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05. Fly


— Você tentou dizer "não"? — Baekhyun havia ganhado permissão para visitá-lo à pedido do General, que acreditava que a visita de seu amigo faria muito bem a Kyungsoo, que aparentava se sentir solitário todas as vezes que ele saía.

Jongin também chegou a cogitar a ideia de pedir para que Baekhyun fosse levado para viver naquela casa, assim podendo passar todas as horas do dia ao lado de Kyungsoo, mas acabou desconsiderando rapidamente, pois já conhecia a índole curiosa e malcriada do jovem, que era dono do péssimo hábito de mexer em tudo, e passar por portas que deveriam permanecer trancadas.

O melhor era que ele não ficasse tanto tempo ali.

— Por que eu diria "não"?

— Normalmente dizemos "não" para algo que não queremos, sendo assim, já experimentou negá-lo?

Kyungsoo fez com que seus olhos corressem de um lado para o outro, ele procurava por absolutamente nada, mas ao mesmo tempo esperava encontrar algo que pudesse o auxiliar em uma resposta. Entretanto, tudo o que encontrou foram os olhos de Baekhyun, que aguardavam por qualquer coisa.

— Não.

— Então não sabe se ele realmente se importa com o que quer, ou se apenas espera o seu "sim" para desencargo de consciência. — Baekhyun era dono de uma sinceridade que beirava a acidez, e muitas veze isso acabava fazendo com que se esquecesse com quem estava falando — Se não quer, só diga isso a ele, então poderá ver quem ele realmente é. Mas, claro, imagino que o General não lhe fará mal por conta de seu título de nobreza. Entretanto, poderá ver seu rosto e o que as suas expressões dizem, imagino que de perto será mais fácil de distinguir.

— Meu marido possui expressões, Baekhyun, por mais sutis que elas sejam, ainda consigo ver quando... — Quando o quê? Quando nada, a verdade era que Kyungsoo não entendia nada e ainda não saberia dizer o que era desgosto e o que era felicidade em seus olhos — Além disso, eu digo que sim porque quero e porque gosto.

O jovem ômega se inclinou para frente, sua curiosidade também era comum por tomar rumos errados quando estava sozinho com seu príncipe. Os dois conversaram sobre certas coisas que Junmyeon conhecia bem, mas que se recusava a falar sobre, pois considerava como algo muito inapropriado para ômegas solteiros.

— Dizem que dói nas primeiras vezes.

— Não com o Jongin, com ele é bom... sempre é bom. — Seu rosto estava completamente corado, mas ele tentava não parecer desesperadamente envergonhado — Meu marido é um homem muito...

— Experiente? — Baekhyun completou — Sabe que sempre o imaginei como uma espécie de Ser Intocável? Para mim é uma grande surpresa saber que nosso grande General foi um devasso ao longo de sua vida.

Kyungsoo o repreendeu com o olhar antes de abrir a boca, entretanto, suas palavras foram perdidas ao ver a porta se abrindo. Não reconheceu o cheiro que invadiu sua casa, entretanto, a certeza de que estava em um ambiente muito seguro fez com que não sentisse nenhum medo diante do estranho.

Encontrou seu rosto e conseguiu o reconhecer após alguns segundos, já o avistara com seu marido algumas vezes.

— Majestade. — O alfa curvou-se para ele, estava logo atrás do assento onde Baekhyun se encontrava — Perdoe-me pela forma em que entrei.

— Está tudo bem, Park Chanyeol.

Ele parecia de algum modo satisfeito ao descobrir que o príncipe sabia seu nome, mesmo não podendo entender de onde ele havia tirado aquela informação. Sua única certeza de que não havia sido Jongin a dizê-lo.

— O senhor seu marido precisou resolver algumas contendas, pequenos conflitos internos, Majestade, e pede que o perdoe por seu atraso. — O homem era bom com palavras, um diplomata certamente melhor que Jongin, e isso fazia com que Kyungsoo entendesse certas coisas.

Kim Jongin não era bom em tudo, mas se cercava daqueles que tinham algo que lhe faltava.

— Não há nada a ser perdoado, entendo melhor do que ninguém o quanto meu marido é necessário e permanecerei ao lado desta porta até seu retorno. — Eram as palavras que alguém havia lhe ensinado, era isso que um bom ômega faria, e ele havia ensinado a ser exatamente isso.

Baekhyun entendia bem o que estava acontecendo bem ali, esteve ao lado de Kyungsoo em todas as aulas, e mesmo que estas não lhe fossem direcionadas, ainda possuía o direito de aprender enquanto observava.

— Majestade, já está anoitecendo, e me foi dada a ordem de levar o jovem Baekhyun de volta para o Palácio. — Aquele foi o primeiro momento em que o ômega o olhou nos olhos e Chanyeol olhou em sua direção — É melhor partirmos antes da Lua governar.

"Porque nunca é bom que ômegas solteiros sejam vistos sozinhos com alfas durante a noite", ambos ali quase podiam ouvir a frase sendo completada. Tudo era ruim para os ômegas no fim das contas, tudo sempre acabava da mesma forma, independente de seus títulos de quais posições ocupavam naquele mundo.

Baekhyun entendia que ser a companhia do príncipe era algo bom e invejável, mas entendia muito bem que morreria como um plebeu.

— Partirão assim que eu me despedir de Baekhyun. — Kyungsoo anunciou, seus olhos ainda se mantinham fixos no alfa, demonstrando respeito a sua presença.

Chanyeol guardaria aquilo como um sinal de honra.

— Sim, senhor.

O alfa os deixou sozinhos.

Baekhyun esperou até que seus passos sumissem e pouco mais além disso, até que tivesse certeza de que o homem lá fora já não mais se importaria em ouvir o que diziam.

— Todos os alfas que circulam o General possuem uma presença assustadora, não acha? — Baekhyun comentou, havia um pequeno sorriso em seu rosto que ele tentava a todo custo disfarçar — Além de...

— Beleza?

— Sim, beleza. — Admitiu mais rápido do que seria adequado — Mas não pense mal de mim, meu príncipe, só fiz um comentário.

Kyungsoo o abraçou carinhosamente, poderiam continuar aquela conversa em outro dia, quando tivessem um pouco mais de tempo e a noite não estivesse tão apressada para tomar seu lugar.

Quando Baekhyun tentou se afastar, Kyungsoo continuou o abraçando.

— Cuidado com as coisas que comenta, Baekhyun. — O aconselhou com um tom de voz duro — Amigo de meu marido ou não, nós não conhecemos esse alfa e não sabemos de sua verdadeira índole. Não lhe dê brechas para pense mal de você, me entende?

— Estamos longe dele.

— Alfas possuem ouvidos melhores do que os nossos, acredite, se ele quisesse nos ouvir, ouviria, e se quisesse levar em consideração tudo o que saiu de sua boca, levaria.

Aquilo o assustou, o que era bom, pois se tratava exatamente do que Kyungsoo queria. Estava o protegendo, pois sabia o quão manipulável e inocente seu amigo conseguia ser.

Baekhyun deixou a grande e bonita casa dos Kim, encontrando Chanyeol logo abaixo, no jardim da frente, perto dos portões. Prendeu a respiração por um longo instante, sentiu um cheiro forte quando se aproximou, algo que o deixou tonto por dois ou três segundos, fazendo com que suas pernas ficassem fracas.

Quase caiu, mas antes disto, Chanyeol o segurou.

Quando abriu os olhos de novo, encontrou seu rosto muito perto, o que era péssimo para todos os conselhos que havia ouvido.

— Você está bem, meu senhor? — Foi perguntado, mas até então, ouvia como se estivessem a muitas milhas de distância.

Era como se ouvisse alguém que não estava ali.

— Eu não sou senhor de nada. — Respondeu. Em qualquer outro dia, ficaria honrado em ser chamado de senhor, entretanto, naquele instante lhe pareceu um grande absurdo ser chamado assim por alguém como ele — Fui Companhia do Senhor Meu Príncipe por muito tempo, é o mais perto da nobreza que conseguirei chegar.

Só então se deu conta de que ainda estava agarrado ao alfa, e envergonhado por sua atitude, se soltou da maneira mais abrupta que sua natureza permitia.

— Tenho certeza de que há muita nobreza em você, ômega. — Chanyeol lhe ofereceu sua mão — É melhor partirmos.

— Sim, claro.

Não costumava segurar a mão de um alfa e muito menos respirar tão perto deles, ainda demoraria para que se acostumasse. Entretanto, era obvio que apreciava isso e estava de certo modo muito encantado com ele.

Seu coração acelerou quando este o segurou pela cintura o pôs sobre o cavalo. Seu estômago estava gelado como nunca antes esteve antes e seu pequeno corpo se estremeceu. O alfa dividiu a cela com ele, e agora podia sentir o calor do peito dele em suas costas.

Mal conseguia pensar ou respirar.

— Espero que não se incomode, não tenho outro cavalo.

Era mentira, Chanyeol tinha outro cavalo, além de ter podido dispor de qualquer animal da cavalaria do exército. Era ato planejado, mas Baekhyun ainda não era capaz de entender isso.

— Não há problema.

Chanyeol o segurou com mais firmeza e Baekhyun precisou morder a própria língua para que nenhum som saísse de sua boca. Talvez aquilo não fosse necessário, mas não saberia pedir para que não tocasse daquele modo.

Estava sendo um estúpido, criticava Kyungsoo por ceder a tudo o que seu marido queria, mas ele também não sabia dizer "não", e nem queria.

Chanyeol cavalgou com ele até o Palácio, onde o ômega pediu para ser deixado, uma porta lateral pequena e escura, quase totalmente coberta pelos galhos de uma árvore baixa.

O alfa o ajudou a descer do cavalo.

— Foi uma companhia agradável, Park. — Não havia sido informado de sua patente, chamá-lo pelo nome da família era o mais adequado até então — E eu agradeço por ter me trazido, as ruas não são muito seguras depois que o sol se põe e eu acabo por falar demais quando estou com o príncipe, algo que me faz perder a hora. Acho que sou um tagarela. Viu? Já estou falando demais novamente, peço que me perdoe.

Chanyeol o achou adorável, além de ser muito bonito.

Não seria nenhum sacrifício.

— Não há nada para perdoar. — Estavam sozinhos, uma grande árvore tapava a fraca luz da lua que acabara de nascer, o que era privacidade demais para que fosse decente — Gosto do som da sua voz.

— Ninguém nunca me disse isso. — Baekhyun se sentia um bobo ao admitir o quanto estava admirado — Eu o agradeço.

Chanyeol olhou para a porta, ela parecia frágil e mal vigiada. Esse era o principal problema do Imperador, ele não esperava que sua casa fosse insegura e estava se cercando de pontos cegos.

Ninguém se importava com a entrava e a saída dos pobres empregados.

— Quem mais sabe desta porta, Baekhyun?

— É uma porta para ômegas, meu senhor. — Contou — Veja como é pequena e estreita, apenas as Companhias dos senhores nobres costumam passar por aqui, está enferrujada e suja porque nenhum empregado se incomoda com ela ou sabe que ela existe. Talvez seja usada apenas por mim agora, e isso quase me deixa orgulhoso, é uma das poucas coisas que tenho e os outros não têm.

Havia um pequeno sorriso no rosto de Baekhyun agora, e era uma pena que o jovem ômega não estivesse prestando atenção, pois também havia um sorriso no rosto de Chanyeol por motivos parecidos.

A porta.

— Acha que sou um tolo, não acha? — Baekhyun o questionou, seus cabelos castanhos estavam crescendo, a brisa fresca fazia com que cobrissem seus olhos — Um tolo admirando uma porta.

O alfa se aproximou mais dele, perto o suficiente para que seu cheiro o deixasse tonto novamente.

Ele ainda não entendia o que o Park estava fazendo.

— Você não é um tolo, Baekhyun. — O alfa tocou em seu ombro, estava sendo sutil como uma cobra, e venenoso da mesma maneira — É uma pessoa com sonhos, eu imagino, sonhos, ambições e desejos. Se esta porta é sua, a mantenha sua, mantenha o que é seu, apenas seu.

— É só uma porta.

— É, tem razão, é só uma porta. — Chanyeol estava muito perto de seu ouvido, tanto que podia sentir seu hálito quente no pescoço — Como passa por ela? Tem uma chave?

— Sim.

Chanyeol sorriu enquanto observava o ômega abrir a pequena porta de madeira velha, que rangeu alto quando se abriu.

[...]

— Uma porta.

Jongin riu quando terminou de ouvir toda aquela história, e ele nunca ria, muito menos por puro desprezo.

— Como pode haver uma porta nos muros do Palácio? — O General ainda não conseguia acreditar naquilo — Como ninguém sabe sobre isso?

— É uma porta muito pequena e estreita, apenas um ômega caberia e ninguém nunca se importa com ômegas, você sabe disso. — Chanyeol aprendera política com os plebeus, não advinha de uma família Nobre e rica como a de Jongin, e entendia de certas coisas que os que estavam acima nunca conseguiriam entender — Ômegas nobres são vistos pelos que anseiam o poder, mas os ômegas pobres nunca são vistos por ninguém, é por isso que ninguém vê aquela porta e quem passa por ela.

Jongin repousou o copo vazio sobre a mesa.

— De que serve um buraco por onde ninguém consegue passar?

— Por onde alfas não podem passar!

— E o que é que nós somos, Chanyeol? — Podia vê-lo minimamente enraivado, já era mais do que costumava ver, muito mais — Vai parar de comer até que passe por lá?

O Park tentou relaxar o corpo, entretanto, naquele instante era impossível que relaxasse a mente. Conhecia a índole de seu amigo, e sabia muito bem como ele iria reagir às coisas que pensava e planejava.

Jongin era um ótimo estrategista, mas ele detestava se arriscar demais e deixar as coisas em mãos volúveis.

— Baekhyun consegue passar.

Demorou apenas dois segundos para que o Kim entendesse, e revoltado, ele se pôs de pé.

— Só pode estar ficando louco.

— Não, não estou, ainda não conseguiu esse feito, por mais perto que esteja de conseguir isto. — Chanyeol usou um tom divertido, mas fechou o rosto mediante a situação — Sei o que estou fazendo, Jongin, não se trata de uma brincadeira, muitas vidas estão em jogo.

— Não quero que a vida de Baekhyun esteja neste jogo.

Seu amigo pôs as mãos sobre a mesa e se aproximou.

— As vidas de todos estão neste jogo. — Ele disse — Se falharmos, ele vai morrer de qualquer jeito, nós iremos morrer e seu ômega também. Sei que tenta proteger, Jongin, mas se não começar a se arriscar, todos os seus esforços serão em vão.

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