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La flor mas bella | 01

                                 Te escrevi uma carta
Agora que estou aqui, sem você

Espero que esteja melhor
Espero que ache um novo alguém

Porque estou ficando mais velha
Sei que eu mudei
E eu não posso voltar agora
Nada é o mesmo
Mas eu não vou esquecer como
Você chamou meu nome
Quando eu estava com medo
E agora estou com medo

Então você vai se lembrar de mim
Você vai lembrar de mim do jeito que eu era?
Você vai lembrar de mim?
Você vai lembrar do jeito que se sentia quando estava comigo?

─ UMI, Remember me

C a p í t u l o  u m

"La flor mas bella"

Madrid, 2018

Eleanor encarou as paredes em tons de azul pálido, uma cor pacífica que trazia diversas e incontáveis sensações em seu coração, olhou inexpressiva o grande cartaz que estava jogado sobre o piso amadeirado.

Um perfeito mapa detalhando cada canto do vasto mundo, em instantes seu olhar brilhou como uma chama ardente preste a ser consumida, caminhou com os pés desnudos pelo chão gélido até chegar ao alcance do longo pedaço de papel, seus lábios tremiam conforme seus dedos faziam um trajeto marcando pontos que desejava visitar, a jovem pela primeira vez naquele dia sorriu contente ao enxergar seus sonhos sendo marcados por desejos impossíveis.

O que era voar?

Perguntou-se pensativa, Eleanor não era alguém de pensamentos filosóficos muito menos uma pessoa repleta de metáforas sobre a vida, ela era apenas comum. Sendo a única mulher entre seus dois irmãos, a jovem desde sua infância aprendeu sobre a sociedade, a família Davis era conhecida pelo intenso modo de viver, possuidora de uma herança inestimável e com uma reputação imbatível, os holofotes estavam sempre sobre eles, todavia com a moça tudo era diferente.

A mais velha dentre seus irmãos, sempre levou uma vida normal, se definia apenas como uma jovem comum, com expectativas cheias para se aventurar.

A alegria que estava em seus pensamentos quando enfim completou seus vinte anos trazia uma sensação de relaxamento, os raios solares que atravessavam pelas imensas janelas acariciavam sua pele, traziam também a emoção de nostalgia, quando nos velhos tempos brincava que viajaria por vários países e viveria em várias localidades. Talvez para alguns fosse uma idéia estúpida afinal ela tinha tudo que uma jovem da sua idade desejava, pais amorosos, uma família sustentável e pessoas prontas para ajudar-la, contudo, o vazio que preenchia a cada segundo sua alma, adentrava em sua mente e a deixava mercê de suas vontades, um peso que as vezes a sufocava.

A impedia de partir.

Eleanor se sentia como uma borboleta, em inconstantes mudanças e fases, queria bater suas asas e voar para longe, essa idéia a trazia em um lugar secreto, espalhado de suas flores preferidas, cores vibrantes que arrancava belos sorrisos de seus lábios e seus preferidos, os tons frios que lhe acolhiam, abraçavam seu corpo e o colidiam ao apresentar a bela arte.

O vestido de seda fina corria e se encaixava conforme o vento soprava seus cabelos, os cachos que antes estavam presos se livram das presilhas efeitadas, o tecido macio e branco mostrava o nítido exemplar de um anjo, mas só ela sentia, só sua pele sentia em como seu passe para a liberdade havia sido brutalmente tirado, sem uma despedida ou até um adeus definitivo.

Foi doloroso e chocante ver que agora sua vida estava fadada a outro alguém, que seus anseios sobre uma primavera gentil estavam sendo transformados em um inverno rigoroso, que com sua temporada glacial fazia a moça perceber que diferente do que diziam, ela não era um anjo, muito menos algum ser celestial.

Eleanor Davis era o próprio veneno proibido, era a própria tristeza infernal.

Segurou com firmeza a barra rendada do seu vestido, sentiu como se estivesse sufocada naquele gigantesco quarto, seus pulmões reclamam e suplicam por ar puro. Eleanor queria se descobri, saber de verdade quais são seus gostos e suas estimativas para um futuro, ela almejava poder colocar em sua tela todos os lugares paradisíacos que vissem em sua frente, para que sua memória registrasse os prestígios que era poder viver.

Saiu de sua imaginação fértil e caminhou até seu estúdio, como o cômodo era desnecessariamente grandioso, a jovem aproveitou e o fez dele seu segundo lugar preferido.

Encarou sua última obra, não estava completa e de longe era sua menos favorita, não era um quadro gritante que expressava distintas emoções, se assemelhava ao ritmo demorado do fluxo de um rio, a transparência do que ela estava sentindo enquanto desenhava seu ambiente perfeito era vista e apreciada.

Eleanor amava sua família, tanto que se sentia sortuda por tê-los ao seu lado, desde pequena sempre foi mais próxima ao seu pai, tanto que se recordava exatamente do dia ele a levou ao seu jardim, ela tinha uma estufa unicamente para poder passar seu tempo sozinha, acompanhada somente de sua mente nebulosa.

O barulho incômodo se repetiu várias vezes até a garota decidisse sair de seus devaneios, a porta se abriu fazendo um ruído estressante, os saltos brancos como a neve adentraram no território de Eleanor, pedrinhas pequenas e delicadas contemplavam o belo sapato quando a mãe da garota caminha até seu alcance. Os cabelos soltos em um penteado que destacava sua juventude, a maquiagem perfeitamente feita davam um aspecto de realeza a mulher.

— O vestido chegou, Mi amor.- falou insegura pela reação da mais nova, encarou o rosto da filha e as lágrimas que estavam presas sairam por seu rosto, ela se odiava, detestava por fazer isso com sua própria filha. Andou em passos rápidos e sentou-se entre os lençóis brancos, abriu os braços em direção a garota e torceu para que ela ainda fosse sua menina.

— Por favor não chore mãe, não torne mais difícil do que já está.- sem soar grosseira Eleanor confessou, se jogou sobre o abraço caloroso da mãe, a mais velha esperou o choro da filha mas ao invés disso ganhou apenas um aperto reconfortante.

Havia raras vezes em que a jovem chorava, apesar de não poder ter escolhas, ela se negava a simplesmente acostuma-se com sua situação, a garota faria de tudo o possível para ainda encontrar a saída do caos.

Eleanor aprendeu desde pequena quando perdeu o direito de ser livre que não importasse como, ela em hipótese alguma seria uma menina frágil, lutaria pelo seu destino mesmo que isso significasse ser sua última chance de viver.

— Está perto do horário de irmos para a festa, preserve sua maquiagem, você é linda sorrindo mãe.- disse enquanto distribuía batidas leves sobre as costas de sua progenitora.

— Preciso experimentar aquele vestido por mais que meu desejo seja ir de calça e moletom, não acha que isso poderia virar tendência? Apoio também o uso de tênis ao invés de saltos, todas as vezes que uso aquilo acho que a qualquer momento vou encontrar o chão.- disse humorística, arrancado uma risada sincera de sua mãe.

Eleanor tinha apenas um desejo, viajar e conhecer o mundo, mas também secretamente desejava que seu otimismo permanecesse com ela, mesmo com uma vida infeliz.

• • •

A festa no grande salão de dança estava extraordinária, o lustre dourado deixava com que o ambiente parecesse um verdadeiro palácio. O piso liso preto fazia contraste com as escadas revertidas de branco e cinza.

O irmão mais novo de Eleanor, Marcos segurou seu braço e a conduziu delicadamente pelo salão, o garoto amava a irmã, tanto que já pensou em diversos planos para ajudá-la a escapar.

— Você está linda.- diz em voz baixa enquanto cumprimentava os mais velhos que passavam, Marcos sabia que a irmã guardada suas emoções para si, mas tentava ao máximo animá-la.

— Eu sei, me olhei no espelho antes de vim.- disse ela sorrindo brincalhona, o rapaz não aguentou e soltou uma risada alegre, fazendo mais barulho do que pensava.

— Acho que vou parar de elogiar você, está a cada dia ficando mais convencida.- respondeu sarcástico, ambos riram tanto que tarde demais perceberam que estavam chamando demasiada atenção.

Eleanor gostava do tempo que passava com o garoto, mesmo com seus quinze anos ele já sabia tantas coisas que a espantava, enquanto seu irmão agia com a lógica, ela era tomada pela impulso, isso a colocava em muitos problemas mas a ajudada a viver cada minuto.

A amizade dos dois era algo surpreendente, tão diferentes que tinham apenas algumas semelhanças, Marcos gostava de falar que aquilo era o destino, ele estava ali para controlar Eleanor e alegrá-la, ele era seu fiel companheiro e conselheiro.

Eles caminham até sua família, enquanto o irmão senta-se ao lado do pai, a jovem permanece ao lado de sua mãe, as mãos da jovem tremiam em ansiedade, ela sabia que o real propósito para aquele evento era a celebração de seu noivado.

Com a expressão cabisbaixa e o medo dominando seu corpo Eleanor encarou a todos, os lábios tremiam e as suas pernas estavam inquietas, seus olhos ardiam tentando conter as lágrimas.

"Por que sinto que estou morrendo ?"

Pensou aflita, olhou para todos os lados, sua respiração estava irregular e sua situação era vulnerável.

"Quero escapar daqui, por favor me tire desse lugar."

Desejou juntando todas as suas preces, Eleanor não queria viver por alguém, não queria ter que aos poucos perder seu olhar brilhante para a vida.

Ela queria aventuras

Diversão

Contudo, isso jamais seria seu, talvez esse fosse seu problema, desejar por algo que nunca pertencerá a ela, questionou em seus mais profundos pensamentos.

Uma colisão entre dois fatores distintos causa a destruição, quebra expectativas em pedaços afiados que perfuram os corações que baseiam sua vida em um amor proibido.

A queda que ocorre quando sentimentos bons demais se destroem sozinhos é deplorável porém  a tempestade que ocorre quando as sensações de desfrutar o nocivo se tornam impossíveis de desviar, é abrasador.

Eleanor enxergou o exato momento em o estranho desceu as escadas.

Eleanor viu exatamente os fios rebeldes junto a postura segura.

Ele chamou sua atenção.

Ela errou porque o desejou.

Eleanor o queria.

Mesmo que isso significasse seu último suspiro para a vida.

Continua?

Gostaram do primeiro capítulo?
Não se esqueça de votar e comentar pois isso me ajuda muito e me deixa feliz demais, viu ?

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