| Capítulo 6 |
Jimin on
Você me paga Jeon Jungkook.
Eu acordei com os primeiros raios de sol entrando pelas grandes janelas da sala. Como a hóspede ainda está aqui, vou ficar deitado até ela ir embora.
Hoje eu mereço beber, já estou entrando na terceira semana morando aqui, e não bebi um gole de bebida alcoólica, preciso de algo bem forte.
— Meu precioso fígado - o lobo fez drama.
Culpa do Jeon, se ele não tivesse trazido a beta para cá, isso não estaria acontecendo.
Eu não ligo dele ter relações com outras pessoas, mas precisa ser no quarto ao lado do meu? Ele poderia muito bem ter levado ela para um motel de luxo.
Porque eu teria feito isso para transar com o Taehyung se ele estivesse em casa, ido a um motel, e não transar no quarto ao lado do dele como uma forma de provocação.
Nesse um ano ele pode se divertir, fazer a festa, porque quando estivermos casados ele que sonhe em me trair, a quebra de contrato vai ser feita, porque eu vou matar ele.
— Já pensou, você começa namorar ele nesse um ano? - o lobo me questionou.
— Para isso acontecer Jeon vai ter que abrir mão do preconceito, eu já percebi que ele não é uma pessoa tão ruim — comecei a falar — O problema é que ele faz coisas que é para me provocar, e eu odeio esses joguinhos de provação, não somos adolescentes, se ele agir como um adulto quem sabe isso venha acontecer.
Iria falar mais coisas, até ouvir passos na escada, fechei os olhos fingindo estar dormindo.
Eu ouvi alguém parar atrás do sofá me observando, foi por poucos segundos, era a beta.
— "Ninguém que importe"? — ela falou imitando Jeon — Ele era o que não importava Jungkook?
— Sim — ele teve a coragem de responder, eu vou te matar, Jeon!
— O que você tem na cabeça? — fez uma pergunta retórica — Merda só pode, como você transa comigo com seu ômega dormindo debaixo do mesmo teto?
Não sou ômega dele, mas é uma boa pergunta.
— Ele não é meu ômega — Jeon respondeu.
— Não? E por que raios o cheiro de vocês está misturado? — está? Puxei o ar sem chamar a atenção dos barraqueiros, realmente está.
Os betas têm um olfato excelente por não terem cheiro.
— Que merda tu fez? — perguntei ao lobo.
— Só o lobo do alfa pode misturar os cheiros - meu lobo respondeu - E eu deixei que ele fizesse isso.
— Não sou marcado, como vocês têm ligação? — perguntei.
— Não é apenas uma marca que liga os lobos - e não falou mais nada.
Voltando a treta.
— Eu não estou acreditando que eu saí com alguém comprometido — ela parece querer voar no pescoço dele, eu deixo.
— Eu não estou comprometido com a porra desse ômega — ele falou estressado.
Mais respeito que eu estou dormindo e não posso me defender.
— Olha como você fala dele, está pensando que é quem? — isso, me defenda beta desconhecida — E ainda saí com um babaca.
— Você sabe quem sou eu? — ele perguntou.
— Um alfa ridículo que não respeita o companheiro, e tem preconceito com ômegas, esqueci de algo? — bate nele, eu te defendo se ele tentar fazer algo.
— Eu não sou companheiro dele — ainda, ainda querido, vai ser! — Por que não acredita em mim?
— Você é alfa — ela falou como se fosse óbvio, realmente não dá para confiar em alfas.
Ouvi passos se aproximando de mim.
— Qual o nome dele? — ela está na minha frente.
— Park Jimin — ele respondeu.
— Park? — ela tocou meu ombro levemente — Park Jimin?
Atuei bem, abri os olhos bem devagar, sentei no sofá bagunçando meu cabelo.
— Eita, como ele é ator e cínico!
A beta é simplesmente maravilhosa, Jeon tem bom gosto
— Oi? — falei, eu com certeza ainda vou atuar em dorama.
— Oi! Eu sou a Amy — estendeu a mão, apertei.
— Park Jimin — ela é a definição de perfeição.
— Queria me desculpar, seu alfa acabou me trazendo para cá, eu juro que não sabia que ele era comprometido, se eu soubesse jamais teria aceitado o convite — ela se explicou sincera — Sério, me desculpe mesmo.
— Tudo bem, é só mais um idiota — falei.
— Eu já vou indo, me desculpe novamente — se desculpou mais uma vez.
— Está tudo bem, eu entendo que você não sabia — me levantei — Eu te levo até a porta.
Jeon olhava incrédulo minha atuação, Cláudia Raia chora no banho.
— Poste um — chamei um dos seguranças que ficavam na porta — Leve ela até em casa por favor.
— Claro Park — concordou.
— Obrigada, Tchau! — ela acenou sorrindo, acenei de volta sorrindo.
Quando ela entrou no carro, eu fechei a porta. Olhei o ser parado no pé da escada, caminhei até o sofá pegando o que eu trouxe.
— Por que não falou para ela a verdade? — ele perguntou.
— Eu tive que dormir no sofá por sua causa, era impossível dormir no meu quarto com vocês gemendo parecendo dois animais no cio. Se quer transar como um animal eu não me importo, isso é problema seu, mas tenha o senso de fazer isso em um motel, eu não sou obrigado a ouvir isso — falei — E não falei porque foi divertido ver você tentando provar não ter compromisso com a "porra desse ômega" — apontei para mim mesmo — Se não quiser passar por isso de novo, sugiro que procure outro lugar para acasalar.
— E como vou provar para ela que não estamos comprometidos? — é só com isso que ele se importa? Muito legal!
— Não é problema meu, dá seus pulos — comecei a subir as escadas — Alfa traindo o ômega indefeso, não tem mais o que esperar desse mundo — falei enquanto subia.
— Cínico — ouvi ele falando.
— Eu não esperava que fosse passar por isso — fingi choro — Alfa mal! — fechei a porta do meu quarto.
Não aguentei e comecei a rir descontroladamente.
— Para, está me assustando - o lobo falou - Parece um psicopata.
— Eu já matei e torturei pessoas, realmente devo ter um lado psicopata — falei — Que história é essa de você deixar o lobo do Jeon misturar nossos cheiros?
— Bixa muda.
Nem vou me estressar com isso. Tomei um banho com água quente, para diminuir a dor que estava sentindo nas minhas costas, dormir no sofá é péssimo!
Vesti apenas um shortinho preto e deitei na cama, gemi de dor, tirei os travesseiros para ficar com o corpo reto, resolvi dormir para esquecer a dor.
[...]
Jeon estava puto com Jimin, ele pensava que Jimin fosse o ajudar e dizer que eles não eram comprometidos, mas ele fez totalmente o contrário.
Atuando de forma perfeita, Jeon queria bater em alguém, demorou para ele conseguir fazer a beta aceitar vir para sua casa, todo esforço foi por água abaixo.
— Bem feito, eu disse que não queria ela - o lobo de Jeon falou.
O lobo de Jeon não é tão comunicativo como o do Jimin, ele só costuma falar quando algo não o agrada.
— Eu já entendi — Jeon respondeu.
Mesmo que Jeon estivesse bravo com o ômega, estava preocupado, ouviu Jimin reclamando de dor nas costas, e ele sabia ser culpa sua.
Por isso pegou remédio para dor e uma garrafa pequena de água, levou para o quarto do mais baixo, entrou no cômodo encontrando o pequeno dormindo, colocou as coisas em cima da mesa de cabeceira.
Pegou um post-it que estava em branco, mesmo que não estivesse muito a favor, algo dentro de si o obrigava a escrever um pedido de desculpas.
Colocou o pequeno papel na caixinha de remédio. Observou como Jimin dormia, como ele parecia tão indefeso dormindo, diferente do ômega cheio de si que apontava o dedo na cara dele. Jimin era um mistério para Jeon.
Jeon ama mistérios!
Sentiu uma pontada no peito ao ouvir Jimin gemendo de dor por se mexer na cama.
Jeon estava ferrado, isso era um fato.
[...]
Acordei ainda sentindo dor, virei na cama procurando meu celular, ele estava na mesa de cabeceira com coisas que eu não deixei lá.
Peguei a caixinha de remédio, li o que estava no bilhete.
"Me desculpe por atrapalhar seu sono trazendo alguém para cá.
Tome esse remédio para melhorar suas costas"
Jeon
Que fofo!
Quer dizer, que feio.
— Jeon feio? Nem fabrica - o lobo falou.
Tomei um comprimido com a ajuda da água, peguei o bilhetinho e guardei na gaveta.
Ouvi um osso estalar quando levantei, estou velho! No closet vesti calça e moletom, queria colocar alguma saia, mas treinar com saia não dá certo.
— Vai treinar com dor? - o lobo perguntou.
— Sim, preciso respirar outro ar que não seja o dessa casa — respondi.
Calcei um tênis, ajeitei meu cabelo na frente do espelho, após escovar os dentes, saí do quarto.
Desci as escadas vendo as mensagens dos meus pais, e uma do Yoongi, ele avisava o dia que estaria aqui. Meus pais só queriam saber como Jeon estava me tratando.
— Aonde vai? — a voz de Jeon me parou perto da porta.
— Vou treinar — respondi o olhando de relance — Obrigado pelo remédio.
— De nada — saí em seguida, na garagem eu decidi ir de moto.
O caminho foi tranquilo, sem muito trânsito. No galpão eu pensava em ir direto para sala de treinamento, mas uma voz me parou.
— Jimin? — virei olhando para ver quem era, não conheço.
— Eu mesmo, quem é você? — perguntei de forma direta.
— Sou o James, segundo comandante da tropa — Tae é o primeiro.
James é muito bonito.
— Park Jimin, filho do líder da máfia de Busan — escondi a parte de ser futuro esposo de Jeon, ele ficou com alguém ontem, é minha vez!
— Conheço seu pai — ele falou, vou perguntar para o meu pai — Vai treinar?
— Pretendo — respondi.
— Sua sala está fechada para reforma — informou-me — Se quiser pode treinar com os outros soldados.
— Tudo bem — concordei, reforma? Muito estranho. — Que reforma? — ousei perguntar.
— Ao lado da sua sala é a cozinha, e um soldado acabou estourando um cano, deu infiltração na parede e soltou os espelhos. — a tá! — Mas já estão limpando e colocando tudo no lugar novamente.
Fomos até a área que eles estavam treinando, Tae não estava, comecei a acompanhar o treino sem nenhuma dificuldade.
Dessa vez treinei de moletom, não dá para deixar meu belo corpo exposto para esse povo.
No final tive uma luta de demonstração com James, lógico que eu ganhei, não deixo alfas me derrubarem.
Alfa só fica em cima de mim para me foder, caso contrário debaixo do meu sapato é o seu lugar querido.
— Gostou do treino? — James me perguntou.
— Gostei — falei.
— Você vai fazer algo hoje a noite? — está me chamando para sair?
— Vou sair para beber na balada que vai reabrir hoje, pode aparecer por lá — quem sabe role alguma coisa
— Te vejo à noite — ele falou e saiu voltando para a tropa, ele fica muito bonito com a roupa da tropa.
O Jeon fica mais...
Que merda eu estou pensando, alguém me interna, não devo estar bem.
Voltei para casa, Jeon estava dormindo no sofá, e algo passava na televisão para os móveis assistir.
Fui até a cozinha procurar algo para comer, coloquei água para ferver, vou comer lamen.
Tive que voltar para sala, eu queria deixar Jeon dormindo ali, mas não conseguia. Desliguei a televisão, olhei o alfa dormindo parecia um anjo, até ele começar a tremer e falar coisas sem sentido.
Está tendo um pesadelo!
— Não faz isso... — ele falou, não faz o quê?
— Acorda Jeon — sacudi ele, ele sentou no sofá assustado, tadinho.
— O que aconteceu? — perguntou, ele que tem sonhos estranhos e vem perguntar para mim o que aconteceu?
— Eu vim desligar a televisão, e você começou a tremer falando coisas sem sentido — escondi a parte de velar o sono dele — Estava tendo um pesadelo?
— Sim, obrigado por me acordar — agradeceu.
— Não foi nada — voltei para a cozinha, coloquei o lamen na água com os temperos.
— Vai comer isso uma hora dessa? — perguntou entrando na cozinha.
— Sim, qualquer hora é hora de comer lamen — respondi.
Sentei à mesa com a panela, estava comendo com Jeon me observando, ele está sentado na ponta da mesa, e eu na outra ponta.
— Você quer? — ofereci e ele negou — Está me olhando desse jeito por quê?
— Que jeito? — sonso.
— Depois leva um soco e vai dizer que não sabe o motivo — falei.
— Se você não fosse tão agressivo seria bem mais fácil para nós dois — ele falou.
— Não sou agressivo, você que não sabe lidar comigo, pergunte aos seus amigos — respondi.
— Eles já me falaram sobre como você é legal e engraçado — ele falou revirando os olhos, eu garanto que se eu tacar o hashi acerto o olho dele.
— A diferença é que seus amigos não são preconceituosos, e não são orgulhosos — falei, eu não sou orgulhoso, se ele perguntar o que eu quero não terei problemas em responder.
— Eu não sou orgulhoso e nem preconceituoso — se defendeu.
— Se não é orgulhoso diga o que quer fazer comigo — ele cruzou os braços e ficou quieto — Eu disse, e sobre seu preconceito com ômegas deveria ver um psicólogo isso é trauma do passado.
Ele me olhou com fúria, o que eu fiz dessa vez?
— Como você sabe? — perguntou.
— Sei o quê? — não estou entendendo nada.
— Você disse que o preconceito com ômegas é trauma do passado, como sabe? — explicou.
— A maioria dos alfas são preconceituosos por algum trauma do passado com ômegas, apenas chutei que fosse isso — disse sincero.
Me levantei indo para a pia, comecei a lavar o que sujei sentindo olhos presos em minhas costas.
— Suas costas melhoraram? — perguntou do nada.
— Sim, o remédio foi ótimo, vou conseguir dançar hoje — respondi.
— Vai à reabertura da balada? — confirmei — Se pretende beber vai ter que ir comigo.
— E você não vai beber? — após secar e guardar, olhei o ser ainda sentado.
— Como você vai beber eu não vou, assim não será um estranho que irá cuidar de você — ele falou.
Ele está abrindo mão de beber para cuidar de mim?
— Que bonitinho! — pensei alto demais.
— O quê? — ele perguntou sem entender, que dó, é lerdo!
— Nada não, que horas vamos sair? — perguntei.
— Bonitinho nada, isso é ciúmes, ele não quer outra pessoa colocando as mãos em você - o lobo falou.
Jeon com ciúmes de mim? Impossível.
— 21:00 horas — respondeu.
— Tudo bem, estarei pronto — saí da cozinha e subi para o quarto.
Ainda eram 19:13, vou escolher a roupa que usarei, isso não foi tão difícil, todas as minhas roupas são bonitas.
Escolhi uma blusa preta de manga comprida com a gola alta, uma saia também preta, com um casaco de botão vermelho.
Lavei meu cabelo no banho, escovei os dentes quando terminei, coloquei uma máscara para hidratar a pele, enquanto fazia efeito escovei meu cabelo.
Quando estava escovando a frente notei algo brilhando, me aproximei do espelho e vi dois fios que já estão prata.
Droga, o cio está próximo.
Terminei de escovar, tirei a máscara, coloquei a blusa que havia escolhido, pude começar a me maquiar, fiz um esfumado simples, não estava com coragem para fazer algo mais complexo.
Passei um gloss transparente, minha boca já é rosa o suficiente. Terminei de vestir o restante da roupa, olhei os acessórios que poderia usar, o que escolhi é tipo uma coleira, mas você usa na perna.
Por último calcei um coturno de cano curto preto, coturnos são ótimos para chutar alguém, sempre tenha um par!
Peguei meu celular e meu cartão, desci para sala, Jeon estava encostado no sofá mexendo no celular.
Vestia tudo preto, calça preta, blusa preta, jaqueta preta, e bota de cano alto preta, se ele pisa em mim com essa bota eu morro.
Gostoso eu diria.
— Vamos, Jeon? — chamei a atenção dele, ele analisou cada parte do meu corpo.
Para, que eu fico sem jeito.
— Virou piadista? - o lobo provocou.
— Vamos! — após ele terminar a análise saímos de casa, fomos até a garagem — Com qual nós iremos?
— Com o Hennessey — estou doido para andar nesse carro desde o dia que cheguei aqui.
— Então vamos — entramos no carro, após colocar o cinto comecei a fuçar tudo — Você não para quieto?
— Não — abri o porta luva, tinha apenas duas armas, sem graça, pensei que fosse encontrar algo super secreto.
— Por que a cara de decepção? — perguntou me olhando de relance, concentrado no caminho.
— Pensei que fosse encontrar algo mais interessante, mas só tem duas armas — respondi, ainda estava fuçando o carro.
— Você vai continuar fuçando? — perguntou.
— Sim, eu só tinha visto esse carro em exposições, nunca tive a oportunidade de entrar em um. No dia que você me desafiou eu iria elogiar seu carro, mas você me irritou — contei.
— Porque não pediu para ver quando chegou aqui? — questionou.
— Imaginei que não fosse deixar — falei.
— Porque? — perguntas demais.
— Porque sim — respondi.
— Qual é a hora certa de te trazer para casa? — perguntou quando paramos em frente a balada.
— Quando eu começar a falar as coisas no diminutivo, sério, me tire de perto de qualquer coisa que se mecha a partir desse momento — tive momentos extremamente vergonhosos.
— Tudo bem — ele falou, coloquei meu celular e meu cartão no porta luva, não iria precisar.
Ele saiu do carro e um dos manobristas abriu a porta para mim, Jeon entregou a chave do carro para ele.
Ouvimos o ronco de uma moto, em alguns segundos Tae parou ao nosso lado, ele trouxe Hoseok.
— Da próxima vez eu venho andando, é mais seguro — Hoseok disse quando tirou o capacete — Quase batemos, e a polícia quase nos parou.
— Ande comigo e verá que o Tae é tranquilo — falei, Tae desceu da moto e ficou ao meu lado, passou o braço pelo meu ombro — Sou burrinho de apoio agora?
Ele iria responder, mas o barulho alto de um carro chegando, atrapalhou, um Ferrari parou quase em cima de nós.
— Eu disse que o Namjoon seria um perigo no volante — Hoseok reclamou.
Namjoon saiu, deu a volta e abriu para o Jin, que fofo!
— Agora podemos entrar? — Jeon falou.
Entramos evitando a fila enorme, o segurança anotou meu nome, para quando eu vir sem eles, ele vai liberar minha passagem.
— Gostei da sua roupa — Jin falou quando os alfas se afastaram.
— Também gostei da sua — falei após analisar a roupa dele, ele usa uma calça justa preta com vários rasgos, uma blusa rosa, e uma jaqueta jeans preta.
— Vem, vamos para área vip — segurou na minha mão e foi me levando, por ele ser conhecido todos abriam passagem, por enquanto não sou conhecido.
A área vip ficava na parte superior, com vista para a balada inteira, ficou maior após a reforma. Enquanto subia pude ver os seguranças para os ômegas.
— O que vai querer beber? — Jin me perguntou, eu estava no parapeito observando o povo dançando.
— Algo que tenha álcool — respondi.
— Tudo bem — ele fez um sinal com a mão e uma beta com uniforme apareceu, mas na blusa dela está escrito "A.VIP" ela só atende o vip — Dois Strawberry Cocktail, por favor.
— Sim senhor — e ela saiu.
— Por que tem funcionários apenas para os vips? — perguntei.
— Já tentamos uma vez usar os mesmos que atende o salão atender aqui, não deu certo — ele falou — Para atender embaixo é um treinamento, aqui em cima é outro.
— Entendo, cadê os alfas? — olhei por todo canto e nada deles.
— Devem estar no escritório do Jungkook — sentia que hoje ia dar merda.
Nossas bebidas chegaram, pensei que fosse uma simples bebida de morango, até o primeiro gole, forte para um caralho.
— Começaram sem nós, que feio — Tae falou chegando com os outros.
— Vocês demoraram muito — Jin reclamou, Namjoon já estava o abraçando por trás com o rosto no pescoço dele.
Eu quero isso também!
— Piranha não namora - o lobo falou.
A culpa não é minha, estou começando a ficar carente, tenho vinte e um anos e só estive em um único relacionamento, que acabou em traição.
Não pela minha parte, sou piranha, mas uma piranha com caráter, se eu não tenho mais sentimentos pela pessoa é só terminar.
— Vou descer para dançar — anunciei, Hoseok disse que viria junto, entreguei o que sobrou da minha bebida para o Tae, que bebeu em um gole.
O efeito do álcool me ajudou a começar a dançar, a parte de ser desconhecido nessas horas é excelente, em Busan eu não tinha a mesma sorte.
Estava concentrado em dançar no ritmo de "Girls Need Love", quando senti mãos pesadas na minha cintura acompanhando meus movimentos, olhei para trás pronto para dar um soco, mas era o James.
— Quase que você leva um soco — falei perto do ouvido dele.
— Por quê? — perguntou ainda acompanhando meus movimentos, seu corpo estava colado ao meu.
— Costumo bater em quem atrapalha minha dança — respondi.
Continuamos dançando, e sussurrando coisas no ouvido um do outro.
Coisas inocentes, seus sem vergonhas.
Era interessante dançar sendo observado por dois Lúpus, James obviamente, e Jeon.
Ele não tirou os olhos de mim desde que eu desci, estou me sentindo desejado!
Queria beijar James...
— Eu não quero, nem tente - o lobo falou.
— Quer sim, você nunca foi disso pode parar — falei.
— Sou agora - lobo filho da puta.
Quando seu lobo não quer algo, não tente o contrariar, sempre vai dar errado, o universo ajuda os lobos, você que se ferre.
— Desculpa, eu não consigo — falei ao James, ele tentou me beijar.
— Tudo bem — ele falou.
E lá se foi uma pessoa que eu poderia passar o cio. Voltei puto para a área vip, fui direto para o bar.
— Uma garrafa de whisky, por gentileza — pedi ao barman, ele estranhou o pedido, mas me entregou a garrafa. — Obrigado.
Não estava conseguindo abrir a garrafa, o ódio me impedia. Derrubar alfas tudo bem, agora abrir a porra de uma garrafa eu não consigo.
— Abre — estendi a garrafa para o Tae.
— Não consegue abrir uma garrafa? — perguntou rindo.
— Não precisa mais, abre — pedi ao Namjoon, estava ocupado demais engolindo o Jin — Procurem um quarto.
— Concordo, vão rápido para um quarto — Tae falou, os dois não saíram, só pararam de se engolir.
— Abre — minha última opção, Jeon.
Ele ainda estava no parapeito.
— Por que não pediu ao James? — pegou a garrafa e abriu, o deboche em sua voz me dava mais ódio — Toma.
— Não pedi porque tenho empregado para fazer isso — peguei minha garrafa.
— Filho da puta — ouvi ele falar, mandei beijinho e saí.
Sentei ao lado do Tae, agora Hoseok estava ali, os dois juram que ninguém percebeu as trocas de olhares.
— Se peguem logo, todo mundo está vendo vocês se comendo através dos olhares — falei antes de dar a primeira golada.
Me arrependo de ter falado, ao lado direito tinha Namjin quase transando, lado esquerdo Taeseok se engolindo.
— Saí de Busan para ser vela, eu quero morrer! — dei mais uma golada.
Isso realmente é whisky? Parece água.
— Tenha cuidado com o meu fígado - o lobo avisou.
E para completar vi Amy se aproximando, Jeon conseguiu convencer ela que não namoramos, agora serei vela do meu futuro esposo.
Minha vida é perfeita!
— Fala para ela que não somos comprometidos — Jeon parou na minha frente com Amy ao seu lado.
— Oi Jimin — ela falou sorrindo.
— Oi Amy — minha raiva não me deixa sorrir — Não namoramos, não tenho relacionamento amoroso com Jeon. Pode ficar com ele.
— Tem certeza, vocês realmente parecem ter algo — assenti, os dois saíram.
O lugar que estou é com sofás encostados na parede, e algumas mesas, com um bar grande em um canto.
Encostei minha cabeça na mesa, não acredito que eu vou ficar aqui bebendo e sofrendo, enquanto Jeon vai se divertir com a beta.
Terminei a garrafa, pretendo pedir outra mais forte.
— Jimin, olha — Tae falou me cutucando.
Levantei a cabeça, joguei os fios para trás passando a mão.
Jeon vinha com cara de quem quer matar alguém, que não seja eu, amém!
Amy estava normal, algo estressou apenas Jeon.
— Que merda você fez? — Jeon perguntou.
Droga, sou eu quem ele quer matar.
— Não fiz nada, doido — disse sincero.
Amy sentou perto de nós, eu estava olhando as coisas em volta, não dava a mínima para Jeon.
— Ômega de merda o que você fez? — olhei incrédulo para ele.
— Você não fala assim com ele, ele não teve culpa — Amy falou.
— Repita, eu não ouvi — olhei para cima observando a fonte do meu ódio.
— Ômega de merda — ele repetiu.
— Quer morrer? Cansou de viver? — fiz perguntas retóricas, me levantei encarando o demônio — Estou tendo muita paciência com o seu preconceito idiota, eu estou me cansando de você, se não quiser conhecer a fúria de um Park é melhor parar de me testar.
— O que vai fazer? Ameaças não me intimidam — ele falou.
Meus olhos brilharam, com a força do lobo dei um soco na cara dele.
— Se controla Jimin — Tae falou ao meu lado, todos já estavam em pé, Namjoon e Hoseok seguravam Jeon, caso ele queira me bater.
— Me soltem, eu não bato em ômegas, sou idiota, mas não nesse ponto — Jeon falou, quer um prêmio? Babaca.
Soltaram ele, ele saiu com a mão no nariz, ótimo, perdi minha carona.
— Eu preciso beber — Tae me olhou de cara fechada — O que foi?
— Ele poderia te matar seu doido — ele falou — É a primeira vez que vejo Jeon levando um soco, ele vai matar alguém hoje.
— Eu amei, faz de novo — Jin falou, Namjoon reprovou o companheiro.
— Se ele me xingar de novo não será apenas um soco — falei-lhe.
— Vai dar merda, péssima ideia do seu avô querer casar vocês dois — Hoseok falou.
— Concordo, péssima ideia — concordei com ele.
— Vocês dois vão se casar? — Amy perguntou.
— Em um ano — Tae falou — Sou Kim Taehyung.
— Amy Smith — ela falou sorrindo.
Chamei a mesma que atendeu Jin da outra vez, pedi outra garrafa, e para ser mais forte.
— Você já não bebeu demais? — Jin perguntou.
— Ainda nem comecei — respondi.
— Você já bebeu uma garrafa de whisky, e não está bêbado? — Tae questionou.
— O meu limite para álcool, não existe — existe sim, mas eles não precisam saber.
Não apóio o consumo em excesso de bebida alcoólica, faz mal para saúde, eu não bebo direto, é muito raro eu sair para beber até cair.
Uma taça de vinho ocasionalmente, um shot de rum no domingo, mas beber pra caralho é raro.
Amy acabou descendo para dançar, após pegar minha garrafa de uma bebida mais forte fui até o parapeito. James chegou em Amy, os dois fariam um casal bonito, se beijaram, que bonitinho!
[...]
Após a segunda garrafa Jimin voltou a dançar, ficou uma hora dançando, estava com muita raiva, precisava diminuir o sentimento de alguma forma, e foi dançando.
Enquanto dançava bebeu mais três copos de Strawberry Cocktail, ainda não estava completamente bêbado.
— Para quê fígado não é mesmo? - o lobo foi sarcástico.
Jimin voltou para o vip, todos seus amigos estavam rindo e conversando, até James e Amy estavam com eles. Preferiu sentar no canto oposto, não estava na vibe de ficar com muita gente.
O ômega pediu outra garrafa, ele não sabia como iria embora, mas estava foda-se para isso, só queria beber para esquecer tudo que atormentava seus pensamentos.
Mesmo que não faça sentido, beber para esquecer os problemas é inútil, quando ficar sóbrio os problemas ainda estarão lá, esperando você resolvê-los.
Mas Jimin também não ligava para isso, por um único momento não queria pensar em nada, ele poderia fumar um baseado como Yoongi faz, porém, Jimin detestava o cheiro da maconha.
Estava com a cabeça encostada na parede bebericando quando viu Jeon se aproximando.
Ele não foi embora, esse era o pensamento de Jimin.
Jeon sentou ao lado do ômega jogando a cabeça para trás, Jimin notou o nariz vermelho, que bom não estava quebrado.
— Por que está aqui sozinho? — o alfa perguntou.
— Não estou numa vibe boa para conversar com muitas pessoas — Jimin respondeu.
Voltaram cada um para seu mundinho, Jimin pensando em como o humor de Jeon pode mudar da água para o vinho, e Jeon pensando na burrada que fez com o ômega.
— Pensei que tivesse ido embora, me deixando para trás — o ômega falou, bebeu mais um pouco da bebida.
— Só fui ao hospital ver se meu nariz estava quebrado — e não estava, só saiu um pouco de sangue, o lobo de Jimin não aplicou toda sua força no soco — Eu disse que te levaria para casa, não iria voltar com minha palavra.
— Quer? — ofereceu a garrafa não sabendo o que falar.
— Não posso beber — foi a única coisa que falou.
Jeon e Jimin continuavam trocando algumas palavras, e o ômega terminou mais uma garrafa, pediu mais dois drinks, estava bebendo o primeiro quando passou a não raciocinar direito.
— Eu queria muito dirigir seu carrinho — Jimin falou arrastado, Jeon o olhou.
O ômega estava oficialmente bêbado!
Jimin terminou os dois drinks que pediu, desperdício é feio.
— Me dá um beijinho? — Jeon estava quase tendo um ataque, Jimin muda de personalidade bêbado, não é aquele ômega que só pensa em arrancar a cabeça dos alfas que entram no seu caminho.
— Hora de ir para casa.......................
Amy Smith (Por favor não distribuam ódio gratuito na personagem, é muito cedo para criar teorias sobre quem é vilão)
James, segundo comandante (Alfa Lúpus)
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!
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