| Capítulo 15 |
Autora on.
— Espero que um dia me perdoe — uma lágrima solitária desceu do pequeno olho do ômega.
Jeon observou Jimin "dormindo" por uma hora, até ouvir seu celular tocando na sala, saiu fechando a porta.
— Idiota — Jimin sentou na cama deixando as lágrimas caírem.
O lobo se machucou tanto com o comportamento do outro que se calou, não falava mais nada, ficava quietinho.
Jimin sentia falta dos comentários debochados do seu companheiro de corpo, mas entendia que ele se machucava mais nessas situações.
Voltou a dormir após trancar novamente a porta.
[...]
— Meu anjo você pode desistir do casamento — o pai preocupado falava com o filho por Skype.
— Você pode, nós já achamos uma brecha no contrato que te coloca fora disso sem prejudicar em nada a máfia — o alfa falou — O Min disse para não fazer isso, falou que estaríamos colocando as mãos onde nem o universo coloca.
— O que você vai fazer? — o ômega perguntou.
— Confiar nas palavras do Min, e eu vou continuar de qualquer jeito, não vou voltar com minha palavra — Jimin falou decidido.
— Por que vai confiar nas palavras dele? — o alfa perguntou.
— Ele é idoso, idosos sempre tem razão, e ele estava presente quando meu avô decidiu fazer isso, certeza que ele sabe de muitas coisas — sabe de tudo.
O ômega conversou mais um pouco com os pais, até alguém bater em sua porta, ficou quieto pensando ser Jeon.
Jimin on.
— É o Jin — ouvi a voz do ômega, abri a porta permitindo que ele entrasse.
Me sentei na cama, e Jin na poltrona.
— Como está? — Jin perguntou — Ontem não deu para conversar direito.
— Estou bem — menti.
— Certeza? — confirmei — Ainda bem que você voltou, Yoongi com Hoseok estavam quase...
— Se matando, imagino — interrompi.
— Não, fizeram as pazes, são amigos agora — fiquei chocado — Eles estavam quase batendo no Pierre.
— Por quê? — queria um motivo.
— Por ele se aproximar do Jungkook — senti uma pontada no peito ao ouvir o nome do alfa.
— Só isso?
— Sim, eles disseram que ele estava agindo como uma puta interesseira — Yoongi e suas paranóias, pensei.
— Eles estão doidos, Pierre está interessado no James — contei, agora Jin ficou chocado.
— Sério? — perguntou, confirmei — Quase que o menino apanha de graça.
— Pois é, como que os dois briguentos fizeram as pazes? — perguntei.
— Tae ameaçou os dois falando que sumiria no mundo se eles não parassem com as brigas — até que foi bom eu ter sumido, um monte de babado aconteceu — Gostei da tatuagem.
Era a do braço, a única que está à vista para ele ver, falei sobre as outras, apenas uma eu não comentei.
Continuamos conversando sobre tudo que aconteceu, no lugar que eu fiquei e aqui, sem citar o nome do Jeon.
— Estou estranhando — ele falou do nada — Até agora você não perguntou nada sobre Jeon.
— É porque não quero falar sobre ele — respondi.
— Só vou falar uma coisa, ele quase entrou em depressão enquanto você estava fora — a pontada de novo — Mary que veio e cuidou dele por uma semana, ele levou o maior esporro da vida dele, só não apanhou porque seguraram ela.
— Nossa, você estava na hora que ela deu um sermão nele? — quero saber o que ela falou.
— Estava, eu que chamei ela — ele falou — Ela apontou o dedo na cara dele e falou tudo e mais um pouco. Falou que ele estava agindo como um moleque mimado, que ele era um grande filho da puta por fazer aquilo com você, e que se fosse você teria mandado ele para o quinto dos infernos com a sem vergonha que estava aqui.
— Ela voltou? — eu estou pasmo com tudo.
— Voltou, mas a Mary estava aqui e colocou os seguranças atrás dela — ri só um pouco — Falou que se ela chegasse perto de Jeon ou de você, iria atrás dela até no inferno.
— Que beta brava — falei — Jeon ouviu tudo calado?
— Ele iria falar o quê? Ela estava certa, ele sabia disso — Jeon saber que está errado, duvido — Ela também falou que vai perguntar para você se ele melhorou, se não, ela vai chamar a senhora Jeon.
— A mãe insuportável? — não quero essa doida aqui não.
— Misericórdia, bate na madeira — bateu na mesa de cabeceira — A avó dele, ela é mil vezes pior que Mary, aí o Jungkook vai apanhar.
Bate nele não.
— Eu preciso ir, já está tarde ainda vou passar no restaurante e ver se aqueles irresponsáveis não colocaram fogo na cozinha — ele falou.
— Te levo até a porta — saímos do quarto, descemos a escada comentando sobre o restaurante.
Jeon estava sentado no sofá mexendo no celular, cumprimentou Jin e voltou a mexer.
— Tchau! — acenei sorrindo vendo o ômega ir com o carro, fechei a porta.
Fui para a cozinha, estava anoitecendo, peguei um pote com comida esquentei no microondas e sentei para comer.
Jeon veio e fez o mesmo, sentou bem na minha frente.
— Puta que pariu minha língua — o idiota queimou a língua, tive que me segurar para não rir.
Terminei minha comida, eu iria lavar, mas ele se ofereceu, então seja feliz.
Voltei para o quarto, tomei um banho rápido, no closet passei hidratante nas tatuagens e óleo no cabelo, vesti calça preta e uma camiseta azul escura, é inteira só para informar.
Calcei um ALL star preto, antes de sair passei um hidratante labial, peguei meu celular e saí do quarto.
Jeon estava saindo também, me apressei nos passos até a garagem.
Tem outra moto hoje, uma preta com vermelho, ele ganhou o prêmio dele.
Subi na minha e coloquei o capacete, consegui sair antes do Jeon.
Com os seguranças atrás de mim, quando fugi de Jeon despistei eles na estrada.
Mesmo assim ele me alcançou, pelo jeito vamos para o mesmo lugar, o galpão.
Chegamos juntos, estacionei minha preciosa e desci.
Tirei o capacete e coloquei no assento, dei uma bagunçada nos fios entrando no galpão.
Fui para a sala de treinamento, hoje não vou treinar Pierre, vou treinar sozinho.
[...] Duas semanas depois.
— Temos um problema — Namjoon falou entrando na sala de Jeon.
— O que é agora? — Jeon estava assistindo Jimin treinar.
O ômega após dispensar Pierre ficou treinando sozinho.
— Uma das nossas casas noturnas, foi invadida — Namjoon passou a informação.
— Por quem? — perguntou.
— Um único homem entrou lá e matou todos — nem Namjoon acreditava que aquilo estava acontecendo.
— Quem é o doido? — Jeon queria saber quem ousa invadir seus estabelecimentos.
— Temos essa foto da câmera — Namjoon entregou o tablet.
— Puta que pariu é o ex do Jimin — Jeon levantou enfurecido, o cão realmente está na cidade.
— Como sabe quem é o ex do Jimin? — Namjoon perguntou estranhando.
— O pai dele me mandou a foto quando pediu para colocar seguranças com Jimin — Jeon não contaria o que ômega pediu para manter em segredo, não iria dar mais um motivo para ser odiado.
— Nós temos uma ideia do lugar que ele pode estar, vamos? — Jeon acompanhou para fora da sala.
— Incolor — chamou o branquelo.
— Que foi? — o mesmo estava treinando.
— Tome essa chave, tranque Jimin na sala de treinamento — Jeon entregou a chave.
— Por quê? — perguntou não entendendo.
— O cão está aqui — foi a única coisa que falou antes de correr com Namjoon.
Yoongi correu até a sala, e trancou o amigo lá dentro, sabia que Jimin era capaz de fazer para chegar perto do cão.
Jimin ouviu a porta sendo trancada, correu até ela e teve certeza.
— ME DEIXA SAIR! — gritou batendo na porta.
Ficou uns vinte minutos batendo na porta e gritando.
[...]
Jeon se encontrava desarmado, com uma ferida na testa e na bochecha.
Estava lutando corpo a corpo com o cão.
— Jeon, se devolver o que me pertence eu vou embora e nunca mais volto — falou debochando.
— Jimin não é seu filho da puta — voltou a lutar com o outro.
E a tropa tentando entrar na sala que o cão a fechou por dentro.
— Se não abrirem essa porta em cinco minutos eu mato vocês — Tae falou bravo com a tropa.
Ouviram um disparo e o vidro se quebrando.
— Abra logo essa porra! — falou gritando.
Abriram a porta, Tae entrou correndo com Namjoon.
Jeon estava olhando a janela quebrada.
— Cadê o cão? — Tae já pegou o jeito de como falar do ex de Jimin.
— Disparou na janela e pulou — Jeon precisava ir para o médico.
Ele não morria, mas podia se machucar muito.
— Você precisa de um médico — Namjoon falou vendo o estado do mais novo.
— Eu estou bem — desmaiou em seguida.
— Bem uma porra — Tae falou, com Namjoon levaram ele para o carro.
Foram em alta velocidade para o galpão.
Um soldado avisou a Yoongi que ele poderia soltar Jimin quando a tropa chegou, o mesmo abriu a porta e saiu correndo.
Jimin saiu possesso de raiva da sala, iria matar um hoje.
O que Jimin não sabia, é que ao sair do galpão iria ver Jeon em uma maca com médicos em volta entrando no galpão/hospital.
Seu coração apertou, sua respiração ficou pesada, suas mãos suavam, a boca secou.
— O que aconteceu com ele? — Jimin resmungou.
Jimin ainda não estava falando com Jeon, o ignorava completamente, estava com medo de confiar e se machucar mais.
— O que aconteceu, Tae? — perguntou para o alfa que se aproximou.
— Seu ex está aqui Jimin, ele invadiu um dos estabelecimentos para chamar atenção, nós fomos aonde ele poderia estar, lá ele conseguiu se trancar com Jeon em uma sala, os dois lutaram por duas horas corpo a corpo — a perna de Jimin falhou, Tae segurou o mantendo em pé.
— Jeon o matou? — perguntou conseguindo ficar em pé novamente sozinho.
— Não, ele atirou em uma janela e fugiu — Tae falou — Tenho uma péssima notícia para você.
— Tem como piorar? — perguntou.
— Tem, você vai ficar aqui no galpão até nós pegarmos ele, não vamos te colocar em risco — realmente tinha como piorar.
— Mas ele vai ficar bem né? — perguntou tentando parecer não se importar com o estado de Jeon.
— Vai, ele já esteve pior que agora — Tae falou e entrou no galpão, encontrou Yoongi escondido na sua sala embaixo da mesa — O que está fazendo aí Yoon?
— O Jimin já foi? — perguntou em voz baixa.
— Ele está lá fora, saia daí — Yoongi saiu.
— Ele poderia me matar se soubesse que fui eu que o tranquei lá — Yoongi falou — Tchauzinho.
Tae o parou no caminho.
— Vai lá para casa? — colocou as mãos na cintura do ômega.
— Não sei se devo — se fez de difícil.
— Se divertindo sem mim? — Hoseok entrou na sala vendo os dois.
Ninguém sabia desse pequeno detalhe, os três estavam namorando há quase um mês.
[...]
Jimin entrou no galpão/hospital, passando despercebido aos olhos de todos.
Foi devagar até o quarto de Jeon, seguiu o cheiro do alfa, ele estava dormindo com os aparelhos monitorando seus batimentos.
O ômega sentiu seu coração apertar, queria cuidar do alfa, mas o medo era maior.
Ficou uns dez minutos velando pelo sono do maior, quando Jeon começou dar sinais que acordaria, saiu correndo do quarto.
Jeon acordou sentindo o cheiro do ômega no quarto, pensou estar delirando devido aos remédios.
Apertou o botão chamando os médicos.
— Quando eu vou sair? — perguntou, Jeon detesta hospitais, não tem lembranças boas.
— Hoje mesmo, só vamos esperar terminar o soro — o médico informou.
Jeon se curaria sozinho com a ajuda do lobo, não era necessário ficar ali, com um monte de coisas o espetando.
Em meia hora o soro acabou, os médicos deram alta para o alfa estressado, Jeon mataria um se continuasse naquele lugar.
Saiu e viu Jimin indo embora na moto, ele queria que o ômega voltasse a falar com ele, mas não iria pressionar.
— O Jimin fugiu! — viu Tae correndo com uma tropa — Tragam ele de volta.
— O que houve? — Jeon perguntou tirando o algodão de onde o furaram.
— É para o Jimin ficar aqui até nós pegarmos o cão, mas ele fugiu — Tae falou.
— Podem deixar, ele não vai sair do quarto — Jeon sabia que se ele ficasse em casa Jimin só sairia para procurar comida.
Igual bicho arisco.
— Você vai dirigir? — Tae questionou olhando Jeon subir na moto.
— Sim, tchau! — colocou o capacete e se foi.
[...]
— Iremos ao casamento dele — o ômega falou.
— Eu não vou — o alfa falou.
— Vai mozinho, por favor — o ômega pediu.
— O que você quer fazer no casamento do seu ex? Que você mesmo partiu o coração dele — o alfa perguntou.
— Dar parabéns, e matar quem está ocupando meu lugar.................
Tatuagem do Jimin.
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!
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