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Capítulo 27: Insetos?

REBECA POV:

Os últimos dias com Clare na casa tinham sido exaustivos, para dizer o mínimo. Mesmo que eu me esforçasse para manter uma convivência amigável, ela não escondida sua aversão por mim. Seus comentários sempre eram polidos, mas sempre carregados de uma insinuação maldosa ou de uma comparação velada com a mãe de Ellie, Suki.

Era como se, a cada olhar, a cada palavra, ela me lembrasse que eu não era bem-vinda naquele espaço. E pior, que eu nunca seria. Robert tentava intermediar, mas entre seu trabalho e as responsabilidades com Ellie, não conseguia estar presente o suficiente para perceber o peso constante das interações entre Clare e eu.

Foi exatamente por isso que a chegada de Ellie trouxe um alívio indescritível. A menina gostava de mim, isso era inegável, então Clare não podia me afrontar diretamente. Ela era meu pequeno escudo.

Ellie era pura alegria e me fazia sentir que, apesar da hostilidade de Clare, eu ainda tinha algum espaço legítimo ali. Ela trouxe frescor à casa que há dias parecia sufocante, com Clare constantemente ocupando o ar com sua desaprovação implícita, e até explícita algumas vezes.

Na tarde daquele dia, tudo parecia relativamente tranquilo até o telefone de Robert tocar. Ele atendeu na sala, e bastaram apenas alguns segundos para eu descobrir com quem ele falava. Robert, com o celular ainda ao ouvido, caminhou até o outro cômodo, longe de Clare e Ellie, e eu atentei meus ouvidos para descobrir o conteúdo da conversa.

  — Sim, Suki, o que eu quero dizer é que ela já passou a semana toda com você... agora eu quero ficar um pouco com a minha filha. — Sua voz soou desconfortável. — Tá, entendo que é um momento importante, só que...

  Ele suspirou, interrompendo a frase, como se tentasse manter a compostura. Depois de uma pausa, continuou num tom resignado.

  — Tá, eu vou falar com ela e te aviso.

  Quando ele voltou para a sala de estar, tentei agir como se não tivesse escutado nada. Ele olhou para mim, hesitante, depois para Ellie, que brincava distraída no tapete da sala com suas bonecas Barbie.

  — Suki quer que Ellie vá ao show dela essa noite. — Ele disse de forma cuidadosa. — É importante pra Suki, e tal... mas não sei se quero que ela vá.

  — Amor, acho que...

  Clare, que até então lia uma revista em silêncio, ergueu os olhos com um sorriso animado.

  — Oh! Eu ouvi você falando sobre um show da Suki?

  — Não, mãe, eu só tava dizendo que...

  — Mamãe vai fazer um show? — Ellie largou seus brinquedos e encarou o pai com os olhinhos brilhando.

  Robert respirou fundo, visivelmente incomodado por ter sido ouvido. Ele olhou para Ellie e ainda assim tentou sorrir.

  — Filha... você já ficou com a mamãe semana passada, não acha que é bom passar um tempo com o papai agora?

  Ellie fez um biquinho, cruzando os braços de forma dramática.

  — Eu quero ir, papai! Por favor, só uma noite!

  Ele passou a mão no cabelo e olhou para mim, buscando algum tipo de apoio, mas fiquei em silêncio, não quis me meter. Clare, por outro lado, parecia não se conter.

  — Deixe a menina ir, Robert. Ela vai adorar, e será uma oportunidade única de ver a mãe brilhando no palco.

  — Deixa, papai! Por favorzinho! — Ellie implorou.

  Robert suspirou, dividido entre fazer a vontade de Ellie e sua própria hesitação. Ele me olhou novamente, e dessa vez, decidi intervir, não por Clare ou por Suki, mas por Ellie.

  — Talvez não seja uma ideia ruim. — Falei suavemente, tentando acalmá-lo. — É só uma noite, Rob.

  Ele ponderou por alguns segundos antes de finalmente ceder.

  — Tudo bem, mas a vovó Clare vai com você. — Ele disse e Ellie sorriu como se tivesse acabado de receber o melhor presente do mundo. — Papai vai precisar trabalhar hoje à noite e não quero que você fique sozinha com a empresária da sua mãe.

  — A tia Rebeca pode ir também!

  Na mesma hora senti minha espinha arrepiar. Robert pareceu tão surpreso quanto eu. Ele me lançou um olhar como se me pedisse desculpas.

  — Ah, meu amorzinho, a tia Rebeca tá um pouco cansada... — Ele tentou contornar a situação.

  Obviamente, Ellie não aceitou "não" como resposta. Então, com sua determinação infantil, insistiu.

  — Só vou se a tia Rebeca for. — Ela decretou, cruzando os bracinhos com firmeza.

  Clare riu suavemente, mas havia um tom cortante em sua voz.

  — Ah, querida, talvez a Rebeca não se sinta muito à vontade nesse show. Esse tipo de evento pode ser um pouco... demais para ela, sabe?

  Engoli em seco, sentindo o peso daquele comentário, mas mantive um sorriso calmo. Não ia dar à Clare o prazer de saber que suas palavras maliciosas me atingiam. Antes que Robert pudesse falar algo, me agachei ao lado de Ellie e segurei sua mãozinha.

  — Se é tão importante pra você, meu amor, então é claro que eu vou.

  Os olhinhos de Ellie brilharam de felicidade, e ela pulou para me abraçar.

  — Obrigada, tia Rebeca!

  A atmosfera na sala de estar mudou no instante em que concordei em ir. Ellie estava radiante, mas Clare manteve aquele sorriso afiado, como se já tivesse planejado a noite inteira em sua cabeça, e eu sabia que seu objetivo não era me incluir nessa experiência de forma agradável.

  Robert se aproximou e tocou de leve o meu braço quando Ellie correu animada escada acima para se aprontar para o show da mãe.

  — Você tem certeza disso? — Ele perguntou com a voz baixa, preocupado.

  — Vai ficar tudo bem. É só uma noite. — Lhe dei um sorriso reconfortante.

  — Você é a melhor... obrigado. — Robert me abraçou.

  A mãe dele observava a cena em silêncio, mas seus olhos já falavam por si.

  — Não precisa se preocupar, querido. — Ela disse com uma falsa doçura. — Vou cuidar pra que tudo ocorra bem essa noite.

  Ela não precisava dizer mais nada para que eu soubesse que sua ideia de "cuidar" significava tornar cada segundo do show um verdadeiro inferno para mim.

  Mais tarde, enquanto eu me arrumava no quarto, Clare e Ellie já estavam prontas no andar de baixo. Escolhi um vestido preto simples acima dos joelhos, sem brilho, sem chamar muita atenção. O que eu mais queria era que minha presença naquele show passasse batida.

  Desci as escadas e encontrei Clare sentada elegantemente no sofá, revisando seus brincos como se estivesse indo para um evento da realeza. Ellie, por outro lado, girava de um lado para o outro com sua jaqueta prateada que cintilava por toda a sala.

— Você tá linda, Ellie. — Elogiei genuinamente.

— Obrigada, tia Rebeca! — Ela respondeu franzindo o nariz e sorrindo.

Clare ergueu os olhos lentamente para mim.

— Você também está... adequada, Rebeca. — Sua avaliação foi breve, e ela rapidamente voltou a atenção para a neta.

  Robert apareceu logo depois, já vestido casualmente para o set de filmagem. Ele se aproximou de mim, tocando de leve em meu cabelo.

  — Se acontecer alguma coisa, me liga.

  — Não vai acontecer nada, relaxa.

  Ele sorriu, mas seu olhar ainda estava hesitante.

  — Nos vemos mais tarde, então?

  — Nos vemos mais tarde.

  O motorista particular de Robert chegou minutos depois e, depois de nos acomodarmos na suburban preta, fomos levadas ao local do show.

  O trajeto até o evento foi preenchido pelas perguntas incessantes de Ellie sobre quais músicas Suki cantaria, se poderíamos ir ao seu camarim no fim do show, e se eu gostava das músicas dela. Respondi a tudo com paciência e sorrisos, mesmo que Clare estivesse me encarando de canto de olho.

  — Sabe, Ellie... — Ela começou, como quem não queria nada. — Quando seu pai e sua mãe estavam juntos, ela costumava cantar só pra ele. Era lindo.

  Senti o golpe direto, mas Ellie não percebeu. Ela somente sorriu, achando a lembrança bonita.

  — Sério, vovó? — A garotinha perguntou.

  — Sim. Eles se amavam tanto que isso inspirou sua mãe a escrever cada vez mais músicas.

  Virei a cabeça e comecei a olhar para a janela do carro, fazendo de conta que aqueles comentários não estavam me afetando. Mas Clare parecia empenhada em me lembrar que, mesmo não estando mais juntos, Robert e Suki tinham uma história forte e bonita, e eu sempre seria a intrusa.

  Quando chegamos no local, entramos discretamente até um camarote privado. Era espaçoso, confortável e protegido dos paparazzis e da multidão de fãs que gritavam lá em baixo. Ellie correu até a beirada para olhar o palco, fascinada por tudo.

  Já Clare, se sentou em uma cadeira acolchoada com a postura impecável de quem pertencia àquele evento.

  — Você vai gostar do show, Rebeca. — Ela comentou. — Suki tem uma presença de palco impressionante.

  — É... ela parece mesmo ser muito talentosa.

  — Eu sempre falei pro Robert que ela seria muito famosa. A Suki é perfeita em tudo que faz, seja cantando, atuando, modelando...

  Respirei fundo, me controlando muito para não revirar os olhos na frente de Clare. Então voltei minha atenção para Ellie.

  — Tia Rebeca, olha como o palco tá bonito! Tem tantas flores!

  — Está lindo mesmo, não é? Tenho certeza que o show vai ser lindo.

  De repente, as luzes diminuíram e o show iniciou. Suki subiu no palco usando um casaco de plumas cor de rosa e um macacão brilhante. Ela estava realmente deslumbrante, eu não podia mentir. Ellie assistia a mãe encantada, dançando e cantando junto, enquanto Clare, com um olhar cheio de orgulho, assistia à apresentação como se fosse sua própria filha ali no palco.

  Depois de mais ou menos umas cinco músicas, as luzes se suavizaram, ganhando uma cor de lavanda, e uma melodia mais lenta começou a tocar. O público vibrou antes mesmo dos primeiros acordes soarem.

  Suki pegou o microfone com um sorriso enigmático, olhando para a plateia com um brilho dos olhos que parecia iluminar todo o teatro.

  — Essa próxima música é... muito especial pra mim. — Ela começou, a voz suave ecoando pelos alto-falantes. — Escrevi em uma época em que eu estava tentando encontrar o meu lugar, sabe?

  Os fãs murmuravam, ansiosos. Clare, ao meu lado, sorriu orgulhosa, e eu sabia que ela estava  prestes a aproveitar cada segundo dessa apresentação.

  — Quando você ama alguém de verdade, essa pessoa acaba fazendo parte da sua história. — Suki continuou. — E não importa o que aconteça, o que o mundo diga, ou quantas portas se fechem... essa conexão permanece. Pra sempre.

  Ela deu uma pausa dramática, correndo nos dedos pelo pedestal do microfone.

  — Essa música vai pra alguém que sempre vai ser parte de mim.

  A plateia explodiu em aplausos e gritos e meu estômago afundou. Aquela música era para o Robert. Suki começou a cantar cada verso cheia de emoção, me fazendo questionar se ela ainda sentia algo por ele.

  "All of my dreams came true

  The bigger the ocean and deeper the blue

  Call me a model, an actress, whatever

  Other half of my baby, we stay together..."

  Mantive meu olhar fixo em outro lugar, qualquer outro lugar que não fosse o palco, tentando não me deixar afetar. Mas cada palavra ressoava desconfortavelmente dentro de mim, como se estivessem costurando uma narrativa da qual eu nunca faria parte.

  Ellie estava hipnotizada ao meu lado, cantando baixinho enquanto segurava a minha mão. Ela não fazia ideia do peso daquelas palavras, ela era só uma criança. E eu só torcia para aquele refrão terminar logo.

  "All of the years in my eyes

  Fighting of lows, breathing in highs

  Call me a lover, disaster, whatever

  Other half of my story is with me forever"

  — Ela escreveu essa música enquanto estava grávida da Ellie, poucos meses antes dela nascer. — Clare comentou, sem tirar os olhos da ex-nora. — Acho que nunca vi o Robert tão feliz como naquela época.

  Assenti enquanto ajeitava o meu vestido.

  — É uma bela música. — Minha voz saiu embargada, o nó na garganta era inevitável.

  Quando o show finalmente terminou, Ellie insistiu para irmos ao camarim, e para deixá-la feliz, aceitei a ideia. Fomos escoltadas por vários seguranças até chegarmos onde Suki estava, a qual recebeu a filha com um abraço caloroso. Deu para perceber que sua postura mudou sutilmente ao me ver.

  — Mamãe, seu show foi muito legal! — Ellie exclamou.

  — Que bom que gostou, meu amor. — Suki sorriu, beijando a testa dela.

  — Suki, você brilhou naquele palco, foi maravilhoso! — Clare se adiantou, estendendo os braços como se reencontrasse uma velha amiga.

  — Clare! Que surpresa boa você aqui!

  As duas se abraçaram com uma intimidade desconfortável. Eu fiquei um pouco atrás, esperando algum sinal de reconhecimento. Mas Suki não me olhou diretamente em momento nenhum. Era como se eu não existisse ali.

  — Mamãe, você já conhece a tia Rebeca? — Ellie abraçou minha perna.

  — Ah... acho que já ouvi o Robert falar de você algumas vezes. — Ela deu um sorriso amarelo, me olhando por um instante breve demais.

  — A tia Rebeca e o papai são muito amigos, ela até tá passando um tempo na nossa casa.

  Suki se abaixou, ficando na mesma altura que Ellie e ajeitando a jaqueta da filha delicadamente.

  — Ah, é mesmo? — Ela franziu o cenho, lançando uma encarada rápida para mim. — E o que aconteceu com a casa da tia Rebeca?

  Ellie franziu a testa por um instante, como se buscasse lembrar de cada detalhe para contar da maneira mais precisa possível.

  — Tava cheia de insetos, mamãe! Papai falou que era melhor ela ficar com a gente até resolverem esse problema.

  Meu coração parou por um segundos.

  Mas que porra?

  Insetos?

  Pisquei lentamente, absorvendo aquela história absurda que eu não fazia a menor ideia.

  — Insetos? — Clare repetiu, levando a mão à boca enquanto deixava escapar uma risadinha desdenhosa. — Ah, o Robert sempre foi tão... prestativo.

  — É... — Suki também riu. — Ele sempre foi do tipo que não consegue ver ninguém em apuros. Bom saber que o Rob ainda tem esse coração grande.

  Eu quis sumir. Ou talvez sair correndo dali e gritar com Robert até ficar rouca. Como ele pôde inventar uma besteira daquela sem ao menos me avisar?

  — Realmente, ele tem. — Minha voz soou estranhamente aguda.

  — Espero que a dedetização não demore muito. Não deve ser nada agradável conviver com uma infestação. — Clare não perdeu a oportunidade de provocar.

  — Em breve, tudo vai ser resolvido, então não vou mais incomodar ninguém com a minha estadia.

  — Oh... não se preocupe, Rebeca. O Robert adora ter companhia em casa... principalmente de mulheres. — Suki disse.

  As palavras de Suki caíram sobre mim como uma bomba. O tom de ironia na sua voz era claro, e sua observação soou como uma farpa. A dor da humilhação foi instantânea, mas ainda mantive meu sorriso falso.

  — Robert sempre foi generoso até demais com todas as mulheres que apareceram na vida dele. Eu diria que ele tem um fraco por elas, não é mesmo, Suki? — Clare deu um sorrisinho sarcástico.

  — Com certeza. — A loira concordou.

  A tensão no camarim era visível. As piadinhas de Suki e Clare ainda estavam presas em minha mente, me deixando em um estado de fúria crescente. Eu tentei manter a compostura, mas a dor da humilhação era insuportável.

  Olhei para Ellie, que estava feliz ao lado de sua mãe, e me forcei a sorrir. Mas, dentro de mim, parecia que tudo estava prestes a explodir.

  Quando finalmente saímos do camarim e entramos no carro, o silêncio parecia ensurdecedor. Clare não perdeu tempo em continuar com seus comentários venenosos, mas fiz de conta que nem estava ouvindo.

  O único pensamento que ocupava a minha mente era o que eu faria quando chegasse na casa de Robert. Ele tinha que saber o que aconteceu, e não seria uma conversa fácil.

  Eu não ia deixar aquela história ridícula de insetos passar. Aquela noite estava bem longe de terminar.
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