Estamos cuidando dessa merda dessa fênix já faz um mês! Eu achei que as fênix cresciam rápido!
Ok, vamos tentar, né?
-Ginger, quero falar com a lagarta de novo.- eu falei, pois achava que ela havia me enganado.
-Mas pra quê?- Ginger perguntou- Ela já disse o que devemos fazer!
-Ela pode estar nos enganando! Vamos logo!
-Ok, quando você coloca uma ideia na cabeça...
-... Ninguém consegue mudá-la, é, eu sei.
E andamos com a fênix, ainda com um mês, empoleirada no meu ombro.
Chegamos no cogumelo onde ela ficava, mas estava vazio. Só tinha aquele narguilé fumacento.
-LAGARTA! EI, LAGARTA!- eu gritei.
-Estou bem aqui, Cry- uma voz atrás de mim, grave e baixa, falou.
Eu me virei e vi a lagarta. De fato, nem sei se devo mais chamá-lo de lagarta azul.
Ele agora, era uma borboleta. Tinha asas azuis enormes, e antenas que pareciam o narguilé que ele fumava.
-Existe outro caminho para a casa do Chapeleiro. Me matando...
-Com muito prazer...
Eu puxei a faca, já ensanguentada, do meu bolso e senti uma coisa... Boa. Que me deixou muito mais forte...
Matar aquela lagarta seria bem fácil e divertido para mim...
-Ginger, me dá um impulso!- eu pedi.
Ele olhou para mim, assustado, mas me deu o impulso.
No ar, rasguei-o ao meio com a faca.
A lagarta estava morta.
Então, algo aconteceu comigo. Comecei a brilhar, um brilho azulado, vindo das minhas costas, um volume na minha camisa...
Eu estava ganhando asas!
-Cry...- Ginger olhou as minhas asas novas, assustado- De onde isso veio?
-Isso, meu caro amigo, veio da lagarta.
Uma voz atrás de mim, sussurrante, fina, falou.
-Olá, Alice...- o Gato Risonho falou- Cry, desculpa, é difícil saber quem mata mais...
-O que você quer?- eu me virei para ele- O que aconteceu comigo? Aquela aura forte... Essas asas... Que está acontecendo?
-Oh, não sabe, Cry?- ele ma falou, achando graça- Quem mata aqui no Underground, ou, como nossa querida Alice apelidou, Wonderland, absorve a essência dessa pessoa, então fica forte como essa pessoa, voa com essas asas de borboleta...
-Tá, entendi, mas... Eu posso chegar no Chapeleiro assim, com essas asas?- eu perguntei, temendo a resposta.
-Ora, claro!- eu me aliviei- São asas, não são?
-Ok, então... Vamos, Ginger!
O Gato desapareceu. Ginger segurou em minhas costas, e voei para o infinito céu do País das Maravilhas.