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Guerra é Guerra

— Juliana - Brunna disse brava —  Não assuste-a com os seus modos logo no primeiro dia.

—  Não me assusta.

— Viu Brunna ? - Juliana disse debochada — Não a assusta gostei de você Ludmilla.

Brunna revirou os olhos, e anunciou com a voz grave extremamente ríspida — Tenho certeza de que dentro de alguns minutos Patty vira aqui.

Era uma ordem clara, para que Ludmilla continuasse esperando.

— Sem problemas - disse voltando a se sentar — Eu a esperarei.

— E você - Brunna disse apontando para a loira — Resolva o problema com a imprensa e com os acionistas agora, não quero mais ninguém enchendo o meu saco hoje - ela disse mau humorada se virando e voltando por onde tinha vindo.

— Acostume-se - Juliana disse divertida
— Ela costuma ficar assim quando sente presença inimiga em seu território.

— Presença inimiga ?

— Sim, seu pai Ludmilla, é uma briga de geração Brunna está seguindo os passos do senhor Gonçalves, e você sabe que não devia estar aqui.

— Eu to começando a perceber isso.

Ludmilla percebera o quão aquilo era uma confusão e não estava cheirando nada bem para o lado da morena. Mas o que se fazer agora a não ser trabalhar e esperar que nada de tão grave aconteça. Pois se acontecer em que lado ela estaria ?

— Vou indo nessa foi um prazer te conhecer Ludmilla- Juliana disse inclinando - se para beijar-la a bochecha.

— Igualmente Sra. Juliana.

— Juliana apenas me chame de Juliana odeio essas formalidades - revirou os olhos rindo.

— Mas você não é advogada ?

— Sim, como vê nem todos amam os oficios da profissão.

Ludmilla riu, e Juliana parou em frente ao elevador. Em poucos segundos a porta se abriu e dela Patty saiu carregada de papeis.

— Baixinha - Juliana a cumprimentou.

— Juliana - Patty respondeu sorrindo enquanto Juliana entrava no elevador - Oh Ludmilla- disse simpática - Desculpe a demora tive uns problemas no andar de cima aquilo está uma loucura, a perda de um acionista importante fez quem o bom humor da Brunna evaporar.

— Sem problemas não cheguei muito cedo e encontrei Brunna e percebi o seu estado.

— Sabe Lud - Patty disse largando os papeis em sua mesa — Gostei de você venha vou te apresentar a algumas pessoas e te mostrar a indústria.

Ludmilla sorriu empolgada e a seguiu também gostava de Patty e tinha a leve impressão que iria adorar trabalhar ali. Por algum motivo, parecia ter encontrado o seu lugar a manhã, havia passado voando assim como a tarde. Ludmilla estava saindo do elevador com Patty, no final do expediente.

— Ai Ludmilla- Patty disse se recuperando das gargalhadas — Você é muito engraçada - Ludmilla sorriu —
Eu mal vi o dia passar de tão entretida que estava estou vendo que vou adorar trabalhar com você durante uma semana.

— Eu também fiquei feliz por Brunna ter escalado você para me treinar.

— É ela é legal uma das melhores patroas que se pode ter - a baixinha disse sincera - Você vai ver que ela é meio bobona mas tem um grande coração sinto muito pelo o que falam dela nos jornais e revistas.

— E o que falam dela ? - Ludmilla perguntou franzindo o cenho.

— Você não sabe ? - Ludmilla negou —  Garota o que você faz na vida ? -
Patty brincou — Ela é considerada a empresária mais irresponsável e mulherenga tipo do mundo.

Bom, vejo que não sou a uma irresponsável da vida - Ludmilla riu e parou diante de seu carro.

— Bom, de educada ela não tem nada, mas não nego que ela é linda.

— Cuidado para ela não dá em cima de você - Patty zombou e a morena riu — Tchau, Ludmilla- ela disse lhe abraçando.

— Tchau Patty até amanhã - Ludmilla disse enquanto a Patty pegava direção oposta indo ao encontro de seu carro.

Suspirou alegre estava feliz tinha adorado o primeiro dia de trabalho.
Brunna mandou que Patty a treina-se por uma semana, até que ela pegasse bem o ritmo das coisas e depois Ludmilla assumiria sozinha. Sua mesa ficaria exatamente na frente da porta que dava ao escritório de Brunna.
Não que isso a deixasse nervosa ... claro que não. Pelo contrário, Ludmilla queria provar o gostinho de Brunna Gonçalves.

Isso era um fato!

Só que Ludmilla, não sabe que nesse jogo não existe regras em nem limitações. E as chances de dar errado eram grandes. Antes de ligar o motor uma voz a fez olhar para o lado...

— Gostou do seu primeiro dia Ludmilla? - Brunna perguntou dentro de seu carro ela usava óculos escuros e tinha um sorriso sacana nos lábios.

— Eu adorei - Ludmilla retribuiu o sorriso na mesma intensidade no meio delas tinham um tensão sexual- Vejo que serei de muito uso na sua indústria Brunna.

— Disso eu não tenho dúvida, Ludmilla - Brunna tirou os óculos — Ter você como minha secretária pessoal será bastante agradável de fato.

Ambas sorriram, e logo se despediram seguindo seus rumos Ludmilla iria para sua casa, pois precisava pegar suas roupas.

Uma semana depois

— Vai logo Lud ! - patty disse a empurrando gentilmente, tentando encorajá-la.

— Calma, estou indo ! Não me apresse - disse respirando fundo.

— Você já cansou de levar café pra ela, que tem de diferente agora ?

— Eu vou estar sozinha com ela - Ludmilla rebateu alisando a franja que caia em seus olhos.

Era o primeiro dia que Ludmilla"trabalhava" sem a ajuda de Patty já havia levado um ou dois cafés na sala de Brunna porem Patty sempre estava por perto, e desta vez não estaria sozinha. Durante uma semana inteira, Patty a ajudou mostrando como funcionavam as coisas, apresentando pessoas porem agora estava sozinha. Foram poucas as vezes que vira Brunna durante a semana, já que ela estava tendo alguns "problemas" estritamente confidenciais e profissionais, como Patty havia dito. Não me surpreenderia que esses problemas tenham um único nome Renato Oliveira.

— Deus, deixe de bobagem leve isso logo o negócio não está calmo lá dentro- a baixinha disse lhe empurrando a bandeja com duas xícaras e um bule.

— Tudo bem - Ludmilla disse equilibrando — Tudo sob controle ! - ela disse se acalmando.

— Vai logo, tenho que voltar a recepção e boa sorte - Patty avisou já se virando e sumindo no corredor.

Estava tudo sob controle não tinha com o que se preocupar muito pelo contrário, tinha que erguer e cabeça e se acostumar com isso era seu trabalho agora. Respirando fundo novamente ela virou-se na direção da grande e pesada porta do escritório e Brunna não a intimidaria, não mesmo
colocou o seu melhor e mais simpático sorriso no rosto e bateu gentilmente na porta.

— Pode entrar - Ludmilla ouviu Brunna dizer brava do outro lado.

Sem deixar de sorrir Ludmilla abriu a porta e encontrou Brunna e Juliana, sentados frente a frente. Tinham as expressões sérias e pareciam acabar de sair de uma tensa discussão.

— Bom dia Ludmilla- Brunna disse forçando um sorriso simpático mas não muito convincente.

— Bom dia Lud - Juliana a cumprimentou logo depois.

— Bom dia Brunna, bom dia Ju - Ludmilla disse tentando não demonstrar o nervosismo — Eu trouxe o café para vocês - ela anunciou achando a informação estúpida.

— Obrigada - Brunna disse esperando que ela as servisse — Então como está o seu primeiro dia sozinha ? Muita confusão ? - ela perguntou se reclinando na cadeira interessada.

— Não, está ótimo - Ludmilla afirmou enchendo as xícaras de café.

— Pelo menos alguém aqui esta tendo um dia razoável - Juliana disse com ironia plausível na voz.

— Fique calada - Brunna disse entre os dentes.

— Alguns problemas com o meu pai - disse largando as xícaras já cheias na frente de cada um, ela estava mais do que curiosa — Tem uma coisa que posso ajudar ? - perguntou.

— Bom...

— Juliana, não quero que Ludmilla se envolva nos problemas da empresa independente se é o pai dela ou não. Não vou aceitar isso de jeito nenhum, não jogamos sujo que nem eles.

— Ah mais não vai negar que é uma ótima idéia se a Ludmilla ir até a empresa do querido pai e descobrir o que ele planeja contra a Indústria Gonçalves, simples, nos ajudaria a planejar alguma coisa para não sermos prejudicadas.

— Não - Brunna disse brava — Ludmilla é minha secretária, e como minha secretária não vejo necessidade dela ir ver o que Sr. Oliveira está planejando, isso não é o trabalho dela.

— Não quero prejudicar o meu pai e muito menos se meter no meio da briga de vocês. Mas se serve de ajuda, um mês atrás meu pai recebeu muitas pessoas pareciam pessoas importantes - Ludmilla disse se lembrando.

— Será que temos outros traidores ? - Juliana resmungou — Diga mais sobre isso você ouviu algum nome de diferente que não seja do convívio do seu pai.

Brunna fuzilou a loira que pouco se importava, estava mais do que preocupada com a indústria — Meu pai estava falando com um tal de Adam....

— Harrison - Brunna concluiu mas permanecia séria e calculista — Traidor filho da puta.

— É esse mesmo, disse algo sobre uma contraproposta que envolvia muito dinheiro, e que o Sr. Harrison ganharia muito mais. Eu não me lembro muito bem mas foi só isso que percebi de diferente.

— Resumindo tudo isso, Sr. Oliveira está propondo milhões de dólares para os nossos acionistas se juntarem a ele - Juliana disse direcionada a Brunna que apenas concordou.

— Ludmilla pode se retirar muito obrigada - Brunna pediu gentilmente e assim a morena obedeceu as deixando sozinhas novamente — Ele quer guerra? então ele terá só que eu tenho um coringa nesse jogo.

— Lauren Jauregui ? - a loira perguntou e a latina concordou sorrindo diabolicamente.

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