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17° um Jantar


Mais tarde naquela noite, Milena se encontrava em frente ao espelho, ajustando os últimos detalhes de sua aparência. Optara por algo simples, mas elegante: um vestido preto de tecido leve, com alças finas e um decote discreto, que combinava perfeitamente com um par de sandálias de salto baixo. Seu cabelo estava solto, caindo em ondas naturais pelos ombros, e ela finalizou o visual com um batom vermelho suave. Apesar de não querer admitir para si mesma, sentia-se ansiosa. O convite de Enrico havia a pegado de surpresa, mas algo dentro dela dizia que essa noite seria especial. Pegou sua bolsa de mão, o casaco e se dirigiu até a saída do quarto. Assim que chegou a sala principal,  avistou Enrico. Ele vestia uma camisa azul-marinho de mangas compridas dobradas até os cotovelos, combinada com jeans escuros e sapatos de couro. O perfume discreto, mas marcante, completava seu visual. 

— Você está maravilhosa. — ele disse, a analisando dos pés a cabeça.—

— Obrigada. — Milena respondeu, sentindo o calor subir para as bochechas. — Você também está muito elegante Tenente.

Enrico apenas sorriu com o elogio, e a conduziu até o enorme Hummer H3, um veículo que refletia não apenas seu estilo prático, mas também sua imponência. Ele abriu a porta do passageiro com a naturalidade de quem fazia isso sem esforço, um gesto que a fez sorrir internamente. Enquanto ela se acomodava no banco de couro confortável, sentiu o perfume sutil dele, que parecia pairar no ar com a mesma força de sua presença.

Assim que entrou no veículo e ligou o motor, o som grave do motor do Hummer preencheu o silêncio momentâneo entre eles. Milena olhou pela janela, observando a noite tranquila de Aosta enquanto Enrico dirigia pelas ruas iluminadas. A cidade parecia um cartão-postal, com suas construções históricas, praças de pedra e pequenos cafés que ainda tinham suas luzes acesas, convidando os passantes a uma última pausa antes de o dia terminar. Poucos minutos depois, chegaram ao restaurante. Era um lugar elegante e acolhedor, situado em uma das ruas mais charmosas do centro de Aosta. O prédio era uma mistura de arquitetura clássica com toques modernos: grandes janelas de vidro permitiam que as luzes suaves do interior iluminassem a calçada, e uma pequena placa de madeira com o nome do restaurante em letras cursivas  "La Trattoria di Lorenzo" pendia sobre a entrada.

Assim que estacionaram, Enrico desceu rapidamente e contornou o carro para abrir a porta para Milena. Ela saiu, ajustando a alça do vestido no ombro, e olhou ao redor, impressionada.

— Esse lugar é lindo. — comentou, sorrindo enquanto caminhavam juntos até a entrada.

— É um dos meus favoritos. Lorenzo, o dono, é um velho amigo da minha família. Ele faz questão de manter o ambiente assim: acolhedor e especial.

Ao entrarem, foram recebidos por um garçom que os conduziu a uma mesa próxima a uma janela com vista para a praça. O ambiente era decorado com tons quentes, cortinas de veludo vermelho e candelabros que lançavam uma luz suave e romântica. A música italiana ao fundo completava a atmosfera charmosa.

Enrico puxou a cadeira para Milena, que agradeceu com um sorriso antes de se sentar. Ele se acomodou à sua frente, e o garçom trouxe o cardápio, além de uma taça de prosecco para cada um como cortesia.

— Lorenzo é sempre generoso. — Enrico comentou, erguendo a taça em um brinde. — Às boas companhias.

Milena ergueu a dela também, sorrindo.

— Às boas companhias.

Eles brindaram, e Milena deu um pequeno gole no prosecco, sentindo as borbulhas suaves enquanto olhava pela janela.

— Então, o tenente tem algum prato favorito ou vamos descobrir juntos? — ela perguntou com um tom brincalhão, referindo-se novamente ao título dele.—

— Hoje, acho que vou deixar você escolher. — Enrico respondeu, rindo levemente. — Mas se precisar de uma recomendação, o ossobuco daqui é excelente.

Milena leu o cardápio com atenção e acabou escolhendo um prato de gnocchi al ragù di cervo. Enrico pediu o ossobuco alla Milanese, como havia sugerido. Enquanto esperavam os pratos, a conversa fluiu naturalmente.

— Você mencionou que Lorenzo é um amigo da sua família. Vocês se conhecem há muito tempo? — Milena perguntou, apoiando o queixo na mão enquanto o olhava com curiosidade.

— Sim, desde que eu era criança. Ele e meu pai serviram juntos no exército há muitos anos. Depois que meu pai morreu, Lorenzo abriu este restaurante e, de vez em quando, eu vinha aqui com minha mãe, e minhas irmãs.

— É um lugar adorável. Parece que ele criou mais do que um restaurante, criou memórias.

— Exatamente. — Enrico concordou, sorrindo.—

Os pratos chegaram pouco depois, e Milena não conseguiu evitar um suspiro ao ver a apresentação impecável. O cheiro era irresistível.

— Acho que estou oficialmente encantada. — ela disse, rindo enquanto pegava o garfo.—

— Espere até provar. Lorenzo sempre diz que a comida aqui tem o poder de mudar vidas.

Eles começaram a comer, e a cada mordida, Milena parecia mais impressionada.

— Enrico, isso está... incrível. — disse ela, fechando os olhos por um momento enquanto saboreava o gnocchi.—

— Eu avisei.

Milena sorriu de forma calorosa.

— Minha família tem um restaurante mexicano em Gênova.

Enrico ergueu uma sobrancelha, intrigado.

— Um restaurante mexicano em Gênova? Isso, sim, é algo inesperado. — Ele sorriu, apoiando os cotovelos na mesa e cruzando as mãos. — Então, me conta, como isso aconteceu?

Milena tomou um pequeno gole do vinho antes de responder, os olhos brilhando com as memórias que começaram a se formar em sua mente.

—Minha avó nasceu no México, mas foi criada na Itália... Ela conheceu o meu avó na Cidade do México, quando estava fazendo um intercâmbio de culinária. Ela sempre sonhou em ser chef, e acabou se apaixonando pela cultura e pela comida mexicana... e, Claro, pelo meu avó.

Enrico sorriu, claramente interessado.

— Parece uma história de filme.

— E é quase isso. — Milena riu levemente, seus dedos brincando com o pé da taça. — Quando eles decidiram se casar, minha avó quis voltar para a Itália, mas trouxe a ideia de um restaurante mexicano com ela. Escolheram San Lorenzo porque é onde minha bisavó materna vivia, e é uma vila tão pequena e charmosa que parecia o lugar perfeito para algo único.

— E como se chama o restaurante? — perguntou Enrico, agora genuinamente curioso.—

El Touro. — respondeu Milena com um sorriso orgulhoso. — É uma homenagem à força e à determinação que meus avós sempre demonstrou, e também à cultura mexicana. Meu avô diz que o touro é símbolo de coragem e resiliência.

Enrico assentiu, como se compreendesse o peso do significado.

— Parece um lugar especial. Aposto que a comida é incrível.

— É, sim. — Milena riu, inclinando-se um pouco para frente, como se compartilhasse um segredo. — Minha avó é uma especialista em fusões de sabores. Ela mistura técnicas italianas com temperos mexicanos, e o resultado é algo... mágico.

— Estou oficialmente com vontade de conhecer. — disse Enrico, cruzando os braços e a observando com admiração.

Milena riu, balançando a cabeça.

— Quando você for, vou garantir que experimente o risotto mexicano. É um dos pratos mais pedidos por lá.

— Risotto mexicano? — Enrico arqueou as sobrancelhas, surpreso. — Isso, eu preciso ver.

— É um prato inspirado no arroz con pollo, mas com um toque italiano. Minha avó substituiu o arroz normal pelo arbóreo e adicionou alguns ingredientes típicos daqui, como o açafrão.

— Agora você está me deixando com fome de novo.

— Culpa sua por mencionar o ossobuco. — Milena brincou, e ambos riram.

Depois de um momento de silêncio confortável, Enrico inclinou a cabeça, estudando-a.

— Você fala com tanto carinho sobre sua família. Dá para ver que eles são muito importantes para você.

— Eles são... Minha mãe é uma força da natureza, sempre cheia de energia. Meu pai é mais tranquilo, porém rigoroso, tem minha avó Antonella, ela é a mãe do eu pai, e é o pilar da nossa família. Também, tenho três irmãos, Enzo, Rafael e Matteo.

— Parece que você tem uma família incrível.

— Sim, eu tenho.

O jantar continuou em um clima descontraído e envolvente. Enrico se pegou observando Milena em vários momentos, admirando a forma como ela ria de suas histórias ou falava apaixonadamente sobre o projeto do centro comunitário.

Um tempo depois, o  garçom voltou à mesa, e perguntou se gostariam da sobremesa.

— Eu aceito um tiramisu. — Milena disse, tentando recuperar o controle de seus pensamentos.

— Dois tiramisus, então. — Enrico completou, sorrindo levemente.

Enquanto esperavam a sobremesa, Enrico mudou o tom para algo mais leve.

— Quando você volta para Gênova?

Milena ergueu o olhar, surpresa com a pergunta, mas logo abriu um sorriso suave.

— Na sábado. — respondeu ela, ajeitando uma mecha de cabelo que caía sobre o rosto. — Tenho alguns compromissos importantes no trabalho, e não posso mais adiar. Estamos finalizando a proposta para o projeto do centro comunitário. É algo que tem me tomado bastante tempo, mas também é muito gratificante.— ela falou de forma calma e tranquila.— E você? Quais são os seus próximos planos Tenente?

Ele ficou em silêncio por um momento, como se escolhesse as palavras certas.

— No final do mês, eu volto para o Afeganistão.

— Pensei que estivesse pensando em se aposentar.

Enrico balançou a cabeça, soltando um leve suspiro.

— Minha missão ainda não terminou... E eu preciso voltar.— suspirou profundamente.— A vida no exército tem seus desafios, mas também me dá uma sensação de pertencimento que eu nunca tive em outro lugar.

— E você não pensa em... parar?

Ele deu uma risada baixa, quase amarga.

—Já  sim... Muitas vezes... Mas, para ser sincero, às vezes, me pergunto se conseguiria me adaptar a uma vida longe daquilo. Parece que parte de mim ainda pertence àquele mundo, 'por mais complexas que ás coisas sejam... Eu sou um tenente, tenho obrigações para cumprir... Vidas depende de mim.

Milena permaneceu em silêncio por alguns segundos, analisando-o com cuidado.

— Deve ser complicado viver com um pé aqui e outro lá...

Por um momento, o silêncio entre eles era confortável, mas carregado de significado. Era como se ambos estivessem aprendendo mais sobre o outro, descobrindo as camadas escondidas por trás de suas palavras e ações.


P.S:. Não deixem de curtir e comentar... Mil beijos... até o próximo capitulo...

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