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| Capítulo 17 |



— É uma bomba, que está para explodir — Jimin falou.

O silver se transformou em lobo rasgando a roupa, correu para fora com a arma na boca.

Jeon não entendeu ao ver o lobo de Jimin passando correndo entrando na floresta.

O lobo de Jimin cavou um buraco e enterrou a arma, jogando terra em cima.

Correu para o galpão, mas o impacto da explosão o jogou longe.

— Que merda foi essa? — Tae falou saindo do galpão.

Saíram soldados armados de todos os lados procurando o lugar da explosão.

Jeon correu até o lobo cinza, abaixou analisando o corpo, viu que estava sem nenhum ferimento.

O alfa pegou o lobo no colo e levou para dentro do galpão, levou até o vestiário.

— Já pode parar de fingir, estamos no vestiário — Jeon falou para o lobo, ele sabia que Jimin estava fingindo.

Se virou de costa, permitindo que o ômega voltasse à forma humana.

— Já pode virar — Jimin falou.

Jeon virou tendo a bela visão de Jimin só com uma calça moletom, o tronco ainda desnudo.

— Quando fez as tatuagens? — perguntou vendo o ômega colocar uma blusa.

— Mês passado — respondeu.

Saíram do vestiário, Tae, Namjoon, e Hoseok os esperavam.

— Era uma bomba em forma de arma, que foi ativada pelo gatilho — Jimin falou.

— Como uma bomba entrou aqui? — Hoseok perguntou.

— Deve ser a do novo armamento, eu nunca vi aquela arma no meu armário — Jimin informou.

— Olhem arma por arma, se tiver outra precisamos analisar uma que não explodiu — Jeon falou.

— Você sabe quantas armas têm? — Tae perguntou.

— Sei, mas se vocês fossem inteligentes teriam olhado antes de entrar aqui, agora se virem — Jeon falou — Vamos Jimin?

— Vamos — Jimin virou para trás sussurrando — Tomaram no cu!

Saiu rindo dos amigos, Jeon sorriu vendo o ômega rir.

— Pelo menos eles estão bem — Hoseok falou.

— Vamos, temos quase meio milhão de armas para olhar — Tae falou.

Jimin on.

— Jeon eu já entendi, você está sofrendo — que alfa dramático.

Está fazendo drama porque eu neguei fazer massagem nele, começou a reclamar que está sofrendo com dores e eu não ajudo.

Puro drama!

— Vai fazer a massagem? — perguntou.

— Vou, vira — ele sentou de costas para mim, fiquei de joelho no sofá para fazer a massagem.

Consigo ver as tatuagens bem de pertinho, tem um lugar nas costas que era um nome, ele tirou no laser e tatuou "HATE" em cima.

— Que nome tinha aqui? — coloquei o dedo no lugar.

— Alguém sem relevância — falou incomodado.

— O que acha de tatuar meu nome? — perguntei — Nós não podemos nos separar mesmo.

— O que iria tatuar para mim? — perguntou.

— Quando você faz aniversário? — questionei.

— Dia um de setembro — falou.

— Vou tatuar a flor do seu aniversário, fechado? — coloquei meu dedinho na frente dele.

— Fechado — unimos os dedinhos.

Continuei fazendo massagem até notar que ele estava cochilando.

Eu me sentei, ele foi tombando a cabeça para trás até estar deitado no meu colo, dormia tranquilo.

Tombei minha cabeça no encosto do sofá, fechei os olhos e fiquei pensando, no ser que está dormindo no meu colo.

— Quanto tempo eu dormi? — ouvi a voz de Jeon, olhei para ele.

— Meia hora, algo assim — respondi.

Eu queria tanto beijar ele, mas o medo de ser rejeitado é maior, irei passar vontade.

Continuei pensando em como a boca dele é linda, até que senti olhos atentos no meu rosto.

— Que foi? — perguntei sorrindo.

— Sua boca é bonita — filho da mãe, quer me ver vermelho.

— Obrigado, a sua também — falei tentando fazer minha bochecha voltar a coloração normal.

— Você é impressionante — falou se sentando, volta já!

— Sou? — não entendi o sentido do elogio.

— Sim, você consegue ser bravo, fofo, sensível, forte, e estressado no mesmo dia — nunca notei — Você é um mistério Jimin.

— Não sou, você é um mistério, não sei quase nada sobre você, sei o que você me deixa saber — falei.

— É melhor assim, eu sou um mistério que você não vai gostar de desvendar — falou e saiu.

Volta aqui eu preciso de respostas!

Eu vou gostar de desvendar sim, como eu vou.

Peguei meu celular ligando para quem pode me ajudar.

— Pai? — falei quando ele atendeu — Preciso de algo.

— O que seria? — subi as escadas e entrei no meu quarto.

— Pesquisa um nome para mim, Ji-hoon, é ômega e já teve contato com Jeon — falei as informações — Ele provavelmente morreu ou saiu do país.

Conhecendo o pouco de Jeon, não duvido dele ter proibido a entrada do ômega em Seul.

— Em breve eu te mando o que descobri — desligou em seguida.

Jungkook você acendeu a chama de curioso em mim, eu vou descobrir o que você tanto esconde.

[...]

— Jimin? — bateu à porta.

— Entra — estou treinando com a espada.

— Está muito ocupado? — perguntou entrando.

— Não, já terminei — guardei a espada — O que precisa?

— Quero te mostrar uma coisa, um lugar na verdade — ele parecia nervoso por algum motivo.

— Tudo bem, quando iremos? — perguntei.

— Em uma hora pode ser? — concordei.

Saiu do quarto, não deu dicas de como é o lugar, se é para ir mais arrumado ou pode ser simples.

— Que roupa eu vou? — entrei desesperado no closet.

Demorei meia hora só para escolher a roupa, tomei um banho rápido.

Que lugar é esse que ele quer me mostrar? Estou quase morrendo de curiosidade.

No closet fiz o processo de sempre com as tatuagens e o piercing.

Vesti a roupa que escolhi.

Calcei uma bota cano curto, estou maravilhoso.

Após arrumar meu cabelo e escovar os dentes, saí do quarto, passando hidratante labial.

Vai que ele me beija, preciso estar pronto.

— Vamos? — perguntou ao me ver.

— Vamos — saímos, na garagem ele quis ir com o meu carro, pois vai dirigir — Qual o lugar que iremos?

— Quando chegar, você vê — respondeu — Você ficou bem com o loiro.

— Eu sei — sou convencido mesmo.

— Por isso não pode te elogiar — falou negando.

— Pode sim, eu gosto que levantem meu ego — falei.

O caminho foi longo, mas fomos conversando não deu para notar tanto.

Saímos da cidade, subimos em um lugar elevado da cidade.

Ele parou o carro, saí olhando as luzes da cidade, me senti grande pela primeira vez.

Ele ficou ao meu lado encostado no carro.

— Olha, fogos — começou uma queima de fogos.

Todos em prata e dourado.

— Que dia é hoje para ter fogos? — perguntei admirando os fogos.

— Não sei, que eu saiba não tem nada de importante no calendário hoje — me respondeu.

— Deve ser alguém que se declarou para outra pessoa — falei simples — Eu amo fogos, tenho lembranças boas.

— Qual lembrança? — perguntou.

— Eu lembro do meu pai levar eu e meu irmão para assistir no centro de Busan, pela minha falta de altura ele me colocava no ombro para eu conseguir ver melhor — falei olhando o céu — Seu pai já te levou?

— Não, ele era muito ocupado com a máfia, e minha mãe sempre muito ocupada com roupas e sapatos — infância triste — Mary me levou algumas vezes escondido da minha mãe.

— Mary é demais — falei — O que você fazia no resto do tempo?

— Treinava e estudava — respondeu.

— Também treino desde criança, mas meu pai sempre me arrastava dos treinos para ir brincar — contei.

Saudade de ser crianças, adulto só sofre.

— Qual era sua brincadeira favorita? — me perguntou.

— Jogar pedra nos alfas que enchiam o meu saco — uma época incrível.

— Isso é brincadeira? — perguntou incrédulo.

— Para mim era — falei dando de ombro — O que você brincava?

— Eu brinquei uma única vez, foi com meu vizinho, mas não deu muito certo — falou coçando a nuca.

— O que deu errado? — perguntei.

— Minha mãe descobriu e não gostou, acabei apanhando — cada vez odeio mais essa mãe dele.

— Seu pai não fez nada? — negou —  Que triste, se eu fosse seu vizinho iria entrar escondido no seu quarto para brincar com você.

— Eu era muito calado nessa época, você iria desistir rápido — falou olhando o chão.

Cada vez que imagino o Jungkook criança fico mais triste.

— Vamos parar de falar da minha vida triste, fale da sua vida — falou.

— Só minha infância foi feliz, o resto é ladeira abaixo, sem amigos, traído, machucado psicologicamente e fisicamente, gosto de pessoas que só me machucam, não tem nada feliz nisso — falei.

Dois fudidos.

— Dois ferrados — ele falou.

— Isso aí — falei.

— Mas você não é amigo do Yoongi desde criança? — longa história.

— Eu sou amigo dele, mas ele nunca esteve presente quando precisei, eu estive com ele — contei — Mas hoje eu não me importo, cada um oferece o que tem.

— Posso ser seu amigo — ele falou.

Eu não quero ser seu amigo Jeon, quero ser mais que isso.

— Claro — falei sorrindo escondendo o fato de que ele ser meu amigo é mais doloroso do que não ser.

Voltei olhar o céu, bem na hora passou uma estrela-cadente.

— Faz um pedido — fechei os olhos juntando as mãos para fazer o meu.

Que eu seja feliz!

Abri os olhos, Jeon me encarava.

— Fez seu pedido? — negou — Por quê?

— O que eu iria pedir já está comigo — ele falou.

— O que é? Um carro? Ou a moto? — perguntei olhando para ele.

— Chegou nem perto — ele falou — Um dia eu te falo.

— Não Jungkook, fala agora — pedi — Por favor.

— Você — falou e olhou para o céu.

Eu? O que tem eu? Ele me pediria?

Também olhei o céu.

Até olhar para quem está ao meu lado, ele também tombou a cabeça me olhando, ficamos um bom tempo apenas olhando o outro.

Meus olhos me traíram, olharam a boca tão convidativa do Jeon, sério ela está me chamando.

Está falando "vem Jimin", mas eu me seguro para não ir.

— Vamos embora? — antes que eu faça merda.

— Vamos, está com fome? — entramos no carro.

— Um pouco — falei.

— Comprando pizza no caminho — falou.

[...]

— Eu vou atirar em você se não me entregar esse pedaço — estou com uma arma apontando na direção do Jeon.

— Faria isso? — está duvidando filho da puta?

— Me passa logo esse pedaço — coloquei o dedo no gatilho.

— Eu amo quando está sendo fofo, e não me ameaçando com uma arma — me entregou o pedaço.

— Não roube minha comida e eu serei um anjo — sentei comendo o último pedaço.

Ele roubou do meu prato, eu estava no direito de atirar nele.

— Tantos no mundo tinha que ser você — resmungou em voz baixa.

— O que disse? — perguntei querendo que ele falasse de novo.

— Nada — falou — Eu lavo os pratos.

Pegou e foi lavar, acho ótimo, fui para a sala assistir o dorama das dez.

Jeon quando terminou veio assistir comigo, não gostou do dorama, mas eu o proibi de sair.

Alguém tocou a campainha.

— Vamos ficar quietos para pensarem que saímos — falei para Jeon.

Ficamos bem quietinhos.

— Sabemos que estão aí — ouvi a voz do Tae.

— Droga, vai lá — falei para Jeon.

Ele foi abrir a porta, e voltou já se alfinetando com Yoongi.

— Parem de brigar — falei aos dois.

Jeon sentou ao meu lado e o trio sentou no outro sofá.

— O que vieram fazer aqui? — perguntei.

— Dar uma notícia importante — Yoongi falou.

— Está grávido do Tae? — questionei.

— Não, credo — Tae falou — Fala logo Yoongi.

— Estamos namorando — Yoongi falou empolgado.

— Tá! E a notícia importante? — Jeon falou.

— É, e a notícia? — perguntei.

— Essa é a notícia — Hoseok falou.

— Que notícia sem graça, todo mundo já sabe — falei.

— Como?

— Yoongi é péssimo em guardar segredo, Tae deveria tentar não sair com chupões da sala quando só estão vocês três lá — falei.

— Sem falar do cheiro de vocês, vocês estão com o mesmo cheiro — Jeon falou.

— Que povo sem graça — Hoseok falou.

— Vocês que não sabem disfarçar — falei.

— Já que essa notícia não serviu, temos uma da bomba — Tae falou — A que estava na sala de Jimin era única, as outras estavam limpas.

— Mas como ela foi parar na minha sala? Não tinha como saber qual iria ficar comigo — falei.

— Na verdade, tinha — Jeon falou — Eu que pedi a arma especialmente para você, ela nem se misturou com as outras, desculpa.

— Está tudo bem, a culpa é do cão — falei para ele.

— Como sabe que é ele? — Hoseok perguntou.

— Que eu saiba ele é o único que quer me ver morto, ou tem mais alguém? — negaram — Então é ele, eu vou criar um plano para pegar ele.

— Jimin sempre fazia isso em Busan, sempre dava certo — Yoongi falou — Só teve uma vez...

— Calado Yoongi — falei antes que ele terminasse.

Continuamos conversando, até Yoongi ficar com sono, os dois alfas preocupados levaram o branquelo dorminhoco embora.

— Vou subir — falei saindo do sofá.

— Boa noite, teimosinho — estava na escada, olhei para ele.

— Eu não sou teimoso, boa noite Jeon — fui para o meu quarto.

Fiquei um bom tempo apenas pensando.

Jeon realmente está diferente, ainda tem a pitada de sarcasmo e ironia, mas isso é um charme.

Eu me odeio por estar apaixonado!

[...] Dois dias depois.

— Por que estamos aqui? — Hoseok perguntou.

Estávamos na sala do Jungkook, os dois comandantes da tropa, Namjoon, Hoseok e Yoongi.

— Eu terminei de montar uma estratégia para pegar o cão — falei.

— Qual o nome real dele? — James perguntou.

— Jang Han-seok — respondi.

— Qual o plano? — Tae perguntou.

Estou ao lado do Jeon, ele está sentado em sua cadeira e o meu plano está na mesa dele.

Expliquei todo o plano, como funcionaria cada coisa, o que cada um iria fazer, e o que precisaria.

— Vai dar merda — Yoongi falou quando terminei.

— Vai mesmo — Tae concordou.

— Com toda certeza vai — Namjoon apoiou os dois.

— Eu sei que vai, mas é necessário — falei.

Jeon não falou nada, está quieto apenas observando.

— Jeon faz ele mudar de ideia — Hoseok falou.

— Quando iremos começar fazer essa loucura? — Jeon me perguntou.

Mostrei a língua para Hoseok, Jeon está me apoiando.

— Hoje mesmo — falei.

— Vamos, temos muita coisa para fazer — deu as ordens para o povinho.

Yoongi ficava repetindo que iria dar merda, e vai mesmo.

Uma parte do plano eu não contei, eles terão que se virar na hora que eu fizer a parte do meu plano.

— Pierre — chamei o ômega — Preciso que faça algo para mim.

— Pode falar — ele falou.

— Quando... — contei o que iria acontecer — Dê a ideia de chamar seu irmão, entendeu?

— Jeon vai ter um ataque — ele falou.

— Eu sei — falei.

[...] Autora on.

Lá estava Jimin esperando o cão aparecer, Jeon com os outros esperavam o ômega dar o sinal para eles irem e pegar o cão.

Jimin estava em uma das calçadas mais movimentadas de Seul, após as pessoas verem os carros fortes por perto, diminuiu um pouco o fluxo.

O ômega sentiu um arrepio na espinha, o cão estava por perto.

Jeon não tirava os olhos do outro, até que algo fora do planejado aconteceu.

Em um piscar de olhos, Jimin sumiu.......................
































(Jang Han-seok, vulgo cão)

Muito serelepe esse Jimin.

Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!

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