Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

9° conversa de amigos

Restaurante La Trattoria -12:00 h

O sol do meio-dia entrava pelas grandes janelas do restaurante, iluminando as mesas de madeira com toalhas quadriculadas em vermelho e branco. O aroma de manjericão fresco e alho invadia o restaurante italiano, preenchendo o ar com o calor aconchegante de um forno à lenha. Sentado em uma mesa no canto, o tenente Enrico girava lentamente a taça de água em suas mãos, enquanto seus amigos de infância, Leonardo, Diego e Tommaso, riam ao relembrar histórias da escola.

— Lembra daquela vez que a gente tentou pegar o barco do velho Giuseppe escondido? — Diego, o mais falante, gesticulava animado, quase derrubando a garrafa de vinho.—

— E você tropeçou antes mesmo de chegar na água? — completou Tommaso, gargalhando.—

Enrico sorriu, mas seus olhos carregavam um peso que contrastava com a diversão dos amigos. Ele estava absorto em pensamentos, sua mente longe dali, embora tentasse acompanhar a conversa.

Leonardo, que sempre teve uma personalidade mais observadora, percebeu o olhar distante de Enrico e se inclinou para frente, perguntando.

— E aí, Enrico, como você tem estado? Não parece muito animado. O trabalho anda pesado? — Leonardo perguntou, ajeitando os óculos enquanto olhava o amigo com preocupação.—

Enrico soltou um suspiro, interrompendo momentaneamente a distração, e tentou recuperar a postura leve que costumava ter com os amigos.

— Não é nada disso, Leo. Só estava pensando na vida. — Ele sorriu, mas o sorriso não chegava aos olhos. — Vocês estão todos em boa fase, né?

Diego sorriu, ergueu a taça e deu um gole. — Ah, estamos indo bem! Fiquei mais tranquilo agora, sabe? Aposentadoria no futuro, muito mais tempo livre. Já passei da fase de correr atrás de aventuras.

— Pois é, eu também, graças a Deus — disse Tommaso, ajustando os óculos enquanto olhava o amigo de infância. — O consultório tá bombando e,  Emma e eu estamos noivos, com data marcada para o casamento.

Enrico sorriu sinceramente. 

— Parabéns, Tommaso, você conseguiu tudo o que queria. Fico feliz por você.

Leonardo, que estava mais concentrado em seu prato de lasanha, falou com a voz baixa e tranquila.

 — Eu também tenho uma novidade... Eu e a Sofia estamos esperando um bebê.

Enrico ergueu as sobrancelhas surpreso, mas com um sorriso genuíno. 

— Uau, isso sim é uma grande notícia, Leo! Parabéns.

Diego fez um gesto exagerado com a mão. 

— Caramba, o Leonardo vai ser pai! Quem diria? Você, o cara que ficava reclamando que não queria compromisso.

Leonardo riu, balançando a cabeça. 

— A gente muda, Diego. Quando você encontra a pessoa certa, as coisas acontecem naturalmente.

— Tá vendo, Diego? Aqui todo mundo está se "acertando" na vida. Menos você, né? — Tommaso brincou, dando uma piscadela para o amigo.—

— Eu gosto da minha liberdade. Não tenho pressa de formar uma família, ainda mais com essa rotina de delegado. Não é fácil equilibrar tudo, minha vida é uma loucura... Você não concorda Tenente. — falou Diego lançando um olhar cumplice para Enrico.—

Enrico olhou para Diego, um sorriso tênue se formando no canto de sua boca. Ele sabia bem o que Diego estava insinuando. A vida de um militar, especialmente no campo de batalha, não era fácil de equilibrar com a vida pessoal. Ele pensou por um momento antes de responder. Diego estava com um sorriso irreverente, mas seus olhos estavam carregados de uma sinceridade difícil de esconder. Ele sabia exatamente o que queria dizer, e, quando olhou para Enrico, sua expressão se tornou ainda mais intensa. A vida de delegado, com suas constantes investigações, confrontos e noites em claro, exigia uma dedicação tão intensa quanto a de um tenente no exército. E, por isso, sentia que, por mais que ele procurasse manter a liberdade, era difícil encontrar equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal.

Enrico, por sua vez, percebeu o olhar de cumplicidade de Diego e sabia que, no fundo, ele estava fazendo uma comparação implícita entre as rotinas implacáveis dos dois. Mas o que realmente chamou sua atenção foi o tom de sinceridade que seu amigo trazia, como se ele, em algum nível, estivesse procurando por respostas ou até conselhos. Enrico não sabia se poderia dar isso a Diego. Ele sabia que a vida de um militar, especialmente em missões de risco como as que ele enfrentava, não era nada fácil de equilibrar com um relacionamento ou qualquer outro tipo de laço pessoal.

Enrico respirou fundo, o peso das palavras de Diego ecoando em sua mente. Ele não era apenas um homem que usava uniforme, ele era alguém que havia se entregado de corpo e alma ao dever, à missão. Mas as lembranças de momentos simples com amigos e de pessoas especiais que ele havia perdido ao longo do tempo sempre surgiam nas entrelinhas de sua mente, como ecos distantes que o faziam questionar se a escolha da profissão tinha sido a mais certa.

— Eu sei do que você está falando, Diego... — Enrico falou devagar, seu tom grave quebrando o silêncio na mesa. Ele não desviou o olhar de seu amigo, mas a expressão no seu rosto era pensativa, quase distante. — Você tem razão... A vida de delegado não é fácil. Eu sei como é estar imerso em um trabalho que exige toda a sua atenção e, ao mesmo tempo, ter que lidar com as consequências de estar ausente das coisas que realmente importam.

Diego levantou uma sobrancelha, surpreso com a profundidade da resposta. Enrico, normalmente, não falava muito sobre esses assuntos. Sua postura séria, sua dedicação ao trabalho, faziam com que fosse mais fácil para os outros pensarem que ele tinha tudo sob controle. Mas Diego sabia que, no fundo, seu amigo também era humano, e se sentia vazio por não conseguir fazer essa balança funcionar. Ele não queria, no entanto, forçar mais a conversa e deixar Enrico desconfortável.

— Não é fácil, cara. — Diego continuou, tentando manter a leveza. — Às vezes, você só tem o trabalho. Não tem tempo para muita coisa. E, quando tem, fica o dilema de decidir o que é mais importante.  

—No final do mês eu volto para o Afeganistão. — disse ele, quebrando o riso dos amigos.—

Leonardo franziu o cenho, encostando-se na cadeira como se tivesse levado um golpe inesperado. 

— Já? Achei que ainda tivesse tempo...

— É, o tempo nunca parece suficiente. — Enrico deu de ombros, cruzando os braços. — 

O silêncio pairou sobre a mesa. Diego foi o primeiro a reagir.

— Você tá brincando, né? Você acabou de voltar Enrico.

Enrico balançou a cabeça lentamente.

— A missão ainda não acabou, Diego. A qualquer momento, posso ser chamado de novo para liderar a equipe... Meu capitão ainda está se recuperando do ataque que sofreu em Kosovo... Eu vou substituir ele, e liderar a equipe, já decidi. Vou voltar, e ficar por mais seis messes... E depois, só Deus é quem sabe...

— Mas, Enrico... você já fez tanto. Não é hora de parar um pouco? — Leonardo falou.—

Enrico respirou fundo e olhou para os amigos.

— Eu sei que a vida de vocês está mais tranquila agora, mas a minha realidade é diferente... Não posso virar ás costas para a minha equipe.

— A gente entende, Enrico. Mas não se esqueça de que aqui também tem gente que sente sua falta, que precisa de você...

— Eu sei, Tommaso. Eu sei. — Enrico falou com um sorriso triste, um olhar de gratidão. — Mas é o caminho que escolhi. Quando você faz uma escolha como essa, não há muito o que fazer.

Diego, tentando aliviar a tensão no ar, deu uma risada. 

— Você não pode estar sério o tempo todo, Tenente. Eu sei que a vida de militar não é fácil, mas você também precisa de um pouco de diversão de vez em quando, né?

Enrico deu um sorriso forçado, balançando a cabeça. 

— Não é sobre diversão, Diego. É sobre escolhas. Eu escolhi essa vida, e não é fácil sair dela, você como delegado sabe bem disso.

Leonardo, colocou a mão no ombro de Enrico, seu tom de voz mais suave.

 — Eu sei que não é fácil. Mas você tem amigos aqui. E, mesmo com todas as missões, não esquece de dar atenção a quem tá do seu lado, ok? Não quero ver você perdido, achando que só a guerra é o que importa... Não se esqueça que nós também somos a sua família... 

Enrico olhou para Leonardo, tocado pelas palavras do amigo. Ele sabia que, apesar de sua vida ser tão diferente agora, seus amigos sempre estariam ali, prontos para apoiá-lo.

— Eu não vou esquecer. — Ele respondeu, com um sorriso mais sincero, embora ainda marcado pela complexidade de suas emoções. — 

—Você já não fez o suficiente para todos, nós termos orgulho de você.

Enrico soltou uma risada baixa e amarga. 

— Orgulho não é o que está em jogo, Tommaso. É responsabilidade. Tirando o Diego, vocês nunca viram o que eu vi, nunca seguraram um companheiro ferido nas mãos, tentando salvar uma vida que escapa a cada segundo. — Ele fez uma pausa, esfregando os olhos. — Não se trata de orgulho, e coragem. Se trata de necessidade.

O silêncio caiu sobre a mesa, interrompido apenas pelo som distante de talheres e risadas de outros clientes. Leonardo foi o primeiro a falar novamente, sua voz mais baixa.

 — Eu só espero que você saiba quando parar, Enrico. Antes que isso acabe te engolindo... Você já está no exercito a 14 anos meu irmão...

 — Isso nunca acontece, Leo. Quem escolhe esse caminho sabe que ele não tem fim, por mais que você queira uma pausa, e pense em parar. — Enrico o encarou, seus olhos sérios, mas suaves. — Eu sei que vocês, e minhas irmãs contam comigo. Mas o que eu faço lá fora salva vidas. Se eu não for, outra pessoa vai, alguém menos preparado, alguém que pode não voltar. Eu fiz essa escolha quando entrei para o exército. Sabia que seria assim.

Tommaso passou as mãos pelo rosto, balançando a cabeça em frustração. 

— Você é teimoso, sempre foi. Mas, por favor, me promete uma coisa, Enrico: volta inteiro, tá?

Enrico sorriu de leve, mas a promessa não veio. Ele sabia que a realidade da guerra era imprevisível demais para garantias. 

— Eu vou fazer o meu melhor.

Os quatro ficaram em silêncio por um momento, olhando para os pratos que agora pareciam menos apetitosos. 

o celular de Enrico vibrou anunciando uma nova mensagem, ele pegou o aparelho e pode ver a mensagem.

" oi tenente, eu terminei a minha reunião e estou em um café, você poderia me pegar se não for muito incomodo? atenciosamente Milena"

enrico sorriu e respondeu a mensagem de maneira calorosa.

" Claro, sem problema...  Me passa o nome do lugar e daqui á pouco estarei aí..."

***

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro