| Capítulo 19 |
⚠️CENAS DE TORTURA ⚠️
Se não gosta, ou não se sente confortável, não leia, tem um "[...]" quando terminar.
Autora on.
— Vamos começar — Jeon falou olhando o corpo imundo do cão.
Com a faca que estava em mãos cortou a blusa que o alfa usava, terminou de arrancar com as próprias mãos.
Jimin nenhum pouco safado imaginou o Golden fazendo aquilo com as próprias roupas antes, melhor nem falar para a história não ser retirada.
Devagar a faca deslizou pelo tronco desnudo, o sangue ia escorrendo na mesma velocidade que a faca seguia seu caminho, Han-seok não expressava nada em seu rosto e isso irritou Jimin.
Jeon sentiu a irritação do ômega, colocou mais pressão na corte, e finalmente uma pequena expressão de dor surgiu no rosto do acorrentado.
Jimin sorriu, o Golden deu a primeira facada na barriga fazendo o alfa cuspir sangue.
— Ainda não doeu — Han-seok falou.
— Ele não deveria ter falado isso — Hoseok resmungou.
Jeon ouviu e sorriu, colocou a faca no mesmo lugar que estava e girou, aprofundou o ferimento, poderia deixar ele sangrando até morrer, mas um ômega queria ver mais ação.
Deixou a faca ali parada no corpo, pediu outra coisa para brincar com o cão, Tae entregou o chicote com espinho na ponta, ele era mergulhado em uma solução que fazia quem recebia chorar sangue.
Jungkook bateu com o chicote nas costas de Jang, Jimin via o resultado de onde assistia, os olhos estavam sangrando.
As lágrimas que Jimin derramou enquanto apanhava do mesmo, ou todas as noites que chorou lembrando o que aconteceu, com sua psicóloga às vezes não conseguia nem falar de tanto chorar. O ômega foi quebrado por quem agora chorava sangue.
Jimin sentiu um aperto no coração ao lembrar o que já passou na mão do alfa, mas não iria chorar pelo pedaço de lixo.
— Limpe as lágrimas, não consigo ver esses lindos olhos — Jeon falou com ironia, ele detestava absolutamente tudo no mais fraco.
A voz, o cheiro, a aparência, sentia nojo ao imaginar ele encostando em Jimin.
— Pegue o que eu mandei fazer só para isso — na ausência de Jimin, quando o ômega decidiu sumir, Jeon mandou fazer um brinquedo especial para o cão — Você vai gostar — falou para o ômega.
Hoseok pegou a barra de ferro, na ponta tinham duas letras, PJ, o ômega sorriu não acreditando que Jeon fez aquilo.
Após aquecer marcou no mesmo lugar que chicoteou, a voz do alfa foi ouvida, ele gritou.
Seus olhos quase pularam para fora, Jimin riu assistindo aquilo.
Tae e Hoseok pensavam na hipótese de mandar os dois para um manicômio, dois psicopatas!
— Deixa eu ver — Jimin foi todo feliz ver como estava a costa do alfa que um dia chamou de namorado.
Ele apreciou como uma obra de arte o que Jeon causou, estava lindo ao seus olhos.
Voltou para seu lugar. O casal estava de boca aberta, já assistiram incontáveis vezes que Jeon torturou alguém, mas essa era diferente.
Jungkook tinha um sentimento ainda não descoberto pelo que queria vingança, e faria de tudo para alcançar as expectativas de quem assistia com devoção.
Jeon marcou em mais três lugares com o ferro quente, Jang sabia que não estava nem perto de terminar, mas já pensava em pedir a morte.
E isso ele não queria, não queria sair como perdedor, mas sua solução iria piorar tudo.
— Jeon está querendo fazer comigo o que fiz com o imprestável ali — falou direcionado para Jungkook e Jimin, nem força direito ele tinha, mas continuava a atentar o demônio.
— Ele realmente quer morrer —Hoseok resmungou.
— O que disse? — se ele fosse alfa ele não repetiria, se quisesse morrer repetiria.
— Que quer fazer o mesmo que fiz com o imprestável ali — assinou sua morte — Vai passar um tempo me batendo...
— Saiam agora —Jeon falou para Tae e Hoseok.
— Mas...
— AGORA! — gritou, os dois saíram.
Jimin não queria que soubessem o que aconteceu com ele, por isso Jeon colocou os dois para fora.
— Você está falando muito — Jeon estava de costas para o inútil.
— Se não tivessem me achado naquele lugar iria acabar com esse corpinho bonito — os dois entenderam o que ele quis dizer, ele pensava em estuprar Jimin.
O ômega não gostou nenhum um pouco de pensar nisso, o Golden sentiu o lobo tomando controle de seu corpo.
— Fudeu — Jimin resmungou ao ver os olhos dourados aparecendo.
Com as mãos, quebrou o osso do antebraço, Jimin não sentiu nojo ao ver o osso para fora.
Outro barulho de osso se quebrando, mais um, Jeon acabou quebrando muitos ossos do cão com as mãos.
Passou uma corda por todo corpo do acorrentado, apertou a corda juntando os ossos quebrados, o cão estava agonizando.
Colocou óleo em uma panela, aqueceu e despejou sobre o corpo que agonizava.
Pegou gasolina e despejou no corpo, acendeu um isqueiro e jogou, Jang Han-seok queimou até morrer.
— Acabou — Jimin sentiu um alívio tomar seu corpo, seu pesadelo encerrou.
[...]
Park e Jeon saíram da sala de tortura após o cão estar completamente queimado.
Quem os esperava do lado de fora os bombardeou de perguntas.
Jeon se afastou deixando Jimin com eles.
Jimin só conseguiu se afastar após responder cada pergunta, ele queria falar logo com Jeon, pedir desculpas por ter feito a loucura de se entregar de bandeja para o cão.
— Tchau! — correu do povo doido.
Viu que Jeon já fôra embora, ainda bem que seu carro estava ali, indo para casa passou na farmácia e comprou as pomadas.
Jimin on.
Saí do carro e entrei em casa, subi para o quarto, organizei os remédios na caixa que comprei para isso.
No banho eu chorei pela última vez, é a última vez que choro por causa desse acontecimento.
Escovei os dentes três vezes, ao sair já peguei balas na mesa de cabeceira e coloquei na boca, eu detesto ficar sem escovar os dentes.
Entrei no closet, vesti um cropped e calça moletom, tem hematomas na minha barriga, filho da puta.
Passei a pomada em todos os hematomas, iria sair para pegar água e tomar alguns comprimidos, mas Jeon bateu na minha porta.
— Entra — ele entrou com uma bandeja com comida e uma garrafa de água.
— Para tomar os remédios — me entregou a garrafa — E você passou um tempo sem comida, precisa repor o que perdeu.
— Obrigado — agradeci sorrindo, mordi as balas engolindo.
— Estava com quantas balas na boca? — perguntou.
— Quatro, cinco, algo assim — falei.
Peguei os três comprimidos e coloquei na boca, água, mas não conseguia engolir.
— Nem parece que tem vinte e um anos — falou negando.
Se aproveitou da minha distração e tapou meu nariz, essa merda sempre funciona.
— Que horas vai tomar os próximos? — perguntou.
— Em doze horas — falei.
Sentei na cama e comecei a comer, Jeon sentou na poltrona e ficou me observando.
— Desculpa — falei, ele me olhou sem entender — Por ter feito aquilo com o plano.
— Não foi nada, só irá ficar de castigo, não irei te deixar fazer planos tão cedo — falou.
— Você é cruel — falei — Namjoon me disse que você destruiu um carro na minha ausência — voltei comer.
— Sim, estava irritado, para não matar alguém descontei no carro — respondeu.
Deve ter ficado um tesão fazendo isso.
— Para de sorrir assim — nem notei que estava sorrindo.
— Mary cozinha muito bem — falei da comida.
— Não foi ela que fez — quem fez? — Foi eu.
— Se envenenou isso, Jeon eu dou na tua fuça — falei para ele que riu.
— O trabalho que deu para fazer você voltar eu vou te envenenar? Nem faz sentido — falou.
— Vai saber, você é meio doido — falei — Mas está muito bom, não sabia que cozinhava.
— Tive que aprender, Mary me deixou sem comida quando você sumiu, para não morrer de fome aprendi — eu amo essa beta.
— Ela é maravilhosa — falei.
— É nada — discordou.
Iria levar um tapão se ela estivesse aqui, Jeon brinca com o fogo.
— Você está bem? — perguntou do nada.
Terminei a comida, deixei o prato sobre a bandeja, olhei para ele confirmando.
— Estou bem, só um pouco dolorido — fui sincero.
— Vou voltar na hora de tomar o remédio, durma — pegou a bandeja e a garrafa, saiu do quarto.
Não tive que fazer muito esforço para dormir, estava exausto.
[...]
Senti meu corpo ser sacudido levemente, acordei com Jeon me sacudindo.
— Tem noção de quanto tempo dormiu? — perguntou e entregou o copo com água.
— Não? — minha voz estava rouca e baixa.
— Doze horas, tu dorme para um caralho — me deu os comprimidos.
Coloquei na boca com a água, consegui engolir sem Jeon tampar meu nariz.
— Pode voltar a dormir — saiu do quarto em seguida.
Antes de dormir passei novamente a pomada, dormi de novo.
Quando despertei totalmente era noite de novo, que maravilha, meu sono agora está todo desregulado.
Não que ele fosse regulado, era pior que agora.
Fui até o banheiro, fiz minhas necessidades e escovei os dentes, saí e peguei uma única bala colocando na boca.
Calcei meias e saí do quarto, desci as escadas e Jeon estava no sofá falando com alguém no telefone.
Fui para a cozinha, ainda ouvia o que ele falava, algo no galpão.
Peguei um pote de sorvete pequeno, quebrei uma barra de chocolate em cima, mais um pouco de Nutella e m&m's.
Sentei no balcão e comecei a comer, muito bom!
— Isso aí causa diabetes — Jeon falou após olhar o pote.
— Eu sei — concordei com ele comendo mais.
— Você está grávido? — estranhei a pergunta.
— Do vento né? Qual parte do eu não estou transando com ninguém tu não entendeu? — eu poderia se o lobo estivesse melhor, mas ele não está, vou respeitar o tempo dele.
— Vai saber né — me provocou.
— Que eu taco essa panela na sua cabeça — peguei a panela que estava secando no escorredor de louça — Você só colocou isso para secar para não guardar né seu preguiçoso?
— Se existe vento para secar, e você para guardar após cansar de ver aí, porque eu faria isso? — ataquei a panela nele — Essa foi quase — falou após desviar.
— Você está muito engraçadinho hoje — desci do balcão e saí da cozinha comendo meu sorvete.
— Eu sempre sou engraçadinho — falou me seguindo para sala.
— Que mentira, tem dia que você está um caralho de chato — me sentei no sofá, ele sentou ao meu lado.
— O que prefere chato, ou engraçadinho? — perguntou.
Chato me excita, engraçadinho me estressa, os dois me deixam igual um bocó apaixonado.
— Não sei, difícil escolher — falei, ele tomou a colher que eu levava até a boca e comeu.
— Que coisa doce, como consegue comer isso? — perguntou me devolvendo a colher.
— Não lembro de te oferecer, e para mim está muito bom — falei.
— Eu ofereci para mim mesmo —
falou.
Lambi a colher por ter escorrido sorvete para o cabo, é sorvete de creme não é meu preferido, mas era o que tinha.
— Por que está lambendo a colher assim? — perguntou.
— Assim como? — parei de comer.
— Como se lambe um caralho — que menino malicioso.
— Você que tem a mente poluída, eu tranquilo limpando o cabo da colher e você pensando em mim lambendo um pau, péssimo Jungkook — falei.
— E você continua — apontou para minha língua.
— Me deixa lamber a merda da colher em paz! — bati a colher na testa dele.
— Vai ficar em paz, estou saindo — ele se levantou.
— Aonde vai? — perguntei.
— Uma missão de resgate me espera, sei que vai sentir minha falta — falou pegando a chave do carro.
— Não vou, se acha demais — ele saiu rindo e eu fiquei sozinho, ouvi o carro acelerando saindo da propriedade.
Vou sentir falta sim, que ódio!
Liguei a televisão, descobri que hoje é dia de passar filmes sobre casais felizes, odeio casal feliz.
Se eu fosse um não ligaria, mas não sou.
Quando terminei o pote de sorvete, fui para cozinha jogar fora e lavar a colher, aproveitei para guardar a louça que o senhor preguiça deixou.
Ao voltar peguei um pote de salada na geladeira e subi para o meu quarto.
Equilíbrio é tudo!
Coloquei uma das minhas séries preferidas, "The Mentalist" gosto de ver pessoas inteligentes acabando com os burros, o principal é muito inteligente.
Alface dá sono, voltei a dormir e não vi a hora que Jeon voltou.
— Como pode dormir tanto? — ouvi ele resmungando.
Me espreguiço na cama abrindo os olhos, ele ainda está com a roupa da tropa, um grande gostoso.
— Hora de tomar remédio — por isso que ele está aqui.
Mais uma vez ele tampou meu nariz, minha garganta estava fechada por eu acabar de acordar.
— Posso voltar a dormir?
— Mais? Puta que pariu, vou te levar ao médico — falou incrédulo.
— Os remédios me dão sono, não tenho culpa — falei me aconchegando novamente, dormi ouvindo ele resmungar.
Dessa vez acordei estava amanhecendo, um lindo nascer do sol, abri a janela deixando o quarto respirar.
Fui até o banheiro e tomei banho, lavei o cabelo. Vou deixar ele secar naturalmente, saí e escovei os dentes.
Com a toalha enrolada na cintura entrei no closet, peguei a pomada e passei nos hematomas, peguei a da boca e passei na pequena ferida que tinha.
Fiz o processo conhecido com pele e piercing, vesti um shortinho jeans, Pierre me deu, disse que usam muito no Brasil.
Um dos países que é amigo do irmão dele. Ficou ótimo em mim, só deu uma leve aumentada na minha bunda, dancei na frente do espelho, isso é o máximo!
Coloquei o de sempre na parte de cima, aquilo que vocês já sabem.
Saí do quarto e fui para a cozinha, procurei algo para tomar café e não têm, vou sair para comprar.
Só coloquei chinelo e saí, me olharam estranho na padaria, não sei o motivo.
Voltei para casa, Jeon ainda não levantou, coloquei tudo na mesa, enquanto esperava o café ficar pronto na cafeteira, respondi às mensagens dos meus pais.
Jeon apareceu na cozinha sem camisa, deu um calor do nada.
— Bom dia, teimosinho! — falou se sentando, a voz rouca me fez derreter.
— Bom dia, Jungkook! Já falei que não sou teimoso — peguei o café e coloquei na mesa, me sentei também.
— É sim, o que você trouxe de bom? — perguntou fuçando as sacolas.
— Bolo, pão, e uns pão com creme doce em cima — não sei o nome disso.
— Se chama rosca — falou pegando uma.
— Isso mesmo — peguei um pouco de café, passei manteiga no pão.
— Onde conseguiu esse short? — perguntou, ele viu quando saí de trás do balcão.
— Pierre me deu — respondi simples.
Comecei a comer, as tatuagens dele tomam minha atenção, fico olhando enquanto ele come.
— Sei que sou gostoso, mas para de me secar — falou sem olhar para mim.
— Não paro — continuei olhando, uma verdadeira obra de arte, tenho pensamentos que é melhor nem citar.
— Vai acabar babando — me alertou.
— Tanto faz — como pode ser tão gostoso? Tão sentável?
Sentaria sem cansar, não ligaria de ficar mancando por um tempo, que alfa gostoso!
Mas ele não gosta de mim, não do jeito que eu gosto, por que universo? Eu só queria que ele gostasse um pouquinho de mim.
— Agora está chorando — estou?
— Nem vi — essa merda de remédio acabando com os meus hormônios, seco meus olhos.
— Por que chorou? — perguntou.
— Nada não, só pensando — que você não gosta de mim, filho da puta.
Terminei de tomar café e ele que vai lavar, eu guardei ontem.
— Vou para o galpão — avisei antes de sair.
— Com essa roupa? — perguntou.
— Sim, qual o problema? — resmungou coisas.
Ciúmes por acaso?
— Nenhum — saí de casa.
No galpão ao sair do carro ficaram me olhando, talvez seja por isso que ele tenha perguntado da roupa.
Era ciúme.
Entrei no galpão, Tae treinava com Yoongi, cheios de sorrisinhos e beijinhos.
A vida é injusta, o cara chega depois de mim e já está quase se casando.
Estou com inveja mesmo, vai fazer o quê?
Yoongi correu até mim e me abraçou, pegou bem em um dos lugar com hematoma.
— Puta que pariu — ele me soltou — Pegou em um dos lugares machucados.
— Desculpa, está bem? — confirmei — Queria conversar com você.
— Sobre? — perguntei.
— Qualquer coisa, você se afastou por um longo tempo — por que será né?
— Aparece lá em casa — falei.
— Tá! Vou voltar treinar, tchau! — acenei para ele.
Estava já saindo até ser parado de novo, por James agora.
— Posso falar com você? — já está falando.
— Claro — falei sorrindo, eu só quero ir para minha sala!
— Você sabe do que o Pierre gosta? Comida — perguntou.
— Comidas típicas do Brasil, feijoada se não estou enganado — respondi, ele já comentou sobre isso comigo.
— Obrigado, era só isso — se afastou.
Agora eu sou Google para ficar informando as coisas que alguém gosta, nem vou falar nada.
Quero só ver para quem Jeon vai perguntar o que eu gosto quando me chamar para sair.
Nem sou iludido eu, ai que depressão.
Estava na porta da sala ao ser parado por Namjoon, desisto, não vou mais treinar nessa bagaça.
— Me ajuda numa coisa? — perguntou.
— Depende — falei.
— É para você assinar um contrato — falou me levando para o andar dos escritórios.
— Quem assina é Jeon, não eu — falei.
— Eu liguei para ele, ele disse para você assinar — falou.
Eu mato ele quando voltar para casa.
Entramos na sala de Namjoon, ele me entregou uma caneta e um papel.
Compra de entorpecente, eu estou comprando drogas.
Assinei o papel e entreguei para ele.
— Posso ir? — perguntei.
— Não, tem mais esses — mostrou uma pilha de papel.
— Eu vou matar o Jeon — fui lendo e assinando, até sentei.
Mesmo Namjoon tendo revisado vou ler, se algo der ruim vai cair nas minhas costas, a maioria é compra para os estabelecimentos, armas, bombas, armamento pesado, e algumas mortes encomendadas.
— Algo mais? — terminei essa merda.
— Ele acabou de perguntar se você está melhor — olhou o celular depois para mim querendo resposta.
— Estou melhor — respondi.
— Ele quer que você vá em uma missão, ele disse que está ocupado — se esse porra estiver transando com alguém de novo eu mato ele!
— Tudo bem — falei — Onde é a missão?
— É uma dessas mortes que você assinou, ficamos sabendo que você fazia muitas dessas em Busan — não querendo me gabar, mas eu era uma máquina de matar.
— É, eu fazia — ele me deu detalhes de como seria e como eu iria matar, tem gente que especifica como quer a morte.
Fui para o vestiário, me troquei e coloquei a bota, saí com a touca em mãos, só vai ficar meu olho de fora.
Namjoon me entregou a arma que eu usaria, um soldado me deixaria no lugar, e assim foi.
Eu entrei no prédio vizinho, o espaço entre os prédios era pequeno, dois metros e meio mais ou menos.
Tomei uma uma distância e corri pulando no outro prédio, entrei nele e deixei a porta encostada com uma pedra.
Desci um andar pela escada de emergência, ela não dá acesso à parte de cima, entrei pela janela estreita.
Estou fazendo isso após ficar uns dias acorrentado e apanhando, eu realmente sou demais.
Caminhei até o apartamento que o alvo estava, usei um truque para abrir a porta, entrei devagar, estava tudo quieto, até demais.
Eram cinco quartos, quatro estavam vazios, entrei no último e tinha uma ômega dormindo na cama, o cheiro doce no quarto deixou óbvio.
Deve ter uns cinco anos.
Peguei o radinho e comuniquei com o soldado que me esperava.
— Avise Namjoon que a missão falhou — falei tentando ficar calmo.
— O motivo senhor? — perguntou para informar Namjoon.
— Só fale para ele mandar um helicóptero, e Jeon também — falei.
— Tudo bem senhor — desliguei o radinho.
A menina começou a despertar, se assustou ao ver alguém com a cara tampada no quarto dela.
Se encolheu na cama chorando.
— Está tudo bem — tirei a touca — Eu não vou te machucar, vim te ajudar.
— Me ajudar? — perguntou.
— Isso, eu vou te tirar desse lugar — falei.
— Meus papais mandaram você para me buscar? — perguntou parando de chorar aos poucos.
— Onde seus papais foram? — perguntei.
— Não sei, vem aqui — me chamou, saímos do quarto ela me guiou para cozinha, pegou um calendário na mesa — Saíram esse dia, e ainda não voltaram.
Ela está sozinha há quase quatro dias, que pais doidos são esses?
— O que você comeu? — perguntei, ela se sentou na cadeira e ficou balançando os pezinhos.
— Bolacha, salgadinho, e a pizza que estava na geladeira eu coloquei no microondas e comi — respondeu.
Pela aparência dela, ela tem tomado banho, só está um pouco pálida por falta de sol.
— Quantos anos você tem e seu nome? — perguntei.
— Tenho cinco, meu nome é Antonella — eu já imaginava que não era coreana pela aparência, com o nome eu tenho certeza, e o cabelo dela é cacheado — Qual o seu nome? Você parece um mochi.
— Meu nome é Park Jimin, você parece uma boneca — falei, ela sorriu.
Jeon e Namjoon entraram com tudo, assustando ela que se escondeu atrás de mim.
Dois alfas grandes e armados assustam qualquer um.
— Cadê a falha? — Namjoon perguntou.
— Abaixem essas armas, estão assustando ela — falei, eles abaixaram.
— Ela quem? — Jeon perguntou.
Antonella só apontou a cabeça de trás de mim, eles viram.
— Ela — respondi.
— Pode sentar ali? Vou conversar com eles? — falei com ela, ela foi e se sentou no sofá, ligou em um desenho de uma menina e um urso.
— O que ela faz aqui? — Jeon perguntou baixo.
— Ela era o alvo — respondi — Eu não mato criança.
— Nós também não — Jeon falou.
— Vocês não conferem antes de mandar alguém vir aqui para cumprir a missão? — perguntei.
— Eu falei para você conferir — Jeon falou para Namjoon.
— Eu esqueci, e só foi dessa vez — ele se defendeu.
— Não vou te falar nada — Jeon falou.
— O que fazemos com ela? — Namjoon perguntou.
— Vou levar — falei — Antonella, vamos arrumar suas coisas.
Fui com ela para o quarto, em uma mala da Barbie colocamos as roupas e sapatos, ela só quer levar um único urso.
— Meus papais não vão voltar, né? — perguntou me passando mais roupas dela.
— Não princesa, sinto muito — falei com dó, tão pequena sendo abandonada pelos pais.
— Tudo bem, o papai era muito bravo — ela falou distraída.
— É mesmo, o que ele fazia? — perguntei.
— Ele fez isso antes de sair — puxou a barra da blusa mostrando um hematoma na barriga — É que eu deixei o leite cair na mesa.
Isso não justifica, deixar uma criança desse tamanho com hematoma por causa de leite na mesa, é só limpar.
— E sua mamãe fez o quê? — quero saber se ela sofria com o marido, ou era cobra também.
— Nada, era para fazer algo? — perguntou.
Te defender do marido abusivo.
— Prontinho, vamos — saí com as duas malas dela, ela segurando o urso rosa.
Jeon pegou as duas malas, na hora de sair pela janela eu passei ela para Namjoon que saiu primeiro, na parte de cima do prédio o helicóptero esperava.
Mas cadê o piloto?
— Quem vai pilotar? — perguntei prendendo ela com o cinto, me prendi.
— Eu — Jeon falou sentando no lugar do piloto, muito lindo!
Namjoon sentou ao lado dela, deu o celular dele para ela jogar, ela foi o percurso todo jogando e mostrando para o alfa.
Jeon pousou no heliporto no galpão, descemos, ela se grudou em mim por ver aquele tanto de gente andando por todos os lados com armas.
— Está tudo bem, eles não vão te machucar — falei, ela pegou em minha mão e fomos andando até o galpão.
— Jimin — me chamou — Por que eles estão olhando para mim?
— Porque você é muito linda — falei.
Ao entrar estava Tae, Yoongi, Hoseok e Jin conversando, o quarteto olhou para nós.
— Vou te apresentar umas pessoas legais — falei e ela concordou, ainda segurava o urso.
— Quem é ela? — Tae perguntou quando nos aproximamos.
— Antonella esses são Tae, Yoongi, Hoseok e Jin — apontei para cada um — Gente essa é a Antonella.
— Oi — falou ainda tímida.
— Que princesa! —Jin falou animado.
— Uma fofura — Hoseok falou.
— Quem é o pai? Você e Jeon adotaram? — Yoongi perguntou.
— Antonella vai jogar no celular do Namjoon — ela correu até o alfa que estava afastado conversando com Jeon.
— Namjoon deixou ela jogar no celular dele? — confirmei — Ele não deixa nem eu mexer, disse que tem informações perigosas — Jin falou.
— Ela veio o caminho todo jogando — falei.
— Como assim ela mexe e eu não? — Jin saiu indo até o alfa.
— Ela era o alvo da minha missão, tenho certeza que os pais mandaram matar ela — falei para o trio.
— Credo, que povo ruim — Tae falou.
— Preciso falar com o Jeon — me afastei deles.
Jin estava abaixado olhando a menina jogar, estavam rindo.
— Jungkook — chamei atenção dele — Podemos conversar?
— Na minha sala — falou.
Fomos para sala dele, a decoração mudou, o que aconteceu?
— Então? — se sentou na cadeira dele.
— A Antonella sofria agressões, tem hematoma na barriga dela, parecido com o meu, ela deve ter levado um soco — falei — Tenho certeza que foram os pais dela que mandaram matar ela.
— Vou mandar alguém procurar eles, eles vão voltar e explicar o que aconteceu, depois matamos eles — falou — Não se machucou né?
— Não, estou melhor, fica suave — falei — Tchau!
Voltei para o saguão, estava Antonella encostada na parede contando, e aquele monte soldado se escondendo.
Um bando de marmanjo brincando de esconde-esconde, queria brincar também.
Encostei na parede perto da Antonella, como eles são treinados são ótimos em se esconder.
— Coloca isso Antonella — falei para ela, entreguei um pequeno ponto de ouvido — Vou te ajudar a encontrar eles.
Com o rádio em mãos ajudei ela a achar todos, Tae saiu do seu esconderijo de braços cruzados.
— Jimin ajudou, não valeu! — falou alto.
— Não seria justo, vocês são treinados, ela não — falei e ela ria da cara emburrada do Tae.
Jin e Namjoon olhavam sorrindo para ela, pelo jeito não demorou para encontrar uma família para ela.
Todos os soldados voltaram ao seus afazeres, Antonella queria brincar mais, falaram que se ela voltar eles brincam com ela na floresta, aí eu levo ela nas costas em forma de lobo.
— Jin — chamei o ômega, ele veio até mim — Você pode ficar com ela, Jungkook está ocupado com algo em casa — estou ajudando formar uma família.
— Posso — falou sorrindo.
— Namjoon que estava com as coisas dela — falei.
Jeon apareceu, resolvemos ir embora, cada um em seu carro.
Resultou em?
Racha como sempre.
— Mais uma vitória para minha conta, perdeu otário — falei ao sair do carro — O ômega vence o alfa mais uma vez e a torcida vai a loucura — ele entrou rindo da minha provocação.
— Eu deixei você vencer — falou, chutei o bunda dele — Ei.
— Deixou sua bunda, eu sou um gênio nas pistas — falei subindo a escada — FILHO DA PUTA! — senti um tapa ardido na minha bunda.
— Isso foi pelo chute — falou.
— Sem vergonha — entrei no meu quarto, ele foi para o dele.
Fui ao banheiro e tomei banho, sai e procurei meu celular, não está aqui.
Vesti roupa e saí procurando meu celular, na sala não estava, estava na cozinha, como ele veio parar aqui?
— Que susto — senti duas mãos na minha perna me assustando — Você hoje está terrível — ouvi ele rindo.
— Não acho — falou.
— Você trouxe meu celular para cá? — perguntei olhando a geladeira, peguei lasanha congelada, coloquei no microondas.
— Sim, usei o seu para achar o meu — falou simples.
— Mas você não tem a digital nem a senha — falei.
— A senha eu tenho, a digital não — falou.
— Como conseguiu minha senha? — perguntei.
— É fácil, aniversário dos seus pais e o seu, previsível demais — vou trocar.
— Intrometido!
Esperei a lasanha ficar pronta, tirei do microondas com um pano.
— Quer? — confirmou — Pega um prato.
— Por que eu vou ficar com o prato? — perguntou me entregando.
— Era minha lasanha, agora é nossa tenho direito de ficar com a parte que não lava e é jogada fora — falei.
Cortei no meio, com uma espátula coloquei metade no prato dele, sentamos nós dois no balcão.
— Por que ficamos aqui sendo que tem doze cadeiras? — perguntei.
— Não sei, somos fora da lei — literalmente, somos mafiosos.
Ficamos comendo e conversando, ver ele sorrindo enquanto eu falo é interessante, um tempo atrás ele queria minha cabeça em uma bandeja de prata.
— Tem molho — apontou para a própria boca.
— Não — respondi.
— Na sua lerdo — passou o dedo limpando o canto da minha boca, pegou um guardanapo e limpou o dedo.
— Só estava distraído, não sou lerdo — falei.
— Lógico que não — falou.
Após terminar joguei a embalagem fora, lavei meu garfo, esperei a madame terminar para lavar.
— Obrigado por lavar — deu um beijo na minha bochecha e saiu.
EU TE ODEIO JEON JUNGKOOK!
Queria que fosse verdade, coloquei a mão onde ele beijou, não vou lavar meu rosto tão cedo.
Sequei e guardei tudo, sequei a pia deixando bem limpo.
Subi para o quarto, deitei na cama e coloquei um filme, emoções demais para um período curto de tempo.
Ele não gosta de mim e age como gostasse, você está me deixando mais apaixonado, não gosto disso!
A última vez que gostei de alguém deu muito errado, será que isso vai acontecer de novo? Será que mais uma vez vão brincar com meu coração e me deixar destruído?
Eu não quero passar por isso de novo, como ele já falou que não gosta de mim vou guardar para mim o que sinto até o sentimento desaparecer.
— Teimosinho? — mandei entrar — Tem outra missão, quer participar?
— Vamos, não tenho nada para fazer — só pensar na merda que virou meus sentimentos por sua causa.
— Iremos direto para o lugar, vista a roupa da tropa — falou.
Saiu do quarto, levantei e fui para o closet, passei pomada e vesti a roupa, calcei a bota.
Escolhi algumas armas para levar, em breve poderei usar a espada e a Glock rosa.
Antes de sair escovei os dentes, desci a escada, Jeon me esperava na sala, fomos no meu carro eu dirigindo.
Ele me guiou até o destino, lugar bem suspeito.
— Será apenas eu e você? — questionei, ele confirmou — O que temos que fazer?
— Matar os pais da Antonella — que povo rápido para achar os outros — Foram realmente eles que mandaram matar ela, foi a mãe, ela disse que não queria que a menina sofresse.
Me entregou uma touca, ele colocou outra, completamente cobertos, hoje ele está com uma roupa que cobre os braços.
Após colocar o colete saímos do carro, entramos pela saída de incêndio, pensamos que eles estariam sozinhos, mas não estavam.
[...]
Jimin já estava se cansando de lutar com aquela ômega, já derrubou dez, só mais essa.
Passou a rasteira derrubando ela, com a perna imobilizou com as mãos quebrou o pescoço da mesma.
Jeon lutava com dois alfas, Jimin poderia assistir, mas queria ir embora, pegou sua arma no chão e jogou para Jeon.
— Obrigado — falou após matar os dois — Viu para onde a mãe dela fugiu?
— Por ali — apontou a porta.
Os dois saíram correndo por aquela porta, Jeon seguiu o cheiro do medo, ele gostava de saber que as pessoas tinham medo dele.
Abriram a porta e ômega estava lá no chão já morta, se matou.
— Isso não é bom né? — Jimin questionou.
— Não, quando se matam, não podemos levar para o galpão. Assim que a polícia achar esse corpo, vai começar uma investigação que vai levar até a filha dela, que pode ser tomada das mãos dos Kim, e podem querer mexer na máfia — falou.
Começaram a pensar no que fariam, deixar ela aqui nem pensar, não vão levar para o galpão, vão levar para o lado de fora, ficará enterrada perto do muro.
Estavam cansados da polícia enchendo o saco, povo insuportável!
— Por que a polícia pega tanto no nosso pé? — Jimin perguntou enquanto cavava a cova da ômega.
— Ainda não soltei o delegado — Jeon respondeu ajudando o ômega.
— Ele ainda está vivo? — confirmou — Por que não solta ele?
— Nem pensar, ainda não cansei de brincar com ele — falou — Já está bom.
Colocaram o corpo dela na cova e jogaram terra em cima, está quase imperceptível.
— Vou mandar alguém plantar flores ao redor desse muro.
— Vai ficar lindo, o muro da máfia cheio de florzinhas em volta — Jimin falou com sarcasmo.
— Calado, melhor que nada, vamos embora — colocaram as pás no porta-malas e foram para casa.
— Chega de missões hoje — o ômega falou entrando, tem uma ômega sentada no sofá.
Se levantou e veio até os recém chegados.
— Prazer, sou a senhora Jeon Chae-won...................
(Antonella)
A mãe do Jeon apareceu, que alegria não é mesmo?
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!
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