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de volta para o futuro.

Depois de alguns segundos, seus lábios se separaram. O coração de Sunoo batia mais rápido do que ele achou que fosse possível. Não poderia ter sido em um momento melhor. Sunghoon o encarava firmemente, com a respiração pesada.
De acordo com Sunoo, o garoto não poderia estar mais bonito do que aquilo. Seus cabelos pretos estavam sendo levados pelo vento, seus olhos brilhavam e seus lábios estavam entreabertos, como se esperasse por mais.

E Sunoo também queria mais. Ignorou seu rosto quente e nervosismo, aproximou-se novamente, juntando os dois em um beijo mais intenso, ainda melhor do que o primeiro. Sunghoon colocou a mão na cintura do mais novo, o aproximando, enquanto Sunoo segurou na nuca do mais alto. Era um sentimento bom e novo para os adolescentes, que curtiam o momento como se fosse o último.

Algum tempo depois, tiveram que separar-se para conseguir respirar, mas assim que seus olhares cruzaram novamente, sorriram um para o outro, Sunoo chegou a rir de tão surreal que tudo parecia.

──── O que foi? Você não gostou? ── Perguntou, confuso.

Continuou rindo, e apoiou a testa no ombro do mais alto, para não precisar olhar no rosto de Sunghoon. Finalmente acalmou-se.

──── Não... É só que... Isso é coisa de sonho. Não parece real.

Sunghoon sorriu com os lábios ao observa-lo assim tão adorável em seus braços. Ele também não conseguia acreditar direito naquilo. Não conseguia acreditar na sua coragem, nem no lugar onde estava, nem com quem estava. Aquele havia sido seu primeiro beijo com um garoto desde que assumiu-se para si mesmo, e como havia sido bom. Nada superaria.

Levantou a mão esquerda, pegando na de Sunoo, e as entrelaçou. Supreso, o mais novo levantou o rosto, encarando Sunghoon ainda envergonhado.

──── Mas é. É real...

Ficaram ali, observando as estrelas por mais alguns minutos antes de voltarem para o quarto de Sunoo. Sunghoon teria voltado para a casa de Daesung se precisasse, mas Sunoo insistiu na sua estadia, e obviamente o mais velho nem pensou na possibilidade de rejeitar.

──── Sunghoon... Vou pegar o colchão, pode esperar na minha cama. ── Disse Sunoo, assim que o mais alto acabou de trocar-se no banheiro. Foi levantar-se, mas Sunghoon segurou seu braço.

Encarou-o, confuso.

──── Não precisa. Sua cama é grande. Vamos dormir juntos. ── Sorriu, como se aquilo fosse normal para duas pessoas que não estão em um relacionamento. ──── Por favor? Eu não me mexo muito.

Sunoo desviou o olhar. Ele era muito direto, e rápido quando se tratava desse tópico. Pouco sabia que na verdade Sunghoon tinha quase zero experiência em relacionamentos. O mais novo, mesmo achando algo íntimo demais sendo que tiveram seu primeiro beijo há no máximo uma hora, ainda assim não queria dizer não para aqueles olhinhos de cachorro que Sunghoon tinha. Abriu um sorriso pequeno.

──── Tudo bem.

Sunghoon sorriu de orelha a orelha e deu um abraço no menor, depois o puxou para a cama, onde ambos se acolheram, com Sunoo encolhido nos braços do mais velho, tentando acalmar o nervosismo que sentia por estar com a cabeça colada no peito de Sunghoon. O mais velho, depois de arrumar-se, virou um pouco o corpo para apagar a luz do abajur, no entanto, viu algo interessante. A foto de Daesung e Sunoo crianças, bem do lado da luminária. Suspirou pesado.

──── Sunghoon...? ── Indagou, pois ele estava demorando demais.

Sunghoon virou o quadro, deixando-o virado para baixo e apagou a luz com um puxe na cordinha, assim podendo voltar para a posição agradável que era abraçar Sunoo.

O mais novo saiu na manhã de quinta-feira cedo, para conseguir chegar no horário na escola. Dessa vez decidiu não comer com os Kim, pois já estava ficando demais na casa deles, poderiam suspeitar.
Como sempre, passou seu tempo zanzando por aí, sem muito o que fazer. Chegou a seguir seu pai por um tempo, observá-lo na pista de skate, nem sabia o porquê de ele não estará na escola. Era engraçado vê-lo cair tantas vezes, uma vez que se orgulhava tanto de seu talento de quando era jovem.

No horário do almoço, pegou um pouco de dinheiro com Daesung, e foi almoçar com ele, mais para conversar sobre detalhes de horário do dia seguinte. Daesung parecia aéreo, mas Sunghoon não falou nada. Talvez finalmente estivesse pensando.

──── Sunghoon... ── Começou Daesung, depois de um tempo comendo em silêncio. ──── Você... Está se envolvendo com Sunoo?

Sunghoon engoliu em seco, mas ficou em silêncio.
Daesung brincava com seus dedos, os observando atentamente.

──── Eu... Talvez eu esteja começando a entender. Eu não apoio, mas não é motivo para espancar alguém.

Olhou para seu tio, impressionado. Aquilo era um progresso bem notório, mas claro, não perfeito. Iria comentar algo, mas o garoto agarrou seu refrigerante e saiu do restaurante. Provavelmente não queria mais ouvir sobre essa conversa. Sunghoon deu uma leve risadinha ao ver a porta fechar-se atrás dele.

Umas 17 horas, foi para a escola de dança de Sunoo, esperando encontrá-lo, mas apenas algumas garotas estavam lá, e quando questionadas sobre o garoto, disseram que ele foi procurar por alguém na praça. Meio confuso, foi até onde indicaram, encontrando o garoto andando pela calçada, olhando para os lados, meio apressado. Sunghoon se aproxima, e coloca sua mão no ombro dele. O menor vira-se, e abre um sorriso na hora.

──── Estava me procurando? ── Perguntou o mais velho, com um sorriso sacana, enquanto ajeitava os cabelos do outro.

──── Sim. Minha aula acabou mais cedo, então vim te procurar. Você me disse que gostava da biblioteca, eu estava indo para lá. ── Explicou-se.

──── Que tal irmos para lá, então? ── Sugeriu, tentando segurar a mão de Sunoo, mas esse solta-se, observando os arredores rapidamente em seguida.

──── Você está doido? Não podemos dar as mãos! ── Murmurou.

Sunghoon mordeu o lábio inferior. Esqueceu-se sobre esse detalhe.

──── Desculpa. Entendi, só quando estivermos sozinhos. Vamos lá? ── Sorriu, colocando as mãos no bolso da calça.

──── Aliás, Sunghoon, você não deveria trocar de roupas? Só te vi com duas até agora. Não é muito higiênico. ── Observou-o de cima a baixo, enquanto caminhavam.

Lambeu os lábios, nervoso.

──── É impressão. Tenho muitas roupas repetidas. ── Deu um risinho fraco. ──── Como foi o ensaio? ── Tentou trocar de assunto. Sunoo parecia ter caído.

──── Foi bem. Minha parceira já não está fazendo erros. Está muito bom. ── Sorriu, pensando em sua apresentação. Gostava do palco. ──── Você vai ir me ver amanhã, não vai? No baile?

Na verdade, Sunghoon não sabia se conseguiria. De acordo com o que ouviu, era muito perto do horário do raio, e ele não podia arriscar. Abaixou o olhar.

──── Farei o meu melhor para ir.

   Os dois chegaram na biblioteca, e imediatamente Sunghoon levou o mais novo para ver os livros que ele andava lendo. Conversava entusiasmadamente sobre eles, sempre com um sorriso no rosto, o que Sunoo achava que poderia assistir para sempre. Ele era somente... Muito lindo. Depois, decidiram pegar mais quadrinhos para ler juntos, e sentaram-se no chão, entre as estantes. A área de quadrinhos era mais no final, o que os deixava quase completamente cobertos, ninguém, provavelmente, os atrapalha ali. Depois de um bom tempo calados, Sunoo quebra o silêncio:

──── Hoje... Daesung me ajudou. ── Quase murmurou.

Sunghoon levantou a cabeça rapidamente, com as sobrancelhas arqueadas.

──── Ele o que?

──── Aqueles garotos estavam em cima de mim, eles me viram no corredor, e estavam me ameaçando, ── Sunghoon resmungou ──── mas Daesung aproximou-se e disse para eles que o que eles ouviram naquele dia não era verdade, era só uma frase de drama. Porém, ele não falou nada assim que eles foram embora, só foi junto...

Sunoo levantou o olhar para observar Sunghoon. Há poucos dias estava chorando por Daesung, e estaria mentindo se dissesse que não pensa mais nele. No final das contas, nem mesmo conseguiu tirar a foto com ele de sua cabeceira, e sabia que o mais velho havia visto. Ele nunca deixaria a foto virada para baixo. Sunghoon mordeu o lábio.

──── Vais perdoá-lo? ── Perguntou, com um leve desgosto na fala.

──── Ele não desculpou-se. ── Respondeu, dando um sorriso labial rápido. Sunghoon preocupava-se demais com ele.

──── Ele precisa pensar um pouco mais. ───
Comentou, com os olhos focados em seu gibi.

Ficaram mais um tempo em silêncio, até Sunoo fechar sua revista, e deixá-la de lado. Apenas usando os joelhos, aproximou-se mais do maior, que estava com a cara enterrada na HQ. Usando uma das mãos, colocou a mão sobre o livro, abaixando-o, trazendo a atenção de Sunghoon para si. Sorriu, e colocou a mão direita delicadamente em sua bochecha, deixando um carinho ali.

──── Sun... ── Tentou falar.

Sunoo juntou os lábios dos dois rapidamente, começando um beijo como o da noite anterior. Sunghoon surpreendeu-se mas logo retribuiu da mesma forma. Era arriscado fazer aquilo na biblioteca, mas não se importavam mais. Continuaram por um bom tempo, finalizando com um selinho terno. Sunoo então acomodou-se ao lado do mais velho, e pegou a sua HQ novamente.

──── Sunoo. Achei que você fosse cuidadoso. ── Brincou. O menor abriu um sorrisinho.

──── Ninguém vem aqui a essa hora.

Colocou a mão sobre a de Sunghoon, e este logo entendeu, entrelaçando seus dedos com os dele.

Ficaram mais um tempo em um silêncio confortável, até algo voltar a martelar na sua cabeça. Ele não podia ficar com Sunoo para sempre, iria voltar. Iria voltar em apenas um dia. Olhou para o rosto delicado do garoto ao seu lado. Não queria deixá-lo, mas não podia simplesmente sumir sem falar nada. Suspirou, tomando coragem.

──── Sunoo... Eu... Eu volto logo para a minha cidade. É bem longe daqui. ── Encarava Sunoo, esperando uma reação.

Diferente do que achava, ele sorriu, pequeno, mas sorriu, e encarou Sunghoon.

──── Eu sei. Eu sabia já que você iria falar isso. Sempre vinha a minha mente que você não era daqui, e que um dia teria que ir embora. E que seria logo. ── Respondeu, com o olhar baixo. ──── Mas por favor, não vamos falar sobre isso, ok? Eu só quero aproveitar enquanto você ainda está aqui.

Sunghoon sorriu como Sunoo. Não era uma surpresa, no final das contas. Ambos já sabiam que não ficariam juntos por muito tempo. Só talvez não aceitassem isso direito.

Sexta-feira. Sunghoon dormiu na casa de Daesung, e logo após as aulas acabarem, foram juntos até o carro na floresta, para começar os pequenos ajustes que precisaria para que funcionasse. Trabalharam grande parte em silêncio. O fato de que ele ainda estava o ajudando estranhava muito o mais novo, que ao mesmo tempo se sentia grato. Mesmo tendo admitido coisas tão absurdas, Daesung mal o questionou, só começou a ser o pilar de Sunghoon naquela época, exatamente como ele era no presente.

──── Daesung... ── Chamou, quebrando o silêncio, mesmo que antes o barulho de ferramentas fosse presente. ──── Podes me emprestar uma camisa social? E uma calça também?

──── Quando voltarmos eu te dou. Meu pai me deu umas antigas que eu nunca usei. ── Sua resposta foi rápida, e nem desviou a sua atenção do que fazia.

──── Obrigado. ── Deu um rápido sorriso lateral.

Voltou o silêncio, que naquele ponto só era esquisito para Sunghoon. O último sentou devagar na grama, ao lado do carro. A situação se assemelhava com a de como tudo havia começado. Ele e seu tio sozinhos mexendo em uma lata velha, a qual incrivelmente podia fazer milagres. Sunghoon se questionava se o que ele havia feito era realmente o que deveria. Se no final das contas ele não interferiu demais. No entanto, nunca se arrependia.

──── Por que você continua a me ajudar? Eu até te dei um tapa na cara. ── Comentou, dando uma leve risada depois. ──── Achei que era o meu fim quando te confrontei.

──── Eu não sou tão infantil. Tenho ideais fortes, mas eu te prometi que iria ajudar. Porque eu acredito em você. ── Falava ainda focado em seu trabalho.

──── Ah... Você fala igualzinho mesmo 40 anos mais novo. ── Exclamou, dando um tapinha nas costas de Daesung. ──── Você não quebra promessas... Não é? Normalmente há promessas de amizade.

Daesung deixou a ferramenta cair, e não falou nada por alguns segundos, até encarar o mais alto com uma expressão neutra.

──── Eu acabei. Entre no carro, vamos levá-lo para a rua.

Sunghoon abre um sorriso maroto, fazendo o que lhe foi pedido. Usariam a máquina como um carro normal e estacionaram-na onde o plano do mais velho começava. Já estava cada vez mais tarde, e Sunghoon nem tinha visto Sunoo ainda, pois ele ficaria o dia todo com o seu clube de dança de salão, para treinar o máximo possível até o baile.

Umas 20 horas, voltou com seu tio para casa de sua avó, e vestiu-se com as roupas de Daesung, as quais consistiam de uma camisa branca e um par de calças formais de cintura alta, da mesma cor. Estava mais bem vestido do que achou que poderia um dia ficar. Assim que ficou pronto, ambos saíram, rumo à escola. Daesung não participaria do baile, e disse ao sobrinho que não o faria mesmo sem a presença dele, então nem ouviu as reclamações do mais novo. A festa aconteceria na quadra, a qual tinha um palco. A entrada de pessoas que não fossem da escola era permitida se essa pessoa estivesse acompanhada de um aluno, mas um único aluno não podia trazer muitas pessoas. Chegaram na entrada, e assim se separaram, Sunghoon estava à espera de Sunoo, acabaram combinando de se encontrar um pouco antes das
21. Sentou-se sobre o corrimão das escadas que levavam à entrada da escola, enquanto observava vários alunos passarem pela porta. Recebia, também, muitos olhares, especialmente de garotas.

──── Ei! ── Uma voz familiar o chamou do final das escadas.

Ao virar-se, depara-se com Sunoo ainda mais lindo do que já era, em um terno de cor escura. Estavam quase como opostos. Observou-o dos pés à cabeça, com um sorriso nos lábios. Sunoo sorriu de volta, finalmente estava vendo Sunghoon em roupas realmente bonitas. O mais novo foi ao encontro do garoto de branco, e entraram juntos nos corredores daquela edifício. Depois de algumas voltas, o som alto de música pode ser ouvido pelos adolescentes, estavam na quadra. A primeira festa de ensino médio que Sunghoon atenderia.

──── Oh, está chovendo... ── Comentou Sunoo, olhando pela última janela do corredor antes do ginásio.

Sunghoon aproximou-se da janela também, olhando oara o céu. Era o cenário começando a se tornar o da notícia. Seria em somente uma hora.

──── É. Está chovendo.

Adentraram a quadra, encontrando um monte de jovens dançando e conversando, nos mais variados vestidos e roupas formais. Uma banda estava tocando músicas antigas famosas, provavelmente hits atuais para a época. Sunghoon vai até Sunoo, pondo-se em sua frente.

──── O que foi? ── Perguntou, com uma risadinha.

──── Kim Sunoo.

──── Sim?

──── Aceitaria dançar comigo? ── Fez uma leve referência. Sunoo ficou em silêncio. Não podiam dançar como os outros casais sem serem atacados por isso. Abaixou o rosto, mas Sunghoon levantou-o de volta, com um sorriso nos lábios. ──── Ou que tal uma batalha de dança? ── Brincou, se logo se afastando para mostrar seus incríveis passos de dança.

──── Quero ver você vencer de mim! ── Respondeu Sunoo, entrando na brincadeira.

Fingindo que a pista era somente deles, por mais cheia que estivesse, divertiram-se em seu próprio mundinho, apreciando os passos profissionais de Sunoo e os engraçados de Sunghoon. O tempo passava rapidamente, e o viajante não podia parar de checar o relógio a cada segundo o horário. Um relâmpago pode ser ouvido. Ainda não era esse, mas não demoraria para que fosse.

──── Sunghoon. ── Gritou Sunoo em sua orelha. ──── Eu irei para trás do palco. Minha apresentação será daqui a pouco.

Sunoo desapareceu entre a multidão antes que Sunghoon formulasse uma resposta. Ele precisava ir logo, o raio pelo qual esperava seria logo, não podia ficar ali, mas mesmo assim, não moveu seus pés do chão.

A banda arrumou seus instrumentos para sair do palco. Mesmo tendo demorado apenas minutos, para Sunghoon, aquilo estava acontecendo em câmera lenta. Desviava o seu olhar do palco para a porta de saída a cada segundo, com a sua consciência o falando para ir logo embora. Daesung provavelmente já estava o procurando a esse ponto.

Uma mulher bem vestida, com um sorriso largo, entrou no palco, segurando um microfone nas mãos.

──── Boa noite, alunos. Teremos uma pausa na música para a apresentação do clube de dança de salão, por favor, os recebam bem. ── Palmas soaram pelo ginásio, provavelmente mais da metade dos alunos estava prestando atenção o bastante.

Uma música calma começou, e os membros do clube entraram no palco. Foi fácil encontrar Sunoo para Sunghoon, ele estava bem no meio, se destacava tanto que parecia que era o único foco da apresentação. Os dois trocaram olhares, e o mais velho, esqueceu de suas preocupações. Abriu um sorriso sincero, com os olhos grudados em Sunoo. Aquilo combinava tanto com ele, suas expressões eram perfeitas para a dança. Era como um anjo dançando pelo palco de madeira. Ao redor de Sunghoon, muito casais começaram a fazer o mesmo, era o clima perfeito para uma dança romântica.

Mas o tempo estava passando. Outro relâmpago acordou Sunghoon, que agora já não tinha mais opção em permanecer ali. Com a expressão chorosa, saiu correndo da quadra, enquanto o final da música ainda tocava.

Sunoo finalizou até o último passo com perfeição. Uma onda de aplausos veio da audiência, mas o garoto só estava focado em procurar Sunghoon entre a multidão, mas não conseguia o achar, até ver um vulto de roupas claras correr pela porta do ginásio. Ele havia ido embora? Antes mesmo de poderem agradecer ao público, pula do palco, esbarrando em várias pessoas para conseguir chegar à saída, e vai correndo, procurando por Sunghoon, confuso, não conseguia pensar em motivo para ele ser sumido tão de repente. Correu o bastante para chegar até fora da escola, onde a chuva estava pesada.

Conseguiu, finalmente, ver Sunghoon de longe. E ao lado dele, Daesung.

Correr na chuva foi bom para Sunghoon. Antes que chegasse lá, seus olhos já estavam cobertos de lágrimas, mas agora, com os pingos de chuva, apenas sua expressão triste era visível. Chegou a Daesung, morto de cansaço. Seu tio estava incrédulo com a falta de responsabilidade dele.

──── Porque demorasse tanto? Vá logo para o carro! O raio é em três minutos!

──── Desculpa, eu...

──── Sunghoon! ── Gritou Sunoo, correndo em sua direção. ──── Sunghoon o que aconteceu? Por que você está com ele? ── Encarou Daesung com as sobrancelhas arqueadas. Estava ofegante.

O maior não falou nada, apenas abraçou Sunoo com força, esfregando seu rosto nas roupas também encharcadas do mais novo.

──── O que ouve? Sunghoon? ── Era clara a preocupação em sua fala.

──── Sunghoon! Vá logo! Você vai perder o raio! ── Gritou Daesung.

Soltou-se dos braços de Sunoo, mas mantém contato visual, e continuava com uma das mãos nos ombros do mais novo. Ele parecia tão confuso, e seus cabelos molhados grudados no rosto o deixavam ainda mais bonito.

──── Sunoo... Eu não sou daqui. Eu...

──── Sunoo! Ele veio do futuro. Não é piada! E ele vai morrer se ele não for. Desaparecer por completo! ── Daesung segurou o braço de Sunoo, que já estava em desespero.

──── Daesung! ── Mais alto do que os dois, exclamou Sunghoon, chamando a atenção. ── Cuide do Sunoo. Promete, viu? Eu vou te cobrar! Não ouse esquecer. E... Sunoo...

Olhou para o rosto triste do garoto pelo qual havia se apaixonado. Ele claramente ainda não aceitava aquilo, acabou descobrindo tão de repente, quase a força. Sunghoon abriu um sorriso leve. Era hora de ir.

──── Eu te amo.

Sunghoon soltou-se dos braços de Sunoo, correndo até o carro. O menor tentou correr atrás dele novamente, mas foi segurado por Daesung. Entrou no carro rapidamente, acomodando-se no banco de motorista. Ligou o carro, ajustou a data rapidamente, e pisou no acelerador. De volta para 2019.

O carro começou a andar, e ficava cada vez mais rápido. A velocidade aumentava, e junto com o nervosismo de Sunghoon, e até mesmo de Daesung, que estava para ver uma das coisas mais incríveis que poderia ver. O tempo estava curto, pisou no acelerador com mais força.

79...

80...

81...

A velocidade subia cada vez mais rápido. Assim que chegou perto o bastante, fechou os olhos. 88.

O raio atingiu a estátua no topo da entrada da escola, onde havia um fio que o conectava a dois postes de luz, pode onde a grande antena instalada por Daesung encostaria no momento em que o raio atingisse a estátua. A voltagem foi tão alta que jogou tanto Sunoo quanto Daesung para trás, que estavam de olhos arregalados, pois o carro havia sumido. Tudo o que restava era um caminho de chamas no chão. Sunghoon já não estava mais entre eles.

   Sunghoon abriu os olhos, e ainda estava andando com velocidade, mas já podia reconhecer onde estava. Pisou no freio no mesmo momento. Reconhecia aquele estacionamento. Assim que o carro parou, suspirou pesado. Ainda estava encharcado, mas não tinha tempo a perder. Saiu do carro com as mãos e pernas trêmulas. Os seus arredores eram a sua cidade, sua cidade em 2019, mas seu tio não estava ali, estava somente o seu celular, jogado no chão. Pegou-o, olhando a data.
Estava de volta. Estava realmente de volta.

Correu para pegar um táxi de volta para casa, mesmo exausto. Sua respiração estava descompassada, precisava saber se tudo havia ido bem. Não podia esperar, portanto, aquela viagem curta de carro demorou uma eternidade. Pagou o homem com o celular assim que avistou a residência. Tudo parecia... Muito normal.

Ansioso, tocou a campainha. Ouviu um "estou indo" de dentro, era uma voz conhecida. A porta foi aberta, e Daesung a abriu.

Os olhos de Sunghoon encaravam-no em desespero. Daesung também estava surpreso, mas logo abriu um sorriso calmo.

──── Bem vindo de volta. ── Falou.

Sunghoon abraçou-o, e o mais velho nem se importou de ter suas roupas molhadas. Depois de um tempo naquela posição, ouviram uma voz chamá-los da cozinha.

──── Daesung? Sunghoon chegou? Venham jantar! ── Era mãe do garoto.

Afastou-se de seu tio, e esse tentou entrar na casa, mas Sunghoon impediu-o, segurando a sua manga. O mais alto encarou-o, esperançoso.

──── Sunoo. O que aconteceu com o Sunoo?

Daesung respirou fundo, e colocou a mão no bolso. Sunghoon assistiu cada movimento seu, ansioso.

──── Sabe... Faz quarenta anos que eu espero essa pergunta sua. ── Pegou seu celular, mostrando-o a foto de bloqueio.

Ali estavam, Daesung, Sunghoon e Sunoo na mesma foto, uma foto que ele reconhecia, de uma viagem que fez junto com seu tio no ano anterior, mas agora, ela incluía Sunoo. Imediatamente, não conseguiu reter as suas lágrimas, e encolheu-se no chão, não sabia se eram de tristeza ou felicidade. Sunoo estava vivo. Realmente vivo.

──── Ele casou-se há dez anos com seu marido. Tem duas filhas adotadas, e tem uma vida boa, digamos. ── Explicou, mas o mais novo continuava choramingando baixinho bem na porta. ──── Ah! Eu tenho mais uma coisa para você.

Sunghoon finalmente levantou o rosto, esperando o que seria. O tio colocou sua mão novamente no bolso, retirando sua carteira.

──── Já está meio velha... Mas prometi que te entregaria na sua volta. ── Sorriu de leve com os lábios.

O adolescente levantou-se, olhando Daesung retirar de sua carteira uma foto antiga, dobrada, a qual parecia uma polaroid. Assim que Sunghoon pegou a fotografia nas mãos, abriu-a, surpreendendo-se.

Era uma foto sua e de Sunoo, abraçados, na pista de patinação. Ambos sorriam. Sunghoon, que já estava se acalmando, sentiu seu coração apertar novamente.

──── Eu estava lá nesse dia. Eu que tirei, dei a Sunoo um dia depois da sua volta, mas ele escreveu algo atrás e me devolveu, disse para eu guardar e te entregar.

──── O que? ── Perguntou após uma fungada.

──── Leia atrás.

Com uma caligrafia delicada, mas com a tinta já muito desgastada, estava uma pequena mensagem.

"Para sempre a minha paixão do futuro. Assinado por: o seu amor do passado."

[FIM..]

acreditem, eu estou tão triste quanto vocês! essa fanfic tem meu coração por completo, e espero que vocês tenham gostado também.
quero lembra-los outra vez de que é apenas uma adaptação, a estória original se encontra no perfil da: bronquite 💗

muito obrigada por ter lido até aqui, vejo-os em breve.. 💗

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