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Capítulo 4

Esta obra é uma adaptação autorizada. Todos os créditos são da autora original LouTommo-Styles Escrito por Isa Feijó e publicado pela Editora Calíope, disponível na Amazon e Kindle Unlimited.

  Me espreguicei sorrindo, sabe quando você dorme tão bem, que acorda alegre? Como se estivesse em paz, o que representava um sentimento novo para mim.

  Peguei meu celular e vi que eram 8:02 da manhã, eu podia dormir mais um pouco, podia enrolar na cama e.... Então me lembrei de Louis Tomlinson e toda aquela conversa.

  Por Selene, tudo aquilo tinha sido real?

  Louis Tomlinson era real e não fruto dos meus delírios?

  Me levantei e fui tomar banho, enrolei um pouco só porque eu podia. Depois me vesti, desembaracei alguns nós, ingeri os inibidores com calmantes e fui tomar café.

  Enquanto fazia minhas panquecas, olhei para o relógio, 8:40, Luna as horas não passam?

  Bolo, vou fazer bolo! Porque fazer bolo sempre distrai!

  Era tudo uma brincadeira, ele não viria realmente, não é? Talvez até tivesse falado sério, mas percebeu que não valia a pena perder tempo comigo.

  É, deveria ser isso!

  Eu devia estar preocupado com problemas reais, se Camile e Edgar estão realmente mortos, preciso lidar com todos os problemas legais. Certidão de óbito, funeral, enterro. Se bem que por mim jogaria na primeira cova aberta que achasse, mas se tudo que Tomlinson falou for mentira, a guarda de Noah está por um fio. Precisarei de advogado, teste de D.N.A., uma simpatia para não ser caçado pela minha melhor amiga.

  8:53

  Desde quando eu cozinho tão rápido? Com o bolo no forno e panquecas prontas, não me sobrou muito o que fazer.

  " Trarei alguém para consertar a porta dos fundos "

  Corri para olhar a porta, ela continuava trancada como eu tinha deixado antes de sair ontem. Não estava quebrada, o que ele quis dizer? E por Lua, como ele entrou aqui?

  Tomei meu suco bem devagar, aquilo era loucura, só podia ser loucura. Óbvio que era!

  8:59

  Ok, eu estava surtando à toa, claro que estava, tudo não devia ter passado de uma brincadeira!

  9:00

  Eu batia meus dedos impacientemente no balcão, ele realmente viria?

  9:01

  -Esqueça Harry! Isso é ridículo!

  9:02

  Alguém bateu, meu coração disparou. Segui até a porta tentando controlar as batidas do meu coração, se fosse (SE) Tomlinson, por ser um Ômega Lúpus, poderia ouvir.

  -Bom dia, Harry – Louis sorriu quando eu abri – me perdoe por favor pelo atraso, tivemos um pequeno incômodo para resolver, mas não pretendo deixar que isso se repita.

  Ele estava pedindo desculpas sinceras por ter se atrasado dois minutos? Concordo que pontualidade era importante, mas eram só DOIS MINUTOS. A cada minuto eu que duvido mais da existência deste homem.

  -Er, ok, claro, entre – me afastei para que Tomlinson passasse, me julgando internamente pelo gaguejo.

  -Esses são Josh e Sandy – disse indicando os dois betas atrás dele.

  -Olá – eles disseram juntos.

  -Oi – disse meio hesitante – eu fiz suco, se vocês quiserem.

  -Eu aceito – o tal Josh disse, mas Louis olhou feio para ele – depois de terminar a porta – completou com as mãos erguidas em rendimento, me fazendo rir.

  -Bem, estamos indo para a cozinha de qualquer jeito – falei, tentando esconder o riso com a minha mão.

  -Você primeiro – Louis indicou.

  Fomos para a cozinha, me sentei no banco do balcão e os observei. Josh e Sandy estavam medindo a porta e fazendo anotações, o ômega estava coordenando e fazendo alguns comentários.

  -Quer suco? - ofereci para Louis, quando os betas saíram.

  -Aceito – ele sorriu se sentando – dormiu bem?

  -Sim, honestamente não lembro de uma noite de sono tão boa quanto essa – falei sincero, quando fui o servir, ele foi mais rápido e pegou a jarra da minha mão. Além de servir seu copo, ele colocou mais para mim.

  -Você é visita, não deveria se servir.

  -Digamos apenas que estou treinando, para quando não for mais considerado apenas uma visita – ele dá uma piscada.

  Wow

  Um Ômega Lúpus Puro estava flertando comigo? Respiro fundo ignorando meus pensamentos e agindo naturalmente.

  -A propósito, fico feliz por ter dormido bem – ele respondeu tranquilamente como se nada tivesse acontecido.

  -Betas passando – Sandy falou alto, enquanto o mesmo e Josh passavam segurando uma porta nova.

  Uma PORTA!

 —O que eles vão fazer? — perguntei os seguindo com o olhar. A cozinha já era pequena, agora parecia menor ainda.

 —Trocar a porta — Louis deu de ombros, como se aquilo fosse algo rotineiro.

 —E por quê? — insisti.

 —Sua casa não é segura, é muito fácil arrombar aquela porta — ele respondeu no mesmo tom de voz de antes.

 —Você está brincando?

 —Não, por que eu estaria? — ele me perguntou confuso, mas com um pequeno sarcasmo velado —Bem, enquanto eles terminam isso, podemos verificar o andar de cima?

 —Acho que sim — aquilo tudo realmente estava acontecendo? —Eu só preciso verificar o bolo no forno.

 —Alguém disse bolo? —Sandy olhou curioso —Não se preocupem, eu fico de olho.

 Louis e eu fomos para o segundo andar, onde só ficavam os dois quartos e o banheiro.

 Ele olhou rapidamente o banheiro, não falando nada, mas me senti um pouco constrangido. Era pequeno e não tinha muita coisa, nem banheira.

 Depois fomos para o quarto de Camile e Edgar, que eu mal entrava há muito tempo.

 —Podemos doar todas as roupas e pertences deles — Louis disse assim que entrou no quarto, olhando a cama intacta há dias, até com poeira estava —ontem percebi que não tinha mais quartos, onde você dorme?

 —Com o Noah.... Como assim, ontem? Você ficou andando por aqui ontem?

 —Claro que sim — ele disse como se aquilo fosse óbvio e uma coisa normal, afinal, quem nunca invadiu a casa alheia, não é mesmo? —Eu precisava verificar como era esse lugar.

 —Se você verificou, como não sabia onde eu dormia?

 —Eu não entrei no outro quarto, percebi que era do Noah e não quis invadir a privacidade dele assim.

 Ah, claro, ele não quis invadir a privacidade do meu filho, mas a minha....

 —Posso ver o quarto dele? —ele perguntou e, tenho certeza, se eu tivesse dito não, ele não iria. Como já entendo tão bem seu comportamento?

 —Claro, só falta lá mesmo — dei de ombros.

 O quarto é pequeno, como toda a casa. Pintado de branco e rosa, com um guarda-roupa branco, uma cama infantil, um baú de brinquedos e um colchão de solteiro encostado em uma parede.

 —É lindo — Louis sorriu —Mas onde estão os brinquedos dele?

 —Ali — apontei para o baú.

 —Só isso? — Louis disse fazendo careta ao olhar o conteúdo do caixote — menos do que pensei, precisamos consertar isso.

 —Olha — eu disse nervoso e constrangido — nós não temos dinheiro, mas eu faço o que posso para fazer a infância do meu filho feliz e....

 -Haz, eu tenho certeza que você é o melhor pai do mundo e não precisa me provar nada, sei o quanto Noah te ama e o admiro por isso. Você fez quase o impossível com tão pouco, deveria sentir muito orgulho disso! — Senti minhas bochechas corarem e torci para o cabelo comprido esconder — Mas estou aqui para cumprir meu papel, hoje vou levá-los no shopping e compraremos muitas coisas! — eu ia retrucar, só que ele parecia tão feliz com isso e com os olhos brilhando, que não falei nada.

 —Ainda não entendo por quê você está fazendo tudo isso — sussurrei —mas agradeço.

 —Eu já te disse — ele riu como se escutasse novamente, uma velha piada —a única TV que vocês possuem é aquela da sala?

 —Sim — respondi confuso.

 —Ela não é muito boa — ele falou fazendo careta e eu ri.

 —Chamá-la de boa é elogio, ela é bem velha, mas funciona — dou de ombros.

 Voltamos para a sala, eu tentava manter tudo na minha casa em ordem para que transmitisse uma sensação de "lar", mas sempre sentia que faltava algo. Camile e Edgar se afundavam naquele quarto então nunca me afrontaram neste quesito.

 —Eu gosto das fotos — Louis disse distraído. Na estante da sala, coloquei vários porta-retratos de fotografias minhas com meu filhote.

 —Fiz isso para que o Noah nunca se esqueça do quanto é amado — eu sorri para as fotos.

 —Essa é a minha favorita — ele disse segurando um dos porta-retratos.

 —Essa foi a Ashley, minha colega de trabalho que tirou. Foi na casa dela — Noah estava no meu colo, eu nem estava olhando para a câmera, mas sorria para ele, o meu bebê e o ser mais precioso desse mundo —acho que é uma das mais antigas, o cabelo dele até estava mais clarinho.

 —Posso ficar com ela? — Louis me surpreendeu pelo pedido, ele quase parecia tímido ao perguntar aquilo.

 —Pode? Bem, claro, pode ficar.

 —Obrigado! — ele sorriu para a foto.

 —Hey — Sandy nos chamou —venham aqui.

 Josh e Sandy realmente tiraram a minha porta do lugar e colocaram a nova, que parecia bem mais forte do que a original. Também reforçaram a fechadura e colocaram uma corrente de segurança. Tudo em menos de uma hora e cantarolando, como se fosse uma tarefa comum.

 —Prontinho — Josh disse orgulhoso —Agora aceito aquele suco.

Durante a próxima meia hora, apenas ficamos conversando, eles eram divertidos, ficavam contando histórias e fazendo piadas. Descobri algumas coisas como os sobrenomes, Josh Devine e Sandy Beales, e que os dois eram amigos a quase 18 anos. Eles também comentaram que trabalham com o Louis, não especificaram no quê e, sinceramente, até fiquei com medo de perguntar por experiências passadas, mas falaram que amam o que fazem.

 —Você tem que ir na "No Control" — Josh disse animado —é o melhor clube de todos, sempre que a gente não tem nenhum trabalho, vamos para lá!

 —Eu não sou muito de ir embalada — falei —e eu nunca fui em uma grande, só umas pequenas em Doncaster e nas cidades em volta.

 —Nunca? Você mora em Londres! — ele disse revoltado.

 —Brow, vai conosco hoje à noite — Sandy insistiu no assunto.

 —Não dá, eu tenho o Noah.

 —Se você quiser ir — Louis finalmente falou —pagamos uma babá de confiança para ficar com ele e eu te levo.

 —Ah....

 —Perfeito! — Josh comemorou —você vai adorar Harry!

 —Eu ainda não sei, mas prometo pensar — falei me recuperando do choque.

 Nisso o celular do Sandy apitou uma mensagem, ele leu e se voltou para Louis, não tinha mais o ar risonho de antes.

 —Chefe, Shawn mandou mensagem, eles já encontraram aquele endereço. Vamos ter que ir lá resolver.... Aquilo, sabe?

 —Certo — Louis concordou —Haz e eu estamos de saída também. Qualquer problema, avisem Zayn.

 -Problema? — o Beta revirou os olhos —Isso vai ser rápido e ainda vai dar tempo de voltar para casa e tirar um cochilo, antes de sairmos.

 —Josh — Louis falou sério —sabe que não gosto que tratem nenhum dos nossos assuntos com arrogância.

 —Ok — ele disse com as mãos para cima, em sinal de paz —vamos levar a porta velha, podemos usar no fogo.

 —Fogo? — perguntei alarmado.

 —Er, melhor você não saber — Devine disse olhando de soslaio para o Louis, que parecia não gostar do rumo da conversa e o ordenar no olhar — Foi um prazer Harry, espero que venha na "No Control" qualquer dia desses.

 —Quando quiser nos chamar para tomar suco, a gente vem na hora! — Sandy disse com a boca cheia de bolo.

 Acabei cortando um grande pedaço para o beta levar, então tive que dar um pedaço para o Josh, porque o Beales esfomeado não quis dividir com ele.

 Louis e eu saímos, enquanto ele me esperava perto do carro dele, tranquei tudo. Quando me virei para segui-lo, pude ver vários vizinhos nos espionando. Também pudera, o Tomlinson estava encostado em seu carro, uma enorme SUV preta, parecendo um modelo fumando, com sua calça e jaqueta jeans e seu óculos escuro que deviam valer mais que a minha casa.

 E tinha o fato óbvio que ele era um Ômega Lúpus Puro que transparecia dominância e superioridade incontestáveis para qualquer um.

 Nunca conversei muito com meus vizinhos, não há ninguém que eu possa chamar de amigo, sempre fui reservado na minha vida, eles apenas me viram com Camile e olhe lá. Eu sei que todos sabem que ela me traía e morava com o amante em nossa casa e já ouviram ele gritando comigo e me batendo. Ninguém nunca fez nada, além de agravar os rumores do alfa defeituoso que não sabia cuidar de si mesmo.

 Agora se achavam no direito de querer investigar a minha vida porque estavam surpresos por eu estar acompanhado de um Ômega Lúpus? E não qualquer Ômega Lúpus, um Ômega Lúpus Puro lindíssimo, forte, imponente, cheiroso e que me constrangia a cada segundo com sua forma de me olhar.

 —Não gosto da sua vizinhança — Louis murmurou quando entramos no carro.

 —Eu também não — respondi com a voz cansada.

 Louis ligou o carro e partimos dali.


 

Se encontrarem algum erro, tanto ortográfico quanto algum furo de roteiro que causei, só avisar, eu real conserto.

 Dale bando :)

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