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Capítulo 08: Jantar de agradecimento

REBECA POV:

  O dia do jantar com Robert havia chegado, e enquanto eu me preparava, o peso da minha decisão começou a apertar em meu peito. Eu sabia que não havia nada errado em aceitar um jantar de agradecimento, mas, ao mesmo tempo, uma voz insistente em minha cabeça dizia que Daniel nunca aprovaria aquilo.

  Também minha consciência pesava por causa da Ana, eu sabia que ela era interessada em Robert e que eles tinham tido um encontro recentemente. Mas ir jantar na casa dele casualmente não me fazia desleal à minha melhor amiga, não é?

  Coloquei um vestido discreto azul-marinho, algo que não chamasse muita atenção e que era apropriado para a ocasião. Observei meu reflexo no espelho por um longo tempo, ajustando meu cabelo e tentando dissipar todos os pensamentos que me atormentavam.

  Quando saí do quarto, Daniel estava na varanda do apartamento, finalizando uma ligação com alguém do hospital. Ele franziu o cenho ao me ver, o olhar de desconfiança já está ali.

  — A gente se fala amanhã. — Meu marido desligou o telefone. — Aonde você vai?

  Inspirei fundo, tentando não me desestabilizar com aquele seu olhar penetrante.

  — Eu vou jantar com as meninas do hospital, uma das enfermeiras me convidou. Nada especial.

  — E desde quando você tem amigas que te convidam pra jantar?

  Meu coração bateu mais forte, mas permaneci com a minha mentira.

  — Dessa vez elas me convidaram. Achei que seria bom sair pra... desestressar um pouco. Você sempre fala que eu mereço um descanso.

  Daniel me olhou dos pés a cabeça, e nesse breve momento, me perguntei se ele podia ler a verdade em meus olhos. Finalmente, meu marido veio até mim, e me depositou um beijo frio na testa.

  — Não chegue tarde. — O aperto gelado em meu estômago quase me fez sair correndo. Mas continuei calma.

  — Combinado.

  Quando saí pela porta, meu coração acelerou ainda mais, mas me senti aliviada. Era gratificante estar longe daquele apartamento, mesmo que por algumas horas.

  No caminho até a casa de Robert, tentei afastar meus pensamentos sobre Daniel, mas a pressão parecia crescer cada vez mais. Cada vez que eu lembrava daquele seu olhar antes de eu sair, sentia vontade de dar meia volta e retornar para casa. Mas me mantive concentrada no jantar. Era só um jantar, né? Eu tinha o direito de estar ali.

Cheguei à casa de Robert poucos minutos antes do horário combinado. Sua casa era impressionante. A arquitetura espanhola dava um "tchan" inexplicável e o jardim era uma das coisas mais lindas e bem projetadas que eu havia visto.

Estacionei meu carro em frente à mansão e andei devagar em direção à porta que era o dobro do meu tamanho. Depois de dar um longo suspiro nervoso, toquei a campainha.

A porta se abriu, revelando Robert com um sorriso acolhedor. Ele vestia algo simples, mas elegante: uma camisa preta de mangas compridas e uma calça cáqui. Seu olhar irradiava uma tranquilidade que contrastava com o meu nervosismo.

— Oi... — Ele me olhou com aqueles lindos olhos azuis. — Você tá... linda.

— Você também não tá nada mal. — Me encolhi com timidez.

— Vem, entra. Fica à vontade.

— Obrigada. — Murmurei cruzando a porta.

A casa de Robert era tão acolhedora quanto ele, com um toque pessoal em cada detalhe. Fotografias emolduradas estavam nas prateleiras, algumas dele com Ellie, outras mostrando diferentes momentos de sua carreira.

— Como você está? — Robert perguntou, parecendo querer quebrar o gelo.

— Vou bem. E você e a Ellie?

— Nós vamos bem também. — Ele comentou enquanto me guiava até a sala de jantar, a mão tocando de leve minha cintura. — Eu queria te agradecer de novo por ter ajudado a minha filha. Isso significou muito pra mim.

— Já disse que não precisa agradecer.

— Espero que goste de comida italiana, é o nosso menu da noite. — Robert deu aquele sorriso lateral encantador.

— Parece perfeito pra mim.

A mesa de jantar já estava toda pronta. Com dois jogos americanos sofisticados que faziam a base dos pratos de porcelana. Também havia uma vela aromatizada perto das louças. Robert realmente sabia como caprichar.

— Me permita... — Ele puxou a cadeira para mim, um gesto clássico de cavalheirismo.

— Muito obrigada.

— Então... — Robert falou quando se sentou em minha frente. — Você foi no hospital hoje?

— Eu tô lá todos os dias. — Dei um riso descontraído.

— Essa vida de médica deve ser bem puxada.

— Nem me fale...

— E como foi o seu plantão hoje? Correu tudo bem? — Ele se inclinou alguns milímetros em minha direção, interessado em minha rotina monótona.

— Foi normal, nada de novo. E você? Como tá indo a vida fora do set?

— Até que vai bem, tô aproveitando meu tempo livre pra participar de umas reuniões que estavam pendentes na minha agenda e pra curtir com a Ellie.

— Isso é ótimo, Robert.

— Você tá com fome? Quer jantar logo?

A forma como ele me tratava me cativava. Daniel nunca perguntava sobre o meu dia, sobre como eu estava, sobre o que eu queria fazer. Era até estranho ser tão bem tratada.

— Quero sim.

— Temos lasanha de beringela e massa ao molho pesto. — Ele apontou para os refratários ainda quentes perto de nós.

— Eu como o que você comer.

— Então vamos na lasanha.

Robert serviu meu prato com um pedaço generoso de lasanha e logo depois também se serviu.

— Papai... — A voz de Ellie ecoou no pé da escada. — Quem é ela?

Eu não esperava que Ellie me reconhecesse em um primeiro momento. Afinal, aquele dia no hospital foi traumático para a pobrezinha. Ela só teve relances do meu rosto.

— Vem cá, meu amor. — Ele gesticulou para que ela se aproximasse. — Essa é a Rebeca, lembra? A doutora que cuidou de você no hospital.

Ellie hesitou por um momento, segurando firme sua bonequinha de pano antes de dar passos tímidos em minha direção.

— Oi, querida. Como você está? — Perguntei em um tom gentil.

Ela olhou para Robert, depois olhou para mim por alguns segundos, até que respondeu baixinho.

— Estou bem... obrigada por ter cuidado de mim.

— Eu fiquei muito feliz em saber que você está melhor. Acredito que seu papai esteja orgulhoso de você.

— Ela é minha pequena guerreira, não é, filha? — Ele assistia à nossa interação, com os olhos brilhando de ternura.

— Eu sou uma princesa e uma guerreira ao mesmo tempo!

— Claro que você é, meu amor. — Robert sorriu. — Mas guerreiras também precisam dormir.

— Deixa eu ficar aqui com vocês...

— Não, querida, você precisa descansar. — O astro pegou a filha no colo com facilidade. — Dê boa noite pra Rebeca.

— Boa noite, Rebeca. — Ellie esfregou os olhinhos.

— Boa noite, pequena guerreira.

— Me dá só um segundo... eu já volto. — Ele sorriu para mim antes de desaparecer pelo corredor com a filha.

Fiquei sentada ali, refletindo sobre a cena que acabara de presenciar. O jeito carinhoso de Robert com Ellie me encantava, ele era o completo oposto do meu marido, que nem filhos queria ter. Havia leveza e amor naquela casa. Diferente da minha, que só havia controle e frieza.

Quando Robert voltou, ele parecia ainda mais relaxado.

— Desculpa por isso, — Ele se sentou novamente. — tive que colocá-la pra dormir.

— Não se preocupe. Sua filha é um amor. E você parece ser um pai incrível.

— Ellie é a luz da minha vida. — Robert colocou um pedaço pequeno de lasanha na boca. — Você e Daniel têm filhos?

— Não, ele é... vasectomizado.

— Ah... — Ele murmurou, sem saber bem o que dizer de imediato. — Creio que foi uma decisão conjunta de vocês, certo?

  Abaixei meu garfo lentamente, sentindo o peso daquela pergunta. Eu não queria que a conversa tomasse aquele rumo tão pessoal, mas não tive como mentir.

  — Não exatamente... — Respondi com uma evidente hesitação. — Foi mais uma decisão dele. Daniel nunca quis ser pai.

  — Mas e você? — Robert franziu o cenho.

  — Eu... bem... sempre quis ser mãe, mas... a vida nem sempre é como a gente espera, não é?

  — Você nunca falou com ele sobre isso? Vasectomias podem ser reversíveis. 

  — Já, mas... meu marido sempre foi muito claro sobre essa questão de filhos. — Dei de ombros, parecendo despreocupada. — Eu entendo o ponto de vista dele, ele não teve uma infância fácil com o pai.

  — E você que sofre as consequências disso? — Sua voz estava carregada de uma certa provocação, mas também de uma genuína preocupação. — Desculpa, mas isso não me parece certo.

  — Em um casamento, a gente precisa abrir mão de certas coisas pra viver em harmonia com o nosso cônjuge. Você já foi casado, deve saber como é.

  — Sim, a gente abre mão de coisas banais, mas filhos é um assunto muito sério. — Robert disse em um tom de protesto. — Nesse pouco tempo que conheço você, sinto que Daniel sempre tá no centro de tudo. Isso não é justo com você. Você parece... presa.

  Aquela palavra me pegou em cheio, como uma facada no peito. O calor subiu pelas minhas bochechas e meu estômago revirou.

  — Em uma coisa você tá certo... — Falei com a voz falhando. — Nós dois nos conhecemos a pouco tempo. Você não sabe nada sobre a minha vida com Daniel, nem tem o direito de opinar sobre o nosso casamento.

  — Olha... eu não quis me intrometer, mas você precisa abrir os olhos.

  — Meus olhos já estão bem abertos, Robert. — Me levantei da cadeira, a comida em meu prato ainda estava pela metade. — Eu tenho que ir.

  — Você nem terminou de comer.

  — Tá ficando tarde. — Ajeitei minha bolsa em meu ombro.

  Robert se levantou junto comigo, claramente arrependido por ter forçado aquela conversa. Mas eu não o culpava por nada.

  — Espera... eu não queria te deixar desconfortável. Só tô preocupado com você. — Suas palavras fizeram meu coração vacilar por um instante. — É que... você é uma mulher tão maravilhosa... você merece ser feliz.

  Eu parei na frente dele por um segundo, lhe encarando. Sua expressão era séria, sincera, e por um breve momento senti o impulso de ficar, de falar mais com ele, de confessar o quanto Daniel me sufocava. Mas a realidade bateu. Eu não podia fazer isso.

  — Agradeço sua preocupação, mas eu tô bem. — Tentei convencê-lo.

  — Certo... — Ele respondeu uma oitava a baixo. — Mas... se um dia você precisar de alguém pra conversar, sobre qualquer coisa, eu tô aqui.

  Assenti forçando um sorriso e me segurando para não desabar na frente dele.

  — Obrigada pelo jantar, estava tudo maravilhoso.

  — Agradeço por ter vindo. — Foi a última coisa que ele disse.

  Quase fugindo, saí da casa de Robert e entrei no meu carro. Eu estava sem ar, as mãos tremendo e aquela sensação de choro presa na minha garganta. Mesmo longe, Daniel conseguia tirar minha paz de espírito. E agora, Robert já estava entendo tudo, o que me deixava ainda mais desesperada. Eu não sabia o que fazer.
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