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37° Uma nova vida

Seis meses depois

O restaurante era pequeno e acolhedor, situado na divisa entre San Lorenzo e San Tarantino, um refúgio de simplicidade e charme. As paredes de tijolos expostos eram decoradas com quadros emoldurados por madeira escura, e a luz suave das velas dançava nas mesas, criando um clima intimista e convidativo. O cheiro de alho e ervas frescas se misturava com o leve perfume do mar que vinha de fora, completando o cenário perfeito de uma noite tranquila.

Enrico e Milena estavam sentados em uma mesa à janela, onde a vista do rio refletia o brilho da lua, criando um cenário mágico e sereno. Milena, com um vestido azul claro que caía suavemente sobre seu corpo, parecia uma presença luminosa naquele ambiente rústico. Seus olhos castanhos estavam iluminados por um brilho especial, e seu sorriso suave parecia refletir a felicidade que ela sentia naquele momento.

Enrico, por outro lado, estava um pouco mais tenso, apesar da aparência descontraída. Sua camisa branca estava impecavelmente ajustada, e ele tinha as mangas dobradas, um detalhe que sempre lhe conferia um ar mais casual. No entanto, seus olhos estavam inquietos, como se aquela noite fosse mais significativa para ele do que ele queria admitir.

— Espero que o lugar esteja à altura — disse Enrico, empurrando levemente a taça de vinho tinto na direção de Milena, o gesto carinhoso mais evidente do que ele talvez tivesse intenção.

Milena riu, levando a taça até os lábios e sentindo a suavidade do vinho. Ela não conseguiu conter um sorriso.

— Está perfeito. — Ela olhou ao redor, admirando a decoração simples e encantadora. — Não precisava se esforçar tanto, sabe?

Ele arqueou uma sobrancelha, um sorriso brincando no canto dos lábios. A ansiedade que ele sentia parecia se dissolver, mesmo que parcialmente.

— Quando se trata de você, sempre vale o esforço.

Milena sentiu um rubor surgir em suas bochechas, mas tentou disfarçar desviando o olhar para o cardápio, como se ali estivesse a resposta para alguma pergunta que não se atrevia a fazer. Mas, no fundo, ela sabia que ele estava certo. Aquela noite tinha algo diferente, algo de especial, e ela sentia que ele estava mais aberto, mais disposto a deixar seus sentimentos transparecerem do que antes.

A conversa fluiu facilmente, e logo os pratos começaram a chegar. Milena pediu um salmão grelhado com legumes e um toque de limão siciliano, enquanto Enrico optou por um bife ao molho de vinho, acompanhado de purê de batatas trufado. O ambiente tranquilo e a comida deliciosa ajudaram a aliviar a tensão que ambos sentiam, e logo a conversa se encheu de histórias leves e risadas.

Enrico contou algumas anedotas sobre os tempos de exército, brincando sobre como as situações mais complicadas pareciam menos graves quando ele conseguia dar-lhes uma pitada de humor. Milena, por sua vez, compartilhou novidades sobre seu trabalho, e relembraram as primeiras vezes em que se encontraram, anos atrás, quando a vida parecia mais simples e as preocupações menos pesadas.

Mas, enquanto ela ria de algo que ele havia dito, Enrico se recostou na cadeira, observando-a com um sorriso que não conseguiu esconder. Ele parecia completamente encantado, como se o momento que estavam vivendo fosse o mais importante de sua vida.

Milena, percebendo seu olhar fixo nela, parou por um instante, confusa.

— O que foi? — ela perguntou, a curiosidade misturada com um leve nervosismo.

Enrico deu de ombros e pegou sua taça de vinho, brincando com o aro enquanto tentava encontrar as palavras certas.

— Nada. Só estava pensando em como você está linda hoje.

Ela riu, balançando a cabeça, mas a risada foi suave, sem tentar esconder a felicidade que sentia.

— Você sabe mesmo como me deixar sem graça.

— Só estou sendo honesto. — Ele sorriu, mais genuíno do que nunca. — E eu sou muito bom nisso, não sou?

Milena sorriu de volta, seus olhos brilhando, mas o ambiente parecia tão perfeito, tão íntimo, que ela não conseguia pensar em mais nada além daquele momento. Eles estavam ali, juntos, compartilhando uma noite que, para ambos, tinha um peso muito maior do que qualquer um deles poderia ter previsto.

Após a sobremesa, uma torta de frutas vermelhas que compartilharam com um olhar cúmplice e alguns toques de risadas, Enrico parecia ainda inquieto. Seus dedos batiam suavemente na mesa, e ele olhou para ela com mais seriedade, como se estivesse reunindo coragem para algo importante.

— Milena, tem algo que quero te mostrar. — Sua voz estava carregada de expectativa, e ela percebeu que, embora fosse uma noite simples, algo ali estava prestes a acontecer.

Ela levantou as sobrancelhas, intrigada, e a diversão dançou em seus olhos.

— Mais surpresas, Enrico? — Ela sorriu, mais pela curiosidade do que pela real expectativa.

Ele levantou-se da cadeira, com um sorriso de canto, e se aproximou para puxar a cadeira dela.

— Apenas confie em mim. Acho que você vai gostar. — A suavidade no tom de voz dele parecia contagiar a atmosfera, e Milena não hesitou em aceitar sua mão, levantando-se com um sorriso.

Eles caminharam juntos até a porta do restaurante, a brisa fresca da noite tocando seus rostos e agitando suavemente os cabelos de Milena. O céu estava limpo, e as estrelas pareciam brilhar com uma intensidade especial, como se soubessem que algo importante estava prestes a acontecer.

— Aonde estamos indo? — Milena perguntou, seus passos leves ao lado de Enrico.

Ele não respondeu imediatamente, apenas sorriu para ela e apertou sua mão com mais força, como se aquele fosse o momento em que todas as palavras desnecessárias fossem deixadas de lado.

Enquanto caminhavam pelas ruas tranquilas de San Lorenzo, o som das águas do rio ao fundo acompanhava seus passos. Milena não sabia o que esperar, mas o fato de estar com Enrico, com seu coração batendo mais forte a cada segundo, fazia tudo parecer certo.

Eles pararam diante de um pequeno cais, onde uma embarcação simples, mas charmosa, estava ancorada. A luz das lanternas refletia na água, criando um jogo de sombras e brilhos que tornava a cena ainda mais encantadora.

Enrico olhou para ela, um brilho nos olhos, e disse suavemente:

— Eu pensei que a noite merecia algo mais especial. Vamos?

Milena, tocada pela surpresa e pelo carinho que ele demonstrava, olhou para o barco e depois para ele, sorrindo com o coração cheio de emoção.

— Sim. Vamos.

Enrico segurou a mão de Milena com força, mas sem pressa. Ele olhou para ela, a suavidade do momento se refletindo no olhar que ele mantinha fixo nela. Ele não queria mais pensar no passado. Queria apenas aquele presente, aquele instante, aquele espaço onde as promessas já estavam feitas e o futuro seria algo que eles criariam juntos.

Depois de um jantar simples e acolhedor em um pequeno restaurante na vila, Enrico e Milena saíram sob a luz suave da lua. O vento fresco da noite acariciava seus rostos enquanto caminhavam em direção ao carro estacionado na rua silenciosa de San Lorenzo, um vilarejo pitoresco entre os colinas. Enrico abriu a porta para Milena com um sorriso tranquilo, mas os olhos, apesar de calmos, exalavam uma excitação contida. Ele estava prestes a mostrar-lhe algo muito especial, algo que mudaria suas vidas para sempre.

O carro deslizou suavemente pela estrada estreita, contornando as colinas e se aproximando da divisa com San Tarantino. A paisagem ao redor era cheia de sombras longas e silenciosas, com os campos e vinhedos banhados pela luz suave da lua. O vilarejo parecia estar adormecido, mas Enrico sabia que, naquela noite, a verdadeira história estava prestes a se desenrolar, bem diante de seus olhos.

Após alguns minutos de viagem, ele virou o volante para um caminho sinuoso, que levava a uma pequena rua de paralelepípedos. Lá, escondida à vista, uma grande construção se ergueu à distância, parcialmente oculta pelas árvores. A fachada da casa estava apagada sob o manto da noite, mas Enrico sabia que ela exibia a grandiosidade de sua antiguidade. O carro parou em frente a um portão de ferro forjado, com delicados arabescos que, apesar de um pouco corroídos pelo tempo, ainda mantinham um charme de outrora.

— Bem-vinda ao meu projeto — disse Enrico com um sorriso cheio de orgulho, enquanto olhava para o portão com os olhos brilhando.

Milena olhou em direção à construção. Sua primeira impressão foi de um casarão abandonado, cujas paredes exalavam o peso de muitas décadas. A estrutura tinha traços típicos da arquitetura italiana: linhas retas e simples, mas com detalhes esculpidos com capricho, como as molduras das janelas, os balcões em ferro forjado e as colunas nas fachadas, que davam ao lugar um ar clássico, mas ao mesmo tempo um tanto decadente. O telhado, coberto de telhas de terracota, estava manchado pelo tempo, com algumas telhas faltando, mas a estrutura parecia sólida, como se tivesse resistido aos ventos do tempo.

— Uau... — Milena sussurrou, os olhos brilhando de surpresa e curiosidade. Ela sabia que Enrico sempre teve sonhos grandes, mas ver o lugar com seus próprios olhos fazia tudo parecer ainda mais real.

Enrico sorriu, vendo a reação dela, e tirou as chaves do bolso. Ao abrir o portão, o som do metal batendo na estrutura antiga ressoou no ar. Eles caminharam juntos até a entrada principal, onde uma escada de pedras, gastas pelos anos de uso, conduzia à porta de madeira escura. A porta estava parcialmente aberta, como se aguardasse a chegada de novos moradores. Enrico segurou a maçaneta e empurrou a porta, revelando um hall espaçoso e escuro, mas com um charme rústico inegável.

O interior da casa, embora silencioso e imerso na escuridão, exibia as marcas de uma era mais grandiosa. O piso de mármore, parcialmente riscado e desgastado, ainda refletia a luz suave das lâmpadas de cabeceira. As paredes, de um tom amarelo suave, estavam cobertas de estuque simples, mas com detalhes em relevo ao redor das portas e janelas, conferindo à casa uma sensação de nobreza discreta. O teto alto estava adornado com vigas de madeira expostas, que corriam ao longo do espaço, ainda fortes e intactas, apesar do tempo que passara. Algumas manchas de umidade nas paredes lembravam o abandono, mas, para Enrico, aquilo não passava de um lembrete de que o lugar precisava de cuidados, mas tinha uma base sólida.

— Aqui embaixo será a clínica — disse ele, gesticulando com a mão enquanto caminhava em direção a uma grande sala à direita. O espaço era vasto, com janelas amplas, mas com um toque de rusticidade que, com alguns retoques, poderia se tornar um ambiente moderno e funcional para os animais. — Vai ser o meu espaço de trabalho, o coração da minha nova vida. Quero uma clínica com todo o equipamento moderno, mas sem perder a essência do lugar.

Milena olhou ao redor, imaginando o que poderia ser feito com aquele espaço. As paredes de pedra, a altura do pé-direito, o charme da construção... tudo ali falava de possibilidades. Ela podia ver uma recepção acolhedora, consultórios bem iluminados e uma área externa para os animais, cercada pelo jardim imenso.

Enrico a conduziu até o fundo da casa, onde uma porta de madeira maciça se abriu para o que parecia ser um antigo pátio interno. Ao lado, uma escada de madeira desgastada subia para o segundo andar. Eles subiram as escadas, com o som da madeira rangendo sob seus pés. O segundo andar era mais reservado, mas com uma vista encantadora. Grandes janelas se abriam para o campo ao redor, oferecendo uma paisagem que parecia se estender até onde a vista alcançava.

— Aqui em cima — disse Enrico, abrindo uma porta para o que parecia ser uma sala ampla, com tetos altos e portas duplas que levavam a uma varanda com vista para o jardim. — Este será o meu lar. Quero que seja um lugar acolhedor, onde possa viver e respirar o que construir aqui.

Milena caminhou até a janela, os olhos brilhando enquanto contemplava a visão ao longe. Ela podia ver o jardim em potencial, o campo, as oliveiras, o futuro da clínica, e acima de tudo, ela podia sentir a promessa de um novo começo. Enrico estava olhando para ela com um sorriso suave, sabendo que esse lugar representava muito mais do que uma simples propriedade.

— Vai ser perfeito — disse Milena, sorrindo com o coração apertado de emoção. — Eu posso ver isso claramente agora.

Enrico se aproximou dela, segurando suas mãos e olhando nos olhos dela com uma intensidade tranquila.

— Eu sabia que você iria gostar. Esse lugar é mais do que um projeto. É o começo de tudo, Milena.  De uma nova vida... Que quero construir ao seu lado...

Milena olhou para ele, seu coração batendo mais rápido, enquanto o som suave da brisa da noite preenchia a casa silenciosa. Ela sabia que, ao lado dele, aquele casarão antigo poderia ser transformado no lar dos seus sonhos.

Enrico olhou para o céu e depois para Milena, os dedos entrelaçados com os dela. A tranquilidade daquela noite contrastava com os dias turbulentos que haviam vivido, mas, no fundo, ele sentia que algo em sua vida estava finalmente se ajeitando. O peso das batalhas passadas, dos fantasmas da guerra e das decisões difíceis, parecia desaparecer com cada remada que ele dava.

— Eu costumava achar que a felicidade estava em coisas grandiosas, sabe? — Enrico disse, quebrando o silêncio. Sua voz era suave, mas carregada de uma reflexão profunda. — Que uma grande vitória, um grande feito, seria o que definiria se a vida valeria a pena. Mas... talvez a verdadeira felicidade esteja nas pequenas coisas. Nos momentos assim. Com você... Eu não quero mais nada além disso. — Ele disse, seus olhos fixos nela, com uma intensidade que ela reconheceu imediatamente. — Quero viver aqui, com você. Quero construir isso, esse amor, esse futuro... juntos.

Milena levantou a cabeça devagar e olhou para ele, seus olhos fixos nos dele. Aquela confissão não era algo que ela esperava, mas a sinceridade de suas palavras tocou seu coração de uma forma que ela não soubera que precisava. Enrico se aproximou lentamente, puxando-a para mais perto, até que seus rostos estavam quase colados, a apenas um suspiro de distância. Ele queria dizer tantas coisas, mas aquelas palavras eram suficientes, e o olhar dela dizia tudo o que ele precisava ouvir. E, sem mais palavras, ele a beijou. O beijo foi suave no início, como se estivessem explorando o que o futuro poderia trazer, mas logo se tornou mais intenso, mais urgente, como se o tempo estivesse tentando pegar-lhes. Eles estavam ali, flutuando em um rio tranquilo, mas sua conexão parecia ir além das águas que os cercavam. Era uma fusão de almas, um momento de entrega, de confiança e de desejo, onde as promessas feitas se tornaram mais do que palavras: eram ações. Quando se separaram, ainda de olhos fechados, ambos sorriram, sentindo o calor do outro.

— Eu te amo. — Milena disse, e sua voz era cheia de uma sinceridade que não precisava de explicações. Ela sentia que, com aquelas palavras, tudo o que ela tinha desejado e mais estava finalmente se concretizando.

Enrico abriu os olhos e a olhou com um sorriso no rosto, quase como se uma nova vida tivesse se iniciado.

— Eu também te amo, Milena. — Ele respondeu, sentindo pela primeira vez a verdadeira liberdade. Porque, ali, naquele instante, tudo o que ele precisava já estava ao seu alcance. Não havia mais guerra a lutar, não havia mais fantasmas do passado. Só o agora. Só eles.

A noite tinha sido deles, mas o futuro, agora, era um campo aberto, esperando para ser conquistado com amor e coragem. E ali, com a mão de Milena na sua, Enrico sentia, pela primeira vez em muito tempo, que o amanhã seria mais que uma promessa. Seria uma realidade.

Enrico afastou-se levemente, apenas o suficiente para olhar Milena nos olhos. Ele ainda mantinha as mãos em sua cintura, enquanto o sorriso brincava nos lábios, mas havia algo mais em sua expressão agora—um brilho de nervosismo misturado com determinação.

— Milena... — começou ele, a voz mais baixa e rouca do que o habitual.

Ela inclinou a cabeça, curiosa, enquanto seus dedos tocavam de leve o colarinho da camisa dele.
— O que foi? — perguntou suavemente, um sorriso brincando em seus lábios.

Ele respirou fundo, parecendo querer gravar aquele momento na memória. Então, afastou-se um pouco, tirando algo do bolso de sua jaqueta. Milena percebeu o movimento, seu coração acelerando ao ver uma pequena caixa de veludo entre os dedos dele.

Enrico ajoelhou-se lentamente, a postura firme, mas os olhos mostravam toda a vulnerabilidade de quem colocava seu coração nas mãos de outra pessoa. Milena levou as mãos à boca, surpresa e emocionada, enquanto ele falava.

— Desde que você entrou na minha vida, tudo mudou. Eu nunca pensei que pudesse encontrar alguém que me fizesse querer planejar o futuro tão intensamente, alguém que trouxesse tanta luz e sentido aos meus dias. Você me conhece como ninguém, bambina, e ainda assim escolhe ficar ao meu lado.

Milena sentiu os olhos marejarem, mas não disse nada, deixando-o continuar.

— Este lugar, essa casa, a clínica... tudo isso só tem valor porque eu consigo imaginar você aqui comigo, compartilhando essa vida, esses sonhos. — Ele abriu a caixinha, revelando um anel delicado, com um pequeno diamante central cercado por detalhes minuciosos que refletiam a luz. — Milena, você quer ser minha parceira para sempre? Quer se casar comigo?

Ela ficou imóvel por um momento, o coração batendo tão rápido que parecia ensurdecedor. Então, as lágrimas escaparam, e ela balançou a cabeça vigorosamente, um sorriso iluminando seu rosto.

— Sim, Enrico. Mil vezes sim!

Ele sorriu, colocando o anel em seu dedo antes de se levantar. Milena jogou os braços ao redor do pescoço dele, beijando-o com toda a emoção que transbordava em seu peito. Os dois ficaram ali, abraçados no meio do espaço vazio que agora representava muito mais do que paredes e um terreno. Era o começo de uma nova etapa, de um lar que eles construiriam juntos.

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