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Capítulo 3 - Constatações




— Oi, amor.

— Oi — respondo ao entrar no carro.

O Paulo me dá um beijo antes de acelerar e sair.

— A Letícia pediu pra te entregar. — Mostro o pulôver para ele e ponho no banco de trás. — Ela disse que você emprestou quando se encontraram há duas noites.

— É. Quando saí com o pessoal da academia, lembra? Ela estava com algumas amigas no bar que te falei.

— Com algumas amigas... que legal.

— Monique, não tem nada a ver. Já te disse que foi só um bate-papo, não tem porque esquentar com isso.

— Tem razão. Por que eu deveria esquentar quando o meu namorado resolve sair de última hora com os amigos, nem lembra de me chamar, encontra com a ex e ainda empresta seu pulôver pra ela?

— Não é o que parece, Mô. Não tenho nada com ela, nada. O que aconteceu é que ela estava com uma roupa meio aberta e com o ar condicionado do bar, ficou com frio. Aí emprestei a blusa.

— Que meigo.

— Amor... para com essa besteira.

— Sabe, naquela noite, deixei de jantar com um amigo porque pensei que você pudesse não gostar. Que boba que eu sou. Imagine se você iria se incomodar. Deixei de aproveitar com uma pessoa que é muito legal.

— Quem é o babaca?

— Ele não é babaca.

— Quem é o cara?

— Um amigo, Paulo, mas não tem nada a ver. Ele só queria um bate-papo, não tem porque esquentar — repito os termos que ele usou e me sinto vitoriosa.

— Não gostei. Não quero nenhum engraçadinho atrás do que é meu. Nenhum. — Aumenta o tom de voz.

Percebo que estamos quase chegando à minha casa e fico aliviada. O meu namorado está bastante irritado e irritação não combina com direção.

— Não precisa gritar. Eu não saí com ninguém, porque ao contrário de você, imaginei que sentiria mesmo que fosse só um amigo. Então não precisa se estressar.

Ele respira fundo.

— Desculpe. Acabei te deixando chateada por um lance totalmente sem importância pra mim. Desculpe — repete após estacionar o carro.

Eu suspiro. Nem sei se ainda estou chateada com ele, comigo mesma ou com o que mais. Estou tão confusa...

O Paulo me beija e relembra que hoje temos o aniversário de um dos amigos dele.

------------- XXX -------------

São nove e meia da noite e acabamos de chegar à casa do Fernando que está completando 24 anos e é amigo de infância do Paulo. A casa é enorme e já está cheia de convidados. Vamos para a sala que dá no jardim de trás, onde foram colocadas mesas para acomodar as pessoas. A decoração parece de cinema. O ambiente é grande e claro, deixando o colorido às peças de decoração. Uma das paredes comporta a estante com a enorme TV e a aparelhagem de som que arrisco dizer que pertence a profissionais da música. A parede ao lado é a passagem para o jardim, feita de portas de vidro.

Toda essa beleza me distrai por alguns instantes, mas logo volto ao meu mundo de inquietudes. Pus um vestido preto soltinho e reto, com detalhes em renda acima dos seios e nos ombros. A peep toe é preta com uma fivela da mesma cor. O conjunto cabelo e maquiagem, com direito a batom vermelho, só enfatizam o que entendo que já está bom. Abuso um pouco mais do perfume que ele me deu, mas, como na noite anterior, não comenta nada.

Falamos com alguns amigos, mas estamos chateados pela discussão do início da tarde e acabamos sentando numa das mesas do jardim, cada um com uma bebida na mão. Olho para o anel de prata com pedra de zircônia que acabei de ganhar, com angústia. É maravilhoso, mas o Paulo não entende que presentes não resolvem os problemas. Preciso ver como dizer isso sem magoá-lo.

— Estou feliz de estarmos aqui — ele me diz.

— Eu também. — Meu coração começa a ter esperança de que possamos ter um diálogo profundo que possa aliviar as minhas perturbações.

— Não gosto quando a gente briga.

— Nem eu, Paulo. — Agrado o seu rosto e ele me dá um beijo leve nos lábios.

— Falei com o Pedro hoje de novo. Chegou uma psicóloga nova que é muito gente fina.

— Que bom — respondo frustrada, desejando eu mesma consultar com uma psicóloga. — Eu queria conv...

— Desculpa te interromper, mas dá uma olhada em quem chegou. O Serginho! Faz um tempão que não vejo o cara. Você lembra dele, né?

— Claro!

— Vou lá ver se ele e a Carol não querem sentar com a gente, tudo bem?

— Tudo... — Mas nem ouve a resposta. Já está ao lado do amigo.

E assim passamos a noite, nós quatro papeando. O casal é ótimo e a conversa flui bem durante todo o tempo. Os meninos relembram períodos da infância e adolescência e rimos muito. O meu namorado segura a minha mão e a beija várias vezes.

Estaria tudo perfeito se não fosse o peso que carrego dentro de mim.

Como o Paulo quer aproveitar ao máximo porque é um pessoal que faz tempo que ele não vê, o Serginho e a Carol acabam indo embora primeiro. Assim ficamos mais uma vez sozinhos na mesa.

Decido tentar de novo, afinal um relacionamento se faz com diálogo, certo?

— Não estou legal. — Jogo para ele.

— Você comeu alguma coisa que te fez mal?

— Não, não é nada físico — respondo.

— E o que é que você tem?

— Tenho pensad...

— Oi, casal, tudo bem por aqui? — pergunta o Fernando, que acaba de se aproximar. — Comeram bem? Estão bebendo algo? — Apontamos para os copos cheios e ele sorri.

— Senta um pouco. — Paulo o convida. — Conta aí quais as novidades que ainda não falou pra ninguém. — Ambos riram.

E é desse modo que passamos a próxima meia hora, com o Fernando contando sobre os últimos acontecimentos. Quando levanta para atender a outros convidados, já estou cansada.

— O que acha de irmos embora? — pergunto. — Podemos ficar um pouco sozinhos.

— Claro — responde rápido e seus olhos brilham. Putz, ele entende errado.

A gente se despede das poucas pessoas que ainda estão na festa e quando entramos no carro, me beija com fervor.

— Paulo... — Tento dizer.

— Estou pensando em ir ao mesmo motel que fomos da última vez. — Beija o meu pescoço e pela primeira vez, não me animo.

— Quero falar com você — digo rápido, quando se afasta.

— Agora? A gente já não conversou?

— Não, a gente não conversou e não está tudo bem. — Ele me encara e tenho a impressão que me enxerga, pela primeira vez.

— Tá bom, estou ouvindo.

Nem me incomodo de estarmos no estacionamento da casa do Fernando, que seja aqui mesmo.

— Sabe, eu queria que estivesse mais comigo e que eu pudesse me abrir com você.

— Mô, a gente se vê quase todos os dias e você pode se abrir comigo quando quiser. Não estou entendendo o que é que está pegando.

— Falamos de um monte de coisas, mas de nós, não. O que cada um está sentindo, as inseguranças, o que esperamos dessa relação,

— E o que você espera dessa relação?

— Mais companheirismo talvez.

— Que besteira, Monique, eu estou sempre ao seu lado, te apoiando em tudo o que faz. Quer saber, tenho a impressão que está dizendo essas coisas porque ficou cismada que eu saí com o pessoal e encontrei a Lê. Está fazendo uma puta tempestade num copo d'água.

— Não é isso. Não é só isso...

— Aí, está vendo? É isso sim — ele responde e eu começo a me sentir uma idiota. — Pensa bem.

Estou confusa. Ao mesmo tempo em que sei que é algo maior, não consigo expressar o que me incomoda. O porquê da minha insegurança e do vazio que me consome. Parece que está tudo desencaixado e enquanto eu não juntar esses pedaços, não vou conseguir compartilhar com ele.

— Não complique as coisas, linda — sussurra e se aproxima. Sei o que ele quer, mas hoje não estou no clima.

Dou um abraço apertado nele e fecho os olhos. Ele retribui e fica parado, dando o tempo que preciso para me afastar. Quero tê-lo próximo e é o modo que encontro de me satisfazer.

— Está melhor?

— Sim.

— Eu queria poder esticar a noite num local mais tranquilo... — comenta tocando o meu cabelo.

— Paulo, hoje não vai rolar.

— Sério? Será que não é um pouco desse envolvimento que está faltando pra gente?

— Hoje não dá mesmo.

— Eh, cabecinha complicada — responde e já liga o carro.

Desapontado, me leva direto para casa.



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