Revelação
Na indústria Gonçalves estava uma correria, porque além dos últimos ocorridos Brunna chegaria hoje. Não se estava previsto o que ia acontecer, nessa guerra as estratégias são bombas que caem em lugares que menos esperamos. E na sala de reunião estava Juliana, Júlia e Dayane.
— Okay, me conte o real motivo dessa guerra entre os Gonçalves e Oliveira.
— Preste atenção - Júlia alertou e foi até o quadro.
No quadro estava desenhado a Indústria Gonçalves e a Empresa Oliveira lado a lado. Com vários números em baixo e óbvio que Dayane não fazia a menor idéia daquilo, mas sua namorada que ali estava presente sabia muito bem de números.
— A indústria Gonçalves conhecida pela sua grandeza e poder, somos conhecidos por construir os luxuosos hotéis, casas e carros e com os melhores funcionários - apontou para os números — Isso nos gera milhões e mais milhões de dólares que é administrado por mim.
Júlia faz um pausa para logo depois continuar.
— Mas muito antes de mim, o administrador era ninguém nada menos que Sr.Oliveira.
— Isso é sério ? - Dayane e Fernanda perguntaram surpresas.
— Sim, o Sr.Gonçalves depositava total a confiança do mundo nele, assinava papéis sem ao menos ler, Dayane antes dessa guerra eles eram amigos, mas o Oliveira não passava de um traidor que estava planejando roubar a Indústria Gonçalves, e conseguiu.
— Então aquela história que ele me contou era tudo mentira ?
— Sim, ele fez com que o Sr. Gonçalves assinasse o papel sem ler e no mesmo dizia que a Indústria Gonçalves estava depositando 1 bilhão de dólares na conta do Oliveira - Juliana continuou a dizer.
— E por isso não tinha nem como denunciar sendo que no papel Sr.Gonçalves fez por vontade própria - completou Júlia — E 1 bilhão foi o suficiente para seu querido pai erguer sua própria empresa no mesmo ramo em que nos trabalhamos, dando início de uma concorrência.
— E a Indústria Gonçalves, como conseguiu se levar novamente ?
— Apesar de temos perdido 1 bilhão de dólares fomos capazes de dar a volta por cima com dificuldades, mas nada impossível, recuperando todos os acionistas que tínhamos perdidos para o Oliveira - Júlia explicou.
— O que deixou o Oliveira irritado e fazendo que o ódio se acumulasse entre essas duas famílias, foi tanto ódio que o seu pai mandou matar o Sr.Gonçalves pois não aceitava ter perdido - Juliana disse.
— Como Brunna descobriu que foi o Oliveira quem matou os seus pais ?
— Por uma gravação, o cara que foi pago para matar o pai de Brunna ficou insatisfeito com a quantia que o Oliveira havia lhe dado, sendo assim ele ameaçou de contar para Brunna que na época estava com 18 anos - a loira explicou — Mas nem deu tempo dele contar pessoalmente pois Oliveira o matou.
— Mas no dia seguinte Brunna havia recebido uma gravação e o cara confessava tudo, acusando o Oliveira como mandante do crime - Júlia disse — E Brunna tomou um ódio tão forte que ela jurou para si mesma que acabaria com tudo que o Oliveira possuía, ela guardou esse segredo por muitos anos e agora ela decidiu revelar.
— Não sabemos o final dessa história, mas tenha certeza de que muitas coisas viram - Juliana completou.
— Gente eu tô chocada - Fernanda disse colocando a mão na boca.
— Eu não estou acreditando que vocês acabaram de me dizer, Sério ? Parece coisa de filme.
— Acredite, isso está longe de acabar essa guerra há muito em jogo justamente agora que a Rainha se apaixonou pelo coringa do jogo.
— Em um jogo arriscado o único sentimento que pode nos destruir é o amor - Dayane comentou.
Toronto, Canadá.
Brunna estava sentada na cama do luxuoso hotel pensando nas mil maneiras para falar pra Ludmilla tudo. Na verdade Brunna estava com medo porque a possibilidade de Ludmilla praticamente odia - la era muito grande. A latina estava farta de mentiras e Ludmilla não merecia isso, muito menos agora.
— Bru ! - Ludmilla falou em um tom alto de repreensão — Como assim você não está pronta ? Sofi já está pronta e....
— Ludmilla, preciso conversar com você.
— Ei, você está bem ?
— Antes de falar eu...eu quero que você prometa para mim que vai me deixar falar tudo - Brunna pegou na mão da morena — Prometa para mim que vai me entender ?
— Bru, eu não estou entendendo nada mas eu prometo se isso vai te deixar tranquila.
— Ludmilla, você.....você sabe que nossa relação começou em puro prazer.....mas ao longo do tempo você fez o que nenhuma mulher que passou na minha vida fez - Brunna encarou os olhos verdes brilhante — Você me fez aprender o que era amar de novo, me fez lembrar que os momentos são mais importantes que dinheiro, me fez cair na real que eu tinha um pequeno ser para cuidar e que ela precisava de mais amor. Você me fez ser o que eu era antes de você, a Brunna de verdade, sem egoísmo, poder ou império, apenas eu.
— Brunna....
— Você me prometeu não me interromper - Ludmilla se calou — O motivo pelo qual eu resolvi viajar assim do nada, foi porque eu fiz uma coisa que certamente vai te magoar - Brunna respirou fundo — Eu esperei a desde dos meus 18 anos para fazer isso, e você me fez se arrepender por isso.
Por um segundo Brunna olhou a morena a sua frente. Olhou tão profundamente como se ela pudesse ver a alma. Ludmilla tinha um sorriso no rosto mesmo sem muito entender onde Brunna queria chegar.
— Eu acusei seu pai de assassinato - o sorriso se desfez — Dele ser o mandante da morte dos meus pais.
— Você fez o que ? - se afastou rapidamente.
— Seu pai é um assassino Ludmilla - Brunna deu dois passos para frente no intuito de chegar perto da morena mas foi em vão pois ela se afastou ainda mais - Lud.
— Não me chame asssim, você não tem esse direito não depois do que acabou de falar para mim - seu rosto podiam se vê as lágrimas — Porque você fez isso ?
— Ludmilla, seu pai é um mostro - Brunna alterou a voz — Ele esconde as coisas e fala mentiras para você, não só ele como a sua mãe também, você vive em uma família que a se baseia na mentira.
— Você que é um monstro, Brunna, eu me entreguei a você completamente. E você me usou nessa sua vingança, olha o que você fez só para se vingar do meu pai.
— Ele te engana Ludmilla, e se você me escutar - Brunna também chorava — Eu te contarei a verdade sobre seus pais e sobre tudo.
— Eu não vou te escutar meu pai não é um assassino - Ludmilla gritava e chorava e Brunna não estava diferente — Eu te odeio Brunna, e me odeio por ter acreditado em você.
— A única pessoa aqui que você deveria ter ódio é do seu pai, que mentiu a vida inteira para você.- Brunna segurou o braço de Ludmilla com força — Não coloque uma capa de herói em seu pai.
— Me solta - tentou tirar seu braço das mãos firme da latina — Me solta sua estúpida - com a outra mão Ludmilla acertou um tapa no rosto de Brunna que por impulso se afastou.
— Ludmilla por favor.
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