Tornou-se uma rotina. Harry fazia questão de ficar até a loja fechar e então, casualmente convidava Louis para jantar, ou, na maioria das vezes, ele preferia perguntar se poderia preparar o jantar para eles e, de alguma forma, o ômega sempre respondia que sim.

Eles voltavam para o apartamento de Harry, brincavam enquanto o alfa fazia o jantar e conversavam sobre algumas coisas antes de acabarem dormindo na cama do alfa, juntos e agarrados um no outro. De manhã, Louis voltava para seu próprio apartamento para se trocar antes de seu turno na loja e Harry ia para as aulas.

Alguns objetos do ômega apareciam ao redor do apartamento de Harry, uma única meia solitária estampada com uma carinha sorridente com X nos olhos na beira da cama, uma escova de dentes verde (o alfa havia comprado para o ômega) ao lado da escova azul de Harry na pia do banheiro, uma caneca branca com a letra L que era estritamente usada para fazer chá Yorkshire e tantas outras coisas que faziam o alfa gostar um pouco mais do ômega. Era como se Louis tivesse se tornado parte de sua vida e estivesse tornando-a muito melhor.

Nas noites em que Harry tinha que terminar uma tonelada de tarefas, sua frustração voava instantaneamente pela janela quando olhava para cima e via Louis empoleirado no chão com as costas apoiadas no sofá, a cabeça enterrada fazendo contas ou lendo um livro aleatório da coleção de Harry. O alfa nunca pensou que sua vida podia ser tão doméstica, mas com Louis tudo parecia possível e ao seu alcance. Havia noites em que eles apenas conversavam enquanto preparavam um chá quente e se deliciavam com lanches estrangeiros que o alfa havia ousadamente comprado online. Harry nunca tinha percebido que tinha tanto a compartilhar com o ômega e que estaria tão interessado em tudo o que este tinha a dizer. Suas histórias eram sempre engraçadas e boas de escutar e Harry escutava atentadamente cada uma, guardando tudo no fundo de sua mente.

Ele havia se esquecido da Pleasing House fazia tempo e, como não conseguiu mais nenhum cliente desde Louis, era fácil empurrar o pensamento de seu trabalho paralelo para o fundo de sua mente e fingir que não existia. Eles nunca tocaram no assunto novamente e Harry ficou grato por isso. Ele fazia questão de valorizar os momentos na cama quando Louis finalmente falava mais sobre si enquanto o alfa beijava sua pele. Com o ômega, Harry sempre se pegava desejando que a manhã nunca chegasse.

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"Não precisa fazer o pequeno-almoço para mim amanhã, Haz." Louis murmurou sonolento enquanto eles trocavam beijos preguiçosos. Harry agarrou o ômega trazendo seu corpo para mais perto de si, encaixando sua perna entre os joelhos do menor.

"Porquê?" O alfa estava planejando fazer uma torrada inglesa ou francesa com xarope de mel.

"Porque alguns modelos estão vindo para a loja para uma sessão de fotos. Eu tenho que ir trabalhar mais cedo para preparar a loja."

O ômega bocejou graciosamente antes de envolver os dedos nos cachos de Harry.

"Posso ajudar? Estou livre depois de uma palestra às 16h." O alfa se ofereceu, a palma da mão espalmada sobre o estômago do ômega enquanto fazia cócegas na barriga de Louis.

O ômega se contorceu ao seu toque, rindo em seu pescoço enquanto se debatia no aperto de Harry.

"Pare com isso, alfa bobo..." Harry aproveitou a chance para dar um beijo quente e suave no ômega, correndo o corpo do ômega com as mãos fortes até chegar nas nádegas de Louis apertando grosseiramente e afastando ambas, deslizando seu dedo pela borda enrugada e ainda molhada pela lubrificação do menor. Ele rosnou em apreciação, juntando um pouco da substância pegajosa no polegar e colocando o dedo na boca, provando o doce líquido.

Ele sabia que Louis o observava com os olhos semicerrados e fingia lamber e chupar os dedos.

"Harold, você está ouvindo? Eu disse que não precisa se forçar para me ajudar." O ômega choramingou, a mão pequena se torcendo e afundando no peito do alfa enquanto fazia beicinho.

Harry sorriu, agarrando o pesçoco do ômega (Louis havia admitido que gostava quando o alfa era um pouco mais rude) e inclinou-o para dar uma mordida no ombro do menor. O alfa deixou seus lábios pairarem sobre o ponto da marca de vínculo do ômega, deixando um beijo suave. Ele sabia que se alguma vez marcasse o ômega, seria no dia em que ele se tornaria seu, oficialmente.

"Eu não estou me forçando. Eu adoraria ajudar. Eu chego às 17h, tudo bem?"

Ele observou enquanto Louis franzia seus lábios inchados. "Tudo bem. Mas você sabe que não está sendo pago, certo?"

"Posso ser pago com beijos, ômega?" O alfa brincou, capturando a boca de Louis na sua.

"Se você se comportar, acho que vou ter que pensar nisso."

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Harry quase se esquecia de sua promessa de ajudar Louis quando o professor Azoff o chamou para conversar com ele sobre seu projeto de codificação. No final da discussão (a conversa pareceu mais como uma discussão), o humor de Harry estava inconfundivelmente azedo. Ele desejou amargamente que o professor pegasse um resfriado frote e nunca se recuperasse, para que ele pudesse deixar Harry trabalhar em seus projetos em paz.

Seu mau humor persistiu quando ele encontrou uma cadeira na biblioteca, abriu seu computador e tentou mudar seu código de acordo com a sugestão de seu professor.  Além do estresse, havia uma sensação estranha vagando por baixo de sua pele da qual ele não conseguia se livrar.

Também parecia que alguém estava tentanto espremer o ar de seus pulmões, tornando extremamente difícil para o alfa respirar sem soar como se tivesse corrido uma maratona. Ele tinha que continuar respirando fundo enquanto trabalhava. O ar ligeiramente sufocante na biblioteca silenciosa não ajudou muito.

Logo, os sentimentos estranhos e sua codificação começaram a afetar o alfa e ele estava pensando em desistir. Seu celular escolheu aquele momento conveniente para ligar a tela com a mensagem de Louis. O ato o animou e ele sorriu para o celular antes de correr para sua moto do outro lado do campus.

Ele chegou à H.O.M.E e viu que as luzes estavam apagadas. A placa na porta da loja anunciava que a mesma estava fechada, embora fossem cinco da tarde. Louis deveria estar se preparando para a sessão de fotos.

O alfa enviou uma mensagem para o ômega, avisando-o e em poucos minutos, a porta de vidro foi aberta por dentro e o lindo sorriso de seu ômega fez Harry esquecer tudo sobre o dia ruim que estava tendo.

"Ei, raio de sol." Ele cumprimentou, a respiração mal enchendo seus pulmões, sentindo sua língua travar quando viu a gargantilha apertada delicadamente ao redor da garganta do ômega. A peça de couro era fina e de cor marrom escuro contra a pele dourada de Louis e havia um pequeno pingente em forma de bússola pendurado no meio dela. Seus olhos se arregalaram ao perceber que o acessório enfatizava o formato daquela única veia (aquela que o alfa adorava morder e lamber) no pescoço de Louis. Harry era muito impotente para se impedir de cobiçar a beleza na frente dele.

Como dono de uma loja de roupas, Louis falou que era seu trabalho garantir que ele promovesse as roupas que estava vendendo. O ômega se vestia em um estilo diferente a cada dois dias, surpreendo o alfa com seu gradiente de estética.

Harry não era de reclamar, já que ele podia testemunhar como alguém poderia parecer arrojado, viril e robusto, ao mesmo tempo que requintado, delicado e sexy. Provavelmente apenas uma pessoa podia fazer isso e era Louis Tomlinson.

"Esse é o meu suéter?" O alfa resmungou, tendo que enfiar a palma da mão na coxa para não estender a mão e agarrar Louis ali mesmo na porta da frente de sua loja.

O ômega olhou para o grande suéter lilás que usava. Era grande o suficiente para cair graciosamente sobre metade da bunda do ômega e a cor pastel realçava o azul brilhante de seus olhos. Louis combinou a peça de roupa com jeans pretos justos e rasgados que se agarravam como uma segunda pele e finalizou a roupa com botas pretas de salto alto.

"Talvez?" O ômega inclinou a cabeça para o lado, sorrindo maliciosamente para o alfa. Harry notou que sua franja não estava achatada sobre sua testa hoje, e sim com gel em um topete.

De todos os estilos, esse visual estava tornando cada segundo mais difícil para Harry manter as mãos para si mesmo.

"O que vai acontecer se for mesmo seu?" Oh, então o ômega queria brincar e ser petulante.

Ele entrou no espaço de Louis, o braço atrás do ômega para segurá-lo e empurrou os dois pela porta da loja, através de seu corpo. Ele deu uma cotovelada na porta de vidro que se fechou atrás dele.

"Eu sei que provavelmente vou arrancar esse suéter desse corpo bonito hoje à noite. Ou talvez, fazer você usá-lo enquanto eu te como."

O alfa não esperou pela resposta do ômega antes de se inclinar para a gargantilha em seu pescoço, beijando o acessório antes de passar a língua pelas clavículas do ômega.

"As pessoas podem nos ver, Haz. Hmmm..." Pequenas mãos agarraram a frente da jaqueta de Harry enquanto ele salpicava a doce pele de creme de manteiga com beijos.

"É o que você faz comigo, ômega. Você não pode me provocar e pensar que não vai ter volta." Ele repreendeu. O alfa deu um sorriso com direito a covinhas ao ômega antes de deixar seus lábios roçarem suavemente nas pálpebras de Louis. "Você está usando delineador também? Porra, Lou."

Louis revirou os olhos e Harry sentiu o ômega escapar de suas mãos. Ele deixou o menor se afastar, embora não fosse pelo facto de que dessa forma conseguia olhar para a bunda do ômega que balançava suavemente enquanto ele se afastava.

"Venha ver tudo o que eu preparei e me diga o que você acha?" O ômega acenou e Harry o seguiu, como um cachorrinho apaixonado, até ao fundo da loja.

Havia um pano de fundo branco que caía do teto ao chão bem como uma cadeira alta de madeira colocada ao lado de dois tripés de iluminação voltados para o pano de fundo. Era um set simples, mas Harry podia ver o trabalho que Louis havia colocado nele pelas minúsculas pétalas de flores espalhadas no chão do pano de fundo.

"Talvez as flores sejam exageradas?" O ômega perguntou preocupado enquanto mexia na enorme câmera na frente do pano de fundo.

"Está perfeito, Lou." Harry se abaixou para pegar uma pétala. Ele poderia dizer que era de um girassol.

Ele se virou para ver Louis sorrindo para ele, rugas e lábios finos parecendo mais rosados do que nunca. De repente, ocorreu na sua mente que eles não tinham se beijado nas últimas 12 horas. O alfa estava prestes a avançar para mudar esse facto quando o toque estridente do celular de Louis interrompeu o silêncio confortável.

O ômega atendeu, deixando imediatamente seu lugar ao lado da câmera e caminhando em direção à frente da loja. Harry olhou de volta para a câmera e curiosamente manuseou os botões.

Uma voz alta e chorosa ecoou pela loja e parecia haver alguma comoção na porta da frente.

"Babe! Eu não posso acreditar que a única vez que você me convida para sair é porque quer fazer uma sessão e não porque quer assistir o último filme da Marvel. Você sabia que eles distribuem cartazes grátis no dia da estreia? Eu perdi a oportunidade. Tudo porque me disse para vir aqui..."

Harry olhou para cima para ver Louis caminhando de volta para ele com alguém pendurado em seus ombros magros. O ômega tinha cabelo preto escuro desgrenhado artisticamente sobre a testa e uma barba por fazer brilhando no queixo. Seus olhos eram de um castanho chocolate escuro e giraram preguiçosamente na direção de Harry. Eles se iluminaram ao ver o alfa.

"Você finalmente demitiu Nick e encontrou um substituto? Porra, sim!" O ômega se soltou de Louis para bombear o ar dramaticamente. Sua voz era arrastada e mesmo quando ele estava animado, soava tranquila. Seu sotaque tinha uma pontada óbvia e poderia rivalizar com o forte de Louis.

"Pela última vez, Z, não entendo porque você tem alguma coisa contra Grimshaw. E não, esse é Harold, meu assistente de câmera e iluminação." O ômega murchou visivelmente como um balão estourado quando se jogou de volta para Louis, os dedos arranhando o suéter de Louis como um gato indefeso.

Harry teve que conter o rosnado que estava crescendo no fundo de sua garganta. Por favor tenha calma, ele disse ao seu alfa, é apenas um amigo ômega de Louis. Não uma ameaça. Embora ele dissesse isso repetidamente enquanto observava a interação íntima, o ciúme ainda estava enviando ondas por sua espinha.

"Se apresente a Harold, Z e quando terminar, escolha sua roupa naquela prateleira ali. Eu aprendi a lição, então vou deixar você escolher desta vez. Deus me ajude, eu não quero voltar a entrar em uma briga sobre qual cor combina melhor."

Z, o ômega, parecia decidamente feliz e caminhou até Harry enquanto Louis desaparecia, voltando para a porta da frente.

"Sou Zayn Malik. Harold, certo? Prazer em conhecê-lo, companheiro." O ômega falou estendendo uma mão esguia e Harry a pegou, sacudindo educadamente.

"Na verdade, Harold não é meu nome. É Harry." O alfa acrescentou quando Zayn foi até à prateleira de roupas e começou a vasculhar, os lábios presos entre os dentes. Um brilho prateado refletiu a luz e fez Harry perceber que o ômega tinha um piercing no lábio.

"Mas Harold combina com você..." Zayn falou, fazendo beicinho enquanto levantava uma camisa que tinha alguns buracos desgrenhados pontilhando a frente e a segurava contra seu corpo magro. "O que acha dessa aqui?"

Antes que Harry pudesse responder, os sinos da porta da frente tocaram novamente e outra voz se juntou.

Esta, no entanto, fez seu alfa se animar e o tom de voz deixou todo seu ser tenso e em alerta.

"Louis, meu amor, como você está?" A voz era jovial, um tom amigável demais. Harry sentiu como se o homem estivesse correndo em um trem com a rapidez com que as palavras saíram de sua boca.

"Porra, o velhote chegou cedo hoje." O alfa se virou para trás para ver que Zayn se posicionava atrás da prateleira de roupas, se escondendo.

"Quem é aquele?" Harry não pôde deixar de perguntar e não teve que esperar que Zayn descobrisse. O cheiro assaltou seu nariz e ele sentiu seus olhos lacrimejarem com o quão pesado era o almíscar alfa.

Ele se virou e viu Louis com o estranho alfa atrás deles. O alfa era alto, um pouco mais alto que ele e estava com um sorriso que mostrava seus dentes brancos perolados. Harry se sentiu instantaneamente irritado pelo sorriso e por ver que o alfa estava muito perto de Louis para seu conforto.

"Oh? Nós temos um novato entre nós? Eu pensei que seria apenas eu e meu querido Zee."

"Esse é Harold e ele não é modelo. Ele está me ajudando com as luzes e a câmera." A voz calma de Louis tomou conta de Harry e ele sentiu seus pés o levando para a frente de modo que ele ficou peito a peito com o estranho alfa.

O alfa piscou com a proximidade deles e Harry observou a confusão clara em seus olhos. Ele sentiu um tique no maxilar ao estender a mão para agarrar a mão do homem. Eles se cumprimentaram enquanto trocavam algumas palavras.

"Whoah, seu ajudante com certeza é carinhoso, querida." Nick soltou a mão de Harry e dirigiu seu comentário a Louis que estava conversando baixinho com Zayn (que ainda estava meio escondido atrás das roupas).

"Não o chame assim." Harry deixou escapar. Ele sabia que não deveria ser tão sensível a um carinho inofensivo, mas não parecia certo. Seu alfa estava se corroendo e frustrado com o apelido direcionado diretamente ao ômega. Harry assistiu com satisfação enquanto a postura de Nick se tornava zombateira e os olhos do alfa se estreitavam com desconfiança.

"Você pode ir buscar uma fita para mim, H?" A voz de Louis flutuou em seus ouvidos. Nenhum dos alfas se moveu uma polegada, ainda olhando um para o outro em silêncio. "Harold, a fita." Harry relutantemente saiu de cena. Ele passou por Louis, sentindo um pequeno aperto no ombro e ficou mais leve enquanto procurava a fita.

Quando ele encontrou a fita e voltou, os dois modelos tinham escolhido as roupas e Zayn estava se arrumando.

Harry podia ver que Nick adorava conversar enquanto Zayn fazia alguns comentários entre eles. O ômega parecia desconfiado do alfa, mas finamente foi persuadido a sair desse comportamente por Louis. Harry se perguntou o que tinha acontecido entre Nick e Zayn.

Louis ajustou as roupas e as posicionou nos modelos antes de pedir a Harry para ajustar as luzes. A sessão de fotos começou, mas ao invés de olhar para os modelos, Harry se perdeu em olhar para Louis enquanto o ômega instruía e dirigia a sessão. O ômega estava agindo como um profissional e parecia saber uma ou duas coisas sobre modelagem porque todos os seus conselhos e comentários foram recebidos com acenos de cabeça e murmúrios de concordância.

Ele observou Louis sair de trás da câmera para ajustar a posição de Zayn e disse a Nick para estender mais os braços para que a jaqueta de couro que ele usava pudesse ser mostrada. Eles estavam na terceira roupa quando o celular de alguém começou a tocar. O toque alto fez Louis pultar, batendo no suporte da câmera.

"É o meu." A cabeça de Nick se ergueu. Todos assistiram enquanto o alfa caminhava até sua bolsa e pegava seu celular.

Zayn lançou um olhar para Louis, que balançou a cabeça em advertência. Harry observou enquanto Nick murmurava e ria alto antes de encerrar a ligação.

"Perdão, meus queridos, tenho que sair. O dever chama!" Nick afirma com uma mão arrebatadora e antes que Louis pudesse dizer qualquer coisa, o alfa já estava tirando o longo casaco e jogando descuidadamente na prateleira.

"Me ligue da próxima vez que precisar de mim, querida." Os punhos de Harry se apertaram ao redor do tripé de iluminação quando ele viu Nick se inclinando no espaço de Louis e dando um beijo na lateral da bochecha do ômega.

Ele se foi antes que qualquer um deles pudesse dizer alguma coisa, deixando para trás o cheiro desagradável de velas queimadas.

"Que porra?" A voz de Zayn quebrou o silêncio enquanto o ômegava cruzava os braços. "Eu disse para não o contratar, Lou. Quantas vezes eu tenho que te avisar? O cara está acostumado a ser tratado como a porra de um rei e ele se recusa a se esforçar nas fotos. É uma perda de tempo, sabia? Ele mal prestou atenção durante toda a filmage, ele é um idiota..."

"O que aconteceu?" Harry se viu perguntando confuso com a explosão de Zayn. O ômega se virou para ele, acenando com as mãos no ar enquanto falava.

"Você viu isso, Harold? Como ele saiu de uma sessão sem pedir permissão a Lou? Como ele nem sequer desligou o celular? O desrespeito..."

Harry se virou para ver Louis balançando a cabeça enquanto o ômega suspirava. "Z, você tem que dar uma folga a ele. Esta sessão foi improvisada e ele concordou. Eu sei que não gosta dele, mas vamos lá, pelo menos conseguimos algumas fotos."

"Eu não sei porque está defendendo ele quando ele tocou em você sem permissão durante a primeira sessão que vocês tiveram juntos."

A cabeça de Harry girou de Louis para Zayn. "Como assim tocou sem permissão? Que porra?"

"Isso faz tempo. Trazer o passado à tona não vai mudar nada. Nick já se desculpou e não vou usar isso contra ele. Ele é bom no que faz quando quer. E..."

"Onde é que ele tocou?" A boca de Harry estava formando as palavras antes que ele pudesse se conter e sua voz soava perigosamente baixa em seus ouvidos.

Ele podia sentir o cheiro amargo de aborrecimento no cheiro doce de Louis e quase se intensificou quando ele avançou para ficar parado na frente do ômega.

"Onde é que ele tocou, Lou?" Ele susurrou baixinho enquanto olhava para o ômega.

"Ah, você também, Harold? Não foi nada...Ele saiu do seu rut um dia antes e eu esqueci de colocar neutralizador naquele dia." Harry podia escutar seu próprio coração batendo e seu alfa estava gritando em seu ouvido. "Não significou nada e, como eu disse, já superei."

A tensão engarrafava o ar ao redor deles, dificultando a respiração e Harry podia ver, pela teimosa inclinação do queixo do ômega e sua postura defensiva, que ele não obteria uma resposta direta de Louis tão cedo.

"Ei, vamos terminar a sessão ou...devo voltar outro dia?" A voz fez com que o par se virasse para ver Zayn brincando desajeitadamente com a ponta de sua jaqueta jeans.

"Acho que terminamos por hoje, obrigada Z." Louis suavizou, um pequeno sorriso iluminando suas feições enquanto fazia sinal para Zayn tirar a jaqueta.

"Me manda uma mensagem depois?" Zayn perguntou enquanto se virava para puxar Louis para um abraço. Os ômegas se despediram e Zayn anunciou sua saída toccando os sinos da porta.

O silêncio era sufocante quando Harry pegou a vassoura e começou varrendo as pétalas das flores no chão.

"Haz?" Ele sentiu pequenas mãos deslizando em volta de sua cintura e reprimiu um suspiro melancólico quando sentiu Louis pressionando seu rosto em suas costas. Ele deixou os feromônios calmantes do ômega passarem por ele antes que se virasse. "Estamos bem? Você ainda está bravo?" Louis susurrou, o tom tão oposto de quando ele estava com raiva fez o coração de Harry doer. Como ele conseguia ficar bravo com aquela doce criatura?

De repente, percebeu que não tinha o direito de estar chateado com Nick ou Louis. Ele nem era o seu alfa. Eles nunca falaram sobre seu relacionamento ou como este se tornou algo que não poderia ser classificado como "amigos". Eles estavam presos, no meio de um labirinto e a menos que ele confessasse seus verdadeiros sentimentos, ambos não encontrariam a saída certa.

"Eu nunca poderei ficar bravo com você, ômega." Harry afirma, sentindo seu alfa se acalmar enquanto o ômega se aninhava em seu peito. "Mas eu gostaria que confiasse em mim, Lou, confiasse em mim o suficiente para me contar sobre tudo isso." Ele se inclinou para capturar os lábios do ômega em um beijo casto e suave, sentindo Louis respondendo ansiosamente e logo, eles estavam se agarrando, as mãos vagando enquanto ambos ofegavam por mais.

No fundo de sua mente, a parte racional do alfa sabia que eles deveriam estar conversando em vez de se beijar, mas ele sabia que não queria forçar nada do ômega. Se Louis queria fingir que nada tinha acontecido, que assim fosse.

Harry sugou a língua do ômega em sua boca e saboreou a doçura da baunilha. Eles quase esbarraram na câmera e soltaram pequenas risadinhas por causa de sua falta de jeito antes de Louis bater os cílios sugestivamente e pegar a mão de Harry, levando ambos para a sala dos fundos.

O alfa nunca tinha estado nesse espaço antes. Louis o levou a um escritório abarrotado que tinha um computador na mesa ao lado de uma prateleira cheia de fichários. Ele não teve muito tempo para olhar ao redor da sala e sentiu a falta de ar sair de seus pulmões quando Louis o empurrou rudemente para a cadeira do escritório e montou em seu colo.

O ômega pegou no rosto do alfa entre suas pequenas mãos e roubou um beijo mordaz da boca avermelhada. As mãos de Harry tinham vontade própria quando ele avidamente deslizou por baixo do suéter do ômega para agarrar a deliciosa pele quente.

"Quero você dentro de mim." O ronronar áspero de Louis enviou um arrepio pelo pau de Harry e ele gemeu quando seus jeans se esfregarem sensualmente pelos movimentos circulares da bunda de Louis.

"Agora? Porra, bebê...Você quer que eu te incline em seu escritório? Fazer você gozar em cima desta mesa?"

O ômega gemeu com as palavras sujas, agarrando o zíper da jaqueta de Harry. O alfa sorriu, tirando a peça de roupa dos ombros e observou o ômega se apressar em desabotoar a blusa com os dedos trêmulos.

"Obrigada, amor." Ele disse uma vez que louis terminava e sentiu o ômega empurrando o material de seu peito.

"Não posso acreditar que você sempre deixa seus peitos para fora de suas blusas, alfa. Deveria ser um maldito crime." O ômega afirma em sua boca antes de se abaixar e travar os dentes em torno de um dos mamilos empinados de Harry.

"Mmm..." O alfa gemeu roucamente quando sentiu Louis passar a língua sobre seu mamilo e o marcar com seus caninos afiados. Ele empurrou seu peito para o calor da boca do ômega enquanto este lambia sobre sua pele sensível.

Com cada sucção, cada torção e puxão de sua língua inteligente, Harry podia sentir o seu membro ficando mais pesado e mais exigente.

"Jeans fora." Ele grunhiu, empurrando Louis para longe dele e corou de prazer quando o ômega fez um barulho alto de mastigação antes de separar os lábios de seus mamilos.

Ele estendeu a mão para ajudar Louis a sair de seus jeans skinny e quase abriu um buraco na boxer do ômega enquanto a empurrava para baixo apressadamente.

O alfa não conseguiu dar uma boa olhada na parte íntima do ômega uma vez que o suéter caiu sobre a frente, cobrindo seu pau duro e de cor rosa. O ômega riu, tentando fugir da tentativa do alta de agarrar e brincar com a bainha do suéter.

"Você quer ver?" Lábios rosados se curvaram em um sorriso provocador enquanto o ômega levantava o suéter.

"Porra, por favor." O alfa implorou, a voz disparada e rouca enquanto sentia o desejo exlodindo na boca do estômago. Ele queria tanto o ômega.

"Tire o seu também." O ômega balbuciou enquanto lutava para tirar as botas, levantando a perna e empurrando o pé direito na protuberância de Harry. O alfa se dobrou com o contacto repentino, ofegante quando sentiu o calcanhar do pé de Louis pressionando sua virilha.

Ele se levantou rapidamente, empurrando as calças largas pelas pernas e saiu delas. Sua boxer atingindo o chão também e ele podia ver Louis sutilmente lambendo os lábios enquanto os olhos azuis bebê desciam para seu pau, o nó já se formando um pouco na base.

Por um momento, eles ficaram peito a peito, nus e ofegando antes de Harry empurrar os cadernos para fora da pequena mesa atrás deles, pegando o ômega com facilidade e empurrando a bunda de Louis para cima da mesa.

Ele engoliu o grito surpresa do ômega e abriu as pernas de Louis para que ele pudesse ficar entre elas, pressionando a sua virilha contra a do ômega e deixando seus membros se esfregarem, sentindo ambas as peles deslizando.

Ambos gemeram quando Harry inclinou seus quadris para a frente, simulando movimentos de estocadas.

"Quer assim ou por trás?" O alfa questionou quando sentiu as unhas do ômega arranhando uma trilha de fogo em suas costas.

Os olhos de Louis rolaram enquanto Harry continuou a balançar seus membros juntos, ambas as fendas já deixando escapar o pré-gozo. Se o ômega não respondesse logo, Harry temia que su nó pudesse estourar antes que ele entrasse no ômega.

"Quero que você me use...Por trás...Por favor, Alfa." O ômega teve a decência de parecer tímido a seu próprio pedido e com um grunhido, Harry puxou o menor para fora da mesa, agarrando seus quadris e empurrando o ômega flexível de bruços.

"Oh!" Lous exalou bruscamente enquanto Harry afundava os dentes na parte inferior das costas do ômega, na ponta de sua coluna curvada logo acima da protuberância de sua bunda. Ele lambeu ao redor da mordida vermelha, admirando a pequena marca antes de usar as mãos fortes para separar ambas as bandas da bunda do ômega.

"Haz!" O ômega gritou enquanto o alfa deslizava um dedo, empurrando não muito gentilmente direto para a entrada apertado do ômega. A lubrificação natural do ômega escorreu pela parte interna das coxas do menor enquanto o alfa torcia seu dedo ainda mais nas paredes aveludadas de Louis.

Um pensamento surgiu em sua cabeça enquanto ele abria o ômega e isso o fez sentir um calafrio. Ele não tinha camisinha. Talvez tivesse uma em sua carteira, mas ele havia deixado sua bolsa na loja ao lado de todo o equipamento da câmera.

"Ômega," Ele susurrou, os dedos enterrados profundamente dentro do menor que se contorcia e ofegava alto. "Não tenho camisinha comigo, não podemos. Porra."

Ele podia escutar Louis engasgando com um suspiro enquanto seus dedos procuravam a próstata do ômega e por seu próprio egoísmo, o alfa roçou os dedos diretamente naquele feixe de nervos.

A escrivaninha avançou um centímetro quando o ômega bateu contra a mobília. Harry pressionou sua frente contra as costas de Louis, lambendo o suor que se acumulava no pescoço do ômega.

"Você me ouviu, Lou?" Ele conseguiu falar coerentemente enquanto o ômega choramingava.

"Quero você...Não precisa disso."

O alfa riu, balançando a cabeça com o pedido urgente. "Amor, não posso arriscar ter dar um filhote..." Dar um filhote aos dois. Sua mente o corrigiu enquanto lambia a marca de vínculo localizada no pescoço do ômega.

"Não vai...eu não sou tão estúpido. Eu tomo pílulas e anticocepcionais..." Mesmo em seu estado selvagem e cheio de luxúria, o cérebro de Harry girou com as palavras.

O ômega virou sua cabeça e o azul bebê encontrou o verde floresta, o desejo nadando em ambos. "Estou limpo, alfa. E se você também estiver, por favor...Não aguento mais, preciso de você agora."

Harry mordeu com força o pescoço de Louis em repsosta, pressionando seu pau contra o buraco molhado e escorregadio. "Vai ser bom, eu prometo." Ele susurrou, as mãos encontrando as costas de Louis e entrelaçando as mãos menores do ômega nas suas.

O primeiro empurrão fez Harry jogar a cabeça para trás e sibilar com o aperto em torno de seu pau. Ele nunca tinha fodido ninguém sem camisinha antes e mesmo que muitas pessoas dissessem que basicamente não havia diferença, ele podia sentir cada pedacinho de seus nervos borbulhando na superfície de seu pênis enquanto deslizava para o ômega debaixo dele.

O calor das paredes do ômega parecia de vezes mais quente e apertado ao redor de seu pau e o alfa teve que se conter, repreendendo-se para não gozar rapidamente. Ele alcançou o quadril do ômega para segurar seu comprimento quente, se certificando de que Louis tivesse prazer.

"Ahhh..." Os gritos de Louis e seus próprios grunhidos eram como trovões em seus ouvidos enquanto ele movia seus quadris para trás, deslizando de forma que apenas sua ponta estivesse presa contra a entrada avermelhada antes de voltar para as paredes quentes de Louis. Ele aumentou o ritmo, estocando rudemente seu pau dentro do ômega.

Ele queria ver o rosto de Louis, sabia que estaria tão bonito e corado, mas com esse ângulo, ele só podia se concentrar em beijar a nuca do ômega para o tranquilizar.

Outro dia, ele pensou consigo mesmo, outro dia ele daria um nó em Louis sem camisinha e observaria a expressão do ômega quando gozasse.

"Hmmm!" Seu nó estava crescendo agora e se prendendo contra a borda do ômega conforme ele se movia. Com mais algumas estocadas fortes, ele localizou a próstata de Louis e enfiou seu pau avidamente nos nervos, sendo recompensando com o grito de êxtase do ômega e sentindo seus quadris gaguejarem quando seu pênis expeliu uma quantidade absurda de sêmen dentro de Louis.

"Porra te amo tanto, Lou. Merda."

O mundo parou bruscamente. Cada pedacinho dos sentidos de Harry estava focado nas paredes quentes se apertando ao redor de seu membro. Levou toda sua força para não cair para a frente e esmagar o menor. Ele agarrou a cintura de Louis com força e afastou o ômega da mesa para que eles pudessem se sentar na cadeira do escritório. O peso combinado deles fez com que a cadeira rangesse, mas permaneceu intacta enquanto Harry acariciava os quadris do ômega. 

"Você está bem?" Ele perguntou, dando pequenos beijos no pescoço de Louis enquanto o apertava mais forte em seu colo. Seu pênis ainda estava dando pequenos jorros de gozo e ele passou a mão pelo estômago de Louis. Ele quase podia sentir a si mesmo, o contorno de sua ponta dentro do ômega que tremia em seus braços.

"Acho que você me quebrou, Haz." O ômega susurrou depois de algum tempo enquanto eles estavam sentando, recuperando a respiração.

Harry soltou uma gargalhada. "De um jeito bom ou ruim?"

"Não acho que consiga andar depois disso. Você vai ter que me carregar para todo o lugar..." O ômega murmurou sonolento enquanto sua cabeça encontrava um lugar confortável contra o peito do alfa.

"Eu posso fazer isso." O alfa respondeu, virando o rosto para poder beijar a boca do ômega. Como podia ter um gosto tão doce o tempo todo? Harry se perguntou enquanto aprofundava o beijo.

"Frio..." O ômega reclamou enquanto o alfa ria.

"Foi você que queria que eu te desse um nó em seu escritório. Agora tem que ficar esperando." Ele circulou seus braços mais apertados ao redor do menor. "Durante esse tempo, posso mantê-lo aquecido."

O ômegava apenas cantarolava sonolento.

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A noite ficou muito mais fria quando eles saíram da loja, Louis estava embrulhado na capa de chuva de Harry enquanto o alfa, que estava com calor, insistia que não precisava de nenhuma jaqueta.

Já passava da meia noite e as ruas estavam escuras, exceto pelo brilho fraco ocasional de um poste de luz.

"Eu sinto que preciso de um maldito cigarro." O ômega estremeceu, batendo os dentes enquanto se abraçava. Harry sorriu com a visão fofa, agarrando os braços do ômega e puxando este para um abraço.

"Você fuma?" Ele perguntou, cobrindo as orelhas do ômega com as palmas das mãos para proteger do forte vento cortante de Novembro.

"Costumava. Zayn basicamente me pressionou e eu era modelo, então os maus hábitos ficaram."

Harry piscou, assimilando as palavras. "Modelo?" Ele perguntou incrédulo enquanto o ômega ria, puxando um cacho.

"Depois que me formei na Uni, não sabia o que fazer e fui abordado por uma agência um dia quando estava fazendo compras com Zayn. Desde então, praticamente aceitei qualquer trabalho de modelo. Foi divertido quando Zayn se tornou modelo também e fomos parceiros em muitas sessões. Um dia, nos pediram para fazer uma sessão de roupas íntimas e foi quando conhecemos Nick..Como você sabe, ele saiu de seu rut mais cedo do que o esperado e foi acionado pelo meu cheiro e me tocou. A equipe impediu que algo sério acontecesse e ele se desculpou por isso depois. É assim que a história continua. Não demorou muito para que eu começasse a pensar que não poderia viver disso e quando Liam largou o emprego de advogado, nos reunimos e começamos economizando dinheiro para um negócio."

Harry acenou com a cabeça, em transe com a história enquanto o ômega continuava. 

"A indústria da moda pode ser intensa. Ômegas não são tão respeitados quanto se poderia pensar, estando no século XXI e tudo mais. É fácil alguns alfas serem acionados por cheiro ou outras coisas. Zayn sempre foi o mais cuidadoso. Sempre foi difícil para mim porque eu não sou tão confiante quanto ele é..." O ômega sumiu, os olhos azuis vidrados e perdidos como se estivesse relembrando seu passado. "Eu percebi que talvez ser modelo não era sobre tentar me vender, mas sim mudar a percepção das pessoas sobre mim. Não queria mais ser um ômega inseguro que pode se curvar aos desejos de alfas egocêntricos e arrogantes. Queria me sentir confortável comigo mesmo e não fingir ser algo que não sou."

"E foi por isso que parou?" Harry perguntou ofegante enquanto encostava sua testa na de Louis. Esse lindo menino tinha sofrido tanto. Ele podia sentir Louis asssentindo. "Fico muito orgulhoso de você, meu amor. Você é tão forte." Ele susurrou contra a franja macia de Louis.

"Acho que o facto de ser modelo durante algum tempo foi a razão pela qual fiquei sem tocar em algum alfa, acabando na privação de toque do meu ômega. Era melhor acabar com tudo isso..." O ômega admitiu em voz baixa enquanto Harry beijava sua testa.

"Você não está sozinho, Lou. Eu estou aqui. Se precisar de mim, é só falar e eu irei correndo." O alfa prometeu enquanto o ômega soltava uma risada alegre.

"Está ficando tarde, H. Eu sei que você tem aula amanhã." O ômega gentilmente se afastou do abraço cauteloso do alfa.

"Tem certeza que pode ir para casa sozinho?" Ele perguntou preocupado enquanto fechava o zíper da jaqueta do ômega.

"Meu apartamento fica a um quarteirão de distância, Harold. Acalme seus instintos. Para além disso," O ômega virou o rosto para a jaqueta, escondendo o sorriso e inalando o cheiro forte do alfa. "Eu tenho seu cheiro em mim, então nenhum alfa chegaria perto de mim."

"Ainda bem." O alfa disse, pressionando um último beijo nos lábios quentes do ômega. "Vejo você amanhã?"

"Sim." A resposta suave de Louis se perdeu no vento enquanto o ômegava se afastava, acenando atrás dele e revirando os olhos enquanto o alta jogava beijos para ele.

Harry nunca se sentiu tão feliz enquanto caminhava até sua moto e rumava ao seu apartamento. 

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Acordar com suor se acumulando nos lençóis e pequenas poças de uma substância pegajosa não fora a manhã que Harry esperava. Ele gemeu, enquanto virava seu corpo de lado, verificando o relógio que anunciava que eram apenas seis horas. O calor na ponta de seu membro e a queimação em seu estômago pioraram quando ele tentou se sentar na cama.

"Porra." Todos os sinais completaram o quebra-cabeça em sua mente. Ele estava no seu rut. Não teria sido ao acaso que ele se sentiu tão mal na biblioteca e que estava com tão excitado.

O primeiro pensamento que surgiu em sua cabeça foi que ele tinha que avisar Louis ou então o ômega estaria se perguntando para onde ele tinha desaparecido.

Ele teve energia suficiente para se recompor e checar a geladeira. Ele ficou feliz ao descobrir que havia comida suficiente para os próximos dias. Tomou um banho e de seguida, pegou em seu celular.

H: Amor, acordei e descobri que estou em rut. Não posso ir à loja hoje, desculpe...xx

L: Ah não..Tem certeza que está tudo bem? Você precisa de mim?

H: Queria poder ter você comigo...Mas sei que tem que trabalhar. Mando uma mensagem assim que acabar. Vou sentir tanto sua falta :(

L: Tudo bem, eu vou passar por sua casa e fazer alguma comida para você assim que tudo acabar.

Harry fez uma pausa enquanto seus dedos pairavam sobre o botão ENVIAR.

H: Te amo.

Ele olhou para sua própria mensagem. Algo parecia estranhamente familiar. Os olhos verdes floresta se arregalaram. Ele se lembrava agora claramente. Em sua névoa de lúxuria na noite anterior, ele tinha declarado seu amor pelo ômega. E Louis não tinha respondido de volta.

"Merda." Ele apagou a mensagem e jogou o celular ao lado dele. Ele estava apaixonado por Louis Tomlinson. Totalmente. Inegavelmente. Iressistivelmente apaixonado. Ele deveria contar ao ômega.

Ele decidiu que contaria assim que saísse de seu rut. Seria a primeira coisa que ele faria, prometeu a si mesmo enquanto se deitava nos lençóis.

Ele deixou seus olhos se fecharem. Ele só conseguia pensar na aparência do ômega, preso em seu nó. Como seus lábios eram deliciosamente rosados, como ele ficava lindo com a boca aberta em êxtase, como ele tinha um gosto doce, como seus cílios escondiam a furiosa tempestade de desejo em seu azul bebê.

Harry se deixou afundar e pensar em seu ômega foi o que fez a dor ir embora, por um tempo.