Você acha que é a unica na vida
Ludmilla suspirou aliviada enquanto terminava de fechar o fecho do vestido. Então a porta do banheiro se abriu e instintivamente ela olhou na direção.
Arrependeu-se.
Com um sorriso cínico no rosto, Hanna se aproximou parando ao lado dela em frente ao grande espelho tentando não dar importância para a raiva dentro de sí, Ludmilla abaixou a cabeça e começou a lavar as mãos. Com tantas pessoas para se ficar sozinha em um banheiro tinha que ser justo com aquela vagabunda ?! A loira ao lado abriu a pequena bolsa de mão que carregava e começou a retocar a maquiagem. E Fechando a torneira Ludmilla secou as mãos em uma das toalhinhas dobradas e foi em direção a porta pronta para sair do banheiro.
— Você acha que é a única na vida dela ? - Hanna perguntou olhando no espelho enquanto retocava o batom.
"Mais dois passos e saia daí" - Ludmilla pensou.
— Ela quem ? - perguntou não obedecendo a si mesma.
— Ah, você sabe - a loira revirou os olhos – Sua esposa Brunna Gonçalves.
Ludmilla sorriu de canto debochada.
— Que eu saiba você não passa de uma ex - secretaria minha querida, então isso não lhe diz respeito.
— Não fui apenas uma secretaria e você sabe muito bem, ela é assim com todas não se sinta especial.
— Ah sim claro - Ludmilla disse revirando os olhos mostrando-se entediada — Você foi mais uma das que foi pra cama com ela que novidade, não é ?
— Você não se importa ?
— Não - disse decidida — Afinal, dezenas passaram pela cama dela mas apenas uma ficou - ela disse apontando para si mesma.
Céus, se fosse em outra situação, neste momento a morena estaria caindo na gargalhada.
— Agora se me der licença tenho que voltar para a minha mulher pois ela deve esta me esperando - deu um passo em direção a porta.
— Escute o que estou te dizendo - a loira disse detendo Ludmilla — Se quiser tome como um conselho muitas mulheres se jogam aos pés dela e a Brunna não é de uma mulher só.
— Cale essa maldita boca e não ouse se aproximar de Brunna ou eu acabo com você - Ludmilla ameaçou.
— Você sabe quem eu sou ? - Hanna empinou o nariz.
— Não, mas se você aproximar da minha mulher te mostro quem eu sou.
— Vai por mim eu não queria estar no seu lugar - a loira disse com uma pitadinha de inveja — Você ira lembrar disso quando pegar ela na cama transando com outra.
Por desconfiada que Ludmilla estivesse, ela não deixou transparecer ao contrário sorriu largamente e disse com a voz controlada.
— Tenha uma ótima noite Hanna - Ludmilla anunciou antes de sair e fechar a porta com toda a sua força.
Ela caminhou brava e apressada pelo longo corredor até alguém a agarrar pelo braço. Realmente a morena tinha comemorado cedo demais.
— O que você tem na cabeça Ludmilla? - era Clara visivelmente irritada — Não acredito que você se casou com a Brunna Gonçalves, o que você está pensando ?
— Posso saber o que há de tão errado nisso ? - se soltou das mãos firmes de sua mãe.
— Ela é uma vagabunda que está se aproveitando de você e de jogando contra a nossa família.
— Ela não é nenhuma vagabunda mais respeito com a minha esposa.
— Eu não estou de reconhecendo Ludmilla.
— Isso você tem razão eu sou a nova Ludmilla que está casada e que tem responsabilidade e que não depende dos pais, agora será que pode me deixar em paz ?
— O que você vai fazer quando ela não te querer mais ? - Silvana perguntou mas não esperou resposta — Pois é isso o que ela vai fazer com você quando ela se cansar desse joguinho.
— Isso eu posso garantir que não vai acontecer - Brunna chegou abraçando a cintura de Ludmilla — Olá Sra.Oliveira.
— Vagabunda - Silvana murmurou.
— Ah e eu sou a vagabunda da história ?
— A minha filha está cega por você mas quando isso acabar ela vai voltar como uma vadia para....
— Mais respeito com a minha mulher por favor, não admito que xinguem Lauren principalmente na minha presença - a latina se irritou — Pode nos deixar em paz ou que vê eu beijando a sua filha ?
Brunna virou Ludmilla para si e encontrou aquele par de olhos verdes tão lindos e ignorando a existência de Silvana, a latina beijou a morena introduzindo sua língua logo em seguida ao encontro da língua de Ludmilla, iniciando um beijo quente. Vendo isso vários fotógrafos tiraram fotos, com toda certeza estariam na primeira página das revistas.
Vendo que Silvana não estava mais lá, Brunna quebrou o beijo e sussurrou no ouvido de Ludmilla.
— O que acha de irmos embora ? São muitas emoções para uma noite só - alisou a delicadamente a cintura da sua esposa — Já me despedi de Martin e sua família.
— Uma ótima idéia.
De mãos dadas Ludmilla e Brunna saíram do evento e não demorou muito para ambas já estivessem no carro em um silêncio que Brunna logo tratou de quebrar.
— Já que saímos cedo podemos assistir um filme com a Sofi, provavelmente ela deve estar levando a babá há loucuras - a latina disse e Ludmilla a encarou e sorriu.
— Sim, podemos comer pipoca ? - Ludmilla perguntou e Brunna assentiu sorrindo.
A morena comia demais mas a latina não ficava atrás. Principalmente quando chegava em casa depois de uma dia tenso na indústria, ela mau podia comer lá já que sua advogada nunca a deixava em paz. Mas Brunna prestou atenção em uma coisa, as palavras da mãe de Ludmilla haviam a deixado extremamente mau.
— Está chateada com as coisas que sua mãe disse, não é ?
— Um pouco.
— Eu não sou muito boa nisso mas o que eu tenho que fazer para você ficar bem ?
Ludmilla riu com isso pois era a primeira vez que a latina dizia uma coisa fofa. A maioria das vezes eram palavras para levar a morena pra cama, mas aquele momento a latina só queria que Ludmilla ficasse feliz.
— Nada, Bru. Está tudo bem.
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