21. Tudo que é bom acaba
+ 18 — Capítulo contém cenas de conteúdo adulto.
Michelle Evans
Acordo na manhã seguinte e Harry estava deitado ao meu lado, o lençol branco está batendo na altura da sua cintura me deixando com a visão do seu tronco nu. Tivemos uma noite divertida, conheci Florence, uma mulher que parece ter a mesma idade Frankie. Ela foi uma mulher simpática e me contou algumas histórias de quando o Harry era uma criança e visitava os Estados Unidos.
Florence nunca teve filhos, mas tinha um olhar maternal para com Harry. Era como se ela fosse a mãe dele e não a madrinha. Ela é uma mulher que o moreno tem carinho e ela por ele, mas que pelo trabalho se afastaram. Isso deveria mudar, afinal, Harry realmente estava confortável com ela e ria. Um tipo de comportamento que ele não teve com o próprio pai.
Além disso, na noite passada nós também aproveitamos por alguns minutos que a casa de Frankie Rayes é grande. Devo acrescentar que ficamos até o momento do parabéns e comemos um pedaço do bolo. Estava delicioso, diga-se de passagem e quando chegamos em casa. Harry e eu aproveitamos ainda mais o fato que a casa na praia está vazia.
Apenas Harry e eu curtindo o que quer seja isso que estamos tendo.
É bom, eu confesso. Ainda tenho minhas inseguranças sobre uma definição mais séria de relacionamento com ele. Acho que tudo isso é muito cedo, mesmo que Harry venha se mostrando alguém que está afim e como eu sei, eu também estou afim dele. Porém, não quero exagerar e pular passos, isso pode ser perigoso. Até porque, entramos em falsas histórias e verdadeiras histórias ao mesmo tempo. Onde linhas frágeis se enrolam a linhas de aço. Não sei o que pode acontecer se a linha errada se romper, mesmo que à primeira vista pareça difícil romper linhas de aço, mas já vi coisas mais resistentes se quebrando por menos. Tudo que eu sei, é que isso que venho tendo com o moreno é recente e bom.
Portanto, só me resta curtir a visão do seu tronco nu, das suas tatuagens e do seu rosto bem simétrico e angelical. Ele dorme como um anjo, mas entre esses lençóis consegue ser o próprio demônio. E veja, eu não posso me levantar agora, porque eu estou com uma das minhas mãos algemada na cabeceira da cama e não faço ideia de onde esteja a chave. Apenas vejo o vibrador que ele usou na noite passada em cima da cômoda ao meu lado. É surpreendente que ele tenha esses brinquedos, essa casa na praia está mais para uma casa do sexo. Por um momento, minha curiosidade me leva a um questionamento, como, ele sempre usa essa casa para isso?
Não posso negar que foi bom, mas é apenas uma curiosidade. Harry tem uma casa apenas para sexo?
De toda forma, penso em acordá-lo, mas não tenho coragem de fazer isso. Dessa forma, eu viro meu rosto e passo alguns minutos dentro dos meus pensamentos enquanto meus olhos admiram as ondas se chocando na areia. É uma praia bonita e vazia, um lugar de ninguém que pertence ao mundo e eu penso em ir para lá, mas para isso preciso me libertar dessa algema.
— Ainda está presa? — A voz de Harry está absurdamente rouca. Viro minha cabeça e ele coça os olhos. Um sorriso forma-se em seus lábios quando ele me vê. — Sabe que você pelada na minha cama não me deixa com vontade nenhuma de soltá-la.
— Não seja egoísta, eu preciso de um pouco de liberdade também.
Harry se aproxima de mim e beija meu pescoço.
— Não posso deixar de ser o que eu sou. — Ele levanta a cabeça para me olhar. — E eu sou egoísta, infelizmente. — O moreno diz isso sério.
Eu vou continuar presa?
— Harry... — As mãos dele percorrem pela minha perna nua. Isso me faz arrepiar e quando chegam a minha virilha, eu respiro fundo. — Harry...
— Você não está afim? — pergunta me olhando.
— Estou, mas vou continuar presa?
O filho da puta apenas sorri para mim!
O moreno pega a outra algema, ele me olha como se tivesse pedindo alguma permissão e eu aceno com a cabeça. O que eu posso fazer? Eu gosto disso também. Harry então coloca a algema em meu pulso solto e eu estou sem poder mexer os meus braços.
Logo, eu sinto os lábios de Harry beijando a minha barriga, meu corpo se arrepia, seus lábios vão descendo e não demora muito para ele chegar no meu clitóris. Há um pequeno fato em estar nessa situação com Harry, é que quanto mais fazemos sexo com alguém, mais essa pessoa descobre sobre o que nós gostamos, em consequência sabe como brincar e exatamente como tocar. Nesse momento, o moreno me toca de uma maneira espetacular, ele move sua língua sobre meu clítoris, me chupa e o seu dedo já está em mim.
Caramba, eu já estou bem molhada.
Apenas me controlo para não soar tão desesperada assim. Existe em mim uma certa dificuldade de me entregar em um total, mas parece deixar tudo mais excitante ainda e merda! Eu gostaria que minhas mãos estivessem soltas para poder tocar meu seio.
Meu corpo começa a ficar mais quente, todo esse quarto está mais quente e Harry enfia seu outro dedo em mim. Um suspiro baixinho sai dos meus lábios.
— Anda Michelle, geme para mim. — pede, eu o olho. Um sorrisinho forma-se em seus lábios e Harry começa a mover seus dedos em mim. É devagar e eu não desvio meu olhar do olhar dele. Havia algum tipo de desafio dentro das suas chamas esverdeadas na luxúria e eu o aceito.
Sutilmente, ele começa a aumentar os movimentos, mordo meus lábios quando ele encontra o meu ponto. Ele sorri mais e continua a voltar lá. Pressiono meus dentes nos meus lábios. Aperto meus dedos nas algemas, mas ele está fazendo isso bem. E, quando eu segurava o gemido, também parecia segurar a sensação do orgasmo.
Eu estava segurando ir às alturas, mas parece inevitável segurar uma sensação assim. A língua de Harry volta a tocar meu clítoris sem qualquer aviso, ou talvez tivesse dado e eu não prestei atenção. Porém, assim que sua língua começa a se mover eu acabo soltando um gemido baixinho. Chamo pelo seu nome e um sorriso se forma contra minha pele, Harry beija minha virilha e seus dedos continuam a se mover em mim.
Acabo me contorcendo um pouco e parecendo decifrar os meus pensamentos, a mão de Harry toca meus seios. Não demora muito mais tempo e sinto o orgasmo. Cheguei lá e era como uma explosão e um mergulho. Tudo isso ao mesmo tempo e eu estava nas alturas sentindo isso logo pela manhã.
Harry beija minha barriga, seu ritual, e eu não consigo olhá-lo. Ainda estou sentindo o orgasmo, ainda estou ofegante e meu coração ainda está bastante acelerado. Para mais, minha pele está suada e eu estou sentindo os e de sol tocando na altura do meu busto. Ate não sentir mais, é rápido e os lábios de Harry abocanham meu seio.
Ele está em cima de mim e eu sinto a ereção dele tocando minha coxa enquanto a língua dele dessa vez está no meu mamilo. Só que havia um problema, a camisinha acabou.
— Harry. — chamo e o moreno chupa meu pescoço. Suspiro baixinho. Não posso perder o fôlego e cair nesse embalo. — Harry.
— O que foi?
— A camisinha. — digo e ele bufa.
— Deveria ter trago mais uma. — sorrio e ele toca meu piercing. Fico olhando para ele. — O que estamos tendo envolverá mais alguém?
— Por mim, apenas eu e você. — Harry acena com a cabeça e seus dedos percorrem minha costela. Sei onde ele quer chegar. Mas não estou em sã consciência no momento. Para ser sincera eu estou excitada para caralho para ter qualquer conversa.
— Por mim também. — Suas mãos voltam a minha intimidade e eu tremo quando ele toca meu clitóris absurdamente sensível. Ele sorri pela minha resposta. — Michelle, você toma anticoncepcional?
— Sim. — O moreno sorri e abre minhas pernas. — Mas precisa me prometer que vamos usar camisinha sempre que tiver também, não quero que um descuido me deixe grávida. — O moreno acena com a cabeça.
— Tudo bem. — Ele acaricia minha bochecha. — Agora, nós já enrolamos demais. — Harry beija meu pescoço e depois me dá um selinho nos lábios.
Eu puxo as algemas me esquecendo por um instante que ainda estava presa. Eu bufo e o moreno sorri contra minha pele.
Logo, o moreno entra em mim. Ele geme baixinho. Harry começa a me estocar, ele segura a minha cintura e seus olhos verdes estão fechados sentindo minha pele, eu queria estar solta, queria tocá-lo mas havia um certo desafio em controlar essa vontade enquanto estava presa. Harry continua as suas estocadas, ele não tem qualquer piedade em ir devagar, ele vai rápido e quando abre seus olhos, os dedos tocam meu mamilo. O moreno me olha e beija meu queixo, em seguida, estica seu braço para pegar o vibrador.
Ele liga o aparelho e deixa bem em cima do meu clítoris. Essa estimulação acrescida com as estocadas estavam me deixando delirante e os gemidos saíam da minha boca sem o menor controle. Chamava pelo seu nome e ele sorria. Harry estava amando isso e eu acabei gozando. Minha respiração estava totalmente desregulada e os lábios do moreno beijaram meu pescoço e depois minha boca.
— Por favor, me solta agora. — peço e Harry deixa o vibrador ao meu lado. Olho para ele e ele fica me olhando.
Então, o moreno estica o braço e pega as chaves das algemas. Finalmente, solta.
Deixo minha mão em sua nuca e o puxo para um beijo. Ele volta com as estocadas e o som das nossas peles se chocando invade meus ouvidos.
O sol queima nossas peles e tudo volta a se tornar quente demais. Acabo invertendo nossos corpos, porque o moreno já esteve no controle por tempo demais.
Ele me olha e segura meus cabelos. Seus dedos caem nos meus lábios e eu dou um beijo. O moreno sorri e mantemos nossos olhares juntos. Estamos conectados nesse momento e o mundo é meu e dele.
Somos apenas nós aqui e eu aproveito cada instante.
Começo a quicar e vejo como o moreno gosta disto, os nossos movimentos ficam mais intensos pois Harry também move seu quadril e rapidamente nós nos desesperamos.
Minha mão se apoia em seu ombro, enquanto Harry alterna entre tocar minha cintura e apertar meu seio. E quanto mais tínhamos, mais queríamos. Não havia briga para ver quem iria se entregar primeiro, porque já estávamos entregues e eu já estava mais do que satisfeita. Queria satisfazê-lo agora e se eu sentisse outro orgamos seria um grande bônus e acho que estava o alcançando também.
O meu sangue percorria fervente em minhas veias, meu coração batia tão forte e eu estava tendo o melhor sexo na minha vida.
Não era apenas sexo.
Harry e eu chegamos juntos ao nosso clímax.
O suor escorre pela minha testa e ele sorri para mim.
— Caramba Michelle. — Harry ofega e toca minha bochecha. — Caramba. — O moreno me agarra pela cintura e solto uma risadinha.
— Bom dia, uh. — passo minha mão pelo seu cabelo.
— Que bom dia. — Ele sorri, beija meu queixo e depois meus lábios. — O que acha de tomar um banho juntos? O voo de volta para Nova Iorque é no fim da tarde. Temos algumas horas até voltar para o apartamento onde iremos compartilhar moradia com um adolescente.
— Esse adolescente é o seu meio irmão.
— Por isso estou propondo para aproveitarmos um pouco mais daqui. — Solto uma risada e Harry acaba rindo também.
— Certo, mas só se você me levar pro banheiro. — Faço biquinho. O moreno nega com a cabeça, mas me carrega até o banheiro.
{•••}
Foi uma manhã produtiva, mas eu acabei ficando exausta. É um domingo quente e Harry e eu aproveitamos o banho.
Depois, nós fizemos o almoço juntos. Eu temperei algumas coxas de frango para assar, enquanto Harry cismou que iria fazer um arroz. Eu o ajudei com isso enquanto picava algumas cenouras. Foi divertido, digo, porque o moreno não sabia fazer um arroz direito e eu tive ensiná-lo a fazer um arroz como ontem quando eu tive ensiná-lo a fazer panquecas.
Isso tudo porque ele sempre teve alguém para cozinhar para ele. Agora, isso está mudando, bem pelo menos um pouco.
— O meu arroz está aprovado? — O moreno pergunta enquanto eu mastigava. Fico olhando para ele e levanto minhas sobrancelhas. — Ficou ruim? Está empapado demais? — Ele coloca uma colher em sua boca e eu solto uma risada.
— Ficou bom, Harry. — digo e ele fica me olhando enquanto mastiga.
— É, ficou. — Ele responde pensativo. — Ficou mesmo? — sorrio.
— Ficou mesmo. Agora vamos comer, eu estou esfomeada. — coloco a mão na barriga e o homem ri baixo.
Foi um almoço tranquilo, nós conversamos um pouco. Harry me contou sobre a casa dos avós no interior da Inglaterra, em Cherise. Disse que adorava ir para lá, mas que já fazia alguns anos que ele não ia, desde que ele se formou.
Fiquei curiosa, Harry prometeu me levar lá um dia. Disse que apenas sua avó está viva e que ela faz biscoitos de manteiga maravilhosos no natal. Que eu iria gostar dela. Espero que se eu realmente for, ela goste de mim também. Agora, nós estamos na praia.
Harry entrou na água várias vezes e eu como não sou uma boa nadadora me limitei apenas a deixar meus pés na água, chutando as pequenas ondas.
— Onde já se viu? Uma Ariel que não sabe nadar? — Harry pergunta divertido e eu mando o dedo para ele.
— Ninguém é perfeito. — Ele sorri e vem até mim.
— Você gostou daqui? — pergunta. Os olhos verdes do moreno ficam me encarando e brilham. Ele parece nervoso com minha resposta e eu sorrio.
— Sim, gostei. — Harry me puxa pela cintura, nós ficamos mais próximos um do outro. Iríamos nos beijar, mas o telefone dele toca.
Já deve ser a sexta vez e ele faz careta. Eu sei que ele vem negando cada uma dessas ligações, porém em cada retorno das ligações ele fica mais agitado. Eu dou alguns tapinhas em seu ombro tirando a areia.
— Vai lá atender. — dou um selinho no moreno e ele corre para pegar seu celular que estava na toalha que deixei na areia.
Fico observando as ondas, essa é uma praia vazia. Com isso, eu escuto o som do mar, algumas gaivotas e a voz do Harry.
— Agatha fala devagar. — Harry pede calmo. O silêncio dura segundos. — O Liam fez o que?! — Viro meu corpo para observar o moreno. Ele está bravo.
Então continua:
— Merda, eu estou indo para aí Agatha. Não se preocupe enquanto isso me encaminhe toda a papelada que ele já assinou. — Harry dá alguns passos e coça suas testas. Ele está estressado. — Isso mesmo, obrigada Agatha.
Assim que Harry desliga o telefone, fico olhando para ele. O moreno respira fundo, mas depois acaba suspirando. Ele está agitado e por um momento sinto medo dele surtar como foi em Paris, ele chegou a socar a parede.
Nesse momento, contudo, ele apenas olha para mim frustrado.
— Michelle, vamos ter que ir embora agora. Me desculpe.
— Tudo bem, apenas respira, uh? — digo. — Se lembra? Respirar fundo.
Ele dá um sorrisinho.
— Lembro sim. — Sua expressão volta a ficar dura. — Respirei fundo por tempo demais. — Ele se culpa.
— Mas o que houve?
— Liam, ele está avançando com o contrato da construção do aeroporto. Está fazendo tudo sem mim. — Mordo meus lábios. — Eu disse que não para essa construção, mas ele discordou e agora está agindo por minhas costas.
— Certo, vamos voltar para Nova Iorque e você irá resolver isso. Mas você precisa respirar fundo. — Caminho até Harry e ele segura minha mão e beija minha bochecha.
O moreno pega a toalha e caminhamos para dentro da casa.
— Desculpe por termos que ir assim.
— Tudo bem, foi o melhor final de semana da minha vida. — Harry para de andar, olho para ele assim como ele está olhando para mim.
— Obrigada por estar aqui, Michelle. — A frase saiu tão baixa do seus lábios que eu quase não escuto. Apenas aceno com a cabeça e solto sua mão para que ele comece a arrumar algumas coisas e eu outras.
Eu não menti, foi um ótimo final de semana. Só que nos isolamos e o homem tem uma grande responsabilidade que não pode ser ignorada por muito tempo. É o peso e o preço de estar em uma posição tão alta. Espero que ele consiga lidar bem com isso.
De toda forma, ele não deve pedir desculpas por estarmos indo embora agora. Afinal, tivemos tempo demais sozinhos. Aproveitando a presença do outro e nos conhecendo.
Vivi um final de semana digno de um filme de Hollywood ou alguma alegre música de amor. Foi tudo perfeito. Infelizmente, tudo que é bom acaba um dia, na verdade, tudo acaba um dia sendo bom ou não. Agora, espero e torço para que isso não seja a calmaria antes da tempestade.
Continua...
Notas: Sado, safado que homem tarado, vai. Pede para mim que eu te dou
Gostaram da atualização dupla? Eu espero que sim.
Tem mais surpresinhas vindo por aí rs
Não deixem de comentar o que acharam e/ou de votar se gostaram.
Beijao. Anna. Xx
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