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09

O ar frio da noite provocava calafrios em sua pele, a fazendo trincar os dentes para evitar que batessem descontrolados uns nos outros. Não sabia de quem foi a estúpida ideia de montar uma enorme árvore de Natal no monte Sweelview a meia-noite, mas iria deixar claro o seu descontentamento da maneira mais dolorosa possível assim que encontrasse o responsável. Um grupo considerável de pessoas transitava animado à sua frente, alguns preparando fogueiras para espantar o frio, outros compartilhando ansiosos canecas de chocolate quente ou alguma outra bebida que iria provocar fortes dores de cabeça na manhã seguinte. Aos poucos a quantidade de pessoas aumentava, todos animados e super excitados para acompanhar a primeira árvore do Capitão Man, a qual iria ficar durante todo o inverno sendo iluminada por luzes coloridas e enfeites tanto do super-herói quanto de seu ajudante. E por falar neles, os dois se pavoneavam com orgulho enquanto caminhavam entre a população que tirou um tempo para prestigia-los. 

Charlote inspirou fundo o ar frio, expirando pela boca e vendo a condensação tomar forma em frente ao seu rosto; era uma noite muito fria para se estar fora de casa e tudo o que ela queria era ficar debaixo das suas cobertas, com um chocolate quente nas mãos enquanto revia uma lista considerável de filmes natalinos. Naquela noite seria Grinch e depois Esqueceram de mim, talvez Henry pudesse se juntar à ela quando tudo terminasse e os dois poderiam passar a madrugada maratonando mais alguns filmes como ocorrera no natal passado. Porém, observando o sorriso flertador que ele lançava para um grupo de garotas, soube que poderia riscar aquele plano de sua agenda, restava apenas contar mais alguns minutos, prestigiar a noite dos seus amigos e fazer sua caminhada de volta para casa. 

A inauguração foi rápida, a árvore estava realmente linda e as luzes poderiam ser vistas a quilômetros de distância. Contou mais alguns minutos de confraternização, encontrou alguns colegas da escola e tirou fotos lindas para serem reveladas depois, ou seja, sua parte foi feita e poderia finalmente ir embora. Soltou um suspiro aliviado assim que se despediu de seus colegas e não recebeu propostas de saída e palavras de incentivo para ficar. Acenou discretamente para Ray, que sorriu brilhantemente para ela ao apontar para a mulher com quem estava conversando, rindo se virou para ir embora.

- Por que sair tão cedo, cidadã?

Revirou os olhos para o tom forçosamente neutro e formal de Henry, seu amigo nunca conseguia disfarçar quando falava com ela em público. 

- Está na minha hora, Kid Danger. Bela árvore, por sinal. - elogiou, sorrindo sincera quando viu os olhos dele brilharem animados ao tornar a atenção para a árvore em questão.

Porém, Henry logo se voltou para ela, abrindo a boca para dizer algo, mas foi interrompido por uma voz doce que fez Charlote franzir a testa.

- Kid Danger, há quanto tempo não nos vemos.

- Bianca?

A Page sentiu um incômodo irritante quando notou o quanto ele ficou ainda mais animado com a presença dela. Logo se sentiu uma intrusa, o sorriso carinhoso que a morena lançava para o seu amigo, assim como o abraço demorado entre eles a fez recuar rapidamente, os dando as costas antes de se fazer ser notada. Bem, a maratona de filmes estava realmente fora de questão, poderia chamar Jasper, mas ele finalmente conseguiu uma namorada normal e estava abraçado com ela em frente a uma fogueira a encarando tão apaixonadamente que Charlote nunca teria coragem de interromper. Piper discutia baixinho com Jena Tetrazzine, como sempre, e nunca desistiria da sua vez na troca de insultos até ter ganhado. Sua mãe havia viajado para ajudar sua tia com o novo bebê, uma gravidez surpresa que se tornou de risco, então ficaria mais dois dias fora. Charlotte, portanto, estava sozinha e justo naquele ano, seu último Natal naquela cidade, não estava no clima de socializar e aproveitar as festividades.

☆▪︎☆▪︎☆▪︎☆▪︎☆

- Feliz Natal, Charlotte.

Desejou baixinho para si mesma assim que escutou os sinos da igreja badalarem animados. Apertou a manta fofa sobre seus ombros, mergulhando ainda mais o corpo no sofá macio e piscando letargicamente para o filme que passava na TV à sua frente. A sala se encontrava mergulhada em um silêncio tranquilo, sendo rompido apenas pelos diálogos do filme, a escuridão e a luz baixa da televisão a embalando aos poucos para o mundo dos sonhos. Porém, antes que desistisse completamente de tentar permanecer acordada, o som da campainha a despertou. Franziu a testa confusa, não estava a espera de ninguém, mas as batidas ritmadas logo denunciaram quem estava do outro lado. Só havia uma pessoa que estaria batendo em sua porta no ritmo de Jingle bell as quase duas horas da manhã. Com um suspiro alto e exagerado, fez todo um show ao abrir a porta, encontrando seu amigo agasalhado, um cachecol roxo que fora tricotado por ela quase cobrindo todo o seu rosto.

- O que você está fazendo aqui?

Henry passou rapidamente por ela, logo desenrolando o cachecol e o jogando sobre ela antes de começar a puxar o zíper de seu casaco. Charlote deixou a peça cair aos seus pés, fazendo uma careta para ele, que riu da óbvia falta de animação dela antes de se jogar no sofá.

- Eu que deveria estar perguntando isso. - declarou em relação a sua pergunta anterior, retirando os sapatos e esticando os pés sobre a mesa de centro, mas logo se desviando quando a Page tentou dar tapas em suas canelas. - Você sumiu e nos deixou sozinhos. - reclamou, a cutucando na cintura quando ela sentou ao seu lado.

Charlote bufou e estapeou suas mãos, puxando a manta sobre suas pernas dobradas. 

- Vocês estavam com metade da cidade em cima daquela montanha. - falou, apoiando o braço sobre o encosto do sofá e observando seu amigo dar de ombros levemente. - Sozinhos com certeza não estavam.

- Mas você não estava lá.

- Por favor, Hart. - ignorou o resmungo infantil e o calor que surgiu em seu estômago. - Desde quando a minha presença ou a falta dela impediu vocês de se divertirem?

- Não pense tão pouco de você. - resmungou mais alto, deixando a cabeça cair para trás, a nuca apoiada no encosto enquanto arrastava o corpo para mais perto do dela. - Eu sempre sei quando você não está por perto.

- Urgh. - espalmou o rosto dele, o empurrando para longe enquanto a risada alta de Henry preenchia todo o espaço. Não teve como impedir o seu sorriso de aparecer.

- Não faça essa cara. - o Hart provocou, se aproximando novamente, os olhos tão brilhantes quanto as luzes da árvore em sua sala. - Estou sendo fofo, Char.

- Você não sabe ser fofo, sempre sai como um flerte de um cara velho.

- Charlotte!

Gargalhou alto quando sentiu as mãos dele em sua cintura, os dedos a apertando e provocando cócegas que a fizeram tentar se afastar, mas sem sucesso por conta da força dele. Tentou chuta-lo, porém, Henry logo fechou uma mão sobre sua coxa e a arrastou sobre o sofá, a fazendo deslizar de costas enquanto ainda tentava parar seu ataque. Lágrimas se acumulavam no canto de seus olhos, seus risos se mesclando aos dele até que o Hart cessou, a respiração tão pesada quanto a sua. Charlotte sentiu os risos leves escaparem por seus lábios, a dando tempo de se acalmar e perceber o quão perto estavam. Com os rostos quase colados e os corpos pressionados ela jurava que podia sentir o coração dele batendo tão rápido quanto o seu.

- Oi.

O sussurro veio em um tom suave que a fez sorrir carinhosamente. Embalou o rosto dele com suas duas mãos, apertando as bochechas avermelhadas de seu amigo e observando o quanto seus olhos castanhos brilhavam à luz da televisão a puxando para um caleidoscópio de emoções. Henry riu levemente, saindo de seu domínio e deixando a cabeça cair para frente, a escondendo na curva de seu pescoço. Charlotte abriu a boca surpresa pela ação, mas logo sorriu e cruzou os braços sobre o ombro dele, o puxando para mais perto. O abraço a fez derreter e sentiu o mesmo acontecer com ele, Henry a apertou mais forte, movendo o corpo para que ficassem mais confortáveis enquanto plantava um beijo carinhoso em seu pescoço. Charlotte sorriu novamente, sentindo os lábios frios provocarem arrepios em sua pele e uma descarga elétrica agitar seu estômago. Inspirou fundo, girando o rosto para beijar o canto do seu olho.

- Pensei que não te veria esta noite. - confessou.

-Onde mais eu estaria? - indagou contra a sua pele.

- Não sei, Hen, você sempre tem algum lugar para estar ou alguém para encontrar. - não quis soar tão incomodada, mas não conseguiu conter sua língua a tempo.

O Hart prontamente levantou a cabeça, a encarando confuso. Charlote prensou os lábios para evitar falar mais, porém, ele sempre a leria como um livro aberto, sendo que constantemente dizia o quão mal ela era em mentir. Não demorou muito para ele entender onde ela queria chegar, o revirar dramático de seus olhos foi um claro sinal.

- Por favor, Charlotte, você é a única com quem quero estar em todas as comemorações. Achei que já soubesse disso.

Arqueou uma sobrancelha, surpresa pelo tom firme, mas sem conseguir conter seu próprio tom irônico ao falar:

- Claro, até porque ficar agarrados no sofá da minha casa é uma ocorrência diária.

- Bom, eu não me oponho. - afirmou contente, um sorriso malicioso aparecendo aos poucos antes de esconder novamente o rosto contra o seu pescoço. - Aqui está bem confortável.

O estapeou levemente no braço, rindo junto com ele. Mas o silêncio logo se tornou maior do que o conforto de Charlote e a pergunta saiu rapidamente de sua boca.

- E agora, Henry?

O Hart a encarou novamente, levando um mão a lateral do rosto dela, os dedos espalhados por sua nuca enquanto acariciava sua bochecha com o polegar. Charlote se sentiu relaxar novamente, se moldando ao corpo de Henry de forma natural.

- Agora, minha queria e linda, Charlote Page. - riu do nariz franzido dela, se inclinando para beija-lo na ponta. - Aproveitamos nosso tempo.

Quis discutir, as infinitas possibilidades de tudo dar errado vindo rápidas em sua mente. Não deveria ser tão fácil, eles não deveriam simplesmente ter entrado naquele abraço de maneira tão natural, era... Charlote não gostava quando tudo era tão fácil, principalmente com eles. Eles tinham mundos de histórias e inseguranças, de passados e momentos não compartilhados. Eles... Respirou fundo, porém, logo sentiu sua respiração presa quando Henry a encarou, o claro carinho exasperado esculpido em seu rosto, contrastando com o sorriso divertido a fez parar, na verdade fez tudo parar, seu mundo, seus pensamentos, seu coração. E então, quando ele se aproximou e cobriu seus lábios com o dele, a pressionou suavemente contra o sofá, seu coração voltou a bater, sua mente a girar e seu mudar rodar em órbita ao dele. Cada célula de seu corpo acordou, a impulsionando em direção à Henry Hart, fazendo seus medos darem uma trégua, seus receios paralisarem por alguns segundos e suas incertezas fugirem correndo ao menos por aquele instante. 

- Não importa quantas vezes... - ele se interrompeu antes de retornar para outro beijo, os separando novamente quando o ar fez falta. - Nem que eu passe o resto dos meus dias tentando te fazer acreditar.

Ele parou levemente angustiado, sem saber como prosseguir, momentaneamente perdido e Charlotte piscou rapidamente para evitar as lágrimas, porque Henry não precisava dizer o que obviamente estava lutando para encontrar palavras a fim de verbalizar. Assim como ele a lia, Charlote Page era PHD em Henry Hart e seus olhos diziam tudo o que ela precisava para acreditar que valia a pena, que era certo.

- Feliz natal também, Hart. 

Sorriu quando ele soltou o ar em claro alívio, o puxando para outro beijo, um lento e permeado pelo amor que os dois sentiam. Era fácil, tranquilo e natural, como todo amor deve ser e tão brilhante quanto as luzes de natal. Eles mereciam algo assim. Simples e tão eles que não era um simples acaso, apenas amor.


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Bom, feliz natal antecipado, meus amores!

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