Jimin on

— Você vai se casar com Jeon Jungkook. — o alfa falou, comecei a rir.

— Ótima piada, agora fala a verdade. — falei me controlando para não rir mais.

— É a verdade, em um ano é para você estar casado com ele. — meu coração está falhando.

— Eu preciso de água. — meu pai levantou apressado pegando o que eu queria e me entregando, bebi tudo. — Como assim eu vou casar?

— Seu avô assinou um contrato de paz com o Jun-seo, nele ele deu você para se casar com Jungkook. — o alfa me explicou.

— Mas eu não era nem nascido. — isso deve ser brincadeira.

— E eu ainda nem conhecia meu ômega, eu só fui saber desse contrato sexta-feira. — sorte que ele está morto, se não eu matava ele, como ele me coloca nisso sem nem me consultar?

— Acredito que esteja relacionado ao fato dele ter morrido antes de você nascer - o lobo falou.

— E você vai ir morar com ele — minha pressão baixou.

— Jeon vai ficar viúvo antes de casar — o ômega falou vendo eu pálido.

— E se eu não quiser casar? — preciso saber quais opções eu tenho.

— Jeon fica com tudo que pertence à máfia de Busan — o alfa respondeu.

As opções são casar com Jeon, ou ficar sem nada e ele com tudo, eu escolho me casar.

— Quando eu vou para Seul? — perguntei.

— Terça-feira, pode começar a arrumar suas coisas — meu pai respondeu — Você vai ir com qual carro?

— Vou ir de moto, é mais rápido — respondi.

— Na quarta, ou na quinta seus carros serão entregues, suas coisas irão em um carro separado — o alfa falou — Vai levar só as roupas né?

— Sim, não tem outras coisas que eu queira levar — falei — Vou ir dormir!

Voltei para o meu quarto, me deitei após trancar a porta, e lá se foi meu sonho de assumir a máfia.

Eu poderia chorar o dia inteiro, resolvi dormir para isso não acontecer. Acordei com alguém batendo forte à porta, levantei cambaleando e abri a mesma.

— Ah! Você! — falei ao Yoongi, voltei para a cama com a cabeça enterrada em um travesseiro.

— Sua empolgação ao me ver é algo para se emocionar — senti o lado direito afundar.

— O que está fazendo aqui? — só virei a cabeça, Yoongi não é de sair de casa, ele estar aqui é um milagre.

— Você vai ir para Seul, é lógico que eu viria aqui — ele tinha que lembrar desse fato triste.

— Seu avô te contou? — perguntei.

— Não, chegou no meu ouvido por acaso, toda a máfia de Busan está sabendo que o filho do líder está de mudança para Seul — respondeu — Qual o motivo?

— Eu vou me casar com o líder da máfia de Seul, Jeon Jungkook — falei, eu poderia comer um bolo inteiro de tão triste que isso é.

— Então seu sonho era o universo te avisando — falou como se fosse algo legal — Mas justo com o Jungkook, o azar te acompanha Jimin.

— Eu notei, o que eu queria era me tornar líder da máfia, e não me casar para que a máfia não acabe nas mãos de Jeon — ainda estou cogitando a ideia do bolo.

— Triste por você, feliz por mim, agora eu tenho um lugar para ir — Yoon comemorou — Tomara que lá eu encontre alguém interessante.

— Torcendo por você — fingi empolgação.

— Não torça, vai que dá azar — dei um tapa nele — Estou brincando.

— Sei — resmunguei — Será que ele é bonito? Escroto eu já sei que ele é.

— Eu o vi uma vez, ele era bem novinho na época, mas já era muito bonito — Yoon falou — Agora deve estar melhor, sabe qual a classificação dele?

— Lúpus, a única coisa que sei dele, o resto vou descobrir lá — falei.

— Já vou indo, estou com sono — e quando não está, é por isso que ele é virgem vive dormindo.

Me despedi do meu único amigo, ser filho de mafioso dá nisso, você não tem amigos, e eu só tenho o Yoongi porque o avô dele nos apresentou, eu tinha seis anos e ele oito.

Foram cinco malas de roupas, duas com sapatos, e uma com as minhas bebês.

— Só você para chamar armas de bebês - o lobo falou.

São minhas bebezinhas!

Segunda-feira foi basicamente meu pai ômega me seguindo para todo lado, dizendo que ia sentir minha falta, eu entendo.

Meu irmão treinava no galpão, eu sempre treinei em casa, gostava de ficar com meu pai, agora ele vai ficar sozinho até os dois alfas chegarem.

Enfim o tão esperado dia, ajudei a colocar as malas nos dois carros que as levariam, eles saíram primeiro que eu, mas eu chegarei lá antes deles.

A roupa que estava usando era uma calça preta de couro, um cropped branco, jaqueta de couro aberta.

Vou levar uma mochila pequena, com meu celular, carregador, carteira, e protetor labial, meus lábios ressecam muito fácil.

Desci as escadas, saí de casa e meus pais junto ao meu irmão me esperavam perto da moto.

— Vou sentir falta do meu pequeno ômega — meu pai falou me abraçando — Se Jeon fizer algo com você, me avise que eu vou lá matar ele.

— Não precisa, eu mesmo mato — falei após ele me soltar — Eu sei que vai sentir minha falta — grudei meu irmão.

— Não vou, não — se fez de forte.

— Mentira, ontem te ouvi chorando — meu pai o dedurou.

— Pai — o alfa rateou.

— Eu venho te visitar — falei para o ômega bicudo.

— Não é a mesma coisa, meu filhote está indo morar tão longe — fez drama — Quer que eu vá com você? Seu pai nem vai ligar.

— Vou sim, Jimin já está grande — falou — Esquece, ele não cresceu, só está velho mesmo.

— Isso é bullying pai, seu ômega é menor que eu — levei um tapa do mesmo.

— Me respeita que eu sou seu pai — eu vou ir embora antes que apanhe mais.

— Tchau povo agressivo — coloquei o capacete após subir na moto, fechei a jaqueta, dei um tchauzinho e acelerei.

Foi bom enquanto durou, agora minha nova vida começa, não que eu goste disso, mas ficar se lamentando não vai mudar nada.

[...]

Jeon não queria ver o Park, então saiu de casa cedo, seus amigos que estariam ali para receber o ômega.

Todos estavam sentados no sofá esperando a chegada de Park, Namjoon ouviu o barulho de uma moto.

— Parece que ele veio de moto — se levantou com os outros, Jin correu na frente abrindo a porta.

Jimin parou com a moto em frente a casa, viu quatro pessoas paradas ao lado de fora da porta, era uma distância de sete metros entre Park e as pessoas.

Tirou a mochila das costas colocando entre suas pernas, pegou o celular e enviou uma mensagem avisando seus pais que havia chegado em segurança, e uma para as pessoas que estavam trazendo suas malas, ainda iria demorar, aconteceu algum acidente que os fez pegar trânsito.

Todos os quatros estavam doidos para ver como era o Park, só conseguiram ver que ele tinha um belo par de coxas.

Jimin guardou seu celular novamente na mochila, abriu a jaqueta pesada, estava doido para tirar ela, tirou capacete jogando o cabelo para trás enquanto passava mão.

— Essa sua mania ainda vai matar alguém - o lobo avisou.

Desceu da moto, deixou o capacete em cima do acento, com a mochila em mãos virou e caminhou devagar até as pessoas que esperaram por si.

— Oi? — Park falou, todos estavam surpresas com a beleza do ômega.

Jimin on.

— Ah! Oi, eu sou Kim Seok-Jin — o de cabelo roxo se apresentou estendendo a mão sorrindo, apertei a mão dele.

— Park Jimin, use só Jimin — falei sorrindo.

— Kim Namjoon — um dos tatuados falou.

— Kim Taehyung — o outro tatuado falou.

Se eu não fosse desse meio teria medo tranquilamente deles.

— Jung Hoseok, você é mais bonito do que esperávamos — ele falou e os outros três olharam de cara feia para ele — Que foi?

— Obrigado! — agradeci sorrindo.

— Vamos entrar — Seok-Jin falou.

Acompanhei eles para o lado de dentro da casa, mansão para ser sincero, decoração moderna, gostei.

— Pode se sentar, fique à vontade — Seok-Jin falou, me sentei em uma das poltronas — Como foi a viagem?

Seok-Jin parecia o mais aberto a falar comigo, os outros ainda estavam processando minha chegada.

— Foi tranquilo, eu nem cansei por vir com a moto — respondi.

Teve alguns minutos daquele silêncio constrangedor, enquanto eu não me sentir confortável serei extremamente tímido, ficarei na minha.

— Você realmente fez aquilo com o carro? — Hoseok perguntou.

— O que exatamente? — perguntei.

— Isso — virou o celular mostrando um vídeo da corrida.

— Não sabia que gravaram, sim, eu fiz isso com o carro — respondi.

— Jeon quer arrancar a cabeça de quem gravou — Taehyung sussurrou no ouvido do Jin.

— Você é o primeiro ômega que vence Jeon — era óbvio que Jin estava muito feliz com isso.

— Para tudo tem uma primeira vez — falei — Onde ele está? — quero saber como esse alfa preconceituoso é.

— Ele saiu cedo, estava com problemas para resolver — Namjoon falou coçando a nuca.

— Ah! Ele não queria me conhecer, né? — todos sorriram sem graça — Tudo bem, eu entendo.

Uma hora ou outra ele vai ter que me conhecer, vamos viver na mesma casa.

— Ele mora sozinho aqui? — perguntei.

— Sim, totalmente sozinho — Taehyung respondeu.

— Nossa — que vida solitária, eu não aguentaria viver sozinho em uma casa desse tamanho.

— Quando suas coisas vão chegar? — Namjoon perguntou.

— Minhas malas estão a caminho, daqui a pouco estão aí, meus carros vão chegar amanhã ou na quinta-feira. — respondi.

— Vou te mostrar seu quarto — Jin se levantou e me fez o acompanhar para o segundo andar, para quê essa quantidade de quarto? Deve ter uns dez quartos nesse corredor — Aqui.

Era a quarta porta do lado direito, é uma caminhada para chegar no quarto.

— Aquele é o do Jeon, se um dia precisar de algo é ali que vai encontrar ele — apontou para última porta do lado esquerdo.

— Espero não precisar, ele não está muito feliz com a minha chegada — vai ter que me aguentar querido.

— Por enquanto, sua chegada vai mudar muita coisa, e para melhor — Jin falou.

— Amém - o lobo falou.

Abri a porta do quarto, é maior que o meu antigo.

— Você pode decorar como quiser — Jin estava atrás de mim.

— Eu gostei desse jeito — realmente gostei.

— Ali é o banheiro — apontou para a porta branca — Ali é o closet — apontou para a porta de duas folhas.

— Qual dos Lúpus é o seu companheiro? — preciso saber quem está livre, tenho um ano para aproveitar a vida de solteiro.

— O Namjoon, os outros dois ficam ocasionalmente, mas ainda não tiveram coragem para admitir o que sentem — ele contou.

Posso ficar com ambos ao mesmo tempo, não tenho nenhum problema com dividir.

— Suas malas chegaram, Jimin — Taehyung falou entrando no quarto.

— Obrigado por avisar — tirei a jaqueta deixei em cima da cama, desci sentindo um olhar queimando na minha cintura e na minha bunda.

Saí da casa, os homens do meu pai tiravam as malas dos carros.

— Isso tudo é roupa? — Jin perguntou.

— Cinco são roupas, duas sapatos, e uma são os meus nenéns — respondi.

— Nenéns? — Taehyung perguntou.

— Minhas armas — eles entenderam — Obrigado meninos.

— Tchau Jimin, boa sorte! — se despediram, entraram no carro e se foram.

Taehyung e Jin me ajudaram a levar as malas, quando as oito estavam no quarto, quase chorei em pensar na arrumação.

Sentei na cama peguei o celular, pesquisei quem trabalhava com arrumação de closet, achei um com bons comentários e quatro estrelas, contratei os serviços e hoje mesmo viriam arrumar minhas coisas.

Não me chame de preguiçoso, eu estou ajudando alguém pagar as contas, estou sendo solidário.

— Só é preguiçoso mesmo - depois leva uns tapas.

— Foi você que chamou "closet arrumação"? — Jin perguntou entrando.

— Já chegaram? Que rápido — Jin não acreditou, que eu vou pagar para alguém arrumar meu closet.

— Vou pedir para subirem — saiu novamente do quarto.

Uns minutos depois bateram à porta, pedi para entrarem, três betas entraram, perguntaram onde era o closet e se tinha preferência na hora de organizar, por cor, tamanho, etc. Não tenho isso.

Só a mala de armas elas não mexeram, em uma hora e meia tudo estava terminado, nesse tempo os meninos foram embora, peguei o número de todos.

Paguei no cartão pelo serviço, no espaço que pedi para deixarem livre, organizei as armas.

[...]

A semana foi tranquila, meus bebês chegaram na quarta-feira.

Jin veio diariamente me ver, Taehyung também, mas em horários diferentes, Hoseok veio uma vez, e Namjoon não veio, Jin falou que ele está quase quebrando a cabeça do Jeon.

Taehyung se mostrou muito gentil, pensei que fosse demorar mais para conseguir ficar com ele, mas eu estava totalmente enganado, já consegui tudo que eu queria, e mais um pouco.

— Jeon vai amar saber que você transou na sala - lobo linguarudo.

Ele não vai saber!

E eu só fiz porque sabia que ele não apareceria do nada aqui, caso contrário teria ido para um hotel, não falta isso em Seul. Mas como ele não quer me ver, passa o dia fora de casa, consegui transar sem sair.

Agora que eu já consegui o que queria, bora para o próximo, como eu disse, a vida de piranha me agrada muito.

Agora que transei com o Tae, posso ser amigo dele, costumo me tornar amigo da maioria das pessoas que fico, ou elas passam a gostar de mim, ou me odeiam com todas as forças.

Sobre o dono da casa, Jeon Jungkook, não o vi até hoje, e hoje é sábado, ele sai muito cedo e volta quando estou dormindo.

Estou vivendo sozinho nessa casa gigante, ele só a usa para dormir. Ele tem que entender que eu não mordo, se pedir sim, caso contrário sou um mocinho comportado.

— Virou piadista Jimin? - o lobo provocou.

Estou acordado em plena madrugada experimentando roupa, ontem Taehyung me levou para conhecer o shopping, comprei algumas roupas.

No momento estou olhando a saia branca estilo colegial, ela ficou boa, foi Tae que escolheu. Na parte de cima estou com um moletom que eu cortei para deixar minha bela cintura a mostra.

Tirei uma foto com a roupa e mandei para o Tae e o Yoongi, os dois elogiaram, sou lindo mesmo!

Para não ficar com o pé direto no chão frio, estava com meias pretas, a comum mesmo, não sou muito fã de chinelo. Precisava encher minha garrafinha antes de Jeon chegar, se ele não quer me conhecer não farei esforço para conhecer ele.

Peguei a mesma e fui patinando pelo corredor enorme, desci as escadas pulando os degraus, se eu cair e quebrar a perna vou culpar Jeon, ele que está me fazendo passar por isso.

— Você não é coelho, pare de pular - esse lobo me odeia só pode.

Entrei na cozinha, coloquei metade água gelada, e fui até a torneira para misturar, estava tranquilo até ouvir um barulho.

Que seja o demônio e não o Jeon, que seja o demônio e não o Jeon, que seja o demônio e não o Jeon.

Outro barulho mais forte.

— Que susto, puta que pariu..........................

Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!