Capítulo 3: Explorando, Cuidando
Harry não sabia se era seu alfa, mas podia sentir o momento em que Louis acordou. Seus olhos se abriram enquanto ele gemia baixinho no pescoço do ômega. Ele o podia ouvir choramingando. Foi chocante, realmente, estar tão em sintonia com esse ômega depois de se conhecerem apenas em alguns dias.
"Precisa de mim, Lou?" Ele perguntou mesmo sabendo que não receberia resposta. Louis apenas empurrou sua bunda contra o membro endurecido de Harry. Eles estavam deitados de lado e os joelhos de Harry estavam dobrados nas costas de Louis. A partir dessa posição, ele não podia ver o o azul bebê de seus olhos ou o jeito que ele franzia a testa tão lindamente quando Harry tomava seu tempo provocando-o. Ele só podia saborear os choramingos que se transformaram em gemidos desesperados enquanto o ômega ficava colocando sua bunda para trás, buscando mais contacto e tentando pegar a ponta do pau do alfa entre as suas bochechas.
Harry enfiou a mão entre eles, espalmando e apertando a bunda grande de Louis antes de fincar os dedos em ambas as nádegas, forçando para que se separassem.
Porra, ele era etéreo (sim, etéreo era a única palavra que seria suficiente para descrever o ômega) e os olhos de Harry escureceram quando ele se moveu para baixo, olhando para a pequena abertura que se contraía completamente aberta e alargada, vazando lubrificação que estava escorrendo entre suas coxas. O alfa grunhiu de satisfação quando considerou que Louis nem precisava de seus dedos para o abrir e ajustar para seu pau.
"Woah, bebê, acalme-se..." Louis de repente saiu de sua posição e estava empurrando seus quadris nos lençóis debaixo deles. Essa ação colocou sua bunda em exibição quando Harry se inclinou para cobrir o ômega com seu corpo, colando o seu peito nas costas suadas de Louis.
O alfa mordeu o ponto sensível atrás da orelha do ômega e lambeu a nuca de Louis. Encaixando seus corpos, pegou o pau de Louis em sua mão enquanto se enterrava na entrada molhada do ômega.
"Hm..." Louis engasgou, os joelhos dobrando com a pressão do alfa que pairava sobre ele e Harry teve que colocar o outro braço em volta da cintura do ômega para mantê-lo de joelhos.
"Sempre tão quente e apertado, um ômega tão bom..." O alfa murmurou enquanto fodia o ômega, chocando seus quadris na bunda de Louis e fazendo a cama ranger com seus movimentos ásperos.
O membro de Louis se contraiu e pulsava entre os dedos do alfa enquanto ele acariciava o ômega que vazava pré-gozo de sua fenda, começando a puxar firmemente o pequeno pau grosso.
Louis gozou quando Harry acelerou os movimentos em seu membro, gemendo alto e rouco. O alfa resmungou em resposta, ainda agarrando o pau flácido, provocando com seus dedos as veias que adornavam o membro.
O alfa assobiou quando sentiu o nó se prender na borda da entrada do ômega e continuou estocando e mantendo Louis completamente aberto, procurando seu ponto sensível. Louis gritou e se contorceu, empurrando para trás em sintonia. Harry marcou o pescoço do ômega com beijos e mais algumas mordidas leves antes de empurrar profundamente o seu pau em Louis e ficar enterrado naquele calor.
"Porra...Todo molhado e aberto só para mim, ômega..." Ele sempre gostou de falar durante o sexo e mesmo que Louis estivesse muito preocupado em estar no cio, era de sua natureza preencher o silêncio com uma conversa suja.
O alfa soltou o braço ao redor de Louis e ele imediatamente desabou frouxamente na cama. Harry certificou-se de não o esmagar enquanto os manobrava para uma posição mais confortável. Ele lambeu o suor da testa do ômega e deu um beijo nela.
Harry escutou o som da respiração do ômega se suavizando e começando a ser rítimica em respirações profundas e pacíficas e se permitiu recordar o primeiro dia em que decidiu assinar um contrato com a Pleasing Heat House.
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Foi apenas alguns meses atrás, quando Harry percebeu pela primeira vez que havia algo diferente sobre seu melhor amigo alfa, Niall Horan. Ele e Niall se conheceram no ensino médio, em Cheshire, quando o alfa irlandês se mudou para o bairro de Harry.
Ele foi provavelmente a razão pela qual Harry se tornou socialmente ativo e se soltou de sua concha tímida (ele literalmente perdeu sua concha). Ele culparia Niall por todas as noites de bebedeiras e más decisões, mas eram elas que o faziam ser como era hoje. De certa forma, ele sabia que deveria ser grato. Eles eram melhores amigos e ficaram juntos até se formarem no ensino médio. Quando Harry entrou na Universidade de West London, Niall, por outro lado anunciou que não iria mais estudar ("Eu não aguento, se eu tiver que ler mais uma palavra de um livro, eu vou morrer.")
Então, Niall entrou em um frenesim de fazer malabarismos com muitos empregos de apenas meio período, desde servir mesas em um restaurante, entregar o jornal da manhã às 6 da manhã, dirigir pequenos ônibus, carregar sacos de detritos de cimento em um canteiro de obras para...Tanto faz, qualquer trabalho que você mencione, Niall provavelmente já o fez.
Ele e Harry dividiram um apartamento por um curto período de tempo mas ambos concordaram mutuamente em se separar, já que levavam estilos de vida drasticamente diferentes. Niall acabou alugando um apartamento nas redondezas de Londres, onde o aluguel era mais barato, enquanto Harry tinha se desfeito o suficiente para comprar um apartamento minúsculo no coração de Londres, já que ficava a apenas quinze minutos de bicicleta de sua universidade.
As únicas vezes em que eles podiam sair eram quando seus horários coincidiam (o que raramente acontecia graças aos inúmeros trabalhos de Niall) e eles passavam jogando golfe (era um esporte que ambos gostavam, embora pudesse ser bastante caro). Carregar equipamentos de golfe nas costas enquanto andava de bicicleta pelo trânsito de Londres não era nem um pouco engraçado, mas com Niall, valia a pena pelo tempo que passavam juntos e as risadas.
Harry deveria ter notado a mudança antes, mas culpou o facto de estar muito preocupado com seus projetos em preparação para a formação no Verão.
Ele estava em seu último ano de pós-graduação e estudar Tecnologia da Informação significava que ele tinha mais alguns projetos de codificação para lidar. Juntando isso com seu trabalho de meio período, que era dar aulas de codificação online para um pequeno grupo de calouros, foi realmente raro conseguir sair com seu melhor amigo.
Felizmente era Outubro e o torturante ano letivo estava apenas começando. Niall devia saber que ele tinha mais tempo livre recentemente porque o garoto irlandês estava bombardeando Harry com convites para um sessão de golfe. Harry finalmente concordou e abriu um espaço em sua agenda para o encontro deles.
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"Desce logo, Styles, oh, e não precisa de trazer sua bicicleta. Não vamos andar com ela hoje!" Harry estremeceu, esfregando sua orelha sensível enquanto Niall soltava uma gargalhada louca pelo altifalante do celular. Eram apenas oito da manhã de Domingo e muito cedo para alguém ser energético. Apenas Niall poderia ser assim e Harry só conseguiu balançar a cabeça enquanto tropeçava em seu apartamento, procurando uma camisa de golfe e calças.
Ele deciciu escolher uma camisa roxa de mangas curtas e calças brancas. Ele prendeu seus longos cachos em uma bandana verde escura. Por instinto, ele pegou a chave de sua bicicleta que estava pendurada ao lado das chaves de sua casa antes de franzir a testa e deixar as chaves de lado. Certo, Niall disse que eles não iriam andar de bicicleta hoje.
Ele ainda estava confuso enquanto descia os degruas de seu prédio e literalmente tropeçou em seus próprios tênis quando viu o capô dourado brilhante do Cadillac estacionado na frente.
Sua boca ainda devia estar comicamente aberta quando seus olhos passaram dos aros brilhantes do carro para o alfa presunçoso empoleirado no capô. Niall soltou um assobio alto enquanto Harry continuava com a boca aberta.
"Eu não sabia que trabalhar com aluguel de carros oferecia Cadillacs..." Harry raciocinou. Foi a única coisa lógica que lhe veio à mente. Não havia qualquer explicação para que esse carro pertencesse a Niall. De jeito nenhum.
"Ahh, pare de ser grosso, H. Por que razão eu estaria tão entusiasmado se fosse apenas um carro alugado? É meu. Meu."
Harry assistiu em choque quando o alfa deu um beijo no capô do carro antes de sair dele. "Eu não acredito em você."
Niall fez um barulho exasperado, chamando Harry com um dedo. O alfa de cabelo encaracolado sentiu-se avançando enquanto arrastava consigo seu kit de golfe.
"Isso, na parte de trás. E você, na frente." Niall instruiu, apontando o polegar para a bagageira do carro antes de desaparecer para o banco do motorista.
Harry jogou seu kit de golfe no Cadillac e fechou cuidadosamente a bagageira. Ele deixou sua mão traçar o exterior e manuseou o desenho intricado nas portas.
"Pare de apalpar! Estamos atrasados para a nossa sessão!" Niall gritou e Harry corou enquanto se sentava no banco da frente. "Estaremos aqui o dia todo se você continuar tocando meu Quinley."
"Uau, você deu um nome ao seu carro?"
Niall bufou, puxando o carro para fora da vaga de estacionamento e acelerou pela estrada.
"Você não faria o mesmo?" Ele zombou de volta, piscando para Harry por cima dos óculos escuros. Harry revirou os olhos.
"Então, me conta...Como diabos você conseguiu comprar esse carro? E porque diabos não me falou nada sobre isso?"
"Paciência, H. Paciência." Eles pararam no sinal vermelho quando Niall se virou para Harry. "Primeiro, você tem que me prometer que não vai pirar ou se assustar com o desenrolar da história."
O coração de Harry acelerou. "Não me diga que conseguiu um Sugar Daddy?"
Seu comentário fez Niall gargalhar enquanto o alfa se recostava em seu assento, as mãos tremendo no volante de sua risada. "Não nego que também seria uma ótima ideia."
"Continue com sua história então. Não me faça implorar."
Entre o primeiro sinal vermelho e o último que encontraram antes de parar em frente ao campo de golfe, Niall teve tempo suficiente para terminar sua história e para Harry digerir completamente cada detalhe.
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"Então, basicamente," Harry lambeu os lábios, seu cérebro zumbindo com as últimas informações que ele tinha acabado de receber. "Você é pago para foder ômegas."
"Companheiro, não faça isso soar assim tão desprezível e tudo mais." Niall alinhou seu taco de golfe com a bola, os lábios presos entre os dentes. Ele balançou e os dois viram a bola voar pelo ar em um arco perfeito, pousando perto do buraco de gol. "Eu sou pago para cuidar de ômegas até que eles estejam fora de seus cios."
Harry acenou com a cabeça enquanto dava seu golpe (a bola voou para fora de vista, provavelmente terminando no lago) e marchou atrás de Niall colina abaixo.
"Você disse que Greg recomendou aquela casa que é própria para os ômegas passarem seu cio?"
"Sim, meu irmão conhece um dos fundadores e ele realmente passou uma temporada lá antes. Ele continuou falando sobre como o negócio realmente consegue garantir que os sentimentos e prioridades do ômega sejam colocados em primeiro lugar. Não é apenas baseado em superar e passar seus cios. O conceito é garantir que eles se sintam confortáveis mesmo com um estranho."
O peito de Niall estava inchado de orgulho e Harry não pôde deixar de olhar como o alfa parecia estar brilhando.
Foi então que tudo se encaixou. A forma como as roupas de Niall não tinham mais aquele brilho groduroso nelas, a forma como os olhos azuis claros do alfa não estavam tão apagados de exaustão, a forma como ele não estava reclamando de seu joelho e não havia um único fio de loiro mal tingido no cabelo castanho escuro do alfa.
Tudo fazia sentido agora. O alfa sobrecarregado que Harry conhecia desde que se formaram no ensino médio havia desaparecido e em seu lugar havia uma versão confiante, bem-sucedida e bem dormida.
"Quantos clientes já teve?" Harry perguntou, corando um pouco e brincando com seu taco enquanto Niall sorria.
"Meu chefe disse que estou indo muito bem, considerando que entrei há apenas três meses. Eu estava terminando meu sexto cliente no fim de semana passado."
O queixo de Harry caiu. Isso significava que Niall tinha passado por seis cios intensos que definitivamente exigiriam que o alfa ficasse alerta, para não mencionar, forte o suficiente para dar um nó e atender às necessidades do ômega.
"Na verdade, estamos com pouco pessoal esse mês, então é por isso que estou tão ocupado. Descupe, eu tive que recusar nossa noite no pub no mês passado, H, não queria deixá-lo esperando, mas eu tive um ômega bonito para atender."
Porra. Harry ainda estava olhando para Niall enquanto seu amigo jogava a bola facilmente no buraco, batendo as mãos em vitória.
"Mas como isso funciona? Quero dizer...Sua resistência..." Ele parou, acenando com a mão vagamento no ar e escovando os cachos pegajosos da testa.
Eles estavam apenas na quinta rodada de golfe e ele tinha certeza de que as pessoas podiam ver suas manchas de suor a quilômetros de distância. Sem mencionar, que podiam também sentir o seu cheiro muito mais forte e pesado.
"Ah, H...As coisas que você não sabe," Niall disse melancolicamente antes de rir quando Harry estendeu a mão para beliscar seu quadril. "Estou brincando, o trabalho geralmente lhe dá uma semana de intervalo ou duas , se você quiser. Tudo é feito cliente a cliente e se você não quiser que seja tão rápido, então não precisa ficar com esse cliente. Simples assim. Mas é claro, se você é como eu, que tem grande resistência, apenas uma semana de intervalo é o suficiente."
Harry torceu o nariz. "Você é apenas ganancioso quando se trata de ganhar dinheiro."
"O que posso dizer? Esse trabalho foi o que me tirou de uma vida de merda de salário mínimo."
Harry teve que concordar silenciosamente com Niall sobre esse facto. Ele teria que admitir que Niall parecia mais humano e vivo agora do que nos últimos anos.
"Eu aposto que você realmente toma Viagra sorrateiramente, não é..." Ele murmurou e foi puxado em uma chave de pescoço implacável apenas por esse comentário.
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Não foi até muito tarde que Niall tocou no assunto novamente. Eles estavam sentados no banco da sorveteria ao lado do campo de golfe. Harry raciocinou que havia uma sorveteria aqui com o único propósito de entreter crianças entediadas que eram arrastadas para as sessões de golfe por seus pais.
As pessoas que os cercavam eram principalmente famílias aproveitando suas tardes de domingo. Harry observou um pequeno filhote, rastejar pela grama, perseguindo algumas formigas antes de ser puxado de volta por sua mãe. Ele não pôde deixar de gostar da visão. Isso o fez pensar em um tempo distante quando ele considerou seriamente escolher Educação Infantil como seu curso.
"Diga, H?" Niall estava empurrando o alfa com o pé enquanto lambia sua casquinha de sorvete (só Niall teria coragem de experimentar um sabor chamado jalapeños com mel). Harry fez um zumbido, fazendo uma careta para Niall quando ele o chutou um pouco forte demais e fez uma mancha em sua calça branca.
"Você ainda está trabalhando como babysitter nos fins de semana? Você me disse que tinha alguns clientes relacionados com isso."
Harry assentiu. "Sim, ainda estou aberto a babysitter, mas às vezes minhas tarefas e aulas online para os calouros me impedem de ter algum tempo para isso..."
O último trabalho como babysitter que ele teve foi provavelmente no final do mês passado. Ele tomou conta de um par de gêmeos que eram um perigo desde que seus dentes tinham começado a crescer.
"Sabe..." O tom de Niall era cauteloso, mas indiferente, quando ele inclinou a cabeça para trás, apoiando os cotovelos no banco. "Quando eu disse que estamos com pouco pessoal antes, é bem sério..A chefe diz que quer recrutar pelo menos mais três alfas até ao final de Outubro."
"O negócio está crescendo muito, então." Harry riu, balançando seus cachos e torceu a bandana suada em sua mão.
"Bem, temos muitas pessoas chegando para entrevistas, mas ela é exigente e só é menos exigente quando se trata de alfas que são recomendados."
A cabeça de Harry se ergueu com isso e seus olhos estreitaram em fendas quando Niall lhe deu um encolher de ombros muito causal.
"Eu sei que você ainda pega algum dinheiro de sua mãe para ajudar com mensalidades e empréstimos estudantis, o que não..."
Por um momento, eles apenas se encararam antes de Harry soltar uma gargalhada. Seu amigo alfa devia estar brincando.
"Honestamente, Ni," Ele balançou a cabeça. "Você não está sugerindo que eu me candidate, não é?"
O rosto de Niall se iluminou quando ele soriu. "Tanto faz, H." O alfa irlandês fez um barulho de resmungo quando Harry bufou. "Você é um alfa em forma que deveria estar no auge e se eu o recomendasse, a chefe difenitivamente iria querer contratá-lo. Você é um merdinha carismático, afinal. Sem nem perceber, você vai encantar todo mundo lá-"
"Niall-"
Seu amigo alfa estendeu a mão para dar um tapinha em seu braço, balançando um dedo na frente do rosto de Harry. "Não me rejeite neste minuto, H. Vá para casa, durma, faça o que quiser e me dê uma resposta depois de pensar, ok?"
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Depois de dois dias dormindo sobre o assunto (mais como, ter perdido o sono pensando nisso), Harry chegou a uma conclusão. Ele tentaria, apenas porque, a Pleasing Heat House foi na verdade baseada no conceito de ajudar ômegas a se adaptarem a seus corpos enquanto tinham a capacidade de expressar suas necessidades.
Harry vasculhou o site da casa e leu muitas críticas positivas sobre seus serviços. Ele ficou completamente impressionado com a forma como os ômegas nas resenhas enfatizaram a maneira como os alfas os trataram como iguais. Não houve uma afirmação de poder ou domínio e a Pleasing Heat House tinha uma longa lista de regras de igualdade de gênero que ambos os parceiros deviam cumprir.
"Sabia que ia aceitar." Quando Harry finalmente contou a Niall, seu amigo alfa deu um tapinha nas costas dele e arranjou uma entrevista no local.
A entrevista tinha corrido bem e Harry estava grato por ainda se lembrar de todos os pontos de suas aulas de estudo de gênero desde que a chefe o questionou sobre eles. Ele saiu da entrevista com uma leve dor de cabeça.
Dias depois da entrevista, ele havia recebido uma carta de boas-vindas junto com um contrato que precisava ser assinado. Respirando fundo, ele rabiscou seu nome na margem e rezou para não ter cometido um erro ao fazê-lo.
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Mesmo que Harry se considerasse experiente quando se tratava de partilhar um cio com um ômega (ele já havia ajudado alguns amigos na Universidade), Louis ainda o conseguiu surpreender. Mas, a coisa era que...Louis parecia estar se segurando, mesmo no auge do seu cio.
A maioria dos ômegas simplesmente não conseguiam controlar e fazer com que seu ômega não viesse à tona, mas Harry podia sentir que Louis estava lutando para manter a última gota de consciência mesmo enquanto implorava por mais. Parecia que Louis estava lutando contra seu ômega.
Harry podia sentir isso quando viu o ômega mordendo com força os lençóis de algodão e escondendo o rosto, como se estivesse com medo de deixar o alfa ouvir seus doces gemidos e choramingos. Ele podia ver isso também pela forma como Louis tentava se afastar do toque de Harry numa primeira fase, cedendo e procurando pelo contacto um pouco depois.
"Você pode se soltar, Lou...Apenas deixe ir por mim, bebê..." Ele susurrou quando se virou de lado bem a tempo de testemunhar a tentativa de Louis de se foder no colchão, se esfregando e buscando sua própria aliviação. O alfa de Harry se repreendeu por não cuidar do ômega imediatamente e ele se sentiu desapontado pelo facto de que o menor ainda não parecia confiar totalmente nele.
Empurrando seus pensamentos sombrios, o alfa puxou o ômega perto de si de modo que ele pudesse masturbar o membro latejante, beijando a franja do ômega enquanto ele se empurrava na mão do alfa. Harry o acalmou, farejando e observou com satisfação quando Louis gozou com um grito alto e rouco.
O ômega se juntou mais perto do corpo de Harry, curvas se encaixando contra as dele enquanto Louis suspirava satisfeito. O ômega parecia estar à beira de cochilar, mas ainda estava choramingando com o vazio na sua entrada.
"Vamos, levante-se." Harry colocou as palmas das mãos ao redor da cintura fina do ômega e o empurrou de volta para os lençóis antes de direcionar sua glande dura e vazando para a abertura avermelhada do menor, enterrando-se ali.
Louis finalmente perdeu as forças e adormeceu depois de Harry conseguir dar um nó. O alfa havia perdido a conta de quantas rodadas passaram. Ele estava mais focado em garantir que o ômega estivesse confortável em todas as posições. Harry adormeceu pouco tempo depois com os lábios pressionados na têmpora de Louis e traçando os seus dedos pela pele quente.
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No final do terceiro dia, quando Harry estava começando a ficar preocupado por não ter conseguido acordar a tempo de mais uma onda de calor do ômega, ele abriu os olhos e encontrou os azuis cristalinos de Louis, claros como o dia, olhando diretamente para ele.
O alfa só conseguia sorrir e estendeu a mão para dobrar a longa franja do ômega. "Você finalmente está comigo?" Ele passou os dedos sobre a bochecha de Louis traçando os pequenos pêlos que salpicavam seu queixo.
O ômega permaneceu em silêncio, tremendo enquanto Harry passava a mão pelo cabelo, acariciando o couro cabeludo de Louis.
Então, de todas as coisas possíveis e imaginárias, Harry viu uma única lágrima escorrer pela bochecha do ômega. Ele mal teve tempo de registar esse facto através de sua neblina matinal antes que Louis estivesse enterrando a cabeça em seu pescoço e sufocando um soluço.
"O que há de errado, ômega?" Ele segurou Louis firme contra seu peito quando o ômega começou a chorar alto, Ele podia sentir as lágrimas manchando sua pele e seu alfa rosnou para ele fazer alguma coisa. Mas não importava o quanto tentasse arrancar uma resposta do menor, porque não adiantou.
As lágrimas fluíam dele como uma cascata e Harry não o conseguia deter. O alfa só podia segurar o ômega com mais força, farejando-o de vez em quando, na esperança de que ele se acalmasse. Eventualmente, os soluços de partir o coração se acalmaram em gemidos suaves antes que o ômega adormecesse, o rosto ainda manchado de lágrimas e os lábios molhados pressionados no peito do alfa.
Harry foi deixando por seus próprios pensamentos. Ele era a razão pela qual o ômega estava chorando? Talvez ele tenha feito algo de errado durante o cio e Louis sentiu que não estava sendo bem cuidado? Deus, ele fez o ômega se sentir inseguro e insatisfeito? Qual foi o motivo?
O alfa não conseguiu dormir naquela noite e desejou desesperadamente que o ômega pudesse voltar a si mesmo para que conseguisse perguntar examente o que havia acontecido.
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Foi nas primeiras horas da manhã que o alfa sentiu alguém se mexendo na cama. Ele se sacudiu para acordar, sentindo seu membro um pouco duro batendo na perna de Louis.
"Quer outra rodada, Lou?" Ele perguntou, estendendo a mão cegamente na escuridão, franzindo a testa quando não conseguiu encontrar a pele do ômega. O alfa teve que tirar o sono dos olhos quando a lâmpada da cabeceira acendeu.
Louis estava sentado, os lençóis se amontoando em volta da cintura enquanto bebia uma garrafa de água. Harry se pegou olhando para o pomo de Adão do ômega e a forma como um pouco de água havia escapado de seus lábios, escorrendo pela garganta.
"Eu não queria te acordar..." A voz de Louis era apenas um susurro fino enquanto ele enxugava a boca, oferecendo a garrafa meio cheia para o alfa. Harry pegou e bebeu, sentindo os olhos do ômega pesados sobre si.
"Você está com fome, bebê?" Ele perguntou, apontando a garrafa vazia para a lata de lixo que estava (infelizmente) longe e perto da tv. Beliscando a língua entre os dentes, ele jogou e errou completamente. "Merda." Ele murmurou, se virando para encontrar Louis rindo baixinho e balançando a cabeça com a ação.
"Bem, é bom saber que você não é um Stephen Curry. Sou muito ruim no basket também."
Eles trocaram um sorriso antes de Harry ouvir o mais fraco som do estômago do ômega roncando. Louis ficou vermelho, limpando a garganta.
"Umm...acho que isso respondeu minha pergunta." Harry brincou enquanto pulava para fora da cama, pegando um par de boxers de sua bolsa e começando a tentar encontrar o menu do serviço de quarto.
"Eles ainda fazem serviço de quarto a esta hora?" Louis perguntou, a cabeça inclinada adoravelmente para o lado enquanto examinava suas escolhas. Harry olhou para o relógio digital na parede que anunciava que eram apenas três da manhã.
"Claro que sim. A menos que só queira alguns biscoitos ou sanduíches?" Ele acenou para a comida em cima do frigobar, mas o ômega balançou a cabeça com firmeza.
"Minha barriga precisa de comida de verdade, Harold."
Prazer inundou o alfa apenas pelo apelido e ele escondeu seu sorriso com covinhas. Mesmo que parecesse ter cem anos de idade, o apelido era carinhoso e ele gostava disso.
Eles acabaram pedindo algus bolos e macarrão. Harry insistiu em alimentar o ômega mesmo que o menor tenha empurrado o garfo mais de uma vez para longe de si.
"Este sou eu cuidando de você, Lou." O alfa falou, e Louis fnalmente cedeu, abrindo a boca e colocando a língua para fora dramaticamente para pegar os pedaços de macarrão no garfo.
Depois de comer, Louis sugeriu que tomassem um banho. Harry quase deixou cair os pratos sujos quando o ômega teve essa ideia.
"Mas não podemos usar sabão", disse o ômega, balançando enquanto brincava com a toalha enrolada na cintura. "Porque eu não quero lavar seu cheiro de mim."
Porra, se isso não deixasse Harry duro, ele não sabia o que deixaria.
Ele pensou que Louis estaria excitado o suficiente para que deixasse Harry o masturbar ou enterrar seus dedos durante o banho, mas o ômega parecia mais lúcido do que o alfa tinha imaginado. Ele apenas empurrou o peito do alfa quando Harry se inclinou para morder seu pescoço.
"Sexo no banho é superestiado, alfa bobo...Ajude-me a lavar meu cabelo, eu sou preguiçoso.." Um fraco de champô estava sendo enfiado em seu rosto e o que mais ele poderia fazer além de fazer beicinho e colocar o champô no cabelo do menor.
"Você está apenas me usando neste preciso momento." Ele argumentou francamente quando Louis soltou um gemido suave enquanto o alfa massageava sua cabeça.
O ômega se virou para piscar para ele descaradamente. "Só porque eu não vou deixar você me foder, não significa que você tem que ser malvado, Harold."
A boca de Harry caiu aberta. Bem, bem, bem, o ômega estava sendo atrevido e dois podem jogar um jogo. Ele bateu seus quadris propositadamente no ômega, deixando seu membro arrastar sobre a pele da bunda de Louis.
"Você estará implorando pelo meu nó em breve, pequeno, apenas espere." Ele rosnou baixo quando se abaixou provocativamente para passar a mão sobre o pau do ômega.
Louis virou a cabeça e desse ângulo, Harry poderia dizer que o ômega estava sorrindo.
"Vamos ver isso."
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Harry nunca teria imaginado que eles acabariam nessa posição que irradiava tanta...domesticidade. Louis estava descansando na cama, sentado entre os joelhos de Harry e seus dedos estavam entrelaçados, colocados sobre a pequena barriga do ômega. O cabelo macio de Louis fazia cócegas na bochecha de Harry, mas o alfa não tinha força de vontade suficiente para se afastar porque Louis tinha um cheiro incrível. A cada respiração que dava, o alfa sentia que mal conseguia manter a cabeça acima da névoa de baunilha, sol quente e lençóis limpos. Definitivamente não ajudava que o pescoço nu de Louis tivesse algumas marcas dele e Harry se pegasse olhando para as mordidas e chupões.
Louis estava se afogando no moletom preto de Harry (o ômega estava de olho nele sutilmente desde que eles haviam saído do chuveiro e Harry tinha que o oferecer) e de vez em quando, ele virava o rosto para a gola de modo a cheirá-lo. A visão derreteu o coração de Harry e ele não pôde deixar de prender Louis mais apertado em seu peito.
A televisão estava ligada e novamente estabelecida no canal Discovery, onde os bandos de gansos estavam migrando para o sul para o Inverno.
"Aquele está ficando para trás...Deve ser um bebê..." Por falta de algo para fazer, Harry encheu seu silêncio confortável com comentários. Também foi uma distração útil, já que eles estavam apenas abraçados em moletons e roupas íntimas. Ao falar, o alfa poderia tirar a atenção de seu cheiro combinado com o do ômega e não ficar duro. Louis riu enquanto o ganso tentava ao máximo alcançar sua família.
"Suas asas parecem mais curtas que o resto..." O ômega meditou enquanto o alfa roçava o dedo sobre os nós dos dedos do menor. Harry notou que o dedo indicador de Louis tinha uma junta bastante nodosa e ele não pensou antes de levantar suas mãos entrelaçadas para roçar seus lábios sobre elas.
"Alguém já falou que você tem mãos bonitas?" Ele susurrou na pele doce do ômega ao sentir Louis se mexendo em seus braços. O ômega se virou para revirar os olhos para Harry por cima do ombro.
"Você não tem que fazer isso, sabe. Falando assim tão doce comigo...Meu cio já acabou..."
"Lou, você está evitando a pergunta." Harry riu quando Louis lhe deu uma cotovelada. "Mas falando sério, eu não estou brincando...Suas mãos são mesmo..." Ele lutou para encontrar a palavra certa. "Perfeitas."
"Só minhas mãos?" O ômega questionou, olhando para o alfa por baixo de seus cílios.
Harry simplesmente não resistiu enquanto fechava a distância entre seus lábios, lambendo intensamente a boca do ômega. Ele traçou sua língua ao longo dos dentes do ômega e esfregou suas línguas juntas enquano sentia Louis se virando em seus braços para o encarar. O tempo todo, sem quebrar os beijos que se tornaram mais profundos e molhados.
"Quero te chupar." Harry quase pensou que tinha imaginado o susurro imundo em seu ouvido. Ele rosnou quando o ômega mordeu o lóbulo de sua orelha.
"Bebê, você não precisa fazer nada...Deixe-me cuidar de você..." Ele protestou ao sentir Louis se afastando. Os olhos azuis do ômega estavam escuros de lúxuria enquanto ele lambia os lábios.
"Não estou pedindo duas vezes, Harold." Ele disse suavemente, dedos curiosos correndo sobre o cós da cueca do alfa. Harry teve que tomar um momento ou dois para se recompor e não parecer tão ansioso.
"Ok," Ele se ouviu concordando, tirando sua cueca e deixando seu volume meio duro saltar livremente. "Mas vá devagar Lou, não quero que você se esforce demais."
Isso fez o ômega bufar, os olhos colados na glande vermelha de Harry. "Você soa como minha mãe e isso não é uma coisa boa."
Antes que Harry pudesse abrir a boca e protestar, o ômega estava abaixando a cabeça, a língua saindo e se juntando ao membro do alfa começando com lambidas quentes de gatinho.
"Merda..." O alfa gemeu enquanto observava o ômega se movendo na cama e se acomodando entre seus joelhos. Louis continuou a lamber e a pressionar beijos nas veias estalando no pau de Harry.
Ele procovou o comprimento do alfa com pequenas e tímidas lambidelas antes de colocar sua língua na base do nó do alfa até a fenda na ponta do pau.
Harry jogou a cabeça para trás quando o ômega finalmente abriu a boca para acomodar seu pau entre os lábios, sugando a ponta antes de se mover lentamente para baixo. O calor de sua boca deslizou sobre o pau do alfa e Harry teve que agarrar os lençóis para não foder intensamente a boca do ômega.
"Foda a minha boca, por favor, Haz..." Com um estalo, o ômega soltou seu pau para dizer. O alfa podia ver a saliva pendurada nos lábios de Louis conectando a sua boca com seu membro e um pouco de baba no queixo do ômega, a visão quase fez com que ele gozasse.
"O que você quiser, bebê..." Harry conseguiu rosnar e o ômega assentiu com satisfação antes de afundar de volta em seu pau. O alfa soltou uma série de grunhidos quando Louis começou a balançar a cabeça, fazendo pequenos ruídos de asfixia toda vez que descia no comprimento de Harry. O alfa começou a empurrar seus quadris, empurrando para encontrar o calor da boca do ômega. Os ruidos obscenos de sucção e gorgolejo que Louis estava fazendo lentamente o levaram ao limite.
"Segure meu nó, ômega...Porra..." Ele engasgou quando Louis fez um pequeno ruído quando o alfa empurrou um pouco mais duro em sua boca.
Mãos pequenas imeadiatamente se fecharam na base do seu membro, circulando firmemente em torno de seu nó pulsante e os olhos do alfa reviraram quando sentiu Louis apertando.
"Vou gozar..." Ele avisou roucamente e com uma última estocada, gozou na boca quente de Louis, enchendo o ômega com sua porra.
Louis fez um barulho de engasgo, mas balançou os cílios e engoliu a maior parte do gozo antes de retirar o membro ainda duro e deixar que escoresse pelo queixo.
A sensação flutuante de seu orgasmo paralisou o alfa e ele só pôde cair na cama, ofegante, seu pau ainda sacudindo francamente. Ele rosnou entrecortado quando sentiu os lábios do ômega em volta de seu membro, lambendo as restantes gotas de porra que vazavam da fenda do alfa.
"Esse foi provavelmente o melhor boquete da minha vida..." O alfa disse atordoado quando o ômega finalmente se afastou para limpar o queixo.
"Você está falando merda..." O ômega murmurou, mas seus olhos se enrugaram lindamente nos cantos.
"Venha aqui, você..." Harry puxou o ômega em seu peito e o beijou apaixonadamente.
"Na verdade, eu queria que você desse um nó na minha boca, mas você é muito grande..." Louis disse melancolicamente entre beijos enquanto Harry gemia.
"Você não pode simplesmente dizer isso...Está fazendo de sua missão me dar uma ereção permanente?" Ele podia sentir seu pau se contorcendo francamente entre eles com a ideia. "Deixe-me chupar você também..." O alfa implorou enquanto Louis ria em seu próximo beijo.
"Advinha o quê, Harold?" Os olhos de Louis eram de um azul brilhante como o oceano quando ele inclinou o pescoço para cima para que Harry pudesse chupar uma mordida na lateral dele. "Eu já gozei." As palavras foram abafadas, mas o peso delas fez o coração de Harry bater forte. Este ômega ia fazer com que Harry acabasse em uma sepultura precoce, ele tinha certeza disso.
Ele serpenteou a mão até à boxer de Louis e descobriu que o ômega estava, de facto, encharcado.
"Puta merda." ELe grunhiu, agarrando o corpo do ômega para que pudesse virá-los pressionando Louis contra os lençóis enquanto ria. Isso o deixou selvagem só de pensar em como o ômega tinha se excitado com ele, acabando por gozar intocado.
Eles lutaram um pouco, bocas ainda conectadas antes de se acomodarem nas cobertas.
"Ei, Lou, posso perguntar algo?" Entre beijos preguiçosos, o pensamento de repente voltou à mente do alfa.
"Mmmm-hmm..." O ômega cantarolou, beijando sua mandíbula.
"Durante o seu cio, você se lembra de chorar?"
Os lábios pararam contra sua pele e o alfa estava quase com medo de olhar para Louis. Os olhos azuis do menor estavam um pouco nublados quando ele franziu a testa.
"Só consigo me lembrar de flashs do meu cio...Mas não me lembro de chorar..." O rosto de Louis se transformou numa carranca. "Eu fui assim tão carente?" A voz do ômega tinha ficado pequena e insegura. Seus olhos não estavam encontrando os do alfa agora enquanto ele segurava a frente da camisa de Harry.
"Não, amor, você foi maravilhoso..." O alfa se apressou a responder, mas isso não fez a carranca desaparecer quando Louis mordeu os lábios nervosamente.
"Me disseram que eu fico muito carente durante o meu cio e, às vezes, meus ex-parceiros...usavam suas vozes de alfa em mim para me dizer o que fazer para que eu não fosse tão pegajoso e carente..."
O coração de Harry deu um puxão quando ele olhou para Louis, que definitivamente estava evitando seu olhar agora.
"Você deu permissão ou eles fizeram isso por cota própria?" Ele perguntou bruscamente. Louis franziu os lábios inchados do último beijo antes de abaixar a cabeça.
"Mas acho que é uma coisa boa...Faz com que eu me comporte e não...Não exija demais...É muito cansativo acompanhar os ômegas em seus cios e eu entendo isso...Às vezes os alfas também precisam de descansar..."
Harry puxou o ômega para a frente para que pudesse dar um beijo na testa de Louis.
"Nunca diga isso...O cio é..Você deve sempre se sentir confortável no seu cio...Não há nada de errado em pedir mais..Seu corpo está fora de seu controle, seu ômega pede por isso." O mero pensamento de alguém repreendendo Louis por ser muito carente fez com que seus punhos fechassem.
Por outro lado, as palavras de Louis iluminaram um pouco Harry e, pensando bem, ele finalmente entendeu porque é que o ômega parecia que não conseguia se soltar. O alfa desejou ter conhecido Louis antes, para o ensinar que não precisava ter medo de seu próprio corpo no cio.
"Você é muito legal, Harold. Alguém quase pensaria que você não é um alfa..." Louis murmurou em seu peito, abafando um bocejo quando Harry sorriu com direito a covinhas.
"Nem todos os alfas são idiotas, Lou. Estou horando em ser o primeiro que não é um deles."
O alfa ganhou um pequeno soco no estômago.
"Esse seu ego superdimensionado, não precisa mais ser inflado..."
Harry não conseguia lembrar-se de ter caído no sono, mas foi o melhor sono dos últimos quatro dias.
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"Você tem tudo?" Harry perguntou enquanto se espreguiçava, enfiando o celular no bolso do seu short.
"Acho que sim..."
Ele teve que reprimir o revirar de olhos quando viu Louis varrendo todas as suas roupas sujas em sua mochila, sem sucesso. O alfa estava ansioso para se oferecer para dobrar as roupas, mas a julgar pelo jeito bagunçado que o ômega estava arrumando, ele sabia que o seu esforço seria em vão.
Ele se moveu rapidamente para a frente para impedir que o ômega tirasse seu moletom preto. "Pode ficar com ele, Lou." Ele disse simplesmente, dedos fechados ao redor do pulso minúsculo do ômega para impedi-lo de o tirar novamente de seu corpo.
Os olhos azuis bebê estavam piscando em confusão e os lábios rosados foram mordidos. "É seu...Harold...Você não tem que me oferecer..."
"Deixe-me reformular. Eu quero que fique com ele, bebê."
Harry sabia que o ômega estava obcecado com o moletom e ele realmente queria que Louis o tivesse para que...o ômega tivesse algo para se lembrar dele. Era um pensamento perigosamente egoísta que ele não deveria ter. "Nosso cheiro está nele e tornará o vínculo menos doloroso para você." Ele raciocinou e corou com a maneira como ele disse "o nosso cheiro."
O ômega assentiu lentamente, um rubor rosa espelhado em seu próprio rosto enquanto brincava com as mangas do moletom. "Tudo bem."
Depois de uma última verificação de seu quarto, Harry fechou a porta com um clique e guardou o quarto número 520 na memória. Era o primeiro cliente que ele tinha e ele achava que nunca iria esquecer disso.
"Deixe-me levá-lo até lá fora." O alfa ofereceu, deslizando a mochila de Louis dos ombros do menor e segurando-a por ele.
"Que cavalheiro." Louis brincou enquanto esperavam o elevador. Harry queria perguntar, se intrometer na vida do ômega, mas não podia, ele precisava ser profissional e tinha que ficar se lembrando de seu treinamento para parar a vontade de pedir o número de Louis. Louis era seu cliente por amor de deus. Ele não deveria estar cobiçando o ômega desse jeito. Devia ser seu alfa e o vínculo invisível entre eles que o estava deixando assim.
O ômega bonito não parecia incomodado com o facto de que eles não se iriam ver novamente enquanto Harry estava tendo seu pequeno ataque de pânico.
As portas do elevador se abriram e Harry seguiu Louis ficando atrás dele, os olhos demorando no balanço dos quadris do ômega sob o moletom (de Harry).
"Então quando é que vai ter seu próximo cliente?" O alfa se assustou com isso e olhou para cima para ver olhos azuis curiosos olhando de volta para ele.
"Ahh..." Ele limpou a garganta, passando a mão pelos cachos que ele tinha reunido em um coque minúsculo. "Eu não sei...Eu só terei um novo cliente se alguém me escolher..."
"Não têm um intervalo?"
"Sim, eles tem...Meu amigo disse que o intervalo mais curto é de uma semana entre os diferentes clientes."
Louis assentiu enquanto o silêncio dominou, observando o número vermelho brilhante do elevador descendo.
"Eu não sei como agradecer adequadamente, Harry."
Porra, o ômega era o mais doce do mundo e Harry só queria...Beijá-lo.
Ele não se conteve quando deu um passo à frente, inclinando a cabeça e pegando os lábios finos e doces do ômega nos seus.
"Eu que deveria estar agradecendo, Lou." O ômega parecia um pouco surpreso com o beijo repentino, mas sorriu para Harry. "Talvez da próxima vez, espero ver você de novo." Suas palavras foram apressadas assim que as portas do elevador se abriram. Os ombros delicados de Louis tremeram de tanto rir enquanto o ômega se movia para sair.
"Você não é barato, Harold. Vou ter que trabalhar duro para a próxima vez."
Harry sorriu e quase se esqueceu de sair do elevador, tropeçando um pouco enquanto saía apressado. Ele pegou o ômega revirando os olhos com carinho por sua falta de jeito.
O alfa esperou na porta enquanto Louis foi até ao balcão para preencher alguns pápeis e viu o ômega trocar uma rápida conversa com a recepcionista. A julgar por suas risadas, o alfa poderia detetar que eram amigos.
"Tenha um bom dia, Louis." Ele ouviu Bebe falando enquanto Louis caminhava em direção a ele.
"Você também, tchau!" O ômega acenou por cima do ombro enquanto o alfa segurava a pesada porta aberta para ele.
Como eles estavam trancados no mesmo quarto por quatro dias, Harry teve que proteger os olho da forte luz do sol. Ele se virou para ver Louis esticando os braços e respirando fundo.
"Deus, é tão bom estar do lado de fora..." Louis suspirou enquanto inclinava o rosto para o sol escaldante. Harry sorriu para a forma como o vento estava fazendo a franja do ômega voar por todo o lugar. "Ar fresco, olá..." O ômega deu uma gulosa respiração enquanto Harry ria.
"Você faz parecer que estava em alguma prisão." Ele brincou enquanto desciam os degraus do prédio. Ele seguiu Louis, parando ao mesmo tempo na frente de um velho e pequeno Hyundai.
"Bem, e eu não estava? Estritamente falando, eu estava preso pelo seu pau." O tom do ômega era leve e provocante quando Harry se moveu para o ajudar a abrir a bagageira.
"Você está falando merda...Admita, você adora estar preso a mim pelo meu nó." Ele brincou de volta quando o ômega jogou sua mochila e fechou a bagageira com um banque surdo. Louis cruzou os braços antes de fazer uma careta para Harry.
"Se você falar sobre o quão bom é o seu nó mais uma vez, não podemos ser amigos." O ômega caminhou até ao banco do motorista e pulou nele. Harry fez beicinho, batendo na janela e teve que esperar alguns segundos antes que Louis abaixasse.
"Então, quer dizer que somos amigos?" Ele perguntou esperançoso enquanto o ômega colocava um par de óculos estilo aviador na ponta de seu nariz. O alfa observou quando Louis torceu o nariz.
"Já que me viu no pior de mim, acho que não tenho outra escolha."
Harry se inclinou mais para dentro do carro, apoiando os cotovelos no parapeito da janela. Ele deu a Louis seu melhor sorriso com covinhas.
"Devo argumentar que eu vi você no seu melhor."
Louis gemeu com isso, fazendo um gesto de afastar com a mão.
"Saia da minha frente, Harold."
Harry teve tempo suficiente para estender a mão e acariciar a bochecha do ômega com um dedo. Ele deu um beijo na bochecha do menor e se inclinou para trás. Pela janela, ele podia dizer que o ômega estava controlando seu sorriso.
O alfa acenou desamparado enquanto o carro se afastava. Ele não podia negar as pequenas pontadas de dor que já estavam passando por ele. Observou até que o carro de Louis desapareceu de vista. O ar que ele deixou para trás estava misturado com baunilha.
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Ahhh, esse capítulo é tão lindo. Estava ansiosa demais para mostrar essa beldade, é meu favorito pois os nossos lindinhos já estam tão apaixonadinhos, principalmente o Harry. Mais um capítulo e estamos na metade dessa tradução linda.
Espero que tenham gostado e me perdoem se existir algo erro. Não esqueçam de comentar (amei ler todos os comentários até agora, me divertem muito) e deixar a estrelinha.
Um agradecimento também a todos os leitores que fizeram com que Lost & Found chegasse às 600 quase 700 visualizações.
Um beijo e até breve.
com todo o amor, mia♡
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