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10° uma ideia louca

A noite estava perfeita, uma daquelas que só a Itália conseguia proporcionar. As colinas verdes de Aosta pareciam mais vivas sob o brilho das luzes das lanternas espalhadas pela vila. O ar fresco, carregado com o aroma das flores e da comida caseira, enchia os pulmões de Enrico enquanto ele ajustava a gola de sua camisa de linho branca, parcialmente dobrada nos punhos. A combinação com a calça jeans escura e os sapatos de couro marrom o deixava confortável, mas ainda assim elegante o suficiente para a ocasião. Ele não gostava muito dessas festas, mas suas irmãs insistiram que ele fosse. Afinal, era a celebração mais esperada do ano.

As ruas estreitas, pavimentadas com paralelepípedos, fervilhavam com a energia da festa. Barracas de comida exalavam os irresistíveis cheiros de massas frescas, molhos ricos e pizzas saindo dos fornos à lenha. Músicos locais, com violinos e acordeões, tocavam canções italianas tradicionais que faziam até os mais sérios baterem o pé no ritmo. Crianças riam alto no parque de diversões montado ao lado da praça, enquanto as rodas-gigantes giravam contra o céu estrelado. Tudo parecia saído de um conto de fadas.

Enrico, no entanto, não conseguia se deixar levar completamente pela euforia ao seu redor. Ele estava encostado em uma parede de pedra próxima à praça principal, um copo de vinho tinto na mão, enquanto ouvia Diego e os outros amigos falarem sobre qualquer coisa que ele não prestava muita atenção. Até que algo, ou melhor, alguém, capturou completamente sua atenção.

Milena.

Ela entrou na praça com suas irmãs, Giulia e Julieta, e por um momento parecia que o tempo tinha desacelerado. Milena estava deslumbrante em um vestido midi de seda com estampas florais em tons de azul e verde, o tecido fluindo levemente com a brisa da noite. Seu cabelo caía solto sobre os ombros, refletindo a luz das lanternas como um véu macio. Enrico sabia que ela era bonita — já havia percebido isso desde que ela apareceu pela primeira vez na sua casa, com aquele pijama de coelhinhos e cenouras — mas agora ela parecia de outro mundo. Linda demais. Elegante e natural, como se pertencesse àquela paisagem mágica.

— Ei, quem é a gata que está com a sua irmã? — a voz de Diego interrompeu seus pensamentos, fazendo-o franzir o cenho. O amigo estava encarando Milena com um sorriso evidente de interesse.

Enrico não escondeu sua irritação.

— É a Milena — respondeu de forma seca, tentando conter o tom defensivo.

— Milena! — repetiu Diego, arqueando a sobrancelha e sorrindo de canto. — E quem é ela exatamente? Nunca a vi antes.

Enrico suspirou, girando o copo de vinho na mão, impaciente.

— Milena. Ela é amiga das minhas irmãs. Está hospedada lá em casa por um tempo.

Diego não disfarçou o entusiasmo e lançou um olhar maroto para ele.

— Então me apresenta a ela...

Enrico revirou os olhos, claramente incomodado.

— Por que você mesmo não vai falar com ela? Não sou babá.

Diego levantou as mãos em rendição, rindo.

— Calma, irmão! Não precisa ficar bravo...

Antes que Enrico pudesse responder algo mais, uma voz familiar o interrompeu.

— Enrico! — a voz feminina era suave, mas carregada de confiança, e ele soube imediatamente de quem se tratava.

Virando-se, ele encontrou Francesca, sua ex-namorada, caminhando em sua direção. Ela estava impecável, como sempre, em um vestido justo que destacava suas curvas. Seus olhos castanhos brilhavam com aquela mistura perigosa de charme e malícia que ele conhecia bem. Francesca não hesitou em tocar suavemente no braço dele, seu sorriso seguro deixando claro que ela sabia o impacto que ainda causava.

— Francesca? — ele respondeu, surpreso, mas mantendo a postura.

— Quanto tempo, Enrico. Não esperava te encontrar aqui — disse ela, seu tom casual, mas cheio de intenção, enquanto seus dedos permaneciam por mais tempo do que o necessário no braço dele.

Enrico tentou disfarçar o desconforto. Olhou para os amigos por um instante, como se procurasse uma desculpa para escapar, mas sabia que Francesca não o deixaria tão fácil. O que mais o incomodava, no entanto, era outra coisa: quando ele olhou rapidamente para Milena, percebeu que ela também havia notado Francesca. E, por algum motivo, o sorriso dela havia desaparecido.

***

Do outro lado da festa, Milena degustava seu limoncello, sentindo o sabor cítrico e adocicado aquecer levemente sua garganta. A serenata ao vivo que ecoava pela praça misturava-se ao riso e às conversas ao seu redor, criando uma atmosfera acolhedora que a fazia relaxar, pelo menos até seus olhos pousarem na cena do outro lado da praça. Uma mulher loira, elegante e perfeitamente segura de si, se aproximava da mesa onde Enrico estava com os amigos. Ela inclinou a cabeça, curiosa, e seus olhos estreitaram enquanto observava a interação. A loira tocava o braço de Enrico com familiaridade, e Milena não pôde ignorar o sorriso malicioso que a mulher lhe lançava.

— Quem é aquela mulher que está conversando com o irmão de vocês? — perguntou, tentando soar casual, mas a curiosidade e, talvez, uma pontada de incômodo, escaparam em seu tom.

Giulia e Julieta, que estavam ao seu lado, se viraram ao mesmo tempo para olhar na direção indicada por Milena. Giulia suspirou com desgosto.

— Ah, aquela... é a Francesca — respondeu, revirando os olhos. — Ex-namorada do Enrico.

Milena ergueu as sobrancelhas, sem conseguir esconder a surpresa.

— Ex? — perguntou, olhando novamente para a loira, que agora lançava um sorriso exageradamente provocante na direção de Enrico. — Por que terminaram?

Julieta inclinou-se levemente, como se fosse compartilhar um segredo, enquanto mantinha os olhos na cena.

— Eles tiveram um lance antes dele entrar para o exército — explicou Julieta, com a voz baixa o suficiente para que apenas Milena ouvisse. — Mas ela nunca conseguiu lidar com a distância... nem com o medo de algo acontecer com ele.

Giulia balançou a cabeça, claramente irritada.

— Basicamente, ela não queria namorar alguém que aparecia uma vez por mês. E, quando ele estava fora, ela surtava só de pensar que poderia receber uma notícia ruim. A distância e o medo acabaram com eles.

Milena observou mais atentamente. Francesca estava inclinada na direção de Enrico, lançando risadas e jogando os cabelos para trás como se fossem velhos amigos — ou algo mais. Enrico, no entanto, parecia desconfortável, respondendo apenas com monossílabos enquanto mantinha os braços cruzados. Mesmo assim, a cena despertava algo em Milena. Um incômodo estranho crescia em seu peito, embora ela não soubesse dizer exatamente por quê. Tomou um gole mais longo do limoncello, tentando ignorar a sensação.

— Parece que ela quer ele de volta... — murmurou Julieta, cruzando os braços com uma expressão abertamente desgostosa.

— E ela deveria ter vergonha na cara de aparecer desse jeito depois de tudo! — disparou Giulia, balançando a cabeça. — Foi ela mesma que terminou com ele... por carta, acredita?

Milena arqueou as sobrancelhas, surpresa.

— Por carta? — repetiu, incrédula. — Isso ainda existe?

— Existe para Francesca — retrucou Giulia, revirando os olhos novamente. — Enrico ficou arrasado na época, mas, como sempre, ele não deixou ninguém perceber. Só contou pra Julieta e eu, alguns meses depois.

— Agora ela aparece assim, toda sorridente, como se nada tivesse acontecido. Típico dela. Adora ser o centro das atenções.

Milena voltou a olhar para Enrico. Ele parecia educado, mas havia algo na sua postura — os ombros tensos, o olhar que evitava o da loira — que denunciava o desconforto. Por outro lado, Francesca continuava insistente, claramente decidida a monopolizá-lo.

— E o que ele sente por ela agora? — perguntou Milena, sem tirar os olhos da cena.

Giulia deu uma risada curta.

— Ele nunca fala sobre isso. Mas, se quer saber minha opinião, Enrico não confia nela. Pode até ser educado, mas não acho que queira qualquer coisa com ela de novo.

Julieta inclinou-se, conspiradora.

— Talvez devêssemos salvá-lo, Mila. Francesca não larga o osso tão fácil.

Milena deu um sorriso discreto, mas seu coração acelerou. O que era aquilo que sentia? Um desejo genuíno de ajudar... ou algo mais? 

— Vocês têm razão...  Alguém precisa fazer isso.  Eu tive uma ideia...

Giulia e Julieta se entreolharam, intrigadas.

— O que você está planejando, Mila? — perguntou Giulia, em tom curioso.—

— Que tal eu dar uma ajudinha pra ele? Quero ver essa tal Francesca perceber que ele não está disponível... Afinal, ele merece algo melhor.

As amigas sorriram, já sabendo que nada pararia Milena.

— Vamos dar um show, então? — perguntou Julieta, piscando de forma cúmplice.—

Milena assentiu, levantando-se com confiança. Ela ajeitou o cabelo, respirou fundo e, com um sorriso misterioso nos lábios, caminhou em direção à mesa de Enrico, decidida a fazer Francesca entender que ele não estava tão disponível quanto parecia. 

 Quando chegou perto o suficiente, Ela se aproximou por trás, colocou a mão gentilmente no ombro de Enrico, que virou surpreso, ao vê-la. Milena entrelaçou o braço no de Enrico e sorriu para ele, como se estivessem juntos há tempos.

— Estava te procurando, amor.

Francesca parou de falar imediatamente, seus olhos arregalados ao ver Milena abraçando Enrico por trás, com um sorriso tranquilo que parecia completamente natural. Assim que se virou para encarar a morena, foi surpreendido por um selinho para a surpresa de todos... Enrico congelou por um breve momento, a surpresa estampada em seu rosto, mas logo se recuperou, deslizando a mão sobre a de Milena e sorrindo de canto.

— Aqui estou, querida.

— Você é um péssimo namorado tenente...

Enrico arqueou as sobrancelhas ao ouvir o comentário de Milena, tentando acompanhar o jogo improvisado que ela havia começado. Ele notou a intensidade no olhar dela, um brilho desafiador que não passava despercebido.

— Péssimo namorado? — Ele repetiu, jogando o peso do corpo para uma perna e cruzando os braços, com um sorriso de canto. — E o que eu fiz pra merecer essa acusação, querida?

Milena revirou os olhos com exagero teatral, mantendo o braço em volta da cintura dele.

— Você me deixou sozinha naquela multidão e não quis dançar comigo, mas está aqui de papinho.— Ela lançou um olhar para Francesca, que assistia à cena com uma expressão entre choque e indignação. — Honestamente, eu esperava mais de você, Enrico.

Enrico precisou morder a parte interna da bochecha para não rir. Ele reconhecia uma atuação de alto nível quando via uma.

— Tem razão, Mila. — Ele falou, inclinando-se levemente na direção dela, seus olhos fixos nos dela. — Eu fui um idiota. Como posso compensar?

Milena inclinou a cabeça, fingindo pensar, enquanto o sorriso travesso permanecia em seus lábios.

— Bom, um pouco mais de atenção seria um bom começo. E talvez... Deveria me levar para andar na roda gigante?

Francesca ergueu uma sobrancelha, sua expressão alternando entre incredulidade e irritação.

— Eu não sabia que estava namorando Enrico?

" Nem eu!" ele pensou sem se mover do lugar.

Milena, sem soltar Enrico, inclinou levemente a cabeça para o lado e sorriu, como se estivesse adorando o desconforto de Francesca.

— Desculpe não ter me apresentado antes — disse Milena, soltando Enrico apenas o suficiente para estender a mão a Francesca. — Sou Milena.

Francesca hesitou antes de apertar a mão de Milena, claramente tentando manter a compostura.

— Francesca — respondeu, secamente. — Ex-namorada do Enrico.

Milena sorriu, mas havia um brilho astuto em seus olhos.

— Ah, claro, você é a Francesca. Já ouvi falar de você... — Ela deu um pequeno aperto no braço de Enrico, como se para reforçar a conexão entre eles. — Eu deveria agradecê-la.

— Por qual razão?

— Se você não tivesse terminado com o Enrico, eu não teria conhecido o amor da minha vida.

Francesca piscou, claramente pega de surpresa pela resposta de Milena. Seu sorriso diminuiu, mas ela tentou manter a compostura enquanto cruzava os braços e inclinava a cabeça ligeiramente.

— O amor da sua vida, é? — perguntou, com um tom de ceticismo que quase transbordava.—

Enrico, que estava observando a interação como quem assistia a um jogo de xadrez, pigarreou enquanto seus amigos segurava o riso.

Milena apenas lançou um sorriso maroto para Enrico antes de dizer.

— Bom, eu vou me juntar ás suas irmãs e beber, um pouco, já que o meu namorado não quer me dar atenção... Quando quiser dançar, ou andar de roda gigante, é só me procurar. — Falou soltando o braço dele e se retirando do local, deixando Enrico e Francesca.—

— Acho que causei um conflito entre você e sua namorada. — Francesca falou seriamente.—

Enrico deu uma risada baixa e cruzou os braços, observando Milena se afastar com passos firmes e cheios de confiança. Ele balançou a cabeça, quase incrédulo com a atuação impecável dela.

— Não se preocupe, Francesca. — Ele respondeu, com um sorriso de canto. — Milena gosta de criar esses... momentos dramáticos. Faz parte do charme dela.

Francesca ergueu uma sobrancelha, visivelmente desconfiada.

— Ah, então vocês estão juntos mesmo? — Ela perguntou, inclinando a cabeça, como se estivesse tentando decifrar algo além das palavras dele.

Enrico hesitou por um segundo, mas seu sorriso não vacilou.

— Por que isso seria difícil de acreditar? — Ele rebateu, desafiador, com um tom casual que escondia o incômodo crescente com a insistência dela.

Francesca cruzou os braços e deu um passo mais perto, diminuindo o tom de voz.

— Porque eu te conheço, Enrico. E sei que você nunca foi de exibir seus relacionamentos desse jeito. Muito menos para me provocar.

Enrico estreitou os olhos, a expressão ficando mais séria.

— Francesca, você mesma escolheu sair da minha vida. Não acha que já é hora de seguir em frente?

— E se eu não quiser seguir em frente? — Ela respondeu, sua voz saindo em um tom que misturava desespero e determinação. — Talvez eu tenha cometido um erro...

Enrico suspirou, desviando o olhar para evitar o peso das palavras dela. Ele sabia que Francesca tinha o talento de mexer com suas emoções, mas dessa vez não estava disposto a ceder.

— Um erro, Francesca, é algo que você pode corrigir. Mas o que você fez foi uma escolha. — Ele respondeu calmamente, os olhos fixando-se nos dela com firmeza. — E eu também fiz a minha.

Antes que Francesca pudesse responder, uma gargalhada alta ecoou do outro lado da festa, chamando a atenção de ambos. Enrico olhou e viu Milena com Giulia e Julieta, rindo descontraidamente enquanto erguiam seus copos de limoncello. A visão dela, tão leve e espontânea, trouxe um sorriso involuntário aos lábios dele.

Francesca seguiu o olhar dele, sua expressão se fechando.

— Ela realmente significa algo para você?

Enrico não hesitou dessa vez. Ele olhou diretamente para Francesca e disse:

— Mais do que você imagina.

***

P.S:. sigam sempre ás numerações dos capítulos... Não deixem de curtir e comentar caso estejam gostando da obra... beijos e até o próximo capitulo.

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