Conheci quase todos os caras com quem você saiu nos últimos anos, todos os que teve experiências negativas, e posso te dizer que George não é como aqueles caras.

A fala do piloto fazia com que Willow ficasse pensativa. Sabia que jamais poderia comparar uma pessoa a outra, pois nenhum ser humano no mundo é igual ao outro, nem se tentasse muito. Experiências, vivências e também traumas formavam pessoas e nada disso poderia ser igual para todos.

Além disso, sabia que suas experiências negativas com outros homens, mesmo que vários sendo conhecidos de Alex e do meio em que trabalhava, não podia compará-los a todo e qualquer outro que fosse aparecer em sua vida.

Não poderia se impedir de viver porque um ou outro idiota quebrou seu coração antes.

— É bom que você tenha um plano, cara — foram as palavras que George ouviu ao atender a ligação de Albon.

— Do que está falando? — Pergunta confuso.

— Apenas olhe suas mensagens — o respondeu e desligou.

Assim que a chamada foi finalizada, viu a barra de notificações na tela de seu celular anunciar a chegada de uma nova mensagem de um número desconhecido.

"Ei, aqui é a Willow. Fiquei sabendo por aí que queria muito o meu número."

Conseguia imaginar a feição de Willow enquanto escrevia aquela mensagem, o sorriso de lado, tímido, mas com um leve toque de deboche que só ela conseguia misturar sem parecer soberba, e até mesmo ouvia o tom risonho dela. George não sabia o que estava acontecendo, mas estava adorando se sentir daquela forma, como nunca se sentira antes, era incrível.

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George e Willow passaram dias e noites intermináveis conversando, sentiam que poderiam trocar mensagens de texto e áudio por horas e ainda teriam assunto para outras mais. A garota sentia estranheza ao conseguir falar sobre qualquer coisa com alguém que sequer conhecia direito, mas ao mesmo tempo, se sentia livre e desimpedida para ser o que nunca tinha sido com outros caras: ela mesma.

O piloto queria descobrir tudo sobre ela, cada detalhe o encantava. Saber se ela gostava de chuva ou se preferia dias ensolarados, qual era sua música favorita, para poder ouvi-la sempre e se lembrar dela. Gostaria de descobrir cada sonho louco que Willow já sonhara, tudo sobre ela era de extrema importância para ele.

Se antes Russell estava encantado e arriscaria dizer apaixonado pela garota, depois daquelas conversas, pensava que sequer existia uma palavra para definir o que sentia por ela. Tudo dentro de si estava uma bagunça, mas ao contrário de qualquer outro momento, ele estava adorando aquela bagunça.

Quando pensou que já tinha se arriscado o suficiente, o piloto chamou Willow para sair. Um encontro de verdade, muito diferente de todas as vezes que tinham se visto antes. Para sua surpresa a resposta foi positiva, um "adoraria sair com você" que o deixou tão feliz que mal podia imaginar que do outro lado da tela, a garota estava completamente aterrorizada com a possibilidade de ir a um encontro depois de tanto tempo, mas não daria pra trás.

— Você realmente a chamou pra sair num dia de São Valentim? E ela aceitou? — Alex dizia se referindo ao Dia dos Namorados, e ainda estava desacreditado ao ver, via FaceTime, o amigo se arrumar para o encontro.

— O que foi? Agora não tem mais volta, deveria ter dito isso antes, cara. E ela aceitou de primeira, também fiquei surpreso.

— Qual é, você é George Russell, acho que nenhuma mulher seria capaz de te negar um encontro no Dia dos Namorados.

George riu. Sabia que Willow não estava incluída no grupo de pessoas que faria qualquer coisa por ele, tinha total conhecimento de que estar com ela seria uma batalha a cada momento, mas poderia levar quantos golpes fossem, jamais se daria por vencido.

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A surpresa de Willow naquela noite não era o quão bonito George estava. Apesar de mal conseguir tirar os olhos do homem vestido em um belo terno preto e com os cabelos alinhados, mas sim o fato de que o restaurante que tinha sido levada não estar cheio.

Sabia que aquela noite era especial para muitos casais e que alguns fariam de tudo para estar no mesmo lugar que ela, em um dos melhores restaurantes de Londres acompanhada de um dos homens mais bonitos que já viu em sua vida.

— Desculpe por te fazer esperar tanto tempo — Willow diz, sentindo suas bochechas corarem de timidez ao sentar na mesa em que o piloto já a esperava.

— Não se preocupe, estou aqui há menos de 10 minutos.

— Não, não sobre agora. Sobre o encontro, sobre tudo — disse. George sabia ao que se referia, todo o tempo que se negava a dar qualquer chance a ele, mas não se importava com qualquer coisa além do momento que estavam vivendo.

— Ah... tudo bem, mesmo. Alex me disse porque não queria que fizéssemos isso e, honestamente, entendo seu medo.

A fala surpreendeu a garota, que não conseguia acreditar que alguém como ele, aparentemente cheio de si e confiança sendo seu nome do meio, estava com medo de chamá-la para sair.

— Mesmo? Você estava com medo? — Pergunta incrédula.

— Estava — ri — é tão difícil assim de acreditar? Estava morrendo de medo de me dar um fora na primeira oportunidade, mas depois de algum tempo, aprendi que não posso me privar de momentos que sei que serão incríveis.

— Então quer dizer que sabia que esse encontro seria incrível?

— Com certeza. Não existe a menor chance de algo te envolver e ser menos que incrível.

Willow percebeu que estar com George a dava a sensação de sempre pisar em terreno desconhecido, como se estivesse num campo minado onde a qualquer momento fosse pisar em falso e algo explodiria, mas nada disso era levado pelo sentido negativo.

Na verdade, esperou a noite toda pelo momento que ele dissesse ou fizesse algo que não a agradasse, para que ela pudesse colocar em sua mente "ok, ele não é perfeito" ou "Alex estava errado mais uma vez, seu amigo é um idiota". Nenhum desses momentos chegou.

Ele não era perfeito, mas isso o deixava ainda melhor. Cada simples ato de George fazia com que a garota aproveitasse de coração aberto tudo o que viveriam naquela noite e, talvez, em outras noites.

Em determinado momento da noite, o piloto percebeu que já não era mais o dono da total atenção de Willow. Demorou alguns segundos para compreender o que tinha roubado a atenção da garota, que a tinha feito vidrar seus lindos olhos, completamente encantada. Ao olhar para trás viu uma pequena banda reunida em um local pouco afastado de onde estavam. Os membros do grupo tocavam alguma música que George não conseguia identificar, mas sabia que a mulher a sua frente adorava. Percebeu também que outras pessoas eram grandes fãs da música e do momento, e tinham até mesmo se levantado de suas mesas para dançar no espaço próximo à banda. Sabia que precisava fazer algo.

— Por acaso gostaria de dançar? — Perguntou, chamando a atenção de Willow.

— Dançar? Oh, não, não! — Negou prontamente.

— Por que não?

— Eu não sei dançar, George — confessou, quase com vergonha.

— Não sabe dançar? Mesmo? — Questionou, incrédulo com a resposta dela. — Ninguém nunca te convidou para um baile ou algo do tipo?

— É claro que não — riu — acho que não sou o tipo de garota de bailes e danças.

— Bom, eu posso ver o quanto está se contorcendo para levantar e se aproximar daquela banda e ouvir essa música de pertinho — se levantou da mesa ficando em pé ao lado da garota. — Aceita me conceder sua primeira dança?

A última coisa que passava na mente de Willow naquele momento era negar o pedido de George. Já tinha chegado até aquele momento e sentia que tudo o que tinha acontecido tinha sido surpreendentemente incrível, não seria uma dança que acabaria com tudo. Ela não deveria dançar tão mal a ponto de estragar um encontro maravilhoso. Quando percebeu estava de mãos dadas com o piloto e caminhavam juntos em direção aos outros casais que dançavam juntos, cada um preso em sua bolha especial, aproveitando o momento.

Enquanto dançavam, com os corpos colados seguindo uma sincronia própria e com os olhos tão conectados que poderiam se sentir em casa ao olhar para a mistura de cores das íris do outro, Willow pensava se era daquela forma que qualquer princesa da Disney se sentia ao dançar com seu príncipe. Quando Bela dançou com a Fera no meio do salão, acompanhada de todos os outros objetos encantados, ou Cinderela em sua tão esperada dança com seu príncipe encantado.

Tudo o que estava vivendo no momento, talvez pudesse ser resumido em todos os contos de princesas que leu durante sua infância, mas nada seria comparado ao que estava sentindo.

A diferença entre Willow e todas aquelas princesas era que seu príncipe não era uma fera amaldiçoada, ou um herdeiro de um reino, nada parecido. George era apenas um piloto de Fórmula 1, que na maior parte do tempo era um cara normal, que gostava de fazer todas as coisas que alguém de sua idade também gostava. De aventuras em montanhas e praias paradisíacas, até noites em claro jogando videogames.

— Não acredito que me chamou para um encontro na noite mais romântica do ano — a garota confessou, tirando uma risada de George.

— Eu posso fazer qualquer dia do ano ser o mais romântico — respondeu baixo, sussurrando no ouvido de Willow fazendo com que ela se arrepiasse.

E Russell não estava mentindo, faria toda e qualquer oportunidade ser a mais romântica e especial da vida com ela ao seu lado. Se tornaria tudo o que ela merecia, e sabia que merecia o melhor.

— Mais cedo você pediu desculpas por demorar tanto, mas se quer saber... eu esperaria mais 10 mil horas pra viver esse momento com você — George confessou, recebendo como resposta um olhar cheio de paixão, acompanhado do melhor beijo que recebeu em sua vida.

Os dois tinham esperado muito tempo para estar naquela situação, sentindo que tinham encontrado sua pessoa no mundo, como se fossem duas metades de quebra-cabeças com peças faltando, mas que tinham encontrado e se completado naquele momento, enquanto dançavam mais uma música desconhecida, mas que passaria a ser deles.

O momento era todo deles, o dia não pertencia mais a todos os namorados do mundo, e sim a eles. Depois de tantos anos, dias e incontáveis horas, passando por experiências ruins, pessoas nada legais, tudo para poder chegar naquele momento e tudo fazer sentido. As horas de espera valeram a pena, tanto que esperariam outras mais se soubessem que naquele dia se encontrariam para o resto de uma vida lado a lado. 

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É, eu (@autoraisadora) cheguei com mais um conto com o George acompanhado de uma música do Justin Bieber! 

Espero que tenham gostado desse conto e que não tenham sofrido tanto lendo, eu sei, é triste não poder chamar o George de namorado ainda mais num Valentine's Day.

Até a próxima, beijos! 🌹

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