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01.Lit

Quando os soldados retornavam de suas longas batalhas sangrentas, todo o povo se reunia nos portões da Cidade Capital para os receberem com gritos de alegria por suas vitorias. Os bravos soldados eram vistos como barreiras de proteção entre os inimigos e o povo, e o decreto de orarem por eles todas as noites percorria por todo o país, algo que as pessoas faziam de bom grado, em vista de que eram muito gratas pelo trabalho dos mesmos.

Mas havia um homem no meio destes por quem as pessoas oravam com mais fervor, o único nome a ser citado em meio aos demais desconhecidos, o General Kim Jongin, ou como era conhecido entre o povo, o homem que protege a China. Kim Jongin era o principal general do exército chinês, não havia uma só invasão ou uma só batalha que fugisse de seus conhecimentos, ele era a Cabeça dos soldados, e nenhum outro estava acima dele. Também conhecido como o homem que nunca sorri, o alfa Kim era alguém de poucas expressões e poucas palavras, diziam que ele não precisava delas, que seu silêncio era ameaçador, e suas expressões tão vazias faziam as pessoas se perderem enquanto se perguntavam o que ele estava pensando.

Era quase fim de tarde quando os homens que acompanhavam o Kim chegaram, e como sempre, foram aclamados pelo povo enquanto desfilavam em seus cavalos negros até a entrada do Palácio, que ficava em linha reta na direção dos portões principais, um caminho majestoso, diriam alguns. Jongin era o único General a ser recebido diretamente pelo Imperador assim que retornava, também era o único entre os soldados a ter o direito de entrar sem ser anunciado, pois recebera uma ordem direta do Líder Maior para que o procurasse assim que seus pés fossem postos na Cidade Capital.

O Imperador o aguardava.

— Quando seu pai e eu éramos jovens, nós fazíamos planos. — a voz do Imperador soou pelo salão assim que a porta grande e dourada foi aberta, não era preciso olhar para quem havia entrado, a presença do Kim se espalhava rápido quando passava pelos portões do palácio — Ele falava de você, já havia escolhido o nome que daria ao primeiro filho antes mesmo de se casar com sua mãe.

O Imperador, que já não era tão jovem, andava de um lado para o outro pelo enorme salão, era típico seu estar sempre em movimento, os reflexos de um soldado nunca morriam, e ficar parado era como torturar a si mesmo.

— Seu pai foi um grande General, Jongin, mas não tenho medo de errar ao dizer que você o superou. — o homem mais velho virou-se de costas e deu três passos para o lado, onde havia uma grande mesa de madeira escura, que era estreita, porém grande em cumprimento, se estendendo por todo o canto da parede. Nela haviam muitos pergaminhos espalhados, onde o Imperador escrevia informações de seus aliados e inimigos — Mas diga-me, General, posso dormir tranquilo sabendo que jamais abandonaria teu país?

O alfa de cabelos negros permaneceu parado no mesmo lugar, seus olhos vasculharam toda a sala e seu nariz farejou um cheiro doce atrás da porta. Jongin se portava como alguém calmo, mas fora ensinado a estar sempre prestando atenção em todo e qualquer detalhe a sua volta.

O Imperador costumava dizer que seu General era desconfiado como um cão velho.

— A China é minha casa, meu senhor, onde nasci e onde morrerei.

Kim Jongin não fazia juras, suas palavras eram curtas, e ao mesmo tempo que elas diziam tudo, elas também não diziam nada. Dizer que ali morreria, não era dizer que morreria por ela, nem lutando por ela. O velho Zhang sabia que o destino dos homens era incerto e impossível de prever, mas a ideia de que em algum momento Kim Jongin lhe viraria as costas o deixava inquieto, e como Imperador daquele país ele não podia permanecer em incertezas.

Tinha que garantir que seu General jamais o trairia.

— Diga-me, Kim, o que te falta?

— Nada me falta, meu senhor.

— Sim, algo te falta. — o mais velho o corrigiu — Te falta filhos e um bom ômega para cuidar de tuas feridas ao retornar das batalhas.

Fizera um gesto para um dos servos e este abriu a porta lateral, de lá saiu um jovem rapaz ômega de cabelos cumpridos, ele vestia o branco da pureza da casa real, e suas roupas tinham detalhes dourados que cheiravam ao ouro mais puro. Reverenciou os dois antes de se aproximar e se colocar ao lado do Imperador.

Era seu filho mais novo.

— Creio que é de teu conhecimento que meu filho Kyungsoo se encontra em uma idade apropriada para contrair matrimônio. — ele dissera — Responda-me, Jongin, ele o agrada?

— O príncipe é um ômega muito bonito, meu senhor. — o General respondeu, seus olhos mal se deram ao trabalho de o analisar por mais de dois segundos, algo que o menor entre eles percebeu — Quem não se agradaria dele?

O Imperador pareceu satisfeito diante da resposta que recebera, segurou uma das mãos do filho e também uma das mãos do alfa e as uniu, um ato que já deixava bem claro suas reais intenções em colocar os dois frente a frente. Kyungsoo estava frio como o inverno, enquanto a pele de Jongin era quente como os dias de sol, o ômega não conseguia conter seu nervosismo interno, enquanto exteriormente permanecia quieto como se não se importasse com o que estava acontecendo.

Mas suas mãos tremiam.

— Ótimo! — o líder sorriu da mesma forma seca que sempre sorria — Um ômega digno para um General que nos é tão importante, dentro de sete dias a China festejará essa união. — ele olhou o alfa e em seguida para seu filho, os olhos pareciam mais frios quando olhavam para o ômega — Tenho certeza que meu filho o fará muito feliz, não é, meu querido?

Jongin sentiu a mão de Kyungsoo tremer ainda mais.

— Sim, meu pai, eu farei o General Kim um homem muito feliz.

"Você quer me derrubar? O que você quer de mim?"

[Lit]

— Por que teu semblante está tão triste, senhor Kyungsoo? — Baekhyun questionava enquanto penteava seus cabelos, os fios negros de Kyungsoo nunca estiveram tão bonitos e brilhosos, haviam sido lavados com todo o cuidado do mundo, tudo para que ele estivesse impecável naquele dia.

O mais velho apenas suspirou pesaroso.

— Não há motivos para sorrir neste dia. — o jovem ômega tomou uma das mechas de seu cabelo e olhou para as pontas, eles pareciam tão bonitos agora, porém tudo não passava de um desperdício, os enfeites bonitos e as roupas de seda pura não significavam nada.

Deveria estar feliz, casamentos eram cerimônias felizes. Sentia-se um péssimo príncipe por se colocar em posição de sofrimento quando na verdade estava fazendo algo bom por seu povo, seu pai estava lhe confiando uma tarefa que não poderia confiar a outros, era seu dever cumpri-la bem. Todavia, por que se sentia assim? Seu coração doía como o coração de um pássaro sendo trancafiado em uma gaiola pequena.

— É o seu casamento. — Junmyeon agachou-se ao seu lado arrumando a barra do hanfu branco que havia se dobrado quando o outro se sentou — Sorria um pouco, meu cunhado.

Ele tentou sorrir, mas fora o sorriso mais falso de toda sua vida.

— Eu mal o conheço.

— Nunca havia visto seu irmão antes de me casar com ele. — o rapaz achou que seria prudente o lembrar de tal fato, casamentos na família real nunca eram por amor, todos vinham com objetivos políticos.

— E agora você o ama?

— Não o odeio. — ela era capaz de tudo, menos de mentir.

Wen Junmyeon fora prometido ao príncipe Yixing quando as coisas entre a família real e a família principal do Sul do país se tornaram estranhas, o casamento ocorrera para apaziguar as coisas. Nunca ouvira seu cunhado reclamar, algo que admirava nele, Junmyeon falava sobre se sentir feliz em evitar batalhas sangrentas, e mesmo que não amasse o príncipe de todo o seu coração, não tinha sentimentos negativos por ele e os dois viviam bem. Estavam casados há três anos, mas ele ainda não havia dado à luz a nenhum filho, algo que vez ou outra era discutido entre o Imperador e o príncipe.

Mas ele nunca reclamava.

— O General é um bom homem. — Baekhyun voltou a insistir em algo que repetira a semana toda — Todos o amam.

— O amam como General. — contrapôs — Ele é um bom General, mas isso não significa que será um bom marido. Aqueles olhos vazios, expressão vazia, nunca o vi sorrir, nem mesmo quando papai o honrava e o colocava acima de todos os outros, aquele rosto...

— Bonito? — Junmyeon o interrompeu, um sorriso com certa malícia surgira em seus lábios — O General Kim é um homem muito bonito, precisa admitir.

Foi o único momento em que Kyungsoo sorriu, ele era mesmo muito bonito e isso era algo que não podia se negar a admitir. Seu rosto não tinha marcas, seus olhos eram profundos e escuros, seus cabelos eram tão negros que brilhavam contra a luz do sol, e nas poucas vezes que pôde vê-lo sem a armadura constatou o quão bonito seu corpo também era, e o quanto os tons escuros de seus hanfus combinavam com ele.

Céus! Como era egoísta, pessoas matariam para estar em seu lugar agora. Se casar com o herói daquela nação? Era uma honra, e ainda ter a sorte de se tratar de um homem jovem e belo, deveria considerar aquilo com uma benção dos deuses.

Um homem jovem e belo.

Mas de expressões vazias, poucas palavras e poucos sorrisos, um homem que parecia não ter sentimento algum por qualquer outra coisa que não fosse defender o país. Kim Jongin era capaz de sentir alguma coisa? Ou melhor, sendo quem ele era, era capaz de trata-lo bem?

— Tenho muitos medos, medo de que ele não me respeite, não se importe com minhas vontades, medo de que me viole a força, medo de que me machuque.

— Não pense nessas coisas. — seu ômega de companhia segurou um de seus pulsos, não podia deixar que o mais velho enchesse sua cabeça de pensamentos ruins, se encarasse seu matrimônio daquela forma jamais se acostumaria.

O casamento do Príncipe Zhang Kyungsoo com o General Kim Jongin contou com a presença dos mais importantes de todo o Império, pessoas que viviam em distância o suficiente para que Jongin soubesse que aquele casamento havia sido marcado bem antes de que ficasse sabendo. Era assim que as coisas funcionavam, o Imperador ditava as regras e eles apenas as seguiam, era melhor apenas que obedecessem e seguissem conforme o planejado.

Mas podia ver no rosto do Príncipe mais velho — o sucessor do Império — que não se agradava da presença de todas aquelas pessoas. Estava mais do que claro que o Imperador investira muito mais naquele casamento, bem mais do que investiu no casamento de seu principal herdeiro. E Yixing não estava gostando nada daquilo.

Todos sabiam, o Imperador tinha medo de perder Jongin e faria qualquer coisa para mantê-lo fiel ao seu governo, algo que ficou ainda mais nítido ao estarem presentes no dia em que o mesmo veio a se tornar um parente próximo, casando-se com seu filho.

Os festejos correram por toda Capital, o povo comemorava algo que acreditavam ser muito bom, e rogavam aos deuses para que tornassem o ventre de Kyungsoo fértil para que ele trouxesse muitos herdeiros para o herói tão amado.

— Já está na hora. — o Imperador, que estava sentado na cadeira principal bem ao lado dos noivos, sussurrou para que Jongin ouvisse — Leve meu filho embora.

Já Jongin não disse nada, apenas esticou a mão na direção do príncipe e esperou que ele entendesse por si próprio o que deveria fazer. Kyungsoo levou alguns segundos até segurar a mão de seu marido e sair da mesa junto com ele.

Era a primeira vez que tinha qualquer contato físico com ele durante aquele casamento.

Jongin o levou a passos lentos até o jardim da frente, onde uma carruagem puxada por dois cavalos brancos o esperava. Abriu a porta e gentilmente ajudou Kyungsoo a entrar e se acomodar melhor. O ômega esperou que seu marido entrasse e sentasse ao lado dele, mas o alfa simplesmente fechou a porta e se afastou. Aquilo o deixou assustado e involuntariamente se sentiu abandonado, Jongin permanecia distante o tempo todo, como se dividir qualquer espaço com ele o incomodasse.

Demorou apenas alguns segundos para que sentisse a carruagem se mexer.

Depois de um tempo ele olhou pela janela e avistou Jongin a cavalo, indo mais devagar bem ao lado a porta da carruagem, ele mais se parecia com um guarda do que com seu marido. Mas o entendia, o Kim tinha uma necessidade extrema de sempre o manter protegido, isso fazia de seu instinto e forma de viver.

Não sabia onde o General morava, mas ouvira boatos de que ele preferia a calmaria do campo, e sua casa ficava o mais distante possível dos centros comerciais. Olhou novamente pela janela e o avistou, o alfa não sorria nem em seu próprio casamento, como se sorrisos ferissem seu ego. Aquilo deixava Kyungsoo extremamente incomodado, olhou para ele o tempo todo esperando ver em seu rosto qualquer expressão nova que fosse, qualquer coisa.

Mas nada, ele parecia nem estar ali.

Avistou uma casa grande no alto da colina e imaginou que aquela era a casa do Kim. A casa dele, pois Kyungsoo não sabia como conseguiria se sentir em um lar ali. Estava certo e a carruagem parou já dentro do jardim da bela casa, que era grande e confortável. Continuou olhando pela janelinha esperando que algum empregado fosse surgir para ajuda-lo a descer, mas parecia não haver mais ninguém ali além deles e o cocheiro.

Jongin abriu a porta e lhe estendeu a mão.

— Esta é a sua casa? — acabou perguntando apenas para ter certeza.

— Agora também é sua.

Falar era fácil. Tudo estava tão silencioso, inabitado. Ficou ali até a carruagem deixar a casa e o próprio Jongin fechar os portões. Sabia que suas coisas haviam sido trazidas mais cedo pelos empregados do palácio, mas não sabia se haviam sido arrumadas pelos empregados daquela casa.

Se é que haviam empregados ali.

— Venha.

Mas dessa vez não houve uma mão para segurar.

Kyungsoo andou atrás do Kim pela casa, indo com ele para todos os lugares que ele ia. Ainda estava assustado e com medo do que iria acontecer. Tentava olhar para ele e enxerga-lo como seu marido, mas diante daquele imenso muro de pedras que havia entre eles aquilo era muito difícil. Jongin era frio como os lagos em pleno inverno, e era distante como as terras do Leste. E aquilo o incomodava, não havia como não se incomodar.

Precisava admitir que havia alimentado esperanças falsas de que quando não houvesse mais ninguém por perto, o General fosse alguém alegre e sorridente, ou que fosse minimamente dócil ou gentil. Mas ali estava a mesma pessoa que sempre via, a mesma pedra gigantesca e que não demonstrava nada.

Só via suas costas, e seus passos.

Quando se deu conta os dois estavam em um quarto grande, mas muito vazio. Ali havia apenas uma cama larga, pergaminhos, incensos e um lustre de papel vermelho. Imaginou que aquele era o quarto do alfa porque combinava com ele, era tão vazio e sem alma como o Kim.

Ficou apenas observando quando seu marido, visivelmente incomodado, começou a tirar as peças do hanfu matrimonial branco que vestia. Era engraçado imaginar que o que deixava o alfa irritado era a cor e não a roupa em si, nunca o vira vestir branco antes. Olhou para ele até que estivesse apenas com a calça, e envergonhado passou a olhar o chão, ou qualquer coisa que não fosse o Kim.

Ele chegou bem perto e isso acionou um alarme na cabeça do ômega, que quase entrou em pânico imaginando o que poderia acontecer naquele momento. Não sabia como reagir e nem estava preparado para nada. Ouvira muitos boatos a respeito do General e havia se preparado para estar com alguém frio ao ponto de sequer olhar para ele em algum momento, ou que demoraria muito até que qualquer coisa acontecesse.

Na verdade, Kyungsoo imaginava que Jongin nunca iria chegar perto.

Arfou.

O General deu a volta até suas costas e passou a tirar os enfeites que estavam em seu cabelo um a um. Lembrava-se de que Baekhyun havia demorado muito para arrumar todos eles, e agora Jongin os desmanchava como se não tivessem nenhum significado, e para ele talvez não tivesse, pra nenhum deles na verdade. Ficou quieto esperando que ele terminasse, e quando terminou deu a volta em seu corpo e estava novamente diante dele.

O Kim passou a mão por seus cabelos os deixando completamente soltos e passou a olhá-lo com mais atenção. Era a primeira vez que Jongin o olhava daquela forma e por todo aquele tempo. Involuntariamente o deixou com medo, pois imaginava que o alfa estava agora vendo todos os seus defeitos e o analisando, procurando por qualquer coisa que pudesse vir a reclamar um dia.

Descobrira que nada no mundo o deixava tão nervoso quanto aquele olhar.

— Posso tocar em você? — o alfa pediu.

Aquilo o pegara totalmente de surpresa. Jongin estava mesmo pedindo permissão para chegar mais perto? Por alguns segundos isso deixou o príncipe sem reação, muitas coisas se passaram por sua cabeça, e entre elas o medo intenso que sentia do que sabia que estava prestes a acontecer.

Mas ele pediu, ele não iria forçar.

— Pode.

O alfa pôs a mão em seu pescoço e alisou seu rosto com o polegar, e somente aquela migalha de carinho fez com que Kyungsoo se estremecesse completamente. Fechou os olhos e esperou até sentir os lábios do Kim sobre o seus e devagar pedir passagem com a língua. O alfa o beijou delicadamente e o tratou como se fosse quebrar. Era a primeira vez que o ômega era beijado em toda a sua vida, não sabia o que fazer e apenas deixava que seu marido o guiasse em tudo.

Involuntariamente deixou que suas mãos fossem para o corpo do Kim, que estava quente sob seus dedos. Descobriu que a sensação da pele dele era boa. 

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