Ps: Os deuses dos elementos.
Carta 2:4: "Ps: Os deuses dos elementos."
Um dos maiores mistérios que temos em nossas vidas, é sobre como começamos a existir. Como tudo o que nossos olhos alcançam e o que não está disponível a nossa visão passou a existir.
Até existem respostas para tal, mas nenhuma delas é firmada como verdade, pois sempre haverá dúvidas.
Os cosmólogos que procuram uma explicação por parte da racionalidade, apostam alto na teoria do Big Bang, uma grande explosão cósmica que foi capaz de criar o espaço e o tempo.
As religiões crêem que seus deuses foram os responsáveis pela criação do mundo e tudo que está nele.
Entretanto, a criação do mundo não foi tão fácil.
A milênios atrás, quando o planeta Terra era somente escuridão. Os deuses da luz e escuridão, conhecidos como Sol e Lua, reinavam sobre todos os anjos e cidadões de luz. A cidade da luz sequer poderia ser vista por olhos comuns, pois tamanho era o brilho celestial. A cidade era bela, tudo nela agradava, era perfeita.
A cidade das trevas que ficava abaixo dos planetas conhecidos e dos desconhecidos, era banhado pelo mar do desespero, que possuía coloração vermelha como sangue, e de fato era sangue. Sangue dos mais variados pecadores. Tal cidade maligna possuía somente um rei, um deus chamado de " Deus do proibido" pois nele habitava qualquer desejo carnal. O tal deus, não possuía aparência infernal, pois o desejo da beleza, luxuria e vaidade corria em suas veias. A cidade das trevas, possuía muralhas, que quanto mais fortes o desejo de liberdade dos moradores da cidade ficassem, mais altas se tornavam. Os demônios tinham as aparências dos piores medos da humanidade que sequer existia. O ar era impossível de inalar, fazendo com que nenhum habitante tivesse tranquilidade sobre sua respiração. O Deus do proibido sorria observando a sua danação eterna.
E mesmo ambos reinos sendo diferentes, o acordo de paz era respeitado, e nenhum se intrometia no reino e assunto alheio.
Conquanto, um dia a Deusa da escuridão anunciou gravidez. Até mesmo a camada mais baixa da cidade das trevas soube da felicidade dos deuses. E então três meses depois, como o tempo humano é diferente do divino, a princesa da cidade da luz nasceu.
Lua e Sol a batizaram de Emma e por um momento, foram inundados pelo desejo do egoísmo, e utilizaram seus poderes divinos para que nenhum ser, incluindo sua filha, pudessem ter filhos.
Sol e Lua sentiram remorso de tal coisa que praticaram, porém como há coisas que nada se pode mudar, a magia não podia ser desfeita de modo algum.
Ao completar dezoito anos, Sol fez uma grande festa de comemoração para Emma. Todos os seres divinos compareceram, e o Deus do proibido, Adam também compareceu para honrar seu acordo e felicitar os reis divinos e a princesa de luz.
Emma e Adam se apaixonaram a primeira vista. O coração do Deus do proibido desejou o que nunca poderia ter.
Emma.
Na primeira vista, o coração do maligno se encheu de tamanho sentimento bondoso e inocente. O seu erro foi permitir que seu desejo de tomar-la para si, tornasse real.
A primeira noite de ambos foi mágica. Escondido dos olhos dos deuses da luz e escuridão, no planeta mais pequeno e insignificante, Platão, eles se amaram pela primeira vez. Emma jamais conheceu tanto amor vindo de um ser que era chamado ao quatro ventos de maldade imutável.
Conquanto, a magia divina antes feita pelos pais de Emma, não afetavam o ser das trevas. E como um erro reparado, o amor deu frutos.
Ao descobrir tamanha "abominação", Sol expulsou Emma das terras celestiais e declarou guerra a cidade das trevas, quebrando o acordo de paz que se manteve de pé por milênios de anos.
Adam tomou Emma como sua mulher e a tornou Deusa da justiça. Adam instruiu seus demônios. Todos os habitantes iriam lutar para defender o reino profano.
Porém, a maldade jamais vista no Deus Sol, provocou a guerra no dia do nascimento do filho de Emma e Adam. Ambos tiveram que fugir para o planeta Terra. Lá Adam deixou que seu desejo de criação fizesse que uma pequena porção de terra aparecesse em meio a escuridão do planeta. Nessa mesma porção de terra, Adam criou árvores, criou flores e animais pequenos e inofensivos. A Deusa da justiça já sentia as dores horrendas do parto tomar seu corpo, e sentada no chão verde e encostada na árvore, Emma deu tudo de si para que seu filho nascesse, Adam desejou que sua amada não tivesse dores fortes e que o parto fosse como um soprar, porém, pela primeira vez, seu desejo não se tornou realidade.
Quando a primeira filha deixou o ventre de Emma, Adam segurou o menina ensanguentada. Seus olhos eram tão azuis e misteriosos, os cabelos possuíam pequenas mechas azuis e toda a água da porção de terra que Adam criou, circulou a garotinha enquanto a mesma balançava os bracinhos, sorrindo com a gengiva sem dentes.
- A chamarei de Aqua, pois não há sangue em suas veias e sim, água. Seu poder fará oceanos, peixes e rios.- Adam sorriu, e as gotas de águas fizeram por si só um berço para a pequena Aqua. O Deus do proibido a colocou lá e Emma, que admirava tal cena entre o homem a qual amava e sua filha, teve outra contração forte, denunciando que não havia acabado.
Adam voltou a concentrar-se em Emma, quando a sua bela voltou a gritar de dor. Adam tentou mais uma vez usar de seus desejos, conquanto, eles não pareciam mais obedecer-lhe.
E depois de alguns empurrões e gritos de Emma, outra criança deixou seu ventre. Entretanto, essa tinha os olhos vermelhos que brilhavam mais que o mar do desespero, as pernas e braços do pequeno garoto, tinham marcas vermelhas. O fogo apareceu de repente, e se pôs em forma de berço, ao lado do berço de água.
Adam maravilhado disse: - Te chamarei de Focus. Ninguém apagará sua chama, e se poder será grandioso. Você fará a sobrevivência, mas também fará a destruição.- Adam ditou e então colocou Focus em seu berço de fogo, que sequer o queimou.
Emma estava feliz, porém sentia que não havia acabado. Mesmo sendo uma deusa, já se sentia fraca, o sangue já manchada o pequeno jardim e seu rosto formoso já se encontrava mais pálido do que deveria.
- Meu amor....- Emma murmurou chamando a atenção do deus que consquitou seu coração.- Ainda não acabou, no entanto, eu não tenho mais forças...- sua voz estava baixa e falha.
- E o que devo fazer, querida? Não podes desistir, darei minhas forças à você, para que tenha nossos filhos.- Adam falou permitindo que metade de seus desejos deixassem seu corpo e procurassem como hospedeiro o corpo da Deusa da justiça.
Emma suspirou, e por fim, continuou a dar tudo de si para que tivesse seus filhos, Adam sentia-se fraco, mas continuou a passar suas forças e seus poderes para a sua mulher.
E com um suspiro aliviado, como um sopro, o ar moveu-se causando ondas de ventos. E assim o outra criança veio ao mundo, seus olhos eram cinzas, mas possuíam tanta beleza, que apaixonavam qualquer ser. Não havia nada modificado na menina, porém uma espécie de tornado de ventos calmos e brandos, circularam a garotinha, que sorria divinamente.
- Te batizo de Arly. Em você existe o sopro da vida. Seu poder é divino.- E então o tornado cessou, formando um berço ao lado do berço de fogo. Adam rapidamente a colocou sobre o berço e voltou sua atenção à sua amada.
- Seram cinco, Adam... Cinco.- Emma murmurou fraca.- Eu não tenho.... Não tenho mais forças...- Emma parecia estar á um triz de desmaiar, até a força de Adam havia se esvaiado. Tamanho era o esforço.
- Continue, amor, não desista.- Adam já podia ouvir o barulho da guerra infernal e violenta dos divinos e dos infernais. Não demoraria muito para que alguém os descobrisse no planeta. - Não temos tempo, querida.- Adam murmurou acariciando as bochechas pálidas de Emma.
- Meu pai virá aqui... E tomará nossos filhos... Não deixe acontecer... Mesmo que eu não viva...- Declarou.
- Você viverá e reinará junto comigo no reino celestial, pois seus pais deixaram de ser bondosos à tempos.- Adam finalizou a conversa e se pôs de joelho em frente à Emma, começando a cantarolar com o resto de seus desejos. A voz exalava calma, era o cântico mais divino que Emma já tivera ouvido. E com esse som, Emma deu a luz ao seu penúltimo filho sem sentir dores.
Adam pegou a criança em seus braços e beijou a testa do mesmo.
- Você, dentre seu irmãos, teve pena de sua mãe, não teve?- Adam riu baixo sendo acompanhado por Emma.
- Eu quero que o chame de Than, pois ele é a terra, a vitamina da natureza, o poder natural.- Emma ditou, observando a criança nos braços de Adam. Seus olhos eram castanhos e profundos, e seus cabelos eram castanhos feito o caule da árvore que Emma encostava-se.
- Pois assim será.- Afirmou, enquanto no chão, a terra se juntava, fazendo um berço ao lado do berço de ar, que era invisível à olhos humanos. Adam colocou Than sobre o berço de terra e voltou a sua amada.
Porém a escuridão do planeta iluminou-se e Adam percebeu que não tinham mais tempo. Mesmo sem forças o suficiente para lutar, Adam levantou-se.
- Tenha nosso último filho, querida. Mandarei um de meus demônios para ajudá-la a fugir. Cuide de nossos filhos até lá. Prometo que voltarei à você. - Adam beijou a testa de sua deusa, que sequer tinha forças para discordar. Quando a porção de terra ficou vazia, tendo somente ela e os berços de seus filhos, Emma tomou forças do céu, e teve sua último filha, a qual tomou em seu braços e ninou brevemente.
- Seu nome é Éter, pois ninguém saberá denomina-la e seu poder será grandioso e magnífico.- Ao fim do dito de Emma, um berço com a mistura dos anteriores, se fez ao lado do berço de terra. Emma não tinha forças para colocar a garotinha descansando sobre. Então, a colocou em seu lado no chão verde. E permitiu que sua consciência finalmente fosse embora pouco a pouco, tendo a visão de que sua missão havia sido cumprida com fervor.
E assim o sopro de vida deixou Emma, transformando-a em um espírito que afundou na escuridão do planeta.
O sopro de vida de Emma encaminhou Éter até seu berço e se deslocou até onde Adam lutava contra anjos ao lado de seus demônios. O mal parecia mais bondoso do que o próprio bem. Então o resquício de sopro de vida que já sumia no espaço, passou por Adam, que tomou consciência da morte da amada.
- Não!- Sua voz saiu como ordem e assim que caiu de joelhos sobre o infinito, seus demônios o acompanharam partilhando da sua dor. O Deus Sol soube o que aquilo significava e Lua mandou que o marido parasse já o que fazia, pois a única filha que tiveram, deixou de emanar vida. Conquanto, Sol estava irado, tornou-se o próprio demônio, negou a ordem de sua esposa, e aproveitou da fraqueza do deus maligno para apunhalá-lo, fazendo Lua gritar horrorizada pela crueldade do marido. Todos os demônios caíram por terra e simplesmente deixaram de existir.
O sopro de vida de Adam, sequer passou pelos reis, somente voltou para a porção de terra, observou rapidamente seus cinco filhos que dormiam serenamente nos berços e encaminhou-se para escuridão do planeta. Os corpo de Emma e Adam, e todo vestígio deles, sumiram, como se sequer houvessem existido. Caindo por si, O Sol arrependido pelo seu feito demoníaco, tirou sua vida com a mesma espada que tirou a vida de Adam, na frente de todos os cidadões e anjos celestiais.
Então a luz deixou de existir e Lua morreu quando sua escuridão sobrepôs a luz do marido, pois sua submissão ao sol, não tinha limites. Os cidadões de luz se desnortearam. Não havia mais luz, não havia deuses, não havia mais vida. Nem mesmo a morte existia. Tudo se tornou vazio.
E com desespero e angústia, os anjos e cidadões de luz imploravam com fervor por uma esperança. E então o último desejo de Emma se realizou antes que o seu sangue que manchava a grama desaparecesse. Os cinco filhos do amor perpétuo tomaram forma de adultos, tornando-se maduros.
A juventude corria pelas veias dos jovens deuses, tamanha era a beleza daqueles seres. Aqua, a primogênita, trajava de um vestido azul deslumbrante, o azul de seus olhos eram tão belos que podiam ser vistos oceanos imensos. Suas mechas azuis ondulavam junto com o loiro. Aqua era bela e formosa, sequer parecia com seus irmãos, visto que por alguma razão não muito explicável, não eram gêmeos, muito menos aparentavam ser da mesma família.
Focus e Than utilizavam armaduras por cima de vestes vermelhas e marrons. Suas espadas estavam penduradas na cintura e coragem emanava de suas peles. Focus possuía marcas vermelhas por todo o corpo, seus olhos vermelhos eram tão belos quanto perigosos. Than possuía a força da natureza ao ser favor, pois com ele as árvores e flores que seu pai criou, nasceriam na terra.
Arly vestia um vestido verde e sua aura era alegre, emanava vida e esperança. Era, definitivamente, uma moça linda. Herdara a beleza infindável da Deusa Lua.
Éter não vestia nenhum vestido, pois seu sangue não era de rainha e sim, de uma destemida guerreira. Usava de uma armadura idêntica à de seus irmãos mais velhos e de sua aura emanava poder. Sua aparência assemelhava-se a Adam. Seus cabelos eram curtos e em um de seus olhos, a pupila estava esbranquiçada, enquanto havia uma grande cicatriz de batalha ao redor, a qual herdou de Adam na sua luta contra o anjos.
Então Éter sorriu e trouxe luz para a cidade apagada. Os anjos e cidadões de luz rapidamente se curvaram perante os irmãos e adoraram com louvor:
" Benditos sejam os nossos verdadeiros deuses, que nos trouxeram vida sem merecemos. Sejam adorados e exaltados para todo sempre, pois deles vêm luz e bondade."
Conquanto, tudo no céu fora restaurado, os anjos voltaram a ter seus lugares celestiais. Éter visitou a cidade de trevas e a restaurou, trazendo de volta os fiéis demônios de seu pai.
Os cinco deuses formaram os elementos principais de vida. Não possuíam as fraquezas e não possuíam os defeitos que outros deuses tiveram. Tinham controle sobre sua ira, sobre seus desejos, possuíam sabedoria, bondade e justiça sem fim.
Conquanto, mesmo que reinassem nas cidades celestiais e mesmo que Éter possuísse dominância e poder perante os demônios e seus pecados, a tristeza e saudade os tomou de tal forma. Mesmo que não tivessem as memórias de uma vida completa junto de seus pais, Emma e Adam, os cincos filhos do amor perpétuo, sabiam do amor imenso e do sangue e suor que seus pais derramaram para que possuissem as suas coroas hoje.
Portanto, decidiram fundar o planeta Terra, como uma recordação e homenagem para seus pais.
Aqua fez com que toda a escuridão da Terra se esvaisse, e que a água surgisse por todo o planeta. Aqua fez com que nada pudesse enxergar o fim do oceano, para que representasse a escuridão aonde o espírito de seus pais afundou. Já Than, fez que porções de terra sucedesse a água. Nas porções de terra, Than reproduziu as árvores de seu pai, as flores e animais pequenos. Than também permitiu que sua criatividade o deixasse criar a fauna e a flora do planeta, como em nenhum outro.
Arly pôs ar puro, oxigênio, no planeta Terra. Fez os ventos que balançavam as folhas das árvores e refrescavam os animais. Focus fez o calor e como seu pai disse, Focus fez a destruição, que só seria ativada, se os espíritos de seus pais fossem desrespeitados. Aqua fez todos os tipos de animais aquáticos, já Than fez todos os tipos de animais terrestres. Arly fez todos os tipos de animais aéreos e Focus fez todo tipo de animal que possuía instintos predadores.
Éter fez a gravidade, fez as estrelas ao redor do planeta, e o colocou em uma boa posição no espaço. Éter decidiu fazer astros luminosos para iluminar o planeta, tanto nos turnos da noite como nos turnos de dia. Então juntamente de Focus, fez o sol. Em memória de seu avô, o Deus Sol, Éter não só iluminou o astro, como o fez pegar fogo eternamente, como lembrete da ira mortal de seu avô.
Éter então criou a lua, um satélite natural que poderia reinar na noite da Terra. A lua era bela e tinha diversas faces ocultas, como a Deusa Lua. Tamanha era a beleza de tal, porém seus desejos ocultos a transformaram em nada formosa por dentro.
A Terra era um paraíso intocado. E com o passar dos milênios, os deuses dos elementos, perceberam que fizeram um paraíso para nada, portanto, decidiram criar uma raça parecida com eles. Entretanto, com limitações e vidas finitas.
Focus decidiu que seria melhor que todos tivessem espíritos lobos. Que fossem resistentes a coisas comuns e que fossem fortes e corajosos.
Éter criou a mulher, pois foi a única dos irmãos que foi tocada pela mãe. A criou semelhante a sua mãe, com todos os traços parecidos. Em seguida, criou o homem, semelhante ao seu pai. O espírito lobo ômega manifestou-se no homem e o espírito lobo alfa manifestou-se na mulher.
A mulher foi batizada de Eva, pois em vida, Emma depois de ser expulsa pelo próprio pai, desejou que não tivesse sido batizada pelos deuses. Desejou que seu nome fosse glorificado por méritos seus e não por ser filha do Deus Sol.
Então assim seria, pois Eva seria conhecida como a primeira mulher da Terra, como o exemplo de beleza e poder, como exemplo de amor e dominância.
Já o homem, este foi chamado de Adão, como o Deus do proibido. Arly os deu fôlego de vida e assim passaram a viver com a proteção e cuidado dos deuses.
Eva e Adão formaram então o primeiro casal da Terra, tiveram filhos e filhas, e ao contrário dos deuses, em duzentos anos terrestres envelheceram e morreram, indo para o mundo dos espíritos aonde viveriam sua eternidade até que a reencarnação os fosse concedida.
- Acha que criar a raça humana foi uma idéia correta, irmã?- Focus indagou à Éter, quando foi a visitar no martírio.
- Os seres humanos não serão devotos á nós para sempre, conquanto, deixaremos que vivam, que sofram com as consequências de suas ações errôneas, que morram. No futuro, farei com que os espíritos de meus pais reercanem e reinem sobre a Terra, o filho primogênito deles será como nós e viverá conosco quando seus dias na Terra acabarem. Com o primogênito, farei todo ser humano se prostrar e se render à nós novamente, como deve ser.- Éter falou.
- E como fará nossos pais se encontrarem? O mundo terrestre é imenso.- Focus questionou duvidoso.
- Faremos almas gêmeas...- Éter sorriu e calou-se. Seu irmão, Focus, não questionou mais nada.
[...]
- Você já sabe como funciona aqui, agora procure alguma serva e ache seu quarto. Como chegamos tarde, o rei não pretende vê-lo mais.- Sandara ditou.
- Pode deixar comigo, Senhorita San, eu o levarei aos seus aposentos.- Um ômega ditou risonho vendo a alfa murchar em sua frente.
- Não me chame de San, ômega!- Firmou a voz. Se os ômegas presentes não fossem marcados, definitivamente, agora estariam choramingando aos montes.
- Tentando se impor á um ômega marcado, que coisa feia.- O ômega desaprovou sorrindo.- É melhor sua pessoa ir, o rei a procura.- Informou.
- Certo, depois me acerto com você.- Insinuou.- Já você....- Apontou pro Park.- Escolha bem suas influências, pois seu marido não vai ter a paciência que o marido desse ômega tem. É só um conselho.- Sandara finalizou a sua fala com um sorriso presunçoso, deu as costas aos ômegas e andou para a direção oposta do castelo.
O castelo não era tão belo quanto os de Seoul. Toda a sua decoração era antiga, dando mais um ar da era medieval do que ar de século XXI. Todos os servos trajavam vestidos gastos e expressões cansadas, pareciam escravos.
- Não ligue pra ela, eu sou uma ótima influência.- O ômega sorriu pro Park.- Você deve ser Park Jimin, certo? Sou Jihoon, irmão do Yoongi, aquele ômega chato que tem cara de dor, acho que você conhece.- Jimin deu uma risadinha antes de assentir.
- Sim, eu conheço. Ele é hyung do Jungkook.- Jimin confirmou.
- Certo.- Jihoon começou a caminhar e Jimin o seguiu. - Não vamos falar o nome da família real da Coréia do Sul por aqui, certo? Por mais que exista a aliança de paz, eles não vão muito com a cara dos nossos reis. Inclusive seu futuro marido. Sungwoon parece ter uma rixa enorme com o Jungkook-ah.- Jihoon informou e Park assentiu engolindo em seco.- Eu não irei vim todos os dias para o castelo, pois não moro aqui.- Jihoon avisou.
- Mas... Mas... Mas...- Jimin começou a gaguejar preocupado.
Jihoon sorriu e falou: - Não se preocupe, não estará sozinho. Eu não seria louco de te jogar nesse covil de cobras sozinho.- Riu.- Enfim, esse é o seu quarto. Tomo a liberdade de abrir a porta dele pra a gente entrar, conversar pelos corredores não é seguro. Aquele grande ditado "Paredes tem ouvidos".- Jihoon abriu a porta e logo em seguida deu espaço para Jimin passar.
- Bom, Essas são as princesas Soyeon e Yuqi.- Jihoon aponta para as duas mulheres a frente.
- Princesas?- Jimin indaga.
- Sim.- Soyeon responde, fazendo Jimin se arrepiar.- Mas não se preocupe, posso ser a princesa, porém não concordo com o que acontece aqui. E mesmo eu sendo princesa, não possuo poderes aqui. Isso é só um título nojento.- Soyeon jogou sua coroa na cama, como se fizesse pouco caso.
- Mas você é a primogênita, além disso é alfa, você não tem direito ao trono?- Jimin questiona curioso.
- Perdi meu lugar na sucessão do trono assim que nasci e viram que eu era mulher. Quando me descobri alfa, jurava que teria direito ao trono de meu pai e traria uma nova era à essa lugar. Mas mesmo sendo alfa e primogênita, sou vista como fraca. Não que eu quisesse reinar, não é pra mim, definitivamente.- Soyeon deu de ombros.
- Alfas mulheres são vistas aqui como um erro genético. Algo que não devia acontecer. Antigamente, se uma mulher nascesse e se descobrisse alfa, ela era morta á pedradas. Ainda bem que mamãe antes de morrer mudou essa regra horrível, caso contrário, Yeon não estaria aqui hoje.- Yuqi falou.- E eu perdi o meu lugar na sucessão por ser mulher e ômega. Não tem muito jeito pra mim.- Yuqi somente suspirou.
- Porém, eu acho que meu pai não é burro de dar a coroa pro meu irmão.- Soyeon ditou.
- Eu concordo com você... Seu pai é ruim, mas ele sabe que se der o reino pra aquele projeto de alfa mal feito, futuramente isso aqui não existirá mais. E ele quer ser adorado mesmo depois de morto.- Jihoon falou.
- Então, o que vocês acham que vai acontecer?- Jimin perguntou.
- Meu pai pode mandar matar meu irmão e pode eleger qualquer um de sua confiança que tenha o mesmo pensamento.- Soyeon falou e Yuqi assentiu em concordância.
- Ele mataria o próprio filho?- Jimin perguntou horrorizado.
- Estamos na Coréia do Norte, Jimin. Daqui a pouco, quem vai querer meu irmão morto é você.- Soyeon falou sorrindo.
- Eu não quero o mal de ninguém, com certeza não.- Jimin negou.
- Vou guardar isso na memória. Daqui a um mês, no máximo, você vai pensar diferente.- Soyeon riu. - Agora deixaremos você dormir, já está tarde. Eu e Yuqi vamos vim pegar você para tomarmos o café da manhã juntos. Se cuide até lá e tranque a porta do seu quarto, nunca se sabe quem anda por esses corredores.- Soyeon avisa piscando o olho.
- Você fala isso, princesa, como se contasse uma história chata de ninar. Eu em!- Jihoon desaprova rindo.- Se cuide, Jimin. Até nosso próximo encontro.- Se despediu, deixando Jimin sozinho no quarto escuro, que nem mesmo as luzes fracas, iluminavam direito. Correu até a porta e a trancou, deitando na cama em seguida.
- Podemos aguentar isso, não é filhote?- Começou um monólogo.- A partir de hoje, conversarei com você. Pode não me escutar e não me responder, mas não me sentirei sozinho.- Riu baixinho.- Você sente falta do seu pai, tanto quanto eu?- Questionou. - Ele disse que me ama... Eu ainda consigo escutar. Por isso, precisamos voltar pra casa, certo? Por que precisamos voltar pro papai, ouviu? Vamos voltar pro papai.- Jimin fechou os olhos acariciando a extensão da barriga, que não possuía relevo algum.
*****
Hola, senhores.
Bom, eu amei a história da criação do planeta Terra, aqui em minha história. Minha imaginação viajou muito KKKK.
Enfim, espero que tenham gostado do capítulo.
Até o próximo...
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