— Vamos - a morena disse aceitando sua mão.

Assim que seu pé direito tocou o chão a adrenalina liberada em em seu corpo foi tamanha que ela apertou mais a mão de Brunna buscando por reforço. E encontrou, porque diante ao aperto exagerado recebeu um discreto porem carinhoso beijo na mão e aquilo não foi forçado. O olhar delas se encontraram e Ludmilla sorriu enquanto Brunna lhe dava uma leve piscadela sorrindo.

— Boa Noite, Senhoras Gonçalves - os três rapazes disseram ao mesmo tempo.

— Boa Noite - a latina respondeu com a voz calma enquanto atirava a chave do automóvel no ar.

O chofer a pegou no ar sem maior dificuldade, enquanto os outros dois recepcionistas sorriam simpáticos. Rapidamente flash foram para o casal, Ludmilla sentiu seus olhos arderem com tantos flash em sua direção.

— Pronta ? - perguntou baixo o suficiente para que só sua esposa ouvisse.

— Posso correr e me esconder em qualquer lugar ? - a morena perguntou sorrindo.

— Não.

Um dos recepcionistas abriu a porta, e Brunna largou a mão de Ludmilla para segurá-la pela cintura. Claro que a morena estava acostumada com esses lugares e acostumada com tanta atenção afinal ela era uma Oliveira, só estava com receio do seu pai.

— Sorria Ludmilla - pediu quando passaram pela larga porta chamando atenção de algumas pessoas.

Ludmilla ficou maravilhada o estilo rustico só deixava a casa mais elegante e mais bonita do que por fora era diferente dos eventos que ela ia. Casais dançavam em uma parte mais retirada da gigantesca sala de estar, e outros conversavam animadamente espalhados enquanto os garçons lhe serviam bebidas das mais variadas.

— Vejo que você trouxe um anjo - um homem velho brincou — Brunna - ele disse lhe estando a mão.

— Martin - disse sem tirar a mão da cintura de Ludmilla.

— Senhorita Oliveira, é um prazer muito grande conhecê-la - o homem disse simpático e com uma rápida olhada em seu corpo, acrescentou —  Agora entendo como conseguiu enforcar essa aqui - ele disse brincalhão a beijando gentilmente sua mão.

Brunna sorriu mais abertamente e o homem continuou só que se aproximou mais de Brunna e sussurrou só para ela escutar — Creio que é meu dever avisar que o Sr.Oliveira já está presente no evento - o homem se afastou um pouco — É sempre um prazer te vê Gonçalves.

— Igualmente Martin agora se me permite vou cumprimentar os demais.

— Oh! Claro, nos vemos por ai - ele disse com um leve aceno na cabeça.

Atravessando mais uma pequena multidão sob os olhares maliciosos dos homens e mulheres em cima de Ludmilla e das mulheres em cima de Brunna, cumprimentaram mais algumas dezenas pessoas até que a latina parou o garçom pegando duas taças e entregando uma a sua esposa.

— A sua simpatia querida - a latina ofereceu um brinde e Ludmilla abriu um enorme sorriso — Que conquistou a todos essa noite alem da beleza - ela acrescentou olhando rapidamente pelo o corpo maravilhoso da morena.

— Digo o mesmo de uma certa latina - disse tentando não sorrir — Os flash parecem gostar bastante de nós.

— Gostam de você na verdade.

As taças se tocaram fazendo um leve barulho, e ambos tomaram um gole bastante grande. E Brunna envolveu Ludmilla em um beijo de língua, a morena retribuiu rapidamente colocando as mãos na nuca da latina.

— Sabe, até que não foi tão difícil
achei que teria milhares de mulheres frustadas tentando me matar - ela disse bem humorada.

— Não elogie tão cedo.

— Por ...... - Ludmilla foi interrompida antes de terminar de falar.

— Olha, vejam só se não é a tão misteriosa esposa de Brunna Gonçalves, eu estava bem curiosa para vê como você era.

Brunna e Ludmilla se viraram ao mesmo tempo na direção da voz

— Hanna - forçou um sorriso.

— Bru - a loira disse derretida – Achou que eu não estaria aqui ? - ela perguntou bebericando sua bebida.

Era impressão de Ludmilla ou a mulher perguntou aquilo com duplo sentido?. E a morena só pensava o quão grau de intimidade tinha aquela mulher para chamar a Brunna por apelido. Oh Céus ! Ludmilla não gostou nada daquele garota.

— Não, na verdade nem pensei nesta possibilidade - o olhar de Brunna a desencorajou a continuar — Permita eu apresentar essa é .....- a mulher loira a interrompeu.

— Hanna, a secretaria que você ocupou o lugar por pouco....tempo - sua voz era pura ironia — Talvez agora eu possa ocupar o seu lugar.

Definitivamente ela estava usando as palavras para um duplo sentido. Ludmilla a encarou e sorriu, é claro que ela não se abaixaria ao nível da loira mas não deixaria barato.

— Se você quiser ocupar a vaga na empresa ela é toda sua te desejo até sorte - disse sorrindo sem se deixar intimidar — Afinal, agora meu lugar ao lado da Brunna, como esposa mas creio que a minha mulher é esperta o suficiente para encontrar secretarias que tenham capacidade o suficiente para ocupar um cago tão importante.

Deixando claro a indireta que ninguém tomaria seu lugar, Ludmilla ficou satisfeita com o sorriso falso da loira que diminuiu. Sem contar a cara de supresa que a Brunna tive depois da fala de sua esposa.

— Tenho capacidade o suficiente - Hanna disse empinando o nariz.

— Se tivesse não tinha sido demitida - debochou mas se virou para Brunna — Meu amor estou me cansando podemos nos sentar ?

— Claro, veja as apresentações vão começar se nos der licença Hanna, queremos pegar um bom lugar, boa noite - ela anunciou antes de virar as costas e sair, ainda abraçado à cintura de Ludmilla.

Já Ludmilla sequer olhou para trás para ver que cara a vadia estava fazendo ela tinha mexido com a pessoa errada. Lógico que a morena sabia dos casos amorosos de Brunna mas nesse tempo em que elas iram estar casadas, a latina tinha que a respeitar e outras mulheres Ludmilla nunca aceitaria.