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3° Quem é você?


A quase oito horas de distância de Roma, situada no extremo norte da Itália, encontra-se Aosta, uma pequena cidade de pouco mais de 35 mil habitantes, envolta pelos grandiosos Alpes. Suas ruas estreitas e pitorescas se entrelaçam com ruínas romanas que contam histórias, misturando o presente e o passado na paisagem montanhosa do norte italiano.

Milena havia passado dois anos longe daquele cenário. Desde sua formatura, sua vida se concentrava em torno da construtora Alpha Pi, comandada por seu tio Leonel De Luca, um engenheiro de prestígio. Como arquiteta-chefe, Milena tinha a responsabilidade de projetos importantes, e seu primo Gabriel, engenheiro-chefe, estava atualmente coordenando a filial de Tóquio. Porém, quando um dos clientes exigiu sua presença para resolver um imprevisto em Aosta, Milena não teve escolha a não ser embarcar imediatamente.

Após uma cansativa sequência de voos e uma rápida troca de ônibus até Torino Porta Susa, Milena se viu obrigada a fazer uma longa conexão até Aosta. Perdendo o ônibus direto por poucos segundos, seu desejo era apenas chegar ao hotel, se jogar na cama e deixar o cansaço finalmente tomar conta.

Quando avistou a fachada do hotel La Roche, suspirou aliviada. A recepção elegante e acolhedora era uma promessa de descanso. Ela caminhou até o balcão e cumprimentou o recepcionista com um leve sorriso.

Buona notte! — cumprimentou com o sotaque suave.

Buona notte, signorina! — respondeu o recepcionista, com um sorriso educado.

— Tenho uma reserva no nome de Milena Martinelli De Luca — disse Milena, enquanto o recepcionista consultava o computador. Ela ajeitava a bolsa, pronta para seguir direto para o quarto.

O homem fez uma breve pausa e ergueu os olhos com uma expressão levemente constrangida.

Signorina, temo que temos um problema... não encontramos nenhuma reserva com esse nome.

Milena franziu o cenho, a exaustão começando a transformar-se em inquietação.

— Tente Alice De Luca, por favor. Ela deveria ter feito as reservas.

Após alguns instantes, ele balançou a cabeça.

— Também não há nenhuma reserva com esse nome, sinto muito. E, infelizmente, estamos lotados devido ao festival da república.

A informação atingiu Milena como um balde de água fria. Como ela pôde esquecer do feriado? Sentindo a raiva subir, puxou o celular e gravou uma mensagem para Alice, a prima e autora da reserva "misteriosa".

— "Alice De Luca, onde você fez minha reserva? Não tem nada no meu nome! E espero que esteja no hospital e não se pegando com o  Alessandro, senão vamos ter uma conversa quando eu voltar!"

Desligando o celular, ela sentiu o olhar do recepcionista, que observava com simpatia.

— Você poderia chamar um táxi, por favor? — pediu, tentando manter a compostura.

— Claro, signorina — ele disse, saindo para providenciar o pedido.

Enquanto esperava pelo taxi, uma resposta de Alice apareceu, explicando que estava de plantão e garantindo que fizera a reserva. Milena suspirou com um leve sorriso.

 "Alice sempre tem uma desculpa," pensou.

Quando o táxi finalmente chegou, ela agradeceu ao recepcionista e entrou, mandando uma mensagem para Giulia, uma amiga de faculdade que morava na cidade.

— Giulia, estou em Aosta e tive um problema com a reserva no hotel.  Por acaso, teria como eu  ficar hospedada na sua casa?

A resposta foi rápida e acolhedora.

— Milena, claro! Deveria ter me avisado que estava na cidade. Sabe que é sempre bem-vinda na minha casa.

—Obrigada. — respondeu, aliviada.

— Ótimo! A senha da porta eletrônica ainda é a mesma... Pode entrar, e nos vemos mais tarde. Julieta, e eu vamos demorar a chegar.

Milena sorriu ao ler a mensagem de Giulia. Era reconfortante saber que, apesar dos contratempos, ainda tinha um lugar para ficar e alguém que se importava. 

O táxi serpenteava pelas ruas de Aosta, e ela observava as paisagens que começavam a se desenhar, com as montanhas ao fundo e a arquitetura charmosa da cidade.

— Espero que o dia melhore. — murmurou para si mesma, enquanto observava o local.

Ao chegar à casa das irmãs Rozzi, Milena rapidamente digitou a senha e a porta se abriu com um bipe suave. O interior era acolhedor, com móveis que refletiam o estilo descontraído das amigas. Ela deixou sua mala ao lado do sofá e respirou fundo, sentindo-se mais à vontade.

 A casa estava silenciosa, mas a luz da cozinha, fraca e amarela, revelava um toque de familiaridade.

Milena sentiu uma onda de nostalgia. O tempo parecia ter parado ali; o cheiro familiar, a decoração acolhedora e a vista incrível para as montanhas a fizeram sentir-se em casa. Ela puxou sua mala vermelha pelo corredor até o quarto onde costumava ficar nos tempos de faculdade, encantada ao ver que nada havia mudado: os móveis, as fotos antigas, tudo estava exatamente como ela se lembrava. 

O quarto era um refúgio acolhedor, com paredes pintadas de um tom suave de azul que refletia a luz natural. Uma cama de casal ocupava o centro do espaço, coberta com uma colcha de patchwork que Giulia havia feito, repleta de cores vibrantes. Ao lado, uma mesinha de cabeceira abrigava uma lâmpada com um abajur em forma de flor e um livro de poesias, sempre à mão.

Uma estante cheia de livros, alguns com capas desgastadas, se estendia ao longo da parede oposta. As prateleiras também guardavam fotos emolduradas, capturando momentos de risadas e aventuras da época da faculdade. As janelas grandes, com cortinas leves que deixavam a luz entrar, ofereciam uma vista deslumbrante das montanhas, criando um cenário que parecia tirado de um quadro.

No canto, uma pequena escrivaninha, com um computador antigo e papéis espalhados, lembrava os longos períodos de estudo e as noites em claro. O piso de madeira rangia levemente sob os pés, e o cheiro de madeira e lavanda completava a atmosfera nostálgica. Milena sentiu-se envolvida por uma onda de saudade, lembrando-se dos sonhos e das promessas feitas naquele quarto.

Era um espaço que guardava não só memórias, mas também a sensação de pertencimento. Ela se permitiu um sorriso enquanto largava a mala no chão, sabendo que, mesmo após todos aqueles anos, aquele lugar ainda era um pedaço de sua história.

Deixando a mala ao lado da cama, Milena rapidamente buscou uma roupa confortável para depois do banho. Precisava relaxar depois da longa viagem e esquecer o percalço com a reserva do hotel.

 No banheiro, deixou que a água quente escorresse sobre seus ombros, dissolvendo a tensão e o cansaço. Era como um abraço caloroso após um dia difícil.

Depois de um bom tempo debaixo do chuveiro, Milena vestiu um pijama divertido, com estampa de coelhinhos e pequenas cenouras espalhadas, que ela adorava e que trazia sempre para viagens longas. Com os cabelos úmidos e os pés descalços, desceu até a cozinha em busca de algo para comer.

Assim que chegou, percebeu um gato branco enrolado preguiçosamente sobre a bancada de mármore. Com um sorriso, aproximou-se devagar, tentando não assustá-lo.

— Olá, você é o novo rei da casa? — perguntou, rindo. O gato miou baixinho em resposta, erguendo os olhos preguiçosos, e ela sorriu abrindo ás prateleiras do armário para fazer algo para comer... Milena pegou uma panela encheu com agua e levou ao fogo. Assim que Milena se afastou do fogão, o gato a seguiu de perto, emitindo miados baixos e insistentes, enquanto se esfregava em suas pernas, claramente pedindo atenção. Ele caminhava junto a ela, entrelaçando-se em torno de seus tornozelos, exigindo alimento com um ar quase régio.— Ah, então o senhor quer jantar, é? — ela riu, agachando-se para acariciar o gato, que ronronou em aprovação. — Vamos ver se encontro a sua ração por aqui...

Milena abriu mais algumas portas dos armários até achar uma sacola de ração ao lado de uma tigela vazia. Ela começou a despejar a comida, enquanto o pequeno felino, com seus pelos cinza e olhos grandes, esfregava-se impacientemente em suas pernas, ansioso para devorar a comida. O som dos grãos caindo na tigela de metal ecoava suavemente pelo ambiente, criando uma sensação de rotina e normalidade que Milena tanto apreciava.

Assim que Milena terminou de encher a tigela do gato, observou o felino abocanhar os primeiros pedaços com a empolgação de quem há muito esperava por um banquete. Era um gato pequeno, de pelos cinza e olhos enormes, que agora a olhava com gratidão enquanto comia. Ela sorriu, já sentindo o cansaço da viagem se dissolver com a sensação tranquila de estar em um lugar acolhedor.

Mas então, algo mudou no ar. A familiaridade aconchegante da cozinha foi interrompida por um ruído inesperado, o som de passos se aproximando. Milena sentiu o coração acelerar enquanto permanecia abaixada, a mão ainda segurando a sacola de ração. A respiração prendeu-se em sua garganta quando, com cuidado, olhou por cima do ombro.

Parado na porta da cozinha, estava um homem. Alto, loiro, lindo, e musculoso, ele estava vestindo apenas uma toalha amarrada frouxamente na cintura, ainda com gotículas de água escorrendo pelos ombros e peito. Seus cabelos loiros e úmidos indicavam que provavelmente acabara de sair do banho. Os olhos azuis dele a observavam com a mesma surpresa, mas também com um certo ar de desconfiança, como se ele próprio tivesse sido pego em flagrante.

Os olhos de Milena se arregalaram em confusão e admiração. Nunca havia visto um homem tão atraente na vida. 

— Quem é você? – Sua mente, instintivamente, saltou para o pior cenário. — Um ladrão... um... um tarado? Assassino. — Ela perguntou enquanto começava a se levantar devagar, mas o homem deu um passo à frente, ainda mais confuso do que ela, e com uma expressão de puro espanto. —

— Tarado? Ladrão? Assassino? Espera... você que está na minha casa!

Nesse instante, o inesperado aconteceu. O homem, ao tentar se mover para esclarecer a situação, pisou no tapete de forma desajeitada e, num segundo, perdeu o equilíbrio. A toalha que ele usava escorregou, caindo ao chão, e Milena, completamente tomada pelo instinto e pelo susto, agiu por reflexo: com um movimento rápido, desferiu um soco bem no rosto dele.

O impacto o atingiu em cheio, e o homem cambaleou para trás, tropeçando no tapete. Ele caiu pesadamente no chão, um som abafado ecoando pela cozinha silenciosa e assustando o gato que correu para bem longe. Milena ficou ali, paralisada, os olhos arregalados, a mão ainda cerrada como se estivesse pronta para desferir outro golpe.

Seu coração martelava no peito quando ela percebeu que o homem estava imóvel. Ele desmaiara, a expressão serena, como se tivesse sido embalado por um sono forçado. A jovem recuou, apavorada, levando a mão à boca.

— Ai meu Deus... — murmurou para si mesma. — Eu... eu matei ele?

*****

P.S:. Oi meus amores.... Estou de volta com mais um livro da família De Luca... Nessa obra, estaremos contando a historia de Milena De Lucca e Enrico Rizzo... Os capítulos serão publicados aos sábados, ou domingo... Espero que gostem do capitulo... Não deixem de curtir e comentar pois me ajudara muito... A obra pode haver erros ortográficos... 

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