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Lujuria oscura | 24

Meia-noite, você vem me buscar

Com os faróis apagados

Um caminho longo, pode acabar em chamas

Ou no paraíso

─ Taylor Swift, Style

C a p í t u l o  v i n t e  e  q u a t r o

"Lujuria oscura"

19h15min

Começava sempre com uma sensação de isolamento.

Primeiro os ruídos dos ambientes não chegavam aos seus ouvidos. Ficara presa num estado submerso da matéria, os ossos sentindo o gélido frio das mentiras, dentes mordiscando a carne macia dos lábios. Tão imersa na situação que por um momento, teve a estranha impressão que tudo não passava de um sonho.

Ofegante, Eleanor encarou ao redor, com metade da mente dominada pelo medo.

Seu peito arfou, quando finalmente se permitiu buscar por fôlego, analisando a situação que pairava sobre sua casa. Não havia nada mais ao seu redor além da bela paisagem do jardim.

Caminhou em passos cautelosos, temendo que a qualquer instante um segurança a visse ali e fosse delatada ao seu pai, estremeceu agitada com a possibilidade.

Sabia que seu irmão já havia aberto o caminho, comprando o silêncio dos guardas e com o tempo cronometrado da chegada do progenitor.

A garota nunca se sentiu tão grata ao fato que seu pai estava sempre ausente, em intermináveis reuniões ou em festas particulares a procura de parcerias.

Seus dedos trêmulos agarraram a barra do vestido vermelho com bolinhas brancas, a jaqueta de couro preta parecia fina demais para o tremor de seus músculos rígidos. O silêncio sobrepõe-se os intensos batimentos de seu órgão, o vento suave bateu seu corpo a fazendo ter a breve sensação de perigo. A morena suspirou fundo quando a brisa forte a atingiu, como um aviso que estava perto do carro. Fora familiar, assim como a forte e eletrizante onda de adrenalina que aos poucos instalava-se em suas entranhas, o instante certo que o segundo ato surgiu.

A medida que um motor potente alcançou seus ouvidos, o vento se tornou mais intenso. Seu estômago se agitou, lábios secos, frequência cardíaca veloz e impiedosa. Ao diminuir a distância, seus olhos estavam vidrados, atentos, assistindo a formação do que seria a última vez que iria aquele bar, a derradeira oportunidade de vê-lo e ser uma peça dos jogos perversos dele. Por uma fração de segundo, sentiu-se ligeiramente amedrontada, todavia, antes que esse sentimento a consumisse, engoliu em seco e caminhou decidida.

Ela enfrentaria aquilo.

Ela nadaria nas ondas turbulentas da obscuridade.

De repente, não havia medo.

Na verdade, estava se sentindo justamente o contrário.

Estava indo na direção que seu coração ordenava, em movimentos precisos e coordenados. O forte barulho se aproximou tão rápido que quase não conseguiu ficar em pé.

As botas cano curto fincadas na grama verde aparada, enquanto o resto do corpo se encarregou de manter equilíbrio. Era avassalador o excesso de informações armazenadas ao seu redor.

Um movimento rápido. Uma tarefa simples: alcançar Alejandro e ir ao Purple'bar. Acelerou as passadas sendo levada em direção a sua fuga.

─ Finalmente! Achei que tinha passado o horário errado por conta dessa demora. ─ reclamou abanando as mãos exasperado.

─ Abusado. ─ Ela resmungou

─ Onde está o carro?

Alejandro bufou uma risada, andando um pouco mais a frente para mostrar seu transporte.

─ Essa belezinha será sua carruagem esse noite, jovem dama. ─ abrindo os braços, o garoto esperou pela reação da irmã ao encarar a moto parada apenas alguns centímetros de distância.

Eleanor fez uma careta, balançando a cabeça negativamente.

Não. Não. Não. Não. Não.

Como ela conseguiria de vestido...

Como simplesmente...

Talvez, uma possibilidade bem abrangente ela tivesse um pouco medo de motos altas como aquela, principalmente se seu irmão inconsequente fosse o condutor.

Uma risada louca e nervosa escapou dela.

Merda.

Porra.

Eleanor prometeu a si mesma que seria corajosa, inspirando o ar lentamente encarou a máquina que talvez a fizesse assassinar seu irmão, talvez até por sorte, esse fosse o transporte que ela fugiria da polícia.

Se os investigadores a encontrassem ─ o que, torcia para que não ─ ela iria fingir que se perdeu e meter o pé no acelerador.

Era esse seu plano. O melhor e único que poderia ter depois de pensar na diversas formas de enterrar o corpo de seu irmão mais novo.

Cemitério era boa opção, ninguém ficaria desconfiado em procurar um corpo lá.

Elle, ei! ─ disse perto dela, enquanto estalava um dos dedos na frente de seu rosto ─ Terra para Eleanor ─ brincou
─ Você está aqui, hermanita?

Sim, mas queria não permanecer ali.

Um lugar que sem dúvidas estava com marcas da presença dela, a deixando como a principal suspeita.

Já imaginava a tristeza de Marcos, mas ela compraria um novo videogame, o que faria ele esquecer parcialmente da presença do moreno, poderia até mandar cartões postais de algum local longe das investigações.

─ Eu vou te matar Alejandro Davis.

Declarou entre os dentes, estreitando os olhos quando ele lhe ofereceu um capacete.

─ Por mais que eu ame ouvir seus pensamentos sangrentos sobre minha pessoa ─ iniciou subindo na motocicleta ─ Garanto que minha morte será causada somente pelo mais puro e primitivo prazer.

A garota revirou os olhos, com o tom enojado ao dizer:

─ Nojento.

─ Sobe logo, precisamos garantir a minha embriaguez e a sua diversão.

Eleanor juntou as sobrancelhas com o comentário do irmão, mas assim que girou o rosto na direção da casa a poucos metros, entendeu o motivo do tremor.

Não haveria voltar do que planejava fazer.

Analisando o que poderia dar errado ─ um traço meio tóxico que adquiriu com o tempo, esperando sempre pelo pior ─ acabava com suas expectativas.

Segurando o capacete entre os dedos, a morena arrumou um modo para que ao sentar o vestido não revelasse o que estava por baixo.

Eleanor não era muito fã de exibicionismo.

Sentindo a gélida ventania tocar em suas bochechas pálidas, tudo que poderia fazer era torcer para não ser uma covarde.

Não seria um cordeiro a espreita do perigo.

Aquela noite, a jovem almejava ultrapassar os limites, infiltrar-se na camada espessa de uma euforia momentânea.

Enquanto passava entre os imensos portões, deixando para trás parte de sua personalidade reclusa. Olhou as paisagens das ruas simplesmente virarem imagens borradas, fragmentos da persona que se tornaria aquela noite.

• • •

Familiares luzes multicoloridas cobriam a estrutura do teto como feixes de laser enquanto uma música alta tocava uma parada de sucesso.

Corpos se mexiam, juntos e separados.

Fragrâncias de perfumes diferentes se mostraram em sua respiração.

Vibração de sons, danças, gritos, berros, sua descarga sensorial estava sobrecarregada.

Agarrou firmemente a bolsa redonda preta cintilante, memorizou os avisos de seu irmão, tinha até três da manhã para se divertir, qualquer emergência seu celular era ideal para avisá-la.

Já haviam se passado vinte minutos desde que pisou no clube e já estava se perguntado se havia tomado a decisão certa em confiar em Alejandro.

Jurava que o mais novo era um imã para problemas e já havia ferrado a si mesmo, e a ela, em retrospectiva, desde que eram crianças.

Ele costumava ter ideias para se divertir, sempre incluindo quebrar alguma regra, como faltar aula para passear pela cidade no carro do seu pai e entrar lugares proibidos.

Muitas vezes ela o acompanhou, eram pegos e consequentemente mais seguranças seguiam a garota por todo o lugar, enquanto com o jovem era diferente, Helena e Santiago perceberam que ele não poderia ser controlado ou sequer rotulado num comportamento padrão.

Foi somente quando desenvolveu maturidade que percebeu que Alejandro fazia aquilo para saciar a fera dentro dele. Ele não fazia coisas inconsequentes para chamar a atenção como muitos outros jovens de sua idade, pelo contrário, já que fazia esforço para não ser pego.

O moreno realizava tudo para si mesmo.

Como tentasse achar um propósito de viver.

A razão que ela o acompanhava nas loucuras era pela sensação de segurança, o rapaz sabia que ela o protegeria.

Além disso, ele realmente acreditava que a moça estava desperdiçando sua juventude (ou o que restava dela) por não participar de todas as festas e atividades repletas de adrenalina.

Passando entre os subgrupos formados, procurou zelosa por cada canto uma postura confiante e olhar gélido.

A brisa serena soprou por seus cachos soltos, recordando-se da última vez que fora ali. De suas pernas ao redor de Taehyung, prendendo ele ao seu desejo, as palavras obscenas despejadas em sussurros no meio da noite, um segredinho sujo que guardava na mente.

O momento em seu carro, a melodia de Beatles no rádio e a mão aquecida dele em sua cocha, parecia ter sido há anos, não em poucos dias como lembrara.

Atentando-se a cada deslocamento seu foco foi chamado perto do bar.

Seu coração palpitou quando enxergou quem estava a sua frente.

Seus olhos deslizam pela construção pecaminosa de Kim, o jeans e jaqueta de couro que abraçava seus músculos, antes de alcançar em sua face inexpressiva. Cabelos castanhos escuros quase pretos colocados de qualquer jeito, alguns fios chegavam até sua testa, anéis posicionados em seus dedos longos e a pinta na ponta do nariz o deixava ainda mais cruelmente belo.

Embora isso não seja particularmente diferente das vezes que o viu, havia algo incomum agora.

Uma emoção tão estranha que pairou no ar e atingiu suas entranhas.

Calor.

Um conforto puro cintilou nas íris castanhas.

Amigáveis que ela quase duvidou se aquilo era a realidade.

E tudo aquilo era destinado a uma jovem mulher encostada com os braços no balcão.

Uma loira de pernas compridas agarrou seu braço, um largo sorriso iluminando seu rosto. Ela estava usando uma saia com meia calça transparente e uma blusa branca que abraçava seu corpo. Seu cabelo liso e brilhante chegava até os ombros e ela possuía uma maquiagem bonita que a deixava ainda mais encantadora.

Ambos aparentavam estar confortáveis sobre o que estivesse falando. Um leve levantamento do canto da boca do rapaz, a fez notar um lado sentimental dele.

Imediatamente cessou sua ação, não deveria atrapalhar sua conversa com a mulher, e o que diria quando chegasse nele?

"Oi, quero saber se você quer passar a noite comigo, tipo isso, pode guardar segredo? É que estou noiva de outro homem."

Horrorizada com sua linha de raciocínio quase bateu si mesma, estava em uma linha tênue de medo e perigo.

Enquanto debatia se devia ou não atrapalhar os colegas, sentiu uma peculiar onda de estremecimento, músculos rígidos, lábios secos, batimentos acelerados, duvidou por um instante se poderia estar tendo um ataque cardíaco tão jovem.

Contudo, Eleanor imediatamente teve um deja-vu, aquila situação era familiar demais.

Passos lentos em direção ao perigo e retrocesso com medo do que ele a fazia sentir.

Porque Kim Taehyung reconheceu sua presença.

E sorriu.

Parecendo notar seu olhar hesitante nele, ergueu uma sobrancelha a diversão brilhava em seus olhos, como se quisesse desafia-lá a ir até o fim.

"Venha até aqui, ángel."

Quase de modo brusco, percebeu que ele também recordava da noite em que aceitou passar a noite com ele porém tinha fugido novamente.

Arrumando sua postura, ergueu os ombros com uma confiança quase inteira, poderia fazer aquilo.

Essa era a sua maldita noite.

Taehyung não esboçou nenhuma reação, a garota ao seu lado acenou para ele, todavia, logo se retirou para atender um cliente.

A morena caminhou com suas botas até ele, isso era uma loucura, tinha total certeza. Seus olhos se encontram no semblante calmo dele, não aparentava expressar raiva, empolgação ou desapontamento, parecia somente ele. No entanto, contraiu os lábios levemente em sua direção, ainda com receio do que ele poderia falar sobre sua proposta.

─ Veio aqui para mais um joguinho, Eleanor?

Uniu suas sobrancelhas e se manteve em silêncio com falas diretas, se sentiu envergonhada com todas as fugas.

─ Posso afirmar que não sou uma jogadora tão habilidosa como você ─ respirou fundo juntado as mãos suadas ─ Mas, se me lembro bem tive duas escolhas naquela noite e gostaria de saber se suas palavras eram vazias ou verdadeiras tanto como seu humor.

Eleanor sorriu provocativa quando a expressão de Kim vacilou, não sabia como conduziria aquela conversa, muito menos se ele ainda estava interessado nela.

Caminhou até ele, perto o suficiente para sentir a respiração entrecortada em seus ouvidos, subiu o rosto até seus lábios tocassem o queixo dele. Dedos hesitantes tocaram na camisa, deslizando entre a pele e o tecido, sentia seu corpo quente, febril pela sensação de pertencimento nos braços daquele que deveria odiar.

As mãos dela subiram ate seu rosto, abrigando o rosto em sua palma. Ela sorriu ao perceber o quão quieto o homem estava, ainda acariciando seu rosto, passando as unhas arrumadas pela face de Taehyung.

De repente, mãos quentes tocaram seu pulso, parando sua ação. As íris castanhas dilatadas prendiam a atenção, o maxilar enrijecido mantilha refém do feitiço provocador.

─ O que isso significa, ángel?

A jovem mulher apenas suspirou, desviando do aperto em seu braço continuou subindo até os fios rebeldes, tirando-os da testa do rapaz, tocando um pouco em seu nariz até descer o indicador entre a boca macia.

─ Significa que quero que seja meu pesadelo essa noite, Kim Taehyung.

Ele se afastou, olhando-a como se tivesse em dúvida se devia confiar nela. Eleanor não o culpava, o manteve sempre no limite e nunca o ultrapassou.

Era diferente dessa vez.

─ Não me diga que você irá fugir novamente, mi ángel.

─ Eu não vou embora.

Taehyung deu um passo à frente, acabando com a distância entre eles e esmagando seu peito contra seus seios. Sua temperatura subiu para sua garganta, bochechas e orelhas, espalhando calor no seu corpo.

Os batimentos frenéticos martelavam enquanto o nariz se encheu com o cheiro de hortelã e cigarros.

Eleanor achava impossível não ser afetada com a tempestade em seus olhos âmbar.

O silêncio sobrepõe-se intenso por alguns segundos intensos, e morena resistiu a vontade de pronunciar algo incoerente. De repente, Kim agarrou seu cotovelo abrindo o caminho entre as pessoas, arrastando-a atrás dele. Eleanor quase correu para acompanhar seus passos largos.

Entretanto, parecia impossível conter a tempestade ou obscuridade que irradiava nele em ondas.

Ele saiu correndo pelo corredor e parou em frente a uma sala.

Todo caos, músicas e conversas diminuíram assim que Taehyung fechou a porta.

Sua respiração tornou-se pesada entre o silêncio do que pensou ser o lugar onde ele se arrumava para os shows já que todo o ambiente tinha seu cheiro.

Um sofá de veludo, uma mesinha de centro de vidro.

Contudo, Eleanor mal percebeu os detalhes quando Kim a jogou contra a parede. A energia sombria agressiva de antes ultrapassou seu senso de conduta quando a mão cálida a agarrou pelo quadril, sua voz profunda e calma alcançando suas orelhas sensíveis.

As costas quase fundindo-se na parede sólida, dedos frientos aquecendo sua pele, numa carícia explícita.

Ele suspirou, empurrando seu cabelo do ombro para revelar a clavícula, a mulher expirou enquanto ele mergulhou um dedo na cavidade de sua garganta, capturando o pescoço delicado entre dedos fortes e longos.

─ Você tem certeza que está preparada para isso, pequeño fugitivo? ─ sua outra mão alcançou para onde o vestido terminava em suas coxas
─ Para ser fodida numa sala qualquer somente a minha mercê? Onde ninguém poderá ajudá-la?

O ar virou escuro e denso.

A perversidade impetuosa de seu toque, ondulou toda a existência e a queimou.

Corra.

Corra.

Corra.

Os sons profundos e quebrados permaneceram.

Algo aconteceu.

Além da sobriedade de seu suspiro.

Eleanor inalou o ar, concentrando-se em sua boceta que estava doendo, pulsando e absolutamente abalada com as falas dele. Seu corpo estava disparado em rajadas de adrenalina através de seu sistema, os instintos diziam que ela deveria fugir.

Ela estava excitada com a ideia dele de usá-la? Ou talvez abraçando de vez a escuridão presentes naquele olhos intensos.

Eleanor sabia que possuía o hábito de gostar de coisas proibidas, mas não estava pronta para a avalanche de sensações de estar no escuro fornecia.

Não, não se travava apenas de conseguir algo.

Ela gostava da caçada, dos jogos perversos, ou a maneira em como em poucas conversas já havia deixado claro suas intenções.

Eleanor gostava da liberdade desenfreada que Kim Taehyung trazia, principalmente da escuridão de sua alma.

Parecendo ouvir seus pensamentos, com a mão juntando o tecido, alcançou a calcinha de renda, a puxando de lado quando os dedos pressionaram contra seu núcleo carente.

Um gemido profundo saiu de sua garganta, esse som juntos as mãos que faziam pressão em seu pescoço desencadeou uma sensação bizarra.

Suas costas de arquearam novamente, os joelhos de Kim a tinha mantida em domínio.

Ele acariciou suas dobras rudemente, brutalmente alcançando um ponto que a fazia soltar ofegos suplicantes por mais, deslizando, acariciando mas nunca deslizando para dentro dela.

Seu dedo médio prolongou a tortura, passando perto demais. Os beijos em sua carne macia eram suaves, ao contrário do que acontecia em sua parte inferior.

Taehyung deslizou a língua por sua bochecha, depois moveu para morder o lóbulo da orelha dela na boca.

─ Diga-me, Eleanor. Você quer eu a foda até que esteja gritando o meu nome?

Batente no peito do moreno, seus lábios tremeram num ataque de estímulos eróticos corriam sobre ela.

Podia sentir a rigidez dos músculos dele no emaranhado de calor de sua pele.

Quando mais ele explorava, nunca alcançava onde ela desejava.

─ Você é um idiota. ─ a garota quase não reconheceu sua voz, uma mistura de medo e excitação.

Kim balançou a cabeça, uma expressão satisfatória surgiu em seu rosto quando deslizou um dedo dentro dela.

─ Certo, sou um idiota, mas ainda assim você está pingando na minha mão ─ moveu um segundo dedo para dentro, enchendo-a. Esticando-a. Acariciando até que atingisse seu ponto sensível
─ O diz sobre isso?

Eleanor sentiu os tremores dando lugar ao estremecimento do corpo inteiro, o suor escorria em sua testa, mas ela recusava-se a dizer algo.

Não reconheceu a mistura de sons que saia de sua boca, somente sabia que estava empurrando seu quadril em direção a ele, Taehyung endureceu e apertou mais sua garganta. Avisando-a sem palavras que ela não estava no comando.

Ele tinha o controle.

Aquele que poderia machucá-la ou agradá-la, dependendo do seu comportamento.

Um arrepio percorreu seu corpo quando percebeu que aquilo a deixou ainda mais molhada para ele.

─ Responda-me. ─ comandou rouco, a voz firme como aço.

Eleanor abriu a boca, depois fechou quando ele introduziu um terceiro dedo, o prazer se misturou com a dor ao ser esticada em sua capacidade total.

─ Você não pode, não é? ─ zombou sarcástico, seu pau esticou contra o zíper da calça, implorando por atenção, mas ele ignorou.

─ Se você não vai dizer nada, eu vou ─ lentamente retirou os três dedos então os empurrou dentro dela novamente
─ Perdiste tu oportunidad de escapar.

Os dentes dela afundaram no lábio inferior, luxúria e desafio lutavam pelo controle em seus olhos.

─ Foda-se.

As íris selvagens a encararam, os lábios a centímetros de distância, as mãos punitivas em seu corpo e o desespero pela libertação estava a conduzindo ao limite.

Taehyung pressionou a palma da mão contra seu clitóris até que um gemido ofegante se libertou. A princípio, ela resistiu contra a mão, o forçando mais fundo.

─ É isso ─ o murmúrio rouco deslizou entre eles ─ Entregue-se a isso e goze na minha mão, ángel.

Eleanor lutou contra a onde de prazer que lhe cobria, agarrando os ombros do rapaz com força, esfregando seu sexo descaradamente na mão dele a medida que aumentava o ritmo. Seus pequenos gemidos e suspiros se misturaram com os sons escorregadios dos dedos fodendo sua boceta, encharcando a mão com seus sucos.

Kim cerrou o maxilar, extasiado com a visão da excitação de Eleanor, pele marcada por suor, lábios cheios entreabertos, olhos e pálpebras pesadas. Sentia o tecido do jeans incomodar com o quão duro estava, seu pau pulsava com o pensamento de bater em seu calor apertado, jogando-a contra a superfície mais próxima e prendendo-a.

Ele a perseguiria, pegaria e transaria com ela até que ela chorar por mais daquela loucura.

Seu ritmo continuou. Dentro e fora. Mais rápido e mais profundo até que finalmente se separou com um grito agudo.

A garota não conseguiu se concentrar quando uma forte inundação correu através dela. Seus dedos do pé se enrolam e um tremor de corpo inteiro a aprisionou.

Uma centelha de prazer no início, mas depois aumentou, se intensificou a medida que a névoa da luxúria cobria sua mente.

Kim manteve seus dedos dentro dela e pressionou seu polegar contra seu clitóris novamente, deixando-a atingir o pico do orgasmo até que os tremores diminuíssem.

Só então retirou sua mão enquanto ela amoleceu em seus braços, seu peito arfando. Taehyung abriu um sorriso largo, repleto de arrogância, sabendo muito bem o efeito que tinha sobre ela.

─ Após o fim da minha apresentação me espere no meu carro ─ soltando seu pescoço, agarrou o queixo da mulher e o inclinou para cima, puxou o lábio inferior para baixo com seu polegar, deixando-a provar sua própria excitação. ─ Isso foi um erro, Eleanor. Você vai se arrepender.

─ Me faça arrepender então, Kim. ─ as palavras saíram de sua boca antes que ela pudesse parar, olhando para qualquer lugar menos para ele.

De repente, os centímetros que antes o separavam sumiram quando Taehyung a beijou, duro e quase violento em seu desejo sombrio de deixar sua marcar nos lábios dela. A mulher derreteu instantaneamente contra ele, sua língua deslizou para dentro e travou na dela, brincando, acariciando.

Eleanor acelerou o passo, sua língua encontrou a dele enquanto seus olhos permaneciam fechados. Ela o deixou devastar seus lábios, beijá-los, mordê-los.

Suas mãos deslizam pelo peito duro, apalpando os músculos, explorando como se fosse a primeira vez que ela tocasse em outra pessoa. O braço de Kim prendeu sua cintura num aperto poderoso, o tecido fino do vestido era um incômodo, separava a fina linha da depravação.

Seus movimentos ousados, embora inocentes, foram o suficiente para quase fazê-lo perder o controle.

Taehyung colocou a mão em seu cabelo cacheado e a puxou para trás, arrancado sua boca da dela.

─ Pare com isso, a menos que você deseje ser fodida bem aqui.

Os olhos dela se abriram e ela congelou novamente, seus lábios vermelhos e mordidos se separando.

─ Kim Taehyung é sua vez, tem cinco minutos para se preparar. ─ de repente uma voz desconhecida a acordou do transe de luxúria, deixando-a sem reação.

─ Estou indo. ─ respondeu brevemente.

Taehyung distribuiu selares pela pele sedosa de seu pescoço, mordiscando a carne macia e cheirosa para um caralho.

─ Espere por mim, fugitiva. ─ Taehyung arrastou seus dedos pela parte interna de sua coxa numa carícia preguiçosa, roçando na seda encharcada.

─ O que está fazendo? ─ Ofegou.

Kim abriu um sorriso travesso.

─ Uma lembrança para mais tarde. ─ deslizando a calcinha por suas pernas, arrancou a peça delicadamente
─ A noite ainda não acabou, mi ángel.

Sem mais palavras, com uma promessa explícita nos olhos sombrios, a obscuridade e selvageria cintilavam em uma torção obscena. Kim finalmente a soltou e foi embora, deixando-a com as pernas trêmulas, tanto que se viu obrigada a se apoiar na parede para não cambalear.

• • •

Eleanor estava novamente no bar, sentindo resquícios de seu orgasmo ainda entre as pernas. Sua intimidade estava exposta, ainda desacreditada que o rapaz havia levado sua calcinha, a deixando em uma situação constrangedora.

Filho da puta.

Sabendo que praticamente se segurou nele como sua âncora a deixava constrangida, ao mesmo tempo preenchida por uma luxúria descomunal. Andou ligeiramente até o bar, necessitava de álcool em seu organismo, algo que a deixa-se parar de pensar por segundos.

─ O que deseja? Caramba! Ele tirou um pedaço da sua alma? ─ uma voz suave chamou sua atenção, olhando com atenção a figura loira atrás do balcão, percebeu que era a mesma mulher acompanhada por Kim. Entretanto, logo notou que os olhos dela estavam especificamente em seu pescoço.

Eleanor arregalou os olhos, surpresa com o comentário invasivo da mulher.

Verônica sorriu quando notou o rubor nas bochechas da garota.

─ Merda, desculpa pela intromissão ─ limpou a garganta, encarando-a amigavelmente ─ Sou Verônica, funcionário desse bar e amiga de Kim.

A loira estendeu a mão em sua direção, apertando levemente em cumprimento.

─ Está tão chamativo assim? ─ a morena arrumou os cabelos na frente, de forma que cobrisse o chupão consideravelmente grande em seu pescoço.

A loira riu, negando com a cabeça.

─ De verdade, sinto muito por ser tão intrometida é que o clima de vocês estava bem óbvio, parecia um pornô ao vivo ─ afastou as mãos em mais um pedido de desculpas, virou para o lado e pegou várias garrafas de bebida
─ Deseja que tipo de bebida, senhorita?

─ Me chamo Eleanor e quero uma coca com gelo.

─ Prazer em conhecê-la, mas esse é o pedido mais idiota que poderia fazer. ─ ditou curiosa, a fitando desconfiada sobre os cílios longos.

A garota ergueu os lábios em agrado, relaxando no banco.

─ Acho que depois de alguns acontecimentos dessa noite tudo que preciso é ter a bebida como minha melhor amiga. ─ sentada no banco, respondeu brevemente o anseio da sobriedade.

─ Menos uma ressaca daquelas como pior inimiga, imagino. ─ a loira deu de ombros, colocando em sua frente um copo pequeno com o líquido âmbar.

As duas riram como velhas amigas de vida, Verônica era carismática e divertida, a garota compreendeu o motivo do sorriso de Taehyung ao estar com ela. Eleanor também agiria daquela forma se tivesse uma amiga.

Ela era chamativa, e pela sua cara parecia ter a mesma idade de Eleanor, talvez estivesse cursando uma faculdade e como a maioria dos universitários, estava ali para ganhar dinheiro. Os fios claros e brilhantes como raios solares, maquiagem escura e batom vermelho espalhado nos lábios grossos, nariz pequeno, corpo atlético e esguio como uma supermodelo, seu estilo parecia o melhor possível, como se não ligasse para a opinião alheia.

Eleanor batucou os dedos na madeira polida, olhando por cima do ombro na tentativa de ver a figura masculina familiar.

Virou-se para a garota e a assistiu colocar alguns cubos de gelo lentamente no copo de vidro.

─ Então... ─ começou a loira em dúvida ─ Você está esperando o show dele, não é?

Eleanor ficou atordoada.

─ É tão fácil adivinhar o que estou pensando?

Verônica colocou a mão sobre o queixo, investigando suas expressões faciais.

─ Posso dizer que sim e nos conhecemos a alguns minutos.

A morena suspirou frustrada bebendo mais uma dose, sentido o líquido adoçante descer em sua garganta.

─ Ele é assim...tão...tão ─ a jovem tentou achar palavras para descrevê-lo, sabia que estava sempre descuidada ao conversar com uma desconhecida, porém, aquela mulher o conhecia melhor, sabia sobre sua personalidade duvidosa.

Se não tivesse seu irmão ali para desabafar ou uma amiga para conversar, não era errado falar com a bartender, que coincidentemente era a pessoa mais próxima daquele que não deveria ser nomeado.

─ Intenso? Profundo e ao mesmo tempo inteiramente vazio de sentimentos? ─ vociferou pensativa, dando espaço para um sorriso ladino ─ Taehyung não pode ser encaixado em qualquer definição, ele nunca se entrega totalmente a alguma coisa.

A morena engoliu em seco.

─ Você gosta dele, Eleanor?

Subitamente, seriedade estampada nas linhas faciais quase a fizera questionar o rumo daquela conversa.

─ Não.

Era verdade? Ou mentira para si mesma novamente?

Estava em constante questionamento sobre aquele rapaz, as sensações que ele a fazia provar, o sabor agridoce de um sonho inalcançável. Contudo, partes dele eram insondáveis, emaranhadas em peças que não se encaixavam e ela não precisava de mais problemas em sua vida, estava imersa em seus dilemas e não queria permanecer sempre no soturno.

Verônica pareceu aliviada, um peso sendo tirado de seus ombros.

─ Isso é bom.

A brevidade com que foi dito fez a morena se arrepiar.

─ Por que? Acha que ele iria partir meu coração? ─ antes que pudesse controlar sua boca a pergunta saiu de modo brincalhão.

A outra garota negou imediatamente, adicionado mais coca em seu copo.

─ Não, querida, acho que Kim iria fazer pior que isso ─ o copo pequeno vazou com a quantidade a mais de bebida, manchando o balcão ─ Ele iria destruí-la e se autodestruir no processo.

Segurando o copo entre os dedos, tomou de uma vez, minimizando os efeitos da cafeína em seu sistema. Maximizando o fato que aquela era sua última noite e ninguém estregaria sua diversão.

Dane-se Taehyung e sua bagagem complexa de traumas.

Dane-se seu pai autoritário que um dia pensou que ele a amava.

Dane-se a imagem perfeita que criaram dela.

Eleanor era mais que tudo que a definia.

Deveria estar assustada com a possível problemática do garoto, todavia, viciados somente querem mais e mais.

Não importava os meios ou caminhos.

Essa noite ela o teria, sem sentimentos desnecessários ou passados dolorosos.

Tudo o que era fundamental era o desejo entre ambos.

─ Pode deixar, nós dois sabemos o que esperar um do outro. ─ afirmou confiante, na expectativa que aquelas frases fossem a razão de sua consciência.

Verônica riu abertamente, parecendo ainda mais encantadora.

─ Caramba! Como você é bonita.

Eleanor riu quando entendeu a mudança de assunto.

─ Digo o mesmo. ─ retrucou sincera, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

Ficaram alguns minutos encarando uma a outra, entretanto, o som de risadas empolgadas predominaram o ambiente, um sentimento reconfortante a atingiu enquanto dialogava com a mulher, possuíam gostos parecidos, optavam por vinhos, vestidos pretos e comidas típicas daquela região.

Descobrira que Verônica tinha vinte anos, sonhava em se tornar uma chef profissional e adorava fazer cookies todas as vezes que estava deprimida, eram fãs de filmes adolescentes dos anos 2000 e admiradoras número um de "O diário da princesa".

Era primeira vez que dialogava com alguém por tanto tempo sem ser da sua família, era a primeira companhia feminina fora de seu ciclo social que realmente parecia gostar dela.

O escuro tomou conta do lugar e somente luzes roxas brilhavam no palco.

─ Naquele palco é o único lugar onde Kim realmente mostra uma parte verdadeiramente dele. ─ sussurrou a loira, sorrindo melancólica pelo amigo, seu companheiro de vinhos baratos e dores de pais ausentes.

O ruído de vozes animadas a tirou de pensamento sobre a fala da garota, as pessoas vibravam animadas, enlouquecidas por mais.

O som profundo e potente da guitarra aumentou a gritaria, acima estava ele, com a jaqueta amarrada na cintura e um lenço envolta na palma da mão.

Rubor cobriu as bochechas de Eleanor quando percebeu que aquele tecido era familiar, sua fita preferida estava com ele.

A multidão parecia ansiosa por aquele espetáculo, com as mãos para o alto aguardando a voz rouca e profunda.

─ Where have you been? ─ próximo ao microfone, Taehyung parecia uma figura mística, irreal para todos, Reflections, da banda The Neighbourhood assemelhava-se a uma pintura abstrata.

(Onde você esteve?)

─ Do you know when you're coming back?
'Cause since you've been gone
I've got along, but I've been sad

(Você sabe quando vai voltar?
Porque desde que você se foi
Eu me dei bem, mas tenho estado triste)

O ar crispou entre seus lábios, seus olhos estavam presos nele.

Na essência indestrutível de um rei.

Na fratura obscura.

Naquele momento tudo era sobre Kim Taehyung.

─ I tried to put it out for you to get
Could've, should've, but you never did ─ retirando o microfone do apoio, encaminhou até algumas pessoas da plateia, a multidão pareceu louca com sua aproximação
─ Wish you wanted it a little bit
More, but it's a chore for you to give

(Eu tentei botar pra fora pra você notar
Poderia, deveria, mas você nunca notou
Queria que você quisesse um pouco
Mais, mas para você, dar é um desafio)

─ Where have you been? ─ voltando ao lugar original, o moreno fechou os olhos por segundos, abrindo-os trazendo uma destreza indescritível em seu vocal
─ Do you know if you're coming back?

(Onde você esteve?
Você sabe se você vai voltar?)

Taehyung fitou cada rosto presente no lugar, até pousar o brilho intenso nela, a fonte de seu desejo destruidor.

A boa garota repleta de pecados impuros.

E quando ele a encontrou entre tantas pessoas, ergueu sua mão em uma altura visível para a garota.

Eleanor o mirou abismada.

O que ele estava fazendo?

Fixando o olhar nela sobre sua ação, Kim beijou diretamente a fita preferida de cabelo dela enquanto a encarava.

─ We were too close to the stars
I never knew somebody like you, somebody
Falling just as hard ─ cantarolou rouco, buscando a atenção da garota a cada nota da canção
─ I'd rather lose somebody than use somebody
Maybe it's a blessing in disguise (I see myself in you)
I see my reflection in your eyes

( Estávamos muito perto das estrelas
Nunca conheci alguém como você, alguém
Tão apaixonado
Prefiro perder alguém do que usar alguém
Talvez seja uma bênção disfarçada (eu me vejo em você )
Eu vejo o meu reflexo em seus olhos)

Eleanor não fugiu como a última vez, não virou as costas, ou ignorou sua presença, ao contrário, ela ficou e abriu um sorriso para Taehyung.

Era apenas o início de tudo o que viria nas poucos horas que permaneceriam juntos.

❝ Boas garotas não deveriam cobiçar a escuridão e achar que garotos maus podem ser anjos caídos prontos para a redenção.❞

(Música usada no capítulo)

Maratona 3/3

Gostaram do capítulo?

O que acharam desse capítulo? As interações?

Eu avisei e finalmente os refrescos chegaram por um tempo hehehehe (risada do mal)

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