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Capítulo 16 - O encontro

Gilbert estacionou o carro a poucos metros da casa de Anne, e se virou para falar com a noiva, que lhe lançara inúmeros olhares desde a passeata até ali.

Ele queria saber ler pensamentos, e descobrir o que aquela garota surpreendente estava pensando. Nunca sabia o que esperar dela, pois Anne podia ser um porco espinho em um momento, e no outro ser tão doce quanto um pudim de coco, por isso, tê-la em sua vida era como viver em uma montanha russa constante.

Mas ele gostava disso, de ser surpreendido, mesmo que não fosse de forma positiva, que o deixasse irritado, que o fizesse arrancar os cabelos de nervosismo, que o fizesse desejar trancá-la em um quarto e só tirá-la de lá no dia do casamento. Ainda assim, Anne era um estímulo para o marasmo que tinha sido sua vida antes de conhecê-la. Ele estava aprendendo a viver de novo, a recuperar seu entusiasmo, a encontrar o caminho que perdera depois que saíra da faculdade, e se enterrara no escritório das empresas Blythes.

De repente, seus vinte e sete anos não pareceram pesar em cada um de seus ombros, apesar de ainda ser bastante jovem, e ter alcançado relativo sucesso profissional. Gilbert não tinha percebido o quanto viver sob a expectativa de que seu pai reconhecesse seu valor estava roubando dele o humor e a alegria, e a responsável por essa visão extremamente realista de si mesmo, era a garota sentada a seu lado que podia lhe dar tudo e lhe tirar tudo sem realmente o saber.

-Está entregue, noivinha. - ele disse, e Anne percebeu que aquele apelido não a irritava mais.

-Obrigada por hoje. Não pensei que tivesse coragem de fazer algo contra as regras. Você parece ser movido a estratégias, e planejamento tático. - ela comentou, enquanto pensava que aquele sorriso que Gilbert acabava de lhe dar ainda seria a causa do seu colapso. Que aquele homem tinha um charme inato, isso ninguém podia negar.

-Agora você me fez parecer uma pessoa pedante e monótona. - o rapaz torceu o nariz, e a garota ruiva riu de sua careta. Até quando tentava não ser tão atraente, Gilbert falhava. E era justamente por isso que ele era perigoso. Tinha que parar de descobrir coisas que gostava nele, ou aquele casamento deixaria de ser apenas um contrato para ela.

-Desculpe, não quis ofendê-lo. Essa é apenas a imagem que tenho de você na minha cabeça. - Anne foi sincera, e Gilbert a fitou com curiosidade antes de dizer:

-Acho que realmente não consegue ver nenhuma qualidade em mim, não é?

-Não é bem assim. O que fez hoje foi bem legal. Espero que não tenha nenhum problema com seu pai por causa disso.- ela disse, realmente preocupada com aquela possibilidade.

-Não se preocupe. Se ele descobrir, eu me entendo com ele. Já sou um homem feito, não há muito que ele possa fazer para me castigar. - ele disse com certo otimismo, mas sabia que não era bem assim.

-Por que quer tanto agradá-lo, Gilbert? A fortuna dele é tão importante assim para você? Não pode criar seu próprio império?- ela perguntou, cheia de curiosidade.

-É por causa da minha mãe. Metade do que meu pai tem pertence a minha mãe, e não posso deixar que isso vá parar nas mãos de um crápula como Billy Andrews.-Gilbert confessou.

-Eu entendo, mas vale a pena se anular para viver sob as asas de alguém que não dá o retorno que merece por sua dedicação?- Anne perguntou, encarando aqueles olhos castanhos que pareciam completamente honestos naquele momento.

-Talvez você tenha razão. Mas essa situação não vai durar para sempre. Após nosso casamento, eu terei mais autonomia dentro da empresa, e assim vou fazer com que as coisas mudem.- Anne sentiu um certo aperto em seu coração ao constatar que tudo o que Gilbert fazia por ela era para garantir que o casamento deles acontecesse. Não devia ter se esquecido disso, quando começou a se encantar pelas pequenas gentilezas que ele vinha demonstrando naquele relacionamento. Assim, ela ergueu de novo o muro envolta do seu coração, e tentou não se deixar levar pela luz que brilhava naquele sorriso.

-Entendo. - ela disse, distanciando suas emoções de Gilbert.

-O que foi? Eu disse algo errado? - ele perguntou ao perceber que a mente de Anne parecia ter tomado outro rumo, ao mesmo tempo em que seus olhos varriam o rosto dela inteiro, apenas para se fixar nos lábios vermelhos dos quais já roubara alguns beijos. Deus! Que boca linda ela tinha! Tão bem desenhada como se quem a fizera tivesse uma súbita inspiração. Aqueles lábios foram feitos para serem beijados por muitas e muitas vezes, e venerados com todo o coração.

-Não, eu só estou cansada. O dia foi longo, e obrigada mais uma vez pelo apoio que deu à nossa causa. Sei que não costuma fazer esse tipo de coisa com frequência.

-Você sabe que fiz isso por você. - ele respondeu, olhando-a nos olhos, e Anne teve a sensação de estar se perdendo de si mesma para se encontrar exatamente ali, naquele rosto, e naquele olhar profundo que a arrastava para o fundo de suas emoções confusas.

-Não faz isso.- ela pediu, tentando acabar com o encanto entre os dois. Ela tinha medo de se aprofundar no que estava sentindo, e descobrir algo maior do que desejava.

-O que?- Gilbert perguntou, sem entender porque depois de quinze minutos de uma conversa amigável, quase íntima, ela o empurrava para longe novamente.

-Não tenta me fazer gostar de você. - ela confessou sem esconder sua contrariedade.

-Achei que já gostasse. - ele disse, tentando trazer um pouco de humor para dentro da conversa dos dois que de repente tomara um rumo estranho.

-Você sabe que existe uma linha entre nós que não deve ser ultrapassada, Blythe. Não somos amigos, e estamos noivos apenas por conta de um contrato. Portanto, não tenta transformar esse relacionamento em algo que não existe.- ela disse de forma dura, atingindo Gilbert sem perceber como um dardo em busca do alvo perfeito.

-Eu fui sincero quando disse que participei da passeata por você, Anne. Sei o quanto isso é importante para você, e se vamos ser parceiros, temos que apoiar um ao outro - ele respondeu, aborrecido com as palavras anteriores dela.

-Aí é que está. Não somos parceiros, Blythe. Você não tem que fazer nada para me mostrar que se importa.

-Mas eu me importo com você. - ele disse se sentindo ultrajado por aquela afirmação. Será que ela nunca iria acreditar em nada que ele fizesse para vê-la feliz?

-Isso é bastante questionável quando se trata de um casamento comercial, e seu principal interesse é a fortuna de seu pai.- Anne disse, sentindo seu peito doer sem saber o motivo.

-Então, nosso principal problema é o contrato? Seria mais fácil se ele não existisse?- ele perguntou, apertando as mãos no volante para tentar controlar sua irritação.

-Se esse contrato não existisse nem estaríamos tendo essa conversa.- Anne o lembrou, pois se conheciam apenas porque ele a forçara aquela situação. Se ele não tivesse pago a dívida de seu pai, e exigido aquele casamento ridículo, Anne duvidava até que se cruzariam na mesma calçada.

-E o que o contrato tem a ver com o fato de você gostar de mim ou não?- Gilbert queria entender o que se passava na cabeça complicada de sua noiva, pois que ela detestava a forma como ele a conduzira para aquele casamento, o rapaz podia compreender, mas daí a negar qualquer afeto que pudesse existir entre eles era algo completamente diferente.

-É contra as regras.- Anne respondeu, desejando não ter começado aquela conversa.

-Então você tem regras para não gostar de mim?- ele perguntou, enquanto observava o rosto de Anne com atenção para ter certeza de que ela estava falando sério.

-Eu não posso gostar de você. - ela respondeu simplesmente, como se aquilo explicasse tudo.

-Por que? - ele insistiu. - Não estou dizendo que tem que se apaixonar por mim, Anne. Eu quero apenas que possamos ser amigos. - ele não estava sendo completamente honesto. Sua cabeça talvez pensasse assim, mas seu coração estava dando sinais que queria outra coisa, embora o ignorasse todo o tempo.

-Você sabe porque. Ameaçou meu pai e está me forçando a me tornar sua esposa. Acha que isso não é razão suficiente?- Anne dizia tudo aquilo, sabendo que não era de todo verdade. Ela vinha sentindo coisas que não queria e não devia sentir, pois entrara naquela situação disposta a fazer Gilbert pagar pelo que a estava submetendo, mas não planejara se sentir atraída ou desejar coisas que estavam fora do seu alcance. E ele era um perigo para seus planos, principalmente quando sorria como se fosse um garotinho escondido na pele de um homem adulto.

-Você nunca vai me perdoar, não é?

-Vou sim, basta me livrar desse contrato e tudo será esquecido. - ela pediu.

-Não posso fazer isso. Você sabe.- Gilbert disse quase se lamentando. Se não fosse a promessa que fizera no túmulo de sua mãe, que manteria tudo o que fosse dela a salvo, ele gostaria de recomeçar com Anne de outra maneira.

-Então sabe a minha resposta. Agora preciso ir, está ficando tarde.- ela respondeu, abrindo a porta do carro para sair, porém, antes que colocasse as pernas para fora do carro, Gilbert disse:

-Nosso encontro ainda está de pé, não é?

-Eu prometi, não foi? Eu costumo cumprir com minha palavra.

-Pode levar a Ruby?- Gilbert disse com cuidado.

-Por que?- Anne perguntou com a testa franzida.

-Eu tenho um amigo que talvez esteja interessado nela.

-Entendi. Então será um passeio a quatro.- Anne perguntou para esclarecer.

-Sim. Eu e você, Moody e Ruby.

-Esse seu amigo é legal? Diz para ele tratar bem a minha irmãzinha ou acabo com a raça dele. - Anne disse em tom de ameaça.

-Acredite, eu já avisei.- Gilbert disse rindo.

-Está bem. Até logo.

-Ei, eu não mereço nada pelo meu desempenho na passeata? Um beijo talvez?- ele disse, olhando-a intensamente.

-Nada de beijos, Blythe. - Anne recusou.

-No rosto, noivinha.- Gilbert falou, olhando-a de forma inocente.

-Tudo bem.- Anne se inclinou, e o beijou no rosto, mas Gilbert virou a cabeça tão rápido que seus lábios estavam quase se tocando. Anne sentiu seu coração na garganta, enquanto seus olhos foram atraídos por aqueles pontinhos dourados que dançavam na íris castanha de Gilbert. Eles ficaram se encarando, mas nenhum dos dois fez o movimento que uniria seus lábios em um beijo louco e apaixonado. Então, ela se afastou, suspirando intensamente, e Gilbert se amaldiçoou por não ter coragem de fazer o que queria, logo ele que nunca tivera problemas com isso.

-Nos vemos amanhã. - ela disse por fim, entrando em casa totalmente perturbada.

Assim que pisou na cozinha, Anne encontrou Josie que a olhou com certo desdém e perguntou:

-Como foi a passeata?

-Por que pergunta? Nunca se interessou por minhas coisas.- Anne disse desconfiada pela pergunta da irmã.

-E não me interesso, foi apenas curiosidade. Nem precisa responder. - Josie respondeu, saindo da cozinha e deixando Anne sozinha.

Sem entender o comportamento de Josie, Anne se sentou na mesa da cozinha, franzindo a testa e pensando no que iria fazer a respeito do que estava sentindo por Gilbert. Até outro dia tinha seus objetivos claros, passar os cinco anos daquele casamento odiando o cara que a pusera naquela situação, e agora não sabia mais o que queria.

Ele sabia ser fofo quando se propunha a isso, e aquilo era demais para o seu coração. Nunca imaginara que Gilbert fosse participar da passeata, e pior, que ela fosse ficar tão encantada por isso. Não devia ser fácil para um cara como ele, correr o risco de deixar o pai zangado apenas para mostrar à ela que se importava. Ainda mais porque Gilbert precisava tanto da aprovação de John Blythe.

Realmente não sabia o que pensar dessa atitude dele. Anne tinha muito medo de estar entrando em uma onda de manipulação daquele rapaz, e depois se decepcionar ao descobrir que ele apenas a estava usando para ter mais vantagens naquela sua disputa com seu primo oportunista. O que faria com seu coração quebrado se isso acontecesse? Ela precisava se proteger, mas estava cada vez mais difícil não se envolver, quando todo seu corpo entrava em uma espécie de transe quando estava perto de Gilbert

-Anne, aconteceu alguma coisa? Você parece tão perdida. - Diana perguntou. Ela tinha acabado de chegar do trabalho, e encontrou sua irmã mais nova assim, como se estivesse procurando por uma solução para um problema muito importante.

-Gilbert me acompanhou na passeata- ela disse de repente, fazendo Diana arregalar os olhos e dizer:

-Estou impressionada.

-Eu também, e isso não é bom.- Anne falou, baixando a cabeça e desenhando corações imaginários sobre o toalha de renda branca.

-Por que, meu amor? - Diana perguntou, ao perceber a inquietação da irmã.

-Eu não queria admitir, mas ele mexe comigo, Diana. E cada vez mais eu sinto que estou me envolvendo com Gilbert, de um jeito que posso me machucar.- Era difícil desabafar sobre seus sentimentos, mas ao mesmo tempo era um alívio colocar tudo aquilo para fora.

-Eu acho que ele também está se envolvendo com você. Ele é carinhoso, e cuida de você. Por que tem medo de viver uma paixão, Anne? É tão bom amar e ser amada.

-Ele não me ama. Me quer apenas para uma finalidade que você, e todo mundo dessa casa sabe qual é. Como posso me entregar para alguém assim?- ela disse aflita. Tivera tanta certeza de que não se apaixonaria por seu noivo, mas seu coração parecia ter outros planos. Ainda estava lutando contra aquela fascinação que a deixava fragilizada, mas Gilbert parecia empenhado a acabar com todas as suas reservas, e por Deus! Como era difícil dizer não, quando ele a olhava como se quisesse lhe ensinar coisas proibidas e excitantes sobre as quais não tinha experiência nenhuma.

-E você? O ama? - Diana perguntou de supetão, fazendo Anne a olhar assustada e responder:

-Não.

-Mas está apaixonada?- Diana insistiu.

-Eu não sei. Gilbert me faz sentir coisas estranhas. Às vezes ele desperta o melhor e o pior em mim. São muitas contradições de sentimentos, que acho que nunca vou entender completamente. De qualquer forma, esse casamento já está condenado desde o início - Anne declarou, se levantando da mesa com a intenção de ir para o próprio quarto.

-Você não sabe, Anne. Talvez as coisas funcionem entre vocês dois.- Diana a aconselhou.

-Não tem como isso dar certo, Diana. Somos de mundos diferentes, e nunca me encaixaria na vida de Gilbert. Quando tudo isso acabar, só vou desejar seguir a minha vida como antes.- e sem esperar por mais conselhos da irmã mais velha, ela foi finalmente para seu quarto, onde pretendia passar o resto do tempo daquele dia estudando.

No dia seguinte, quando Gilbert chegou no trabalho, seu pai estava à sua espera. Ele bufou três vezes ao saber pela sua secretária, que John estava em seu escritório. O rapaz detestava quando o Blythe mais velho invadia seu espaço sem aviso. Mas a empresa era dele, portanto, não havia muito o que Gilbert pudesse fazer a respeito.

Deste modo, ele entrou preparado para um confronto, uma vez que seu pai não apareceria ali tão cedo sem um bom motivo.

-Bom dia, filho. - John Blythe o cumprimentou, e ele respondeu colocando sua maleta em cima da mesa:

-Bom dia, papai.

-Aconteceu alguma coisa ontem? Você saiu do trabalho antes do seu expediente normal. - Gilbert prendeu a respiração por um momento, pensando na desculpa que daria, e então logo algo lhe ocorreu, e respondeu:

-Tive um compromisso com minha noiva. Algum problema com isso?- ele fez a pergunta enquanto abria a maleta e retirava de lá todos os documentos que precisaria usar no trabalho pelo resto do dia.

-Não, só perguntei por motivo de preocupação. Por que sempre parece que tudo o que te digo, você rebate como se fosse uma crítica? - John perguntou, olhando para o rapaz que sequer o encarava.

-Porque tudo o que me diz soa como uma crítica. - Gilbert respondeu se sentando em sua mesa, e começando a trabalhar no laptop.

-Isso não é verdade, Gilbert. Você é que sempre entende errado tudo o que lhe digo.- John reclamou. Se comunicar com Gilbert nos últimos tempos estava ficando impossível.

-Talvez porque o senhor sempre me faz pensar de forma equivocada. A começar por delegar funções a meu primo, que deveriam ser delegadas a mim. - o rapaz disse magoado.

-Ainda está chateado com isso, filho? Eu te expliquei que mandei Billy no seu lugar por conta do seu casamento. -John explicou, mas o rancor de Gilbert não diminuiu, e não diminuiria enquanto John não mudasse de atitude com ele.

Naquele instante o celular de seu pai sinalizou uma mensagem chegando, e ao vê-la, ele comentou:

-Que coisa.

-Algum problema?- Gilbert perguntou, franzindo a testa.

-Não, só uma passeata inconveniente que aconteceu ontem no centro da cidade, e que atrasou nossos clientes para alguns compromissos. Está tudo na Internet. - John disse, mostrando a Gilbert o vídeo sobre o qual o rapaz correu o olhar nervosamente, tentando ver se tinha como ser reconhecido no canto da tela, onde gritava a plenos pulmões junto com os outros participantes palavras de protesto. Mas aliviado, percebeu que passara despercebido, assim John não o viu e nem a Anne no meio da multidão.

-Acho que estão no direito de protestarem se não estão satisfeitos com algumas coisas - o rapaz disse, mostrando neutralidade diante de John Blythe cuja expressão era pura crítica.

-Sim, mas não dessa maneira. - o homem mais velho disse, e logo Gilbert tratou de interrompê-lo o informando:

-Tenho uma reunião on-line com os clientes da China, se o senhor me der licença.

-Claro, nos falamos mais tarde.- John respondeu, saindo logo em seguida, o que fez Gilbert respirar aliviado, e trabalhar o resto do dia sem mais nenhuma interrupção surpresa de seu pai.

No sábado, dia do encontro marcado com Anne, o rapaz chegou na casa de sua noiva dez minutos adiantados em companhia de Moody que parecia extremamente nervoso. Gilbert o acalmou durante todo o caminho, lhe garantindo que Ruby iria com eles, e que Anne apenas lhe pedira que tivesse um cuidado especial com ela.

Quando ambas as garotas apareceram, foi impossível para Gilbert não admirar a aparência de Anne em um vestido jeans de mangas compridas , e os cabelos soltos ao vento como ele gostava.

-Tudo bem?- ele perguntou, deixando um beijo na testa da ruivinha que lhe sorriu timidamente e respondeu:

-Estou sim.

-Acho então que podemos ir.- Gilbert disse, logo após ter cumprimentado Ruby, e Moody ter feito o mesmo com Anne.

Como todos concordaram, ele. os levou direto ao cinema, onde um filme de aventura estava em cartaz naquele dia. Anne se sentou ao lado de Gilbert enquanto Moody e Ruby se sentaram logo atrás do casal de noivos.

O filme era bastante interessante, por isso a atenção de todos estava direto na tela, mas em alguns momentos, Gilbert deixava seus olhos se desviarem para Anne que parecia estar completamente absorvida pelo que estava assistindo, e assim poderia admirá-la com toda a sua devoção. Em um determinado momento , ele passou os braços ao redor dos ombros dela, mas a ruivinha não pareceu se importar, o que deixou Gilbert extremamente feliz.

Ao final do filme, com enormes pacotes de pipoca nas mãos, eles saíram do cinema, e foram dar uma volta na praça que havia por ali. Ruby e Moody encontraram um banco para se sentarem e ficar conversando, enquanto Gilbert puxava Anne para o outro lado, a fim de que o outro casal tivesse um pouco de privacidade.

-Acha que Ruby está segura com seu amigo?- Anne perguntou, dando uma espiada na irmã por cima do ombro.

-E claro que sim. Moody é um excelente rapaz, somos amigos desde criança. - ele disse tentando tranquilizá-la.

-Então, se ele e seu amigo a tanto tempo, acho que devo me preocupar. - a ruivinha disse com um sorriso.

-O que quer dizer com isso? Que não sou confiável?

-Mais ou menos isso. - ela respondeu, comendo mais algumas pipocas, enquanto paravam de frente com uma fonte que naquele instante jorrava uma boa quantidade de água cristalina, hipnotizando o olhar de Anne que não parava de pensar em como aquilo era lindo.

-Eu sou confiável, Anne, e justamente por isso vou dizer o que quero fazer agora.- Anne desviou o olhar da fonte e encarou Gilbert, perguntando:

-O que é?

-Eu quero te beijar. - ele disse chegando mais perto.

-Nós já falamos sobre isso. Nada de beijos, Blythe. - Anne afirmou, sentindo seu corpo se arrepiar com a ideia de ter a boca dele pressionando a sua.

-Mas eu quero. - Gilbert falou, colocando, as mãos na cintura dela Anne e a puxando para si.

-Mas eu não. - Anne afirmou, sentindo as mãos do rapaz acariciando sua cintura, lhe causando alguns arrepios.

-Quer sim. - Gilbert a contradisse, colando seus corpos, de forma tão íntima que Anne sentiu sua pele se aquecer instantaneamente.

-Não quero. - ela tornou a dizer, vendo com quase desespero o rosto de Gilbert tão perto que podia sentir a respiração quente dele em seu rosto.

-Eu sei que quer. Vi você olhando para minha boca a noite inteira. - ele passou o nariz pelo dela, deixando seus lábios a centímetros dos dela, deixando-a quase zonza com sua proximidade.

-Eu não fiz isso.- Anne respondeu, sabendo que ele a estava conduzindo para exatamente o que desejava naquele momento, e ela estava falhando na tentativa de barrá-lo.

-É claro que fez, mas não vai confessar, não é? Como não vai me confessar que quer me beijar do mesmo jeito que quero beijar você. Mas não importa. - ele disse com o rosto cada vez mais perto. - Eu faço isso por nós dois.

E então, os lábios dele estavam sobre o seus, e a princípio, Anne manteve os dela fechados, tentando resistir, mas não conseguiu por muito tempo, e logo desistiu, deixando que a língua dele invadisse sua boca e tomasse dela tudo o que quisesse. Estava inebriada, embriagada pelo gosto de Gilbert, que nunca mais esquecera desde a primeira vez que trocaram um beijo assim. Anne o abraçou pelo pescoço, e o beijou de volta, tornando a experiência toda ainda mais prazerosa para ambos.

Seu coração estava disparado, sem perceber que o efeito sobre Gilbert era o mesmo. Ele estava perdido na doçura daquela garota que era puro fogo, mas ainda precisava de um pouco mais de prática e incentivo, para se transformar em uma linda fogueira.

Quando se separaram, Anne se sentiu sem forças, deixando sua cabeça encostada no peito dele, enquanto o rapaz acariciava seus cabelos. Eles não se falaram, e ficaram abraçados naquela comunicação muda, que apenas seus corações reconheciam.

Olá, mais um capítulo postado. Me deixem suas opiniões sobre ele, por favor. Beijos.













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