46. Track: JA ARA E
Notas: Ouvir a música e ler a tradução não é obrigatório, mas eu recomendo. No demais boa leitura e por favor não deixem de comentar o que estão achando.
Michelle Evans
Com toda certeza eu sei de onde a Elizabeth puxou sua personalidade, apesar de desconfiar que talvez a mãe seja pior que a filha. Afinal, a loira parou de falar coisas desagradáveis comigo desde o natal e sempre que vinha para o apartamento e me encontrava, ela dizia palavras educadas como: Bom dia, obrigada e por favor.
Não sei o motivo desse tratamento menos áspero, talvez tenha aceitado o fato de que estou aqui para ficar e que não será ela que vai me fazer mudar de ideia. Nosso relacionamento teve uma evolução e eu nunca quis mal a Elizabeth, espero que ela nunca queira o meu também, mas não posso contar com isso. Ainda sim, torço para que ela acorde logo e veja a filha, que a loira tenha condições de cuidar da pequena também, pois talvez assim eu consiga encarar menos a Senhora Clifford e seus comentários grosseiros.
Não tenho paciência para isso e se não fosse por Marie Anne em meu colo eu teria dito muito para aquela mulherzinha. A filha dela está na UTI e a neta está sendo cuidada pelo pai e por mim. Marie não está sendo mau tratada. Eu realmente não mereço ter que ouvir aquilo e poderia ir embora agora mesmo só para não ter que encarar a mais velha.
Eu realmente poderia fazer isso nesse momento.
— Chelly? — Escuto Harry me chamar, viro para olhar para ele e o moreno está segurando a filha no colo enquanto me encara.
Estava no quarto arrumando minhas roupas. Não iria embora nesse momento, estava apenas arrumando as coisas para quando Karina chegasse as roupas para limpar estivessem mais organizadas.
— Ela já foi embora? — Pergunto enquanto dobro um moletom.
— Foi sim — diz e aceno com a cabeça. Harry vai até a cama e deixa a bebê dormindo lá. Olho para ela e logo sinto as mãos de Harry se envolvendo em minha cintura me abraçando por trás. — Ela disse que estava agitada por conta da situação da Elizabeth.
— Isso não é desculpa para ser uma escrota e arrogante — digo brava e Harry cheira meu pescoço. Ele não irá me amolecer assim.
— Eu sei, amor — respira fundo. — Ela queria pedir desculpas, mas pela forma como você saiu de perto dela, acreditei que vê-la seria a última coisa que você gostaria. Então dei um jeito dela ir embora — diz, me viro e deixo meus braços em volta do seu pescoço.
O moreno parece cansado, tem um pouco de olheira em cada um dos seus olhos, do mesmo jeito ele sorri para mim e beija minha testa.
— Não quero ter que ver ela nunca mais — digo sincera e o moreno acena com a cabeça. — Só que agora, você precisa dormir um pouco. Karina disse que chega daqui a pouco. Vou esperar ela chegar para ir pro buffet e enquanto isso você dorme que nem a sua filha.
Não estou sugerindo. Prefiro que isso seja uma ordem. Se estamos cansados, o nosso corpo tem que descansar e isso é indiscutível.
Harry beija minha testa e se senta na cama.
— Só vou descansar os olhos — diz e sorrio.
— Quer que leve a Marie para o quarto dela? — Pergunto e o moreno acena com a cabeça deitando a cabeça no travesseiro.
Sorrio e beijo a bochecha dele. Pego a Marie e passo meu dedo no sua testa, ela franze a pele e sorrio mais vendo ela bocejar e mover as mãos com luvas.
— Você também vai descansar mais, bebê — digo baixinho e ela continua com os olhos fechados. Espero que ela tenha me entendido de alguma forma.
O que me lembra de procurar imediatamente um desses cursos de libras.
{•••}
Quando voltei para casa, pela noite, Karina estava terminando de preparar a janta e disse que Marie Anne acabou de tomar banho e que Harry estava em uma reunião no escritório. Eu agradeci ela e pensei em ajudá-la, mas havia trabalhado tanto hoje também que pela primeira vez me senti agradecida por ter alguém para fazer a janta por mim. Portanto, fui direto para o banho.
Hoje finalmente foi o dia em que fui com Rosane visitar o salão de festas e eventos, ter visto aquele lugar me animou bastante, porque apesar de não ter nada eu vi que ele é grande o suficiente para começar algo e poderá se tornar uma coisa linda no final. Quer dizer, se tornará uma coisa linda.
Assusto quando sinto os braços de Harry em volta da minha cintura, ele me puxa para perto dele e fecho meus olhos quando sinto seus lábios beijando minha nuca.
— Oi oi — diz perto do meu ouvido. Deixo as mãos de Harry em cima das minhas e sinto ele sorri contra minha pele.
— Olá — murmuro, viro meu corpo ficando de frente dele e sorrio. — Descansou ou só fingiu que descansou?
— Descansei, Chelly. Porém tive que resolver umas coisas na empresa, mas nada que exigisse muito da minha paciência — responde e suas mãos sobem para meus ombros e ele começa a mover seus dedos. Fecho meus olhos sentindo ele desfazendo alguns nós de tensão em meus músculos enquanto seus dedos pressionam e massageiam minha pele.
— Caramba, Harry — gemo baixinho e ele ri. — Isso é bom — digo e abro meus olhos sorrindo para ele.
— Eu sei que é — diz e continua. — Como foi com Rosane?
E de um modo bem simples, Harry e eu começamos a conversar sobre nosso dia, nosso trabalho e um pouco sobre Marie Anne e as pequenas coisas que ela fez. O moreno disse que vai contratar um professor para ensinar linguagem de sinais para a família inteira e que contou da condição dela para Thomas, ele também disse que tentou conversar com o pai, mas que não havia conseguido, mas que conseguiu conversar com Daniela e ela confirmou que eles viriam no final de semana.
Contei a Harry sobre meu dia no buffet, sobre os pratos que preparei, mas quem faria a entrega seriam os funcionários. Disse também sobre o lugar que iria escolher para montar o salão de eventos. Disse que tinha algumas fotos para mostrar ao moreno e ele ficou interessado em vê-las. No entanto, ele acabou não vendo nenhuma porque quando deitou na cama dormiu que nem pedra.
Na manhã seguinte quando acordei, vi que ele estava usando terno e eram perto das sete da manhã. Quando questionei a ele, o moreno apenas disse que iria para o trabalho resolver algumas coisas importantes e que voltaria mais cedo do que costuma voltar e eu acreditei nele.
Fiquei na cama por mais algum tempo, até escutar Marie pela babá eletrônica, acabou que eu voltei para o quarto e fiquei com ela amontada das cobertas e mexendo no notebook. Era um dia frio e chovia um pouco e a cama foi o melhor lugar que poderia ficar pela manhã. Até ter energias suficientes para me levantar e me arrumar para ir até o buffet. Não queria deixar Marie Anne sozinha, mas minha mãe apareceu para ficar com ela, enquanto eu resolvia as coisas no buffet. A agenda do mês não estava tão cheia. Normalmente, as festas diminuem no início do ano, mas haveria alguns casamentos e festas de aniversário que ocupavam a agenda.
Quando cheguei ao buffet não foi algo demorado, as pessoas que estavam lá hoje, estavam decididas sobre o que queriam e isso facilitou o trabalho. Depois, Rosane e eu separamos tarefas para preparar nosso local, cada uma ficaria encarregada de algo. No fim, meu dia estava sendo quase igual ao anterior, mas então recebi uma ligação da assistente de Frankie querendo que eu fotografasse e aquilo me animou.
Quando voltei para a casa, era perto das quatro da tarde, mas Harry ainda não tinha chegado. Minha mãe ainda estava lá e Louise Clifford também. A minha progenitora estava segurando Marie, enquanto Louise observava a neta e falava algo.
— Olá — digo alto e deixo a minha bolsa no cabideiro. As mulheres me olham e tiro meu sobretudo e sapatos. Coloco os sapatos de ficar em casa.
— Oi meu doce, como foi lá? — Minha mãe pergunta e ajeita Marie no colo dando tapinhas nas costas dela.
— Tudo bem — digo e dou de ombros. Olho para a mulher com os mesmos olhos azuis de Elizabeth. — Posso ajudar? — Pergunto mais séria, eu não gosto dela e quando isso acontece, é difícil para mim ser menos rude, por mais que eu tente ser minimamente educada.
— Estou bem, quis ver minha neta — diz e olha para a pequena. — Mas ela realmente, ainda não se acostumou com meu colo — lamenta.
— Entendi e Elizabeth?
— A mesma coisa ainda — suspira. — Mas temos que dar tempo ao tempo.
— Sim — murmuro e estava pronta para sair dali.
— Michelle, desculpe por ontem — senhora Clifford diz e minha mãe me olha curiosa. Não disse nada a ela, não é o tipo de coisa que gosto de contar.
— Tudo bem, já passou — dou de ombros e olho para minha mãe que ainda me olha curiosa. — Vou tomar banho, qualquer coisa pode me chamar — sorrio para ela e minha mãe acena e diz que tudo está sob controle.
Com isso, eu subo para tomar meu banho, acredito que não tenha demorado mais que vinte minutos e quando desci, Louise não estava mais lá. Minha mãe deixou Marie na cadeirinha e estava assistindo televisão. Tudo estava limpo e organizado e Karina não estava mais em casa, a mulher sequer estava no apartamento quando cheguei, tenho certeza que foi coisa de Jenna Evans, então nem questionei, na verdade, eu quem fui a questionada e expliquei a mamãe o que houve com Louise Clifford.
A minha mãe disse que a mulher também a olhou torto, mas que não ficou assim por muito tempo, porque parecia querer mais prestar atenção na neta. O que era bom por um lado, mas péssimo por outro. Apenas continuei em uma torcida pessoal em não ter mais que lidar com essa mulher, ou talvez lidar com ela o mínimo possível. Gostaria de que Harry estivesse aqui para poder me ajudar com isso, porque é estranho. Entretanto, ele não estava e só chegou em casa perto das nove da noite. Isso porque ele iria chegar mais cedo do que costuma, na realidade, Harry é um viciado em trabalho.
Quando ele chegou, a minha mãe foi embora e eu troquei a fralda de Marie e a deixei no berço. A minha progenitora já havia dado banho nela e já está tarde e é frio, com certeza é melhor dar banho na pequena mais cedo. Quando voltei para a parte de baixo do apartamento, encontrei Harry jantando na cozinha e fiquei na frente dele com os braços cruzados.
— Esse é o seu chegar mais cedo? — Questiono e ele me olha e suspira.
— As coisas foram virando uma bola de nove — diz e bebe a água. — Desculpa, Chelly.
Respiro fundo e vou até ele, o moreno me puxa fazendo com que eu sente em seu colo. Continuo o encarando séria e ele beija meus lábios.
— Não fica brava comigo, uh — diz e beija meus lábios. — Não vai repetir — diz e beija meu queixo. O moreno coloca a mão na minha coxa e fico olhando para ele. Seus lábios beijam meu pescoço e eu suspiro baixinho quando ele enfia a mão por baixo da minha blusa para tocar meu seio.
— Sua ex-sogra veio aqui hoje — digo e ele para de me tocar para me olhar. — Foi tranquilo, mas ela ficou mais tempo com minha mãe e Marie Anne do que comigo, é estranho — deito minha cabeça no ombro de Harry.
— O que é estranho?
— Bem, eu não tenho nenhuma ligação direta com ela e Louise faz parecer que quer continuar assim.
— Bem, não é como se a gente precisasse dela para continuar juntos. Não é? — Harry me olha e toca minha bochecha. — Tudo que importa é você e eu.
— E agora a Marie.
— Com certeza — seus dedos continuam a acariciar minha bochecha. — Mas o ponto é, que meu relacionamento com você é algo que não quero perder por conta de terceiros. Estou com você, Michelle Leslie Evans e te amo.
— Também amo você — digo e o beijo rápido. — Viciado no trabalho — digo entre o beijo e Harry segura minha cintura. — Passei o dia usando lingerie cara e você não apareceu — faço bico e o moreno sorri.
— Não seja por isso, eu estou aqui agora — Harry me beija com vontade e eu retribuo com a mesma vontade.
Treze dias depois...
Tenho a certeza que ter descoberto que a filha tem um grau severo de surdez pegou Harry de surpresa. No entanto, isso não quer dizer que ele simplesmente fugiu dela e sei que ele não está fazendo isso, mas de alguma forma ele vem fugindo de algo. Harry se afastou um pouco nos últimos dias e isso não aconteceu abruptamente, apenas aconteceu.
No fim, sei que tudo isso é complicado pois Elizabeth ainda está no hospital, os médicos encontram um pequeno coágulo obstruindo uma artéria no pulmão dela, quando eles removeram a loira passou a respirar sozinha, mas ainda não acordou e ela não tem nenhum indício de morte cerebral ou danos, mas algumas dessas conclusões só podem ser confirmadas se ela acordar e isso ainda não aconteceu.
Em contraste, Harry vem trabalhando bastante, ocupando a cabeça enquanto eu passo um bom tempo cuidando de Marie Anne. Minha mãe vem me ajudando bastante nessa parte, Daniela chegou a aparecer e também me deu algumas dicas, mas é minha mãe que mais aparece e muitas vezes sem eu chamar. Marie também gosta do colo da minha mãe, mas ironicamente a pequeno não desgruda de mim.
Devo ressaltar que eu não vi mais a mãe de Elizabeth, o que me agradou. Afinal, não gostei nenhum um pouco dela, porém Harry que vem lidando mais com ela. Afinal, ele procura saber como Elizabeth está e visita a mesma com Marie Anne sempre que possível. Porém não é sempre, pois ele sempre está trabalhando também e não é pouco.
Infelizmente, estou começando a me sentir cansada com toda essa situação e não queria. O problema não é o estar cuidando de Marie Anne, de um modo surpreendente eu consigo me dar bem com ela e sempre me vi apavorada nessa posição materna. Cuidar de bebês era algo que tinha na cabeça que não era para mim. No entanto, vi que consigo ir bem com isso. Porém, não é isso, o que me chateia é ver Harry se distanciando.
Odeio me sentir assim, pois acredito que seja ciúmes meu em relação ao seu trabalho. Além disso, eu realmente pensei que as coisas iriam mudar um pouco, mas não foi bem assim.
Tenho em minha cabeça, que o moreno tem grandes responsabilidades, porém eu não sei o que está passando em sua mente, porque quando ele se fecha é difícil de entender o que está acontecendo, também já estive nessa posição.
Contudo, eu preciso saber, pois sinto que é tão estranho estar cuidando de Marie Anne na maior parte do tempo, não sendo nada dela além da namorada do pai.
Entretanto, agora eu apenas tento concentrar meus pensamentos no passeio com Tyler pelo Green Park. É uma manhã com sol e muitas nuvens, talvez acabe chovendo um pouco, mas é um bom dia para sair de casa com Marie e ela observar algo para além de paredes e janelas.
Marie tem os olhos de Harry, o formato do queixo também e parece que as bochechas também. É a cara do pai, mas o nariz dela parece ser mais delicado, talvez seja de Elizabeth, não sei.
— Gata? — Tyler me chama e olho para ele. — Você não disse quase nada desde que chegamos. Aconteceu algo?
Fico em silêncio por alguns segundos e me sento em um banco, meu amigo se senta também.
— Harry está distante — murmuro. — Acho que pode ser a complicação com a Elizabeth e a condição de Marie Anne. Não sei, mas ele está trabalhando agora e eu pensei que ele fosse parar por um tempo e vim comigo aqui hoje.
— A mãe de Marie ainda não acordou?
— Não — nego com a cabeça. — Minha mãe disse que já viu isso algumas vezes no hospital. Algumas pessoas acordam, mas outras passam a vida assim. Muitas vezes sem motivo, mas parece que essa gestação exigiu demais dela e o corpo ainda está se recuperando.
Tyler balança a cabeça e olha para a bebê dormindo no carrinho. Tem uma pelúcia pequena de coelho ao lado dela. Ela dorme mais rápido com esse coelho, curiosamente tem mais o cheiro do perfume do moreno nele.
— Já tentou conversar com Harry? — Riu baixo.
— Já, mas quando ele se enfia naquele escritório é difícil de tirá-lo de lá— coço minha testa. — É tudo um choque e talvez seja a forma dele lidar com isso, fugindo. Só que ele não pode ficar assim — desabafo. — Não é assim que resolve as coisas.
— Isso é, Leslie — diz e afaga minha costas. Deito minha cabeça em seu ombro. — Mas sabe de algo?
Olho para Tyler e nego com a cabeça.
— Tudo vem com um custo, um preço e uma dor. Tudo tem haver com escolhas e como você prioriza elas. Se você não se conhece, se perde, gata — diz e respiro fundo. — E com certeza se tornar pai, te faz pensar sobre quem você é e algumas coisas se bagunçam. O certo seria conversar com ele e se ele não te escuta, comece a falar de um jeito que ele entenda. Você sempre foi boa para fazer os outros te ouvirem — diz e lembro do que eu fiz para conseguir a atenção da minha mãe quando meu pai morreu.
Porém, aquilo foi uma medida desesperada de alguém apavorada. Não é como se eu fosse quebrar a outra perna para ter a atenção de Harry, não funciona assim.
— Obrigada, Tyler — murmuro e meu amigo sorri. Ele acena com a cabeça e escuto os murrinhos manhosos de Marie. Ela acabou de tomar mamadeira, mas com esse choro com certeza ela quer mais.
— Vou conversar com ele — digo e ele acena com a cabeça. Começo a dar mamadeira para Marie e ela agarra meu dedo enquanto me observa. Poderia passar o dia inteiro observando essa bonequinha, mas escuto Tyler se mover no banco e olho para ele.
— E as coisas com Stacey, como vão?
{•••}
Quando cheguei em casa, estava disposta a conversar com Harry e gritar se fosse necessário. Entretanto, primeiro deixei a pequena adormecida no berço e ela não reclamou porque o coelho de pelúcia estava ao seu lado. Quando cheguei no escritório encontrei o moreno com um copo de vinho na mão enquanto olhava para a janela.
— Harry — chamo e ele não se vira. — Harry.
Silêncio e me aproximo do homem.
— Aconteceu algo com Elizabeth? — Pergunto preocupada e ele nega com a cabeça e me olha.
— Louise Clifford disse que se a Elizabeth continuar em coma irá entrar na justiça pela guarda de Marie Anne, já que eu estou impedindo ela de ver a própria neta — diz e franzo minha testa confusa. Quando Harry impediu a mais velha?
— Que dia você fez isso?
— Dia nenhum — diz inconformado e suspiro. Tiro o copo de vinho da mão de Harry e bebo um pouco.
É sobre mim, com certeza é.
— Por minha causa — não é uma pergunta, mas observo Harry pronto para negar. Por isso levanto minha mão. — Posso ficar longe por um tempo.
— Não — diz imediatamente e segura minha mão. — Michelle, eu preciso de você comigo. Vou dá um jeito nisso, Louise não vai conseguir o que quer só porque não gosta de você. Vou dar um jeito de arrumar isso, amanhã vou ter algumas reuniões importantes na empresa, mas eu vou...
— É muita coisa com que se preocupar — deixo o copo em cima de uma estante ao meu lado. — Você já pensou em parar um pouco no trabalho?
Silêncio e suspiro.
— Já pensei nisso...
— Mas não quer parar? — Cruzo meus braços. — Você é um viciado no trabalho — digo brava.
Harry suspira.
— É melhor parar por um tempo, amor — digo mais calma e fico olhando para ele. — Só até as coisas se ajeitarem e Marie precisa da sua atenção também.
— Vou ver o que vou fazer. Você saiu com a Marie Anne e queria ir também, mas me esqueci — ele se frusta e bufa. — Vou arrumar isso.
— Bom mesmo, senão eu te largo — não estava brincando ou sequer blefando. Então Harry me olha, não sei o que ele queria me dizer, havia uma mistura de desespero e surpresa nos seus olhos verdes, mas eu não estava hesitando.
— Michelle — me chama. No entanto, não respondo porque a porta se abre e é Karina com o telefone na mão.
— Desculpe interrompê-los, mas é do hospital. Elizabeth acordou.
Continua...
Notas: Oii amores, como estão?
O que vocês acham que podem acontecer, agora?
Espero que estejam gostando vejo vocês logo logo. Anna. Xx
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